Por Suzana Mendes
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
PÁRA! Quando foi a última vez que paraste para SER? O que costumas fazer diariamente para SER? Quem és? Não aquilo que fazes, ou as ideias formatadas pelo exterior ou aquilo que tens (status, canudos). Não o que acumulaste de fora, conhecimento, experiências e conquistas. Mas a tua essência. Quem és tu?
É frequente as pessoas não saberem muito bem quem são, acham que são a Maria, portuguesa, com uma licenciatura em gestão, mulher do João, mãe do Tomás e da Francisca, herdeira dos olivais do pai Andrade (nomes fictícios). Tu não és somente o que fazes e o que constróis, pois o que fazes e constróis é um resultado, uma expressão, um produto de ti, e mais uma vez, acção para fora.
Por outro lado, as pessoas tendem a procurar ajuda em tempos de crise, como se tivessem perdido o rastro de si mesmas.
A sociedade moderna exige que nos viremos para fora, treina-nos para produzir e consumir, não nos treina para trabalhar o nosso interior, a nossa casa interior, não nos ensinam a ouvir a voz interior, a termos um relacionamento amorosocom o nosso SER, fruir da nossa energia única e mágica.
Achamos que nos dar a atenção que merecemos é ir às compras, ou fazer uma viagem, ou ir a um spa, mas isso são tipos de fugas à rotina do fazer e ter, mas, mais uma vez, são atividades para fora. Também muitos acham que a fama, a bajulação, os elogios, o poder são formas de dar atenção a si próprios, mas essa atenção, mais uma vez vem de fora e somente agrada ao ego.
Quando foi que passaste um dia sem nada fazer, ou umas horas, ou uns minutos de plena atenção interior? De contemplação, de não julgamento, de reflexão, de enamoramento, de gratidão e aceitação por seres quem és? E sabes quem és? Tens tido curiosidade de saberes quem és? Tens saudades tuas, da tua própria companhia?
É difícil arranjar esse tempo, essa disponibilidade mental e emocional, estamos condicionados, constantemente solicitados para fora, que vamos sendo por instinto e por formatação do pensamento pelas regras e crenças da racionalidade coletiva.
É um tanto assustador perdermo-nos de nós e termos que nos agarrar a paixões, vícios, objetivos materialistas ou por outro lado viver doente, com depressão, ansiedade, doenças crónicas ou falta de energia. A doença é um sinal do nosso corpo a indicar um desequilíbrio energético, seja físico emocional e/ou psicológico. A doença acaba por ser uma aliada, uma oportunidade para parar e cuidar de nós próprios.
Ficamos doentes quando nos alimentamos mal, adoecemos quando não estamos felizes, quando estamos frustrados, revoltados, quando não nos sentimos valorizados, amados. Mas esquecemo-nos que o principal responsável por nós, somos nós. E essa plena atenção em nós é quase nula.
A Astrologia Chinesa baseia-se nas leis da natureza, que são justas e sempre em busca do equilíbrio. Compreender a nossa essência, a nossa natureza pessoal através desta ferramenta é um exercício muito interessante de praticar para SERMOS Plenos (e não andar a representar papéis que muitas vezes são imposições de fora).
“Da minha experiência uma melhor compreensão de nós leva-nos sempre ao trabalho de desenvolvimento da atenção plena em mim própria.
Tem sido um percurso, com dúvidas, avanços e retrocessos, um trabalho continuo, que exige disciplina e humildade, para criar novos hábitos psicológicos, emocionais e físicos, e ir construindo uma relação verdadeiramente amorosa comigo própria. A consciência da importância de estamos atentos, mais despertos, mais intuitivos, mais eficientes a usar a razão a favor do coração para uma vida mais preenchida, com maior realização e paz interior.”
FENG SHUI, SAÚDE E BEM-ESTAR
www.suzanamendes.com
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2018
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