Por Paulo Cordeiro
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
E se, não existir nenhum lugar para chegar? E se, não existir nada para ganhar nem nenhuma vitoria para conquistar?
Numa corrida ou num jogo competitivo, vão existir aqueles que vão ganhar e aqueles que vão perder. É uma forma de nos divertirmos neste palco que é a vida. Mas, no dia a dia da nossa vida pessoal, a não ser que estejamos a competir com alguém para ganhar algo, não existe nada para ganhar.
Estamos tão habituados a dar atenção aquilo que não temos (em vez daquilo que já temos) que, andamos ansiosamente aqui e ali à procura de respostas. Podemos até colocar as nossas necessidades em segundo plano, para irmos atrás de uma suposta vitória que nunca mais chega. Esta constante perseguição poderá até ter consequências na nossa saúde física, mental ou emocional.
Foi assim que aprendemos com a sociedade de que fazemos parte. Aprendemos a competir, a ganhar, a vencer. Existem aqueles que continuam a atuar desta forma e outros que já se aperceberam que, não existem regras nesta vida e que cada um poderá escolher como quer realmente desfrutar da sua existência.
Então qual a solução?
Antes de mais, começarmos a entender que a vida não é nenhum campo de batalha, nem uma luta para ser vencida. A vida é o que é. E quanto menos lutarmos contra ela, mais em paz nos vamos sentir. A luta cria tensão. Desistir de lutar, abre espaço para criar. Para criar a vida que mais sentido fizer para cada um.
Necessitamos de abandonar a ideia de que, o nosso bem estar só vai ser possível quando vencermos a corrida ou quando conquistarmos algo. É que, se continuamos a acreditar que só nos vamos sentir como queremos quando tivermos isto ou aquilo, então vamos ficar eternamente dependes de algo para nos sentirmos bem.
Isto não significa que não possamos construir as coisas que queremos e que ambicionamos. É muito diferente procurarmo-nos sentir bem agora e desse lugar decidirmos fazer, ter ou criar algo, do que, andarmos atrás das coisas por acreditarmos que o tesouro só está disponível quando conquistarmos algo.
Quando fazemos porque queremos, a vida torna-se mais leve, mais divertida, e com menos esforço. Desfrutamos mais dos momentos e das pessoas com quem estamos. Sentimo-nos mais em paz, mais alegres e com mais energia. Podemos comprar as coisas que queremos, estar com as pessoas que amamos e explorar a vida como nos fizer mais sentido. Não há mesmo regras.
Quando fazemos porque nos sentimos obrigados a fazer, a vida vai parecer muito difícil, em esforço constante. Fazemos as coisas contrariados e nunca estamos realmente satisfeitos com o que temos. Com isso, começamos a projetar as nossas frustrações nos outros ou queixarmo-nos constantemente do vizinho, do político, deste e daquele.
Mas de certeza que não é assim que queremos viver a nossa vida. Podemos estar habituados a isso, mas com vontade, os hábitos podem ser mudados. Mudar da mentalidade de guerreiro e lutador, para a mentalidade de criador.
Afinal, não existe nenhum manual que nos diga como viver a nossa vida. É mesmo uma jornada e uma descoberta individual. E não há nada para ganhar. Estar vivo já é a vitória.
Então se já somos vitoriosos, como queremos desfrutar da nossa vida?
COACH E AUTOR ESPECIALISTA EM TRANSFORMAÇÃO PESSOAL
www.paulocordeiro.pt
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2022
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