A chave da expansão sustentável do prazer que vale a pena explorar é a sua verdade pessoal: Reflita sobre as bases em que usa as suas finanças para a cumprir.
Por Júlio Barroco
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Por Júlio Barroco
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017
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Talvez a pergunta mais imediata que se impõe quando queremos conjugar as ideias de prazer e dinheiro seja:
- De que formas podemos maximizar o prazer que o dinheiro nos traz?
A Wikipédia diz que o prazer é “uma classe ampla de estados mentais que os humanos e outros animais experienciam como positiva, agradável ou que valem a pena procurar”. E realça que “a experiência de prazer é subjetiva e diferentes indivíduos irão experienciar diferentes tipos e montantes de prazer na mesma situação“ (tradução livre de “Pleasure”). Ou seja: cada pessoa tem a sua própria experiência de prazer, que é um dos sinais mais inequívocos da sua expressão única e autêntica. O que nos aponta para outras duas questões:
- O que é que nos dá, a nós em concreto, prazer?
- Como é que o dinheiro nos permite ou ajuda a obter essas fontes de prazer?
Podemos seguir diferentes caminhos para encontrar as nossas respostas. Numa perspetiva de desenvolvimento humano, tendemos a estar interessados em criar e sustentar o prazer e o bem-estar de forma holística. Isso não quer dizer que sejamos obrigados a excluir esta ou aquela fonte de prazer, mas sim que procuramos que as fontes de prazer tenham mais consequências positivas e duradouras no nosso bem-estar como um todo do que o contrário, sejam elas quais forem: procuramos que essas fontes nos dêem mais e melhor daquilo que procuramos para sermos quem somos.
A este nível, as mesmas perguntas fundamentais que nos servem há milénios continuam a servir-nos de orientação aqui:
Quem sou eu?
No que me quero tornar?
O que quero alcançar?
Vamos imaginar, muito resumidamente, duas identidades (fictícias) nesta base, a da Joana e a do Pedro, diferentes mas equivalentes na dimensão de verdade pessoal enquanto chave de expansão sustentável do prazer que estamos a explorar.
A Joana, com 22 anos, vê-se como uma jovem séria, inteligente e determinada. No seguimento do trabalho de auto conhecimento que tem vindo a aprofundar percebeu que tem mesmo a alma de professora que a levou à licenciatura em Pedagogia, mas que não se identifica com o sistema de ensino tradicional, pelo que irá dedicar-se a criar soluções alternativas na área da aprendizagem e desenvolvimento para jovens: quer servir a nova vaga de educação holística em franca expansão deixando uma marca sem fronteiras. Ter dívidas de longa duração é algo fora das suas intenções, pois considera que lhe retiram liberdade de movimentos. Para ela, o sonho deve mesmo comandar a sua vida: tudo deve contribuir para ou ajustar-se a ele.
Já o Pedro (com a mesma idade) sabe que sempre gostou de viver descontraído e com bom humor, com uma boa dose de conforto. E assim quer continuar, pelo menos enquanto não lhe ocorrer nada melhor. Terminou o 12º ano e resolveu dedicar-se à atividade comercial, pois adora criar relações e fá-lo muito bem. Para si o trabalho é algo que deve oferecer o suporte de tudo o resto que vida tem para nos oferecer. Assim que puder, quer ter “o seu castelo”, e tenciona pedir um empréstimo à habitação a 30 anos para o conseguir assim que for viver com a futura esposa. Para ele o mais importante é ter condições para desfrutar de lazer com a família e os amigos, e ser o facilitador de união entre todos de que muito se orgulha.
Com base nestes dois “bonecos”, podemos equacionar respostas financeiras bastante distintas para a geração de prazer. O Pedro reserva uma fatia significativa do dinheiro que já ganha no trabalho que faz para circunstâncias como jantares, fins de semana ou viagens, sem se esquecer de pôr de parte uma quantia fixa para dar de entrada para a futura casa, e sente que vale a pena. Para ajudar o grupo, e também controlar melhor as despesas das saídas, procura ser ele a marcar os eventos dos seus grupos, e fá-lo com semanas ou meses de antecedência.
