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Fama, a dupla face da mesma moeda

1/12/2022

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A fama precisa refletir os mais altos valores do crescimento humano para que se torne uma filosofia de vida e um novo paradigma.
Por Maria Filomena Costa de Paula


in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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​Todos nós, em algum momento, já nos deixámos envolver pelo glamour que, na maioria das vezes, a fama projeta. Associamos, em grande parte, fama a vidas sumptuosas onde impera o luxo, a mordomia e de certa forma o conforto, achando que pessoas famosas estão, até mesmo, a salvo de circunstâncias desagradáveis. Esta é uma das necessidades do Ser Humano, ser reconhecido, sentir que pertence a uma tribo. É quase uma questão de sobrevivência.

Na realidade, esta sensação de reconhecimento aliada aos “cinco minutos de fama” nada mais é do que algo promovido ilusoriamente pelo ego, refletindo um mundo que exalta as aparências e o ter.  Na maioria das vezes são momentos curtos, sem grande consistência ou sustentabilidade que em nada promovem o crescimento pessoal ou coletivo que simplesmente se encaixam nas necessidades básicas do Ser Humano. Podemos dizer, então, que, na maioria das vezes, a fama é efémera e que nem sempre deixa legado e que, ter fama não significa, necessariamente, tenha sido alcançada por feitos virtuosos.

Mas então o que é a fama?

Fama significa ser reconhecido, falado, mostrado e na maioria das vezes apenas significa notoriedade no presente. Ela influencia, nem sempre, pelas melhores razões quem a assiste e se envolve. Sustenta-se na riqueza, independentemente da maneira como foi conseguida, no glamour dos bens materiais e do que eles proporcionam, alimentando sonhos de uma sociedade moderna que se encaixa neste modo de vida, promovida, nos dias de hoje, pela velocidade que as redes sociais e a comunicação digital, em geral, imprimem. Esta é a face “vazia” da fama, aquela que se promove sem conteúdo de valor para ninguém.
 
Depois temos a outra face da moeda, o lado da fama resultante de um caminho de vida, que inspira pelo empenho, competência, dedicação, trabalho, exaltando dons, ações, recheada de bons exemplos, que se sustenta pelo crescimento, cuidado, desempenho de missões e propósitos. Este tipo de fama cultiva e reforça valores que se sustentam no ser, fazer e ter, real permuta da vida em expansão de consciência. Esta é a face “cheia” da fama, a que deixa memória futura e legado.
 
Em ambos os casos a exposição é uma das consequências mais avassaladoras e nem sempre esse registo traz bons resultados sobretudo, na segunda face da fama, a de memória e legado pois ela está sobre o olhar atento de uma sociedade que está sempre pronta a criticar, julgar, não permitindo “erros” aos seus ídolos, projetando as suas próprias fraquezas e dualidades naqueles que tem como “mentores”.
Esquecendo-se que a vida, independentemente da fama, rege-se por todo tipo de circunstâncias e que a pessoa famosa é, antes de qualquer outra coisa, um Ser humano em constante mudança, escolhendo e tropeçando, escolhendo e acertando, movimentos que fazem parte de todos os processos de crescimento. É aqui que entra (ou deveria entrar) a inteligência emocional, ferramenta que ajuda a gerir, com maior tranquilidade e harmonia os tsunamis que enfrentam e a responsabilidade não alimentar algo que pode ser, altamente, destruidor.
 
Num mundo onde se promove, continuamente, a fama de forma fugaz e célere tendo para isso acesso fácil a vários canais digitais de divulgação, a efemeridade é algo que não preocupa a maioria dos que anseiam pela fama e por tudo aquilo que pensam conseguir. Pouco importa se deixam “vazio” ou “legado”. Se continuarmos a incentivar o efémero, alimentando, tão somente, necessidades básicas e egos inflados, dificilmente poderemos chamar à fama uma filosofia de vida.
 
