Por Pedro Midões
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
É do senso comum que para ter saldo positivo, o dinheiro que gastamos no mês não pode ser superior ao que ganhamos. Contudo, nem sempre isso se verifica, pois para além da dificuldade de travarmos os impulsos criados pelas nossas emoções e compensá-las de alguma maneira, há uma dificuldade associada na grande maioria das pessoas de perceber qual o benefício futuro de conseguir poupar. Até porque nos dias de hoje e mais concretamente pelos EUA e Europa fora, estamos perante uma sociedade de consumo.
Do mundo informático, passando ao do vestuário, das relojoarias, etc., todos queremos ter o último modelo, o mais atual e que mais funcionalidades tem, e isso é substituir o imediato pelo benefício que no futuro não sabemos qual é. Ter essa perceção é fundamental para inverter ou desenvolver formas diferentes de gerir o nosso dinheiro e principalmente as nossas emoções.
Assim, falar em atenção plena nas nossas finanças não é mais do que falar em perceber qual o nosso padrão de consumo, ou por outras palavras, é estar consciente de todo o conjunto de receitas e despesas que ocorrem em determinado período, de forma a que o saldo da nossa balança esteja em equilíbrio.
Normalmente e como referido, a nossa maior atenção a este tema surge apenas em situações de maior aperto / crise financeira que somos despertados pelas notícias sobre o nosso País ou; porque percebemos que entrámos no sinal vermelho da nossa conta bancária e temos de começar a pegar “num papel e caneta” para descrevermos todos os itens ou rubricas onde gastámos todo o nosso dinheiro.
Nos dias de hoje já pouco se usa o “papel e caneta”, ou até mesmo as ferramentas em Excel. Hoje há um conjunto de aplicações “user frindly” disponíveis para qualquer pessoa utilizar nos seus computadores ou portáteis, telemóveis touch screen e/ou tablets. Estas aplicações trazem um conjunto de funcionalidades que nos permitem fazer a soma de todos os nossos rendimentos e todas as nossas despesas (sejam despesas de casa ou mesmo inerentes a ela, bem como os jantares com amigos, viagens, cosmética e spas, cinema e museus, roupas e presentes, despesas com viaturas e bancos). Algumas das aplicações, a título de exemplo: “moneyboard, pocketguard, toshl finance, home budget”, além de nos mostrarem o saldo da balança, ainda apresentam resumos e gráficos sobre os ganhos e despesas. As aplicações atrás referidas permitem, nos dias de hoje, sermos gestores das nossas finanças de uma forma mais rápida e simples.
Quando falamos em atenção plena sobre as nossas finanças, e apesar de ser de extrema facilidade e rápido, exige um trabalho adicional e exige principalmente disciplina da nossa parte, caso contrário estará a enviesar a própria análise e gestão das fontes de receita e despesa. Contudo, disponibilizarmos 5 minutos do nosso tempo, trazer-nos-á outros benefícios associados. Como já referido, o facto de saber onde se concentram a maioria (e especialmente em pormenor) das nossas despesas, é ter a capacidade para de uma forma rápida e acertada, não só inverter o padrão de consumo que temos vindo a utilizar, bem como permitir-nos um autocontrolo sobre o que parecia “desconhecido” até então.
Ao permitir-nos e disponibilizar-nos para conhecer e inverter / reorganizar o nosso padrão de consumo e controlo sobre as nossas emoções, permite-nos criar um superavit ou saldo positivo nas nossas contas e consequentemente obter uma maior estabilidade emocional. E como não podemos dissociar uma da outra… fica o conselho.
DIRETOR FINANCEIRO E CONTABILISTA CERTIFICADO
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