in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
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Esta passagem foi retirada do livro “Bhagavad-Gita, a Mensagem do Mestre”, um grande clássico, muito apreciado pelos budistas e considerado o Livro sagrado do hinduísmo. Esta obra possui um profundo significado simbólico que está para além do sentido histórico, abrangendo a espiritualidade e o esoterismo em vários graus, revelando os conflitos travados pelo ser humano no seu íntimo - a batalha entre o bem e o mal, com vista a alcançar o equilíbrio entre as emoções contrárias, a “igualdade desânimo”– Equanimidade.
De um modo objetivo, poderemos definir Equanimidade, como sendo a capacidade de manter um estado de espírito profundamente sereno e tranquilo, perante as mais diversas situações a que o ser humano é submetido.
Atualmente, somos muitas vezes sujeitos a uma autêntica “montanha russa de emoções”, ora estamos super animados, super felizes, com alta motivação para fazer algo, ora ficamos desanimados, tristes, sem qualquer vontade para entrar em ação e vivemos esses acontecimentos com muita intensidade.Num momento de prazer, podemos vivê-lo tão intensamente até ao seu mais elevado grau, por outro lado quando somos atingidos por alguma coisa menos boa, sentimos essa dor como se fosse um punhal cravado no coração. Claro que não podemos generalizar, não estamos sempre nessas oscilações emocionais, mas o facto é que a grande maioria das pessoas não está num estado de equilíbrio constante – na “verdadeira igualdade de ânimo”, como refere no livro BhagavadGita.
Vamos a um exemplo prático, imagine que recebeu uma boa notícia: foi promovido no emprego e irá ter um aumento de ordenado. Segundo o princípio da equanimidade, não deverá animar-se ao extremo e fazer desse acontecimento, a razão da sua felicidade, deverá manter um estado de espírito estável, com serenidade e tranquilidade, apesar de se sentir feliz. Por oposição, imagine agora que lhe é dada a notícia, que em breve ficará sem emprego, seguindo o princípio da equanimidade, o seu estado de espírito deverá ser de igual serenidade e tranquilidade, apesar da notícia ser menos boa. O leitor poderá perguntar, mas se uma pessoa que vive sempre no mesmo estado de ânimo, tendo sempre tudo controlado não será desprovida de sentimentos, ou até mesmo insensível?
Não, antes pelo contrário, a pessoa que mantém o mesmo estado de ânimo, usufrui e sente tanto comooutra pessoa qualquer, os momentos de prazer e/ou dor. A diferença é que uma pessoa ao lidar com esses momentos em equanimidade, ela permite-se sentir, aceitar esses acontecimentos como são, de forma equilibrada, não se deixando abalar pelos acontecimentos, mantendo sempre a serenidade de espírito.
Este autocontrole é fácil? Claro que não, requer treino diário, um trabalho de autoconhecimento profundo, ao nível das emoções e em especial com o seu “Eu superior”. Para iniciar este trabalho interior, comece por se observar a si mesmo, sem apego. Preste atenção às suas emoções, à forma como rege às diferentes situações da vida, aceite-as e procure treinar a serenidade. Encare a realidade exterior como uma aprendizagem, e pergunte-se:” o que é que eu posso aprender com esta situação que me está a acontecer”? O objetivo é voltar o foco para si, para o seu interior. Poderá parecer egoísmo, mas é precisamente o contrário, ao focar-se no “EU”, irá desenvolver cada vez mais o Amor por si, não necessitando de aprovação externa, pois já tem a mais importante, a sua. Por outro lado, estará a criar alicerces sólidos que o tornarão apto para poder ajudar outras pessoas.A equanimidade surge, quando a realidade interna está fortalecida, rica e equilibrada consigo mesmo.
A Meditação, o Yoga, o Mindfulness, o Coaching, poderão ser excelentes meios para ajudar a trabalhar o seu auto conhecimento, alcançando a equanimidade. Ao alcançar esta serenidade de espírito, esta capacidade de experienciar de uma forma estável os diferentes acontecimentos do mundo físico,poderá experienciar uma paz e felicidade imensuráveis.
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