in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2021
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Acredito que todos nós já nascemos com um papel a desempenhar, seja em que área for, e para isso, não quer dizer que se tenha forçosamente que trabalhar num emprego que já existe.
Ainda se sente e vive muito a crença da segurança exterior, numa promessa de estabilidade financeira e assim de uma sobrevivência sempre vinculada ao sistema. Criou-se quase a oração do conformismo do "pode não ser muito, mas ao menos é certo no final do mês". O medo de poder e acreditar merecer mais, ao ritmo dos dons e vontades que se sentem (ou por medo se resiste em sentir), parecem ficar ainda muito presas nos livros e filmes.
Há que sermos a primeira 'Empresa' a apostar em nós, é este o espaço que a criatividade - que nos é intrínseca - precisa, para expandir e ganhar forma.
Há que parar de olhar para fora, sempre em busca de migalhas de prazer ou preenchimento, buscando validação, segurança e conforto - o Ser Humano tem dentro de si algo que é infinitamente superior ao que o mundo alguma vez poderá oferecer. No fundo, nós é que oferecemos sempre ao mundo e não o contrário. O mundo, é apenas um palco, onde os nossos dons se expressam e ganham forma, num propósito a servir.
Quanto à segurança, aquilo que a sociedade chama de estabilidade? A única e verdadeira que existe é a segurança interior, aquela que vive dentro do peito e dita - a cada escolha -, a realidade exterior. A solidez da vida no exterior começa dentro, na forma inteira como decidimos acreditar e apostar em nós mesmos. E nunca, nunca é tarde para isso. De nada serve ter o melhor salário do mundo se por dentro se continuar mendigo, atado a uma rotina sem cor, na pobreza vazia de não acreditar na mudança que segreda o coração. De nada serve absolutamente nada, nenhum titulo profissional, se a pessoa ficar refém e à margem de si mesmo, impedindo-se de avançar em direção a si mesma, e não tentar aquilo que de alguma forma sente, mas que dá medo de arriscar.
Faz parte da condição humana sentir medo. Empreender, é na maioria das vezes avançar para uma ponte desconhecida, cuja solidez do chão que se pisa, surge apenas em simultâneo com a coragem, a cada passo que se dá. Gosto de lembrar muitas vezes os meus pacientes que, ter medo não é errado é só humano, e às vezes, é preciso que o medo seja muito, para que a coragem se mostre e o salto seja em grande.
Acredito que todos os Seres Humanos vieram para mudar e transformar-se enquanto vida. Vieram capazes de fazer de uma interrupção um caminho novo. De uma queda uma dança. Dos medos e dos obstáculos, belas escadas. Dos sonhos uma ponte. Da procura, um encontro, um encontro consigo mesmos, o melhor encontro do Mundo. Basta querer.
O mundo é movido a vontades genuínas e profundas.
Se formos a ver a história da humanidade, todas as grandes invenções, transformações sociais, todas as grandes obras de arte, descobertas, têm sempre o sonho e a grande vontade de alguém por trás. Alguém que teve um desejo muito forte, alguém que acreditou em si e na sua intuição e lutou para transformar o que sentia forte no coração, em realidade.
Um dia, ouvi alguém dizer que “sonhar pequeno dá o mesmo trabalho que sonhar em grande”, por isso, há que sermos os primeiros a acreditar em nós e sermos do tamanho das nossas vontades. Mas a fita métrica é única e específica em cada um. Só cada pessoa sente e sabe do que precisa ou de onde quer estar, ou de como quer viver para ser feliz. E estar feliz não quer dizer ter que estar necessariamente sempre a sorrir. Ser feliz é simplesmente SER, em liberdade, leveza e harmonia total consigo mesmo, num caminho cada vez mais simples e realizado.
Empreender é também ir à luta pelo que se acredita, por aquilo que ouvimos em looping a sussurrar cá dentro, vindo do coração. A nossa intuição é o sussurro da nossa Alma, e, por mais abanões que o ego sofra na escalada à mudança, a nossa alma sabe sempre o que veio fazer aqui.
Para empreender, a não acomodação é fundamental. Sair da zona de conforto, do que já é conhecido. Não é fácil tomar este passo, principalmente quando já há uma estabilidade de rotina financeira antiga, mas há que dar uso à coragem que habita envergonhada dentro de nós e fazê-la sair para o palco da vida! Há que nos reinventarmos e ir em busca do que sentimos ser nosso, daquilo que realmente SOMOS e trazemos connosco, para ser partilhado com o mundo.
Um dia perguntaram-me:
“Agora que te despediste para te tornares empreendedora, o que pensas fazer da tua vida?"
Respondi: "Fazer aquilo que me permita expressar o coração. Seguir o sentido da minha vida, da vida que SOU, guiada pelos meus dons que, partilhados com os outros, mostrarão-me sempre o propósito e a certeza do meu caminho". Terapeuta
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