in REVISTA PROGREDIR |NOVEMBRO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
O dinheiro por si só vale pouco, quem lhe atribui o valor somos nós. Alguns acreditam que o dinheiro pode preencher o valor da liberdade, outros os valores da independência, outros da segurança, ou tudo isto. Então quando falamos em querer dinheiro, até que ponto aquilo que realmente queremos é, por exemplo, essa liberdade? E, se o dinheiro é apenas esse pequeno objeto, que tipo de relação temos com ele?
Alguns podem vê-lo como algo negativo, outros como a salvação para todos os seus problemas. A relação que temos com o dinheiro e aquilo que acreditamos acerca dele, vai ser refletido para a nossa vida de várias formas. Então, por exemplo, se acreditarmos que o dinheiro é ruim, a disponibilidade financeira provavelmente não se tornará uma realidade. Ou se acreditarmos que vai resolver todos os nossos problemas, é provável que coloquemos o dinheiro à frente de tudo o resto, afetando as restantes áreas da nossa vida. Estas associações estão relacionadas com aquilo que cada um foi aprendendo ao longo da vida, afetando diretamente os diferentes comportamentos e atitudes relacionadas com o dinheiro. Umas das melhores formas de melhorar a vida financeira é mudar a forma como nos relacionamos com o dinheiro.
Existe outro tipo de pessoas em que a remuneração financeira resulta de uma consequência natural de estarem alinhados com aquilo que querem fazer. Quanto mais aquilo que cada um, acha importante, ou seja, aquilo que valoriza, estiver preenchido, mais o foco prioritário e urgente que atribuí ao dinheiro diminui. É possível, por exemplo, alguém sentir-se seguro mesmo não tendo capacidade financeira, ou alguém sentir-se independente, e mesmo assim não ter muito dinheiro. Esse preenchimento, faz com que a necessidade diminua e a vontade cresça.
Então, podemos tomar ações concretas baseadas mais naquilo que queremos e não tanto naquilo que necessitamos. O poder de escolha aumenta e com isso as possibilidades são outras. Ao existirem outras possibilidades, existem outros caminhos, outras soluções. Com isto gera-se uma onda de criatividade que pode ser usada para aquilo que cada um, acha importante. A disponibilidade financeira pode então passar a ser uma escolha, não por si só, mas pelas ações concretas que cada um está a criar e a realizar em busca daquilo que mais valoriza.
Ao considerarmos a expressão “meios para atingir os fins”, podemos considerar os fins como aquilo que cada um tem como importante preencher, e os meios como as ações concretas para isso acontecer. Existem meios que podem não nos agradar (ex. estar num trabalho que não gostemos, ou, fazer uma determinada tarefa que seja maçadora), mas que com um foco bem direcionado nos podem levar aonde queremos chegar. Para isso, é de extrema importância, saber onde queremos chegar. Descobrir o que cada um mais valoriza nas diferentes áreas da vida, é então prioritário, e isso é algo único e individual.
Este é um momento de liderança pessoal, um momento de observar para onde nos dirigimos, e os nossos valores pessoais são esse indicador. São como um farol que vai guiando o nosso caminho. Quando caminhamos na vida apenas como gestores ou como executantes de tarefas, passamos a maior parte do tempo em reação, o que não acontece quando somos líderes e gestores das nossas próprias vidas. Passamos a ser criadores da nossa própria realidade e a nossa realidade financeira apresenta-se como um reflexo desse poder criador.
COACH DE TRANSFORMAÇÃO PESSOAL
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