
Por Sofia Agapito
in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2013
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
As mudanças fazem parte da vida de qualquer ser humano, mudar é um acto humano e natural. Tudo se encontra em eterna mutação. Dai que sempre que temos que enfrentar uma mudança, a realidade altera-se e a nossa mente deve acompanhar essa alteração. E desta forma a mente deve saber integrar a nova realidade, integrar novas perspectivas, novos rumos, novos recursos.
Qualquer processo de mudança quer seja positivo, ou negativo, por exemplo o nascimento de um filho, a morte de um ente querido, um divórcio, uma mudança de casa, uma perda de emprego, trazem consigo a necessidade de os olharmos de uma nova perspectiva, e por isso temos necessidade de alterar os nossos mapas. Quando a nossa vida é ameaçada, de alguma forma, entramos em bloqueio. Se não podemos escapar, fechamo-nos, ficamos como uma concha, fingimo-nos de mortos.
Como sabemos que um mapa já não nos serve? Quando temos uma experiência que se repete sempre, ou quando perante uma nova realidade teimamos em utilizar recursos antigos, e sentimos uma tristeza e uma impotência absoluta. Desta forma, chegou a hora de mudar o mapa.
A nossa vida é uma grande jornada, e isto é uma bênção maravilhosa. E apesar de todos termos grande capacidade para a mudança, na verdade muitas vezes não conseguimos sozinhos saber quais são os nossos próprios recursos.
As situações de mudança da nossa vida metem-nos medo! O medo surge quando estamos desconectados connosco mesmos. O cansaço, a apatia, são estados de desconexão. Desconectados bloqueamos a nossa criatividade. Estamos longe de nós mesmos.
Existe uma grande inteligência dentro de cada um de nós. Se o nosso pensamento estiver integrado, se estivermos conectados, podemos sentir a paz e a criatividade. Nesta terapia procura-se a unidade mente/corpo. Este processo ajuda-nos a transformar, a que cada um perceba os seus próprios recursos.
O nosso estado emocional condiciona aquilo que queremos das nossas próprias vidas. Por exemplo, se estivermos num estado triste, estamos influenciados a pensar nas experiências tristes. Se mudarmos o estado emocional seria muito diferente, e o que sentimos em relação ao nosso futuro será muito diferente.
É importante aprender a dominar o cavalo (inconsciente). A mente consciente é o cavaleiro e tudo depende da conexão entre ambos.
Devemos sentir o que queremos, não podemos ficar nas nossas feridas. Temos que sentir qual o significado mais profundo das nossas vidas, aprendendo a segurar as nossas espadas, reunir todas as nossas energias, arranjar coragem. Cada um tem que trazer a sua energia de guerreiro, ser um guerreiro criativo, trazer a nossa coragem para enfrentar o mundo. Cada um de nós tem que perceber quem é, que poder tem, e dessa forma defender a sua vida, para que através da integração mente/corpo se torne saudável.
Viver é um ato de coragem, e de amor, não podemos deixar que o nosso mundo se desagregue. Temos que ativar o amor dentro de nós, e como diz o mestre Guilligan: se não estivermos sempre a nascer, estamos sempre a morrer.
