in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Será a criatividade que irá mostrar-nos quais as nossas capacidades para criar, suster e renovar os relacionamentos de modo a promover o crescimento mútuo. Será também ela, a apontar-nos o momento de finalizar o que precisar ser finalizado.
A criatividade nos relacionamentos começa com a disposição e a coragem de ver o outro como um espelho de nós mesmas. Esta abordagem, profundamente enraizada em saberes como a astrologia, sugere que os relacionamentos têm um enorme potencial para aprofundarmos o autoconhecimento. Cada interação com o outro pode ser vista como uma oportunidade para explorar partes de nós mesmas que ainda estão ocultas ou pouco desenvolvidas. Nesse sentido, a criatividade surge não apenas na expressão do amor e da amizade, mas na exploração e aceitação das nossas sombras, refletidas pelo outro.
Astrologicamente, podemos ver essa dinâmica representada nas sinastrias, onde os mapas astrais de duas pessoas se entrelaçam, revelando aspectos complementares ou desafiadores. Através dessa lente, entendemos o que cada pessoa traz ao relacionamento - não apenas as suas qualidades individuais -, mas também as energias arquetípicas que precisam ser integradas para que o relacionamento possa florescer. A criatividade manifesta-se aqui na forma como escolhemos responder a esses desafios e integramos essas energias, transformando potenciais pontos de atrito em fontes de crescimento e aprendizagem.
É fundamental sermos capazes de reconhecer que um relacionamento é como um organismo vivo, que exige atenção constante. Flexibilidade, inovação, quebrar padrões repetitivos e disfuncionais, ser capaz de ler nas entrelinhas e, sobretudo, uma abertura para acolher o inesperado. Muitas vezes, caímos na armadilha de esperar que o outro se adapte a uma ideia fixa ou estática daquilo que o relacionamento "deveria" ser e criamos expectativas que não têm como nos devolver a realidade que gostaríamos que fosse. Termos bem conscientes quais são os nossos valores e limites, bem como a capacidade para os defender são também, claro, essenciais...
A mitologia grega traz-nos o mito de Pigmalião para nos ajudar a compreender como o tema da falta de criatividade (ou da resistência a ela) pode ter consequências negativas: podemos acabar emocionalmente isoladas, presas a um mundo de ilusões e perdendo a oportunidade de uma ligação autêntica e transformadora.
Pigmalião, um escultor talentoso, apaixonou-se pela estátua que ele mesmo esculpiu, Galatéia. Incapaz de se abrir para relacionamentos reais e humanos, projetou toda a sua afeição numa criação de pedra, uma representação perfeita das suas expectativas. A história teve um final feliz apenas porque Afrodite, a deusa do amor, atendeu ao seu desejo e deu vida à estátua.
É importante lembrar que a criatividade nos relacionamentos não é apenas sobre grandes gestos ou inovações radicais. Ela manifesta-se nas pequenas coisas – na maneira como escolhemos ouvir o outro, em como oferecemos apoio, ou em como expressamos a nossa gratidão.
Para passarmos da teoria à ação, podemos inspirar-nos nos conceitos apresentados por Gary Chapman em "As 5 Linguagens do Amor". Chapman argumenta que cada pessoa tem uma ou mais formas predominantes de se sentir amada ou querida: palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, atos de serviço ou toque físico.
Usar a criatividade para identificar e falar a linguagem de amor do outro é essencial para o sucesso do relacionamento, seja ele romântico ou não. É verdade que exige atenção, diálogo, dedicação, mas a recompensa pode ser muito grande.
Já agora...
- Pense em três pessoas que lhe sejam importantes.
- Pense em si.
O que pode fazer, daqui para a frente, para melhorar a qualidade dos seus relacionamentos através da expressão criativa?
ASTROLOGIA E COACHING
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