Por David Rodrigues
in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2012
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Uma relação é uma oportunidade para nos realizarmos enquanto seres humanos, é um espaço de revelação de todo o nosso potencial, da nossa essência junto de uma pessoa que por nos amar, aceita e recebe-nos na nossa plenitude, sem exigências, dependências ou manipulações emocionais. Um relacionamento é um espaço de liberdade e evolução, embora isso não impeça que se assumam compromissos. O objetivo de um relacionamento é expandirmos a nossa essência e não sermos completados ou completar o outro.
Medo = Relacionamentos Minados
Tendo este ponto de partida, facilmente percebemos porque tantos relacionamentos não resultam, porque surgem ou mantêm-se como uma forma de preencher uma necessidade interior (afeto, segurança, estabilidade, (in)dependência, …) ou de um receio/medo (não ser suficientemente bonito/atraente, ter receio do que os outros dirão se não tivermos alguém ou nos separarmos, medo de não conseguir ser independente afetiva ou financeiramente, …) e com isso tomamos decisões que visam satisfazer essas necessidades e medos mas que nada têm que ver com a verdadeira essência de um relacionamento.
Descobrirmo-nos
Deste modo o maior desafio de todos num relacionamento é percebermos Quem Somos e o que desejamos. Sem este ponto prévio é muito difícil alcançar um relacionamento saudável e feliz, pois mais tarde ou mais cedo sentir-nos-emos perdidos e/ou em conflito interior.
Amar o Outro
Em seguida temos que estar disponíveis para Amar o outro, e a expressão “estar disponível” é propositada pois todos nós temos um conjunto de condicionamentos inconscientes que assumimos como a verdade sobre o Amor. E assim, precisamos de estar atentos e aprender a distinguir o que é Amor do que é pseudo-Amor. O Amor não depende de opiniões nem julgamentos, pois ele não prende, mas liberta verdadeiramente, enquanto que o pseudo-Amor baseia-se em exigências, dependências, regras, imposições, expectativas, … Por isso tudo o que não é a vivência da plenitude e da liberdade e que prende de forma egoísta e controladora (das ações, pensamentos ou comportamentos) o que o nosso parceiro deve dizer ou fazer é uma manifestação de algo que é inferior ao Amor. Assim Amar o outro implica um grande respeito, admiração e aceitação pela plenitude do outro, quer concordemos com ela ou não, pois uma relação não é um palco de julgamentos e muito menos de avaliações da legitimidade, coerência ou “correção” dos comportamentos de quem amamos, uma relação de Amor não é um tribunal para decidir quem tem razão. Quem exige e advoga a si o dom da razão na relação, passou ao lado do que é o Amor que não tem nada que ver com os processos mentais do ser humano, mas sim com a sua dimensão espiritual mais forte e com a ligação extraordinária que a energia de ambas as pessoas estabeleceu.
Um Relacionamento Excecional
Atingir um relacionamento excecional é o sonho de muitas pessoas, o grande desafio (que é possível alcançar) é mantermo-nos fiéis a nós próprios e desconstruirmos os mitos e crenças limitadoras que fomos assimilando ao longo da vida, compreender e viver a verdadeira profundeza e magia de uma relação. E esse trabalho começa em si, não o exija a mais ninguém senão a si próprio, tudo o resto virá com a naturalidade e normalidade que caracteriza o universo. Assim poderá ter um relacionamento excecional que pode durar 6 meses ou uma vida inteira, o tempo é a variável menos importante, porque não passa de mais um condicionamento (auto)-imposto.
A realização enquanto pessoas no âmbito de um relacionamento, não obriga a manter um relacionamento com a mesma pessoa para toda a vida se isso não for do superior interesse das duas pessoas envolvidas. No final tudo se torna claro e mais fácil quando se compreende e vive a verdadeira natureza de um relacionamento de Amor.
Autor do Livro “Oh My God! O Despertador Divino”
http://ohmygod-dr.blogspot.com
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REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2012