Por Núria Sciaccaluga
in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2012
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Esta última, é defendida pela milenar sabedoria chinesa onde o mesmo ideograma significa crise e oportunidade. Falemos sobre isso.
As previsões do FMI que apontam para crescimentos negativos do PIB de Portugal até pelo menos 2012, a chegada da Troika, o pacote de medidas de austeridade anunciado pelo Governo… Todos estes aspectos nos servem de sinal de alerta. Alguma coisa não está bem. Talvez desta vez seja mesmo a sério.
No entanto, eu pergunto-me, e pergunto-vos também… Devemos ter medo? Devemos deixar de arriscar? Devemos deixar-nos dominar pelo pessimismo? Cruzar os braços e ficar à espera que tudo volte a ser como era? Apontar o dedo continuamente ao Governo? É óbvio que se torna necessário apurar as causas da actual situação financeira do país, e responsabilizar quem de direito. Mas o mais importante de tudo, é concentrarmos os nossos esforços não em arranjar culpados, mas sim em tirar partido da actual situação de crise, pois esta significa também uma possibilidade de mudança, de melhoria, de evolução e até mesmo de progresso.
A meu ver, a crise nunca vem sozinha. Já o provérbio afirma que depois da tempestade vem a bonança! Atravessamos um período de grandes mudanças, mas estas não deverão ser vistas apenas como adversidades, e sim como oportunidades de crescimento! E que tal, agarrarmos essas oportunidades e superarmos este período conturbado e de recessão focando-nos nas nossas próprias competências? Explorarmos os nossos pontos fracos e melhorá-los? Como indivíduos, e também como contribuidores para a nossa sociedade e a nossa economia? Explorar os nossos pontos fortes e perceber como podemos fazer ainda melhor? A solução não é cruzar os braços. A solução não é ficarmos parados. A solução é evoluirmos. Crescermos. Não desistirmos.
Olhemos então para a crise que atravessamos como uma oportunidade para o autoconhecimento, a autodescoberta, a procura de novos caminhos, de novas soluções. Temos que nos adaptar. Não nos devemos deixar dominar pelo pessimismo e o medo, mas sim arriscar, ainda que com precaução, e sobretudo continuar a viver! Se formos dedicados, se nos esforçarmos e se actuarmos com bom senso, encontraremos certamente o fio condutor para um caminho de evolução pessoal e equilíbrio financeiro. Abraçar o optimismo e encarar os obstáculos como degraus para subir na vida, são aspectos essenciais para construirmos aquilo que somos, e sobretudo, o que ainda poderemos ser.
Visto isto, deixo-vos apenas algumas linhas orientadoras, que vos ajudarão a tornar a crise numa oportunidade:
1. Optimismo. Alguns dados indicam que cerca de 50% da nossa felicidade é influenciada por tendências genéticas. Mas apenas 10% do que nos acontece parece interferir com a satisfação global da nossa vida. Quer dizer que temos 40% de escolha, de opção sobre que limonada fazer com os limões que a vida nos dá! Aproveitemos!
2. Sensatez.“Pela reflexão, comedimento, autodomínio, os sensatos podem tornar-se uma ilha que nenhum dilúvio poderá inundar.” Textos Budistas
3. Flexibilidade. Capacidade de adaptação. Quais os caminhos e soluções alternativas?
4. Coragem.O caminho da coragem é enfrentar o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. Osho
Em tempos de crise é essencial sermos optimistas, sensatos, flexíveis e corajosos!
E para terminar, cito Augusto Cury… “se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da água: a água nunca discute com os seus obstáculos, apenas os contorna”.
Não fique parado. Não se limite a esperar. Procure a mudança, a evolução e o progresso!