Por Paulo Marques
in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Vamos caminhando, passo a passo, fazendo por ultrapassar todos os desafios até atingi-lo. E quando o conseguimos alcançar, dá-se um apogeu, quase um estado de clímax. Mas, rapidamente passa, esmorece! O vazio volta, a frustração, a procura, o “falta algo” paira em nós de novo. E voltamos a imaginar um outro algo, uma coisa a que nos possamos agarrar como meta do dia-a-dia. E de novo traçamos planos, delineamos trajetórias e conjugamos esforços, repetindo assim o mesmo ciclo.
E porquê? Na vida, desde a infância que nos é incutido, seja pela família ou pela sociedade que para “sermos alguém” temos que estudar e seguir esta ou aquela profissão. Fazem de tudo para que interiorizemos que o estudo é a base de um bom futuro. Será? Esqueceram-se do quão importante é brincar. Esqueceram-se se mencionar em como as crianças que seguem o ensino do método Waldorf são dos alunos melhor sucedidos no futuro. Este é apenas uma pedagogia que procura integrar de maneira holística o desenvolvimento físico, espiritual, intelectual e artístico dos alunos. Tem como objetivo desenvolver indivíduos livres, integrados, socialmente competentes e moralmente responsáveis. Incutem-nos o estudo, removem a brincadeira. Incutem a responsabilidade, dilaceram a liberdade de escolha. Incutem um futuro pré-programado, matando as emoções, a liberdade de sonhar, de nos construirmos, basicamente, a liberdade de Ser!
Já não sonhamos, por vezes limitamo-nos a imaginar como seria, ou até nem isso, pois deixamos de sentir que merecemos o melhor, que merecemos a felicidade, a abundância, o amor. Porquê!? Porque alguém disse que é preciso esforço, dedicação, empenho, sacrifício, seguir determinados padrões humanos e sociais… porque alguém o afirmou, nós fazemos… não o fazemos porque faz sentido para nós, fazemos porque foi estipulado como uma verdade! Mas e a tua verdade, qual é? Porque não podes seguir a tua inspiração, o teu sonho, o teu bem-estar, a tua liberdade? Sim, vivemos com milhões de pessoas e tem que haver respeito a vários níveis, mas desde que não ofendas ou causes dor de forma propositada, porque não seres apenas quem és!?
Não vale a pena imaginar empregos perfeitos, vidas perfeitas, utopia, sê apenas tu, com sonhos, objetivos, projetos concretos, claro que sim, mas permitindo que a vida te molde. Vai fluindo ao sabor da corrente, nunca perdendo de vista quem tu és. Assume as tuas verdades e convicções, assume quem és, mas permite que se for necessário, tudo mude à tua volta. Caminha com passo firme, mas com consciência de que o terreno é incerto e nem sempre bem visível. Poderia dizer-te, “imagina sempre a meta quando estiveres sozinho, desamparado, sem rumo”, ou, “imagina que já conseguiste, não desistas”… Podia dizer-te tudo, mas prefiro dizer quase nada. Não imagines, não forces, não te desgastes, apenas vive cada momento tal como ele é. Se for para rir, ri muito, mas se for para chorar, chora tudo como se o mundo estivesse a desabar. Se for para lutar, não fujas da guerra, mas se for para desistir porque as forças se foram, fá-lo com a mesma convicção de quem se conhece em pleno. Nem todos o irão entender, mas tu sim, é mesmo para ti!
Assim sendo, não imagines um futuro maravilhoso, só de amor e felicidade, mas vive este momento presente, este divino agora, onde te é dada a possibilidade de sentir, de ser, de manifestar… oh e como é grandiosa essa dádiva! Abraço-te e que as poucas palavras de transformem em ti num novo Eu*
MILITAR, FACILITADOR E AUTOR
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in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2016
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