Por Sofia Frazoa
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2012
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Há uma frase de uma terapeuta norte-americana, Sandra Ingerman, que aprecio muito pelo misto de liberdade e responsabilidade que nos dá: “Somos os únicos que temos verdadeiramente o poder de mudar as nossas vidas”. Os outros podem-nos ajudar com exemplos, experiência de vida, conselhos, sugestões, mas só nós saberemos fazer as mudanças profundas e mais adequadas à nossa essência e ao nosso percurso no momento. Antes de pormos mãos à obra, é necessário um trabalho de tomada de consciência. Que vida estou a viver? O que preciso de mudar na minha vida? Esta é a vida que sempre quis para mim? Encontradas estas respostas, continuamos com as perguntas. Qual é o meu propósito maior de vida? Como posso chegar até lá? O que está ao meu alcance fazer para mudar a minha situação agora? Por onde posso começar? Respondendo a isto, é altura de agir.
Se olharmos em volta, são muitos os casos em que percebemos claramente que há pessoas que são infelizes com as vidas que têm, mas não se movem em direção à mudança. Assumem que é aquele o seu destino porque mudar dá muito trabalho, porque é grande o medo do desconhecido, porque não sabem sequer por onde começar ou, por uma razão mais dolorosa, porque perderam o contacto consigo próprias. O primeiro trabalho em direção à mudança deve ser retomar o contacto com o “eu” e com o que é essencial para responder às perguntas “quem sou?” e “o que é fundamental para mim?”. As respostas a estas perguntas podem implicar largar muitas das velhas crenças, padrões, relacionamentos, estruturas físicas. E implicam, sem sombra de dúvida, deixar de assumir o papel da vítima para adotar o da pessoa que cria, controla e decide a sua vida.
Seja em que área de vida for, é muito importante que cada um saiba qual o seu papel (no mínimo, aquele que não está mesmo disposto a representar) e imponha os seus limites. De pouco me vale lamentar-me do mau que o meu parceiro é, se fico à espera que ele mude em vez de o fazer perceber que, deste limite, comigo, ele não passa. Claro que há motivações e razões subtis, muitas delas de padrões vividos e aprendidos com os nossos cuidadores, que nos levam a evitar impor limites e a cair em situações que podem chegar ao abuso e à falta de amor-próprio. O medo de desagradar ou de perder o outro, a sensação de culpa, a necessidade de ser reconhecido, entre muitos outros fatores. E que nos levam a atrair um tipo de parceiro e não outro. Só que a vida - num mundo em profunda revolução e a uma velocidade alucinante - está-nos a convidar a viver a nossa verdade e a aproveitarmos para mudar, de uma vez por todas, o rumo da nossa história.
7 perguntas para a mudança (que pode aplicar em qualquer área de vida):
1) Quem sou eu?
2) Que vida estou a viver?
3) Esta é a vida que sempre quis?
4) Qual é o meu propósito maior de vida?
5) Que mudanças preciso de fazer na direção do meu propósito?
6) O que preciso de largar (pensamentos, crenças, relações, hábitos, etc)?
7) Que passo, por muito pequeno que ainda seja, posso já dar em direção à minha nova vida?