in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2015
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É na participação na criação de riqueza e na forma como a gerimos - recebendo, gastando e/ou investindo - que está a chave. Todos os nossos problemas financeiros encontram a sua origem nestes fatores e neste processo. E o mesmo acontece para as soluções.
Uma das crenças mais comuns é a de que a gestão de finanças pessoais é complicada – e que acaba sempre num emaranhado de números e papeis. Não tem de ser assim. Em termos práticos, o primeiro passo é trazer luz às nossas finanças, tal como elas são hoje. Isso passa por identificar como gerir o que recebemos (rendimentos), o que gastamos (gastos), o que temos à disposição e é nosso (ativos), bem como o que não é nosso (passivos), alinhando decisões com objetivos e possibilidades.
Por limitações de espaço não poderemos desenvolver vários conceitos fundamentais nestas linhas. No entanto, uma vez que ainda estamos no início de um novo ano, pergunto: já fez o seu orçamento pessoal e/ou familiar para 2015?
Se a resposta for não – ou achar que pode melhorar a sua abordagem -, aqui fica uma sugestão de como o pode fazer, em três simples passos (recomendo que use uma base de cálculo eletrónica, como por exemplo o Microsoft Excel):
Primeiro: Tome como base um mês típico de rendimentos e gastos. Defina quanto deverá receber, gastar e poupar/investir, por cada rubrica ou tipo de fluxo monetário. Depois de o fazer, alargue a base para o resto do ano: multiplique por 12 todas as rubricas. Ao fazê-lo, tem uma base genérica de quanto gasta anualmente em cada uma delas;
Segundo: Ajuste essa base mês a mês, identificando despesas específicas (revisão automóvel, impostos, férias, propinas escolares, uma nova aquisição dispendiosa, etc.) e acrescentando esses valores às despesas recorrentes. Preveja uma margem para desvios (10% é um valor comum), ou crie rubricas de despesas imprevistas, estimando os seus valores.
A estes dois passos mais convencionais (ainda que muito simples) acrescente um terceiro, que embora costume estar ausente na grande maioria das abordagens a este tema comprova-se ser extremamente útil.
Terceiro: Para cada linha/rubrica do orçamento, responda a duas questões de rumo positivo:
"Qual o obstáculo ou desafio mais provável com que me irei deparar nesta rubrica?"; e
"Que soluções posso usar para superar esses desafios? Qual a que me é mais acessível e, ao mesmo tempo, mais eficaz?"
Tente sumarizar as respostas numa só frase - se conseguir, numa só palavra.
Reflita estas informações num quadro que caiba numa só página. Não mantenha a informação apenas em formato eletrónico: imprima-a. Se não tiver espaço para uma só página, organize em frente (as linhas e colunas com os dados financeiros) e verso (as linhas e colunas com as respostas às questões de rumo positivo).
Tenha a folha disponível para quando precisar dela. Agende datas específicas para a rever e atualizar, de preferência alinhadas com outras tarefas financeiras que tenha de fazer (fazer pagamentos, ir ao banco, consultar o extrato, revisão financeira do fim de semana/quinzena/mês, etc.). Mantenha sempre a perspetiva global de como estão a evoluir as coisas, e altere as rubricas e valores sempre que necessário.
Clareza, organização, antecipação, flexibilidade, estratégia. Que estas e outras palavras estejam presentes nesta área da sua vida. Para que cumpra a sua finalidade mais autêntica: estar ao serviço de tudo o resto – estar ao serviço do seu melhor.
JÚLIO BARROCO COACH, CONSULTOR, FORMADOR, AUTOR, EMPREENDEDOR www.juliobarroco.com facebook.com/pages/Júlio-Barroco- Dreamer-Changer/310682895641197 www.linkedin.com/in/juliobarroco [email protected] in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2015 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |