in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Parece que, nos últimos anos, décadas, o dinheiro adquiriu ainda mais importância do que nas últimas décadas dos anos 1900. A partir de determinada altura, o ritmo de vida passou a ser cada vez mais frenético, tudo cada vez mais rápido, a exigência profissional cada vez maior, o número de horas passadas no local de trabalho aumentou e, claro, o tempo com a família diminuiu.
A compensação por essa alteração foi inevitável. E como se fez? Pelo dinheiro. Fomos começando a dizer a nós mesmos que o tempo no trabalho era compensado financeiramente e, com esse ganho, comprávamos mais coisas para compensar a família do tempo de ausência. Os filhos habituaram-se facilmente a essa rotina, pois tinham tudo o que queriam… de material. Só que, ao crescerem, regra geral, agiram de forma igual, dando importância ao dinheiro e menos ao tempo. Hoje, esta geração de crianças dos anos 80 e 90 é adulta e perdeu a paixão.
Pelo caminho perdeu-se a ideia de se fazer algo de que se gosta, pois se passou a fazer a carreira que os pais queriam, no emprego que, afinal, não é para a vida, mas que se pensa que sim. E, ao pensar que sim mesmo sabendo que não, lá foram ficando cada vez mais infelizes na sua rotina de casa trabalho e trabalho casa. O trabalho tornou-se uma obrigação e, com isso, apenas uma forma de ganhar de dinheiro que permite comprar casa, carro, colégio para os filhos, férias no verão, telemóveis e gadgets no Natal. No fundo, a escravidão voltou disfarçada.
Costumo perguntar às pessoas que acompanho nas minhas consultas “Se ganhasses o Euromilhões, o que gostavas de fazer na vida profissional?”. Nota: não vale dizer “Viajar”.
A resposta a esta pergunta é das coisas mais difíceis que tenho visto. Por regra, as pessoas não sabem dizer o que realmente lhes desperta a paixão no trabalho. Não é que as pessoas não saibam o que isso é, porque sabem, só que entram no meio os pensamentos e os medos. O não ganhar o dinheiro, o não poder comprar isto ou aquilo, deixar de ir de férias para fora, a segurança… Entram os “se”, em vez dos “se não”. O que se pode perder e não o que se pode ganhar.
Normalmente, quando se faz o que realmente se gosta, quando se coloca a verdadeira paixão no trabalho, o dinheiro, o sucesso, o reconhecimento, a felicidade, vêm logo atrás. E não isso que as pessoas andam à procura? Da felicidade? É que a componente profissional da vida é parte integrante da vida das pessoas, pelo que contribui ativamente para a felicidade de cada um. É tão importante como a parte emocional, amorosa, ou até mais, em vários casos.
Então, se lhe saísse o Euromilhões, o que gostaria de fazer na sua vida profissional? Se já sabe, ótimo, celebre e imagine-se a fazer isso e trate de criar condições para o tornar real. Se, por outro lado, não o sabe, está tudo bem na mesma. Comece por pensar do macro para o micro. Primeiro que tudo, comece por perceber qual a área em que se iria sentir mais feliz, em que iria sentir mais paixão. E vá especificando cada vez mais. A área geral, alguma área específica, um tipo de trabalho ou empresa, que tipo de função. Vá tão ao pormenor quanto possível. A resposta está mesmo aí.
Há, no meio deste exercício, um detalhe de elevada importância e que deve sempre lembrar-se: você merece Ser Feliz!
HIPNOTERAPEUTA SPORTS MENTAL COACH
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in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2020
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