
in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2025
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Esta (r)evolução não virá de fora, terá, necessariamente, de surgir dentro de nós, portanto, temos mesmo de nos responsabilizar pela nossa própria evolução. Chegou o momento de deixarmos de nos queixar do outro. O outro nunca é responsável pela nossa situação. Apenas nós, cada um de nós, é responsável pela nossa situação. Se o outro faz algo errado constantemente e nós ficamos e aceitamos é porque queremos ficar. E aí entra a nossa responsabilidade de criar a vida que temos. O que aceitamos e toleramos é o que teremos na nossa vida. Se aceitamos uma relação má é o que teremos na nossa vida.
E porque aceitamos algo que não nos está a fazer bem? Pois, é mesmo aí que entra a nossa quota parte de responsabilidade. O que temos de fazer, com toda a coragem e sinceridade é olhar para essas razões.
Será que sinto que não mereço melhor? Que não irei encontrar melhor? Será que gosto de estar no lugar de vítima? Será que gosto de esconder as minhas sombras ficando atrás das sombras do outro?
Há tantas hipóteses, portanto, temos mesmo de procurar ajuda de alguém para nos ajudar a pensar e a resolver dentro de nós o que tiver de ser resolvido, a isso se chama autoconhecimento e autoconsciência. Só assim poderemos criar algo diferente daquilo que temos, só assim conseguiremos voltar a sentir que merecemos mais e que teremos mais, se não aceitarmos menos. Só assim poderemos criar uma vida que realmente gostamos: quando resgatamos o nosso poder pessoal e percebemos que não podemos aceitar nada na nossa vida que não envolva amor. Primeiro, temos de nos sentir inteiros sozinhos e entrar inteiros numa relação.
Acredito que os novos relacionamentos conscientes assentam em 3 grandes bases:
- Vulnerabilidade e comunicação: os novos casais têm de encontrar dentro de si um espaço de coragem para serem vulneráveis, para comunicarem o que estão a sentir a cada momento, porque reagiram de tal forma, quais são os seus desejos, medos, anseios, sonhos. Isto é que conduz a uma real cumplicidade, a uma real conexão. Caso contrário, iremos manter relações superficiais e iremos ver muitos parceiros a sentirem-se sozinhos, não apoiados, não amados, desligados.
- Aceitação do outro como ele é (ou sair): para isso temos de conhecer bem o outro na fase de namoro, temos de o conhecer profundamente e gostar do que conhecemos. Nunca devemos estar numa relação e dizer “ele(a) vai mudar”. Primeiro: provavelmente ele(a) não vai mudar, é muito difícil mudar e só o conseguimos fazer quando queremos muito e não quando o outro quer. Segundo: aceitar o outro como é, é o verdadeiro amor, portanto, se não conseguimos aceitar o outro como é devemos sair da relação. Não estou a falar de coisas pequenas e insignificantes, que podem ser limadas, estou a falar de características de personalidade, hábitos diários, valores...isso não se muda facilmente. Portanto, o que devemos procurar é o “tampo para a nossa panela”, tem mesmo de encaixar com o que somos. As duas pessoas devem encaixar naturalmente, com a sua luz e a sua sombra. E, por isso, é que devemos ser genuínos logo desde o encontro número 1. Se estivermos a usar máscara atrás de máscara não nos iremos dar a conhecer nem iremos conhecer realmente o outro.
- Caminhar na mesma direção: crescerem juntos, com intencionalidade e presença plena e sempre com ajuda mútua. Nos novos relacionamentos, os dois são uma equipa, não pode haver um que faz mais do que outro e que se aproveita do outro. Relacionamentos conscientes são relacionamentos equilibrados, com tarefas partilhadas, com objetivos em comum, de cooperação e não de competição. Teremos um amigo dentro de casa e não um inimigo. Acabarão os jogos de poder e os parceiros estarão realmente presentes um para o outro. Crescerão juntos, irão desenvolver os seus interesses e partilharão os resultados um com o outro. Serão o maior apoio um do outro e poderão educar os seus filhos neste novo padrão de relacionamentos, sempre com muito respeito e harmonia.
Não pensem, contudo, que serão relacionamentos perfeitos e sem conflitos. Terão, certamente, os seus desafios, as suas horas mais negras, aqueles momentos da vida em que algo de menos bom acontece, mas, saberão agir como uma equipa, apoiarem-se um ao outro, gerirem esses conflitos com respeito e muita comunicação e autenticidade.
Portanto, serão relacionamentos maduros, no qual, cada um saberá gerir as suas emoções, terá os seus traumas integrados e conseguirá agir como um adulto.
Agora Reflete:
Já tens um relacionamento consciente?
Se não tens, o que falta para ser? O que têm de trabalhar?
Ou estará na hora de cada um voar noutra direção?
Lembra-te: estás sempre a tempo de mudar, tudo se aprende, tudo se treina.
Acredita, a vida é muito melhor quando vivemos relacionamentos conscientes!
Segue em direção às relações de futuro!
Não seria tão bom se só houvesse relacionamentos conscientes? Tanto que a humanidade iria mudar! Tudo iria mudar! Façamos a nossa parte. Depende de cada um de nós. Todos contamos!
“Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Mahatma Gandhi
E sim, mereces ser feliz!

LIFE & EXECUTIVE COACH DESDE 2015 E MENTORA DE EMPODERAMENTO E PROPÓSITO
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