Por Artur Silva
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2018
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A vela se acende em plena concentração sobre seus próprios domínios. Uma busca para desapegar dos condicionamentos herdados, o reconhecimento do sofrimento e de seus próprios estados naturais, como vou estar no jardim, sem atravessar com atenção plena os pântanos da vida? Uma nova proposta de interação a qualquer problema que aconteça na caminhada da vida, no sobe e desce das emoções, uma verdade para lidar com as formas que a vida nos apresenta, graciosa ou não, aceitando as margens do rio como elas são, suas formas e seus preceitos. Focando a atenção, aceitando as condições que são naturais da vida, criando habilidades de responder a esses impulsos de uma forma mais centrada, um esvaziamento maior de dispersão, um arremesso atemporal para dentro do nosso próprio centro inteligente de consciência.
Sem entender a dimensão interna de onde viemos, é difícil organizar uma atenção mental satisfatória, são tempos atuais em que vivemos uma intensa aglomeração de opiniões nos cercando o tempo todo, é um circulo de hiper-informação global. A atenção plena deve converter em nossa respiração consciente dos fatos em nossa volta, o sentir desse enquadramento terrestre em que estamos fixados. É como uma longa viagem ecoando de algum lugar do passado para o presente, para o agora. As vezes falta isso em nosso presente pois vivemos impregnados pela ansiedade, um padrão tão modificante que esquecemos de olhar a nos mesmos nesse grande espelho acoplado ao nosso próprio reflexo, e não sentimos cada emoção natural decorrente do nosso singular caminho. E estrada a percorrer é onde você se encontra, então aprecie as formas peculiares desse caminho, não se perca em estradas marcadas por outros pés que não sejam os seus.
Estar presente, absolutamente consciente é uma chave reluzente que tenho que dar em cada lugar que eu passar, sentir que não estou ali por estar, mas estar ali para me sentir presente comigo mesmo, o tempo todo devemos estar connosco, pois somos uma base tão extensa e complexa, uma fronteira coexistêncial que não tem limite, infinitos de percepções, um reflexo cristalizado das minhas potencialidades, mas mesmo assim o ser humano se perde em sua natureza hostil e insaciável, uma jornada inadequada por prazeres efémeros, placentas emocionais abortadas por suas sombras autodestrutivas num ataque somático desastroso ao seu corpo que ainda sobrevive calado no limite do silêncio, porém cada dia mais consciente, é preciso o aprofundamento do ser.
Há momentos que não podemos mais deixar a vida nos transcorrer, precisamos respirar, e voltar ao nosso centro de comando como um chamado urgente da nossa expansão maior de concentração, somos mínimos ao grande universo, porém essências, o que pensamos nos afeta ou desinfeta, e isso já virou uma filosofia na nossa cultura contemporânea progressista pensante, é um processo consciencional que se adentra na capacidade divina, o aparato de compreender aspetos em sua integração do mundo interior.
Cada um é a totalidade manifesta e assim sendo temos que eclodir nossa atenção para o agora, para essa faixa existencial, Buda já nos passava a sabedoria de viver sabiamente no presente, decodificando esta importância, a mente pode salvar seu futuro mas isso dependera da visão da mesma sobre a camada profunda da consciência.
A manifestação se faz presente, nesta vivência humana em que esta sua alma neste estado do aqui e agora, poderíamos estar em qualquer outra forma de vida, mas as causas e condições nos levaram a esta, então será mesmo que eu até chegar nesse estado não me aprimorei para tal? Somos formados por células e as celular são condensadas pelos átomos, os átomos criam esse universo físico por assim dizer, é uma engrenagem complexa, são parâmetros que estão por ai para estimular nossa mente, pensamentos vão e vem, a raiva pode se instalar e logo passar, mas você é o passageiro que sente cada sensação dentro desse comboio que se movimenta constantemente, trabalhar estados desconfortáveis é trabalhar a concentração consciente, a ansiedade é inquietude que se acelera sobre o tempo sobre devaneio de suas ações e pensamentos.
A linguagem no universo é o pensamento, expressado pela fala e em outras esferas emanados telepaticamente, a vida é movimento sobreposto sobre a concentração de si mesmo, o mundo búdico é o pé no chão, são sim de grande valia as praticas meditativas ou qualquer estado de concentração em que você se coloque ao recolhimento da mente, já que estamos tão fragmentados por frequências, situações, emoções ou qualquer tipo de sentimentos que nos vire em estados de suprema inquietude.
Não há dentro nem fora a apenas o todo, e eu faço parte desperta dessa conexão paradoxal, então cada dia entende-se como um oportunidade de estar aqui presente no entrelaces da minha própria vida, em respiração consciente de quem eu sou, em plena atenção de mim mesmo e das minhas falhas emocionais, numa concentração diária pela minha saúde e por mim mesmo sabendo que minhas escolhas resultarão no desenrolar do grande rio que cerca minha vida, eu sabendo que eu sou o cocriador da minha realidade eu saberei por suposto entrar na minha perspetiva humanizada, e assim alterar meus estados de atenção, sabendo pois, que a consciência é um aspeto intocável e pertencente a esferas mentais mais elevadas, inalterável sobre o tempo que me foge a esferas mais elevadas do meu ser, que ninguém poderá tirar de mim o conhecimento, pois esta é uma bagagem expandida a minha verdadeira essência, situações agora se fazem apenas ao meu redor, eu não preciso mais me identifica-las eu sou apenas um observador que segue andando ao lado desse grande rio chamado vida, andando e sentindo o chão tocar meus pés, em atenção plena de quem eu sou agora. Atenção plena desse instante, da minha respiração, do meu eu sobre todas situações tomadas por mim mesmo até esse exato momento de interatividade, até mesmo com esse texto, estou em puro estado consciente de integração com minha vida!
ESPIRITUALISTA, REIKIANO, TARÓLOGO, FUTURO ESCRITOR EM FORMAÇÃO
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