Já a Joana é uma consumidora ávida de livros, formações e tudo o que a faça sentir que se aproxima cada vez mais da confiança e dos re
- De que formas podemos maximizar o prazer que o dinheiro nos traz?
A Wikipédia diz que o prazer é “uma classe ampla de estados mentais que os humanos e outros animais experienciam como positiva, agradável ou que valem a pena procurar”. E realça que “a experiência de prazer é subjetiva e diferentes indivíduos irão experienciar diferentes tipos e montantes de prazer na mesma situação“ (tradução livre de “Pleasure”). Ou seja: cada pessoa tem a sua própria experiência de prazer, que é um dos sinais mais inequívocos da sua expressão única e autêntica. O que nos aponta para outras duas questões:
- O que é que nos dá, a nós em concreto, prazer?
- Como é que o dinheiro nos permite ou ajuda a obter essas fontes de prazer?
Podemos seguir diferentes caminhos para encontrar as nossas respostas. Numa perspetiva de desenvolvimento humano, tendemos a estar interessados em criar e sustentar o prazer e o bem-estar de forma holística. Isso não quer dizer que sejamos obrigados a excluir esta ou aquela fonte de prazer, mas sim que procuramos que as fontes de prazer tenham mais consequências positivas e duradouras no nosso bem-estar como um todo do que o contrário, sejam elas quais forem: procuramos que essas fontes nos dêem mais e melhor daquilo que procuramos para sermos quem somos.
A este nível, as mesmas perguntas fundamentais que nos servem há milénios continuam a servir-nos de orientação aqui:
Quem sou eu?
No que me quero tornar?
O que quero alcançar?
Vamos imaginar, muito resumidamente, duas identidades (fictícias) nesta base, a da Joana e a do Pedro, diferentes mas equivalentes na dimensão de verdade pessoal enquanto chave de expansão sustentável do prazer que estamos a explorar.
A Joana, com 22 anos, vê-se como uma jovem séria, inteligente e determinada. No seguimento do trabalho de auto conhecimento que tem vindo a aprofundar percebeu que tem mesmo a alma de professora que a levou à licenciatura em Pedagogia, mas que não se identifica com o sistema de ensino tradicional, pelo que irá dedicar-se a criar soluções alternativas na área da aprendizagem e desenvolvimento para jovens: quer servir a nova vaga de educação holística em franca expansão deixando uma marca sem fronteiras. Ter dívidas de longa duração é algo fora das suas intenções, pois considera que lhe retiram liberdade de movimentos. Para ela, o sonho deve mesmo comandar a sua vida: tudo deve contribuir para ou ajustar-se a ele.
Já o Pedro (com a mesma idade) sabe que sempre gostou de viver descontraído e com bom humor, com uma boa dose de conforto. E assim quer continuar, pelo menos enquanto não lhe ocorrer nada melhor. Terminou o 12º ano e resolveu dedicar-se à atividade comercial, pois adora criar relações e fá-lo muito bem. Para si o trabalho é algo que deve oferecer o suporte de tudo o resto que vida tem para nos oferecer. Assim que puder, quer ter “o seu castelo”, e tenciona pedir um empréstimo à habitação a 30 anos para o conseguir assim que for viver com a futura esposa. Para ele o mais importante é ter condições para desfrutar de lazer com a família e os amigos, e ser o facilitador de união entre todos de que muito se orgulha.
Com base nestes dois “bonecos”, podemos equacionar respostas financeiras bastante distintas para a geração de prazer. O Pedro reserva uma fatia significativa do dinheiro que já ganha no trabalho que faz para circunstâncias como jantares, fins de semana ou viagens, sem se esquecer de pôr de parte uma quantia fixa para dar de entrada para a futura casa, e sente que vale a pena. Para ajudar o grupo, e também controlar melhor as despesas das saídas, procura ser ele a marcar os eventos dos seus grupos, e fá-lo com semanas ou meses de antecedência.
Já a Joana é uma consumidora ávida de livros, formações e tudo o que a faça sentir que se aproxima cada vez mais da confiança e dos re