in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2022
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No contexto desportivo, a autoconfiança é em inúmeras vezes a diferença entre o sucesso e o insucesso, entre a obtenção do pódio e o meio da tabela, entre as melhores performances e o desgosto. É esta autoconfiança que permite a cada pessoa, a cada atleta, entrar em cada competição com a crença de que vai tudo correr bem, com maior capacidade de adaptação a situações imprevistas e com o foco muito mais virado para si mesma em vez de para os outros.
A vida profissional, na maior parte das profissões, assemelha-se em muito ao contexto competitivo desportivo. Por isso mesmo, o impacto da confiança no sucesso profissional é tão grande como o que tem no processo desportivo. É efectivamente a diferença entre o sucesso e o insucesso.
Continuando nesta transferência do desporto para o escritório, a confiança em cada um é necessária para, principalmente, nas situações que parecem menos positivas, em que é importante virar a atenção ainda mais para dentro e compreender o que se faz de bom em cada momento ou dia, o que pode ser melhorado e o que, de facto, não é da sua responsabilidade.
A confiança é também aquela noção que cada pessoa tem da sua capacidade para realizar determinada tarefa. Quanto maior for essa confiança, melhor será desempenhada a tarefa – melhor performance –, mais facilmente serão atingidos os objectivos – melhores resultados – e mais perto estará de chegar à ambicionada promoção ou aumento. Claro que, como também no desporto, o que é em excesso é prejudicial. Portanto, se a confiança no seu nível óptimo, que é diferente de pessoa para pessoa, leva cada pessoa a dar o seu melhor e a chegar a melhores resultados, o excesso de confiança faz com que esse equilíbrio que leva à melhor performance seja quebrado, diminuindo o desempenho e piorando o resultado.
Este nível óptimo de confiança é também aquele ponto em que cada pessoa parece conseguir ultrapassar a convenção tão enraizada na nossa sociedade que parece impedir que cada pessoa possa dizer “Eu sou bom/boa nesta tarefa” ou função… ou o que quer que seja que esteja a falar. O nível óptimo de autoconfiança permite dizê-lo sem sobranceria ou falta de humildade ou noção da realidade porque, uma pessoa com um bom nível de autoconfiança pode, da mesma maneira que assume a sua capacidade para uma função, assumir a incapacidade para outra sem que isso seja encarado como algo de negativo ou prejudicial a si mesma.
Além do já referido, potenciar a autoconfiança tem impactos ainda mais abrangentes, quer no amor próprio quer na autoestima. Realmente, estes 3 pilares – chamemos-lhes assim – estão directamente relacionados entre eles e sempre que um sobe, aumenta, os outros vão atrás. Também é verdade que sempre que um desce, os outros também o seguem. Por haver esta simbiose entre os 3 pilares, é necessário compreender que cada pessoa pode potenciar o seu crescimento potenciando um deles, pelo que potenciar a autoconfiança irá potenciar a autoestima e o amor próprio, quase criando um ciclo virtuoso.
Poderá parecer um paradoxo mas a maneira mais fácil de potenciar a confiança é através da celebração. Temos muitas vezes a ideia de que celebramos apenas os sucessos, e isso até é verdade, mas o tema principal está na noção de “sucesso” que cada pessoa definiu. Ao longo de cada dia, cada pessoa tem muito mais situações de sucesso do que aquelas que à primeira vista lhe parece, razão pela qual devemos celebrar toda e qualquer situação que seja bem feita, mesmo que possa parecer fácil ou óbvia ou até rotineira. O seu contexto, para o que se pretende em termos de resultado, que é potenciar a confiança, não é lá muito relevante. O importante aqui é fazer o reconhecimento próprio do que de bem cada pessoa faz.
Quanto mais vezes for celebrando as suas conquistas e realizações, mais a sua autoconfiança se irá aproximar do tal nível óptimo e, por isso mesmo, melhores serão as performances, os desempenhos, e melhores serão os resultados e mais sucessos irão aparecer, com todo o impacto positivo que isso tem.
E não há nada melhor do que depender apenas de si para ter todo o reconhecimento e validação que merece, tendo em si toda a confiança que pode ter, sem medo de se perder ou sofrer dano.
COACH COGNITIVO COMPORTAMENTAL
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