Quando todos conseguirmos desviar o olhar do nosso próprio umbigo e nos tornarmos inspirações na construção de um novo paradigma, ai sim, talvez valha a pena toda a fama do mundo.
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MARIA FILOMENA COSTA DE PAULA
TERAPEUTA/ ESCRITORA/ PALESTRANTE AUTORA DO LIVRO “PASSO A PASSO-UM OLHAR SOBRE O DESENVOLVIMENTO PESSOAL E ESPIRITUALIDADE” E DO E-BOOK “É POR AMOR- 7 ESTÁGIOS DE EXISTÊNCIA”
Facebook: Maria Filomena Costa de Paula/Vida e Espiritualidade
Instagram: @filomenadepaula

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)​

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O Palco do sucesso que gera Fama

1/12/2022

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Segundo Augusto Cury: O sucesso no trabalho, na escola, na realização das metas é fundamental para a qualidade de vida. Mas a fama que acompanha o sucesso não produz a felicidade. A fama produz aplausos, mas não a alegria. Produz o assédio, mas não elimina a solidão. A fama pode tornar-se uma armadilha para uma vida feliz, pois evapora a simplicidade, esmaga a sensibilidade, invade a privacidade. Há muitos famosos tristes e deprimidos. Lute pelo sucesso e não pela fama. Se a fama vier, dê-lhe pouca importância. Por Renata Perre

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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​A verdade é que queremos vencer, brilhar, reconhecimento, grandes feitos, altos desempenhos, grandes objetivos e criar uma identidade. Queremos ser os melhores e ser lembrados como tal. Queremos tudo isto, porque queremos ter sucesso e fazer sucesso. E no meio de tudo isto, o mundo ganha novos homens e mulheres, em busca de uma melhoria contínua incessante, que inspiram e fazem questionar o que outrora era impossível e imaginável. E nesta forma de estar, o mundo evolui, muda paradigmas e cresce.
 
O mal, é se esta necessidade de sucesso que gera fama, torna o mundo um espaço onde vale tudo, olho por olho, dente por dente, e por isso cego em relação ao que realmente importa: a evolução e o crescimento.
 
A necessidade de sucesso, de fama, tem em si uma necessidade de amor, de pertença, de estima, de atenção, de colo e de ser lembrado e amado, de inspirar e ser inspirado. Queremos sucesso, queremos fama, porque precisamos de amor. Queremos sucesso, queremos fama, porque queremos ser lembrados. Então, se assim é, vamos educar com amor e respeito, para ajudarmos a construir um mundo onde o sucesso que gera fama é uma consequência de um crescimento contínuo, e não um fim em si.
 
Apesar do sucesso que pode gerar fama, poder roubar a quem o alcança alguma privacidade, um aumento de exposição, riscos ligados às mentiras da comunicação social, aproximação de familiares e amigos por interesse, entre outros, prefiro destacar o lado positivo da fama, até porque: "O sucesso sobe à cabeça de qualquer um. A diferença é que as pessoas lidam com a situação de maneiras diferentes." Esta é uma afirmação do Coach Mike Martins.

Pesquisei em vários dicionários, e verifiquei que a palavra fama significa: “Apreciação favorável em que o público tem o talento, reconhecimento público, habilidade, consequência do sucesso.” Como o leitor pode também verificar, não existe razão para que não possamos explorar caminhos que nos levem até ao palco do sucesso que, por sua vez, gera fama.

Se queremos ser os melhores e manter essa excelência, precisamos de entender que a maior concorrência somos nós próprios, portanto, é preciso ter atitude e mentalidade, evolução, melhoria continua, disciplina, é preciso acreditar, são necessários planos, é fundamental competir com amor e respeito.

Por último, mas não menos importante, é extremamente essencial partilharmos o êxito e assumirmos o fracasso. O fracasso é uma oportunidade para explorarmos outras opções. De quando em quando é preciso reiniciar, começar de novo, algo diferente. Pode ser desconfortável, difícil, desgastante, mas temos de melhorar, temos de entender que é fulcral acreditar no processo.

Não existe lição mais dura do que perder, contudo, sucesso é nunca pararmos de nos esforçar, pois há sempre alguém que deseja o nosso lugar.

Agora, vamos conhecer algumas regras do jogo que determino como importantes, para podermos chegar até ao palco do sucesso que gera fama, mas de forma saudável e sábia.

Regra nº 1: O cume da montanha é pequeno e o ar é rarefeito.
Podemos até já estar no cume da montanha e merecemos os parabéns por isso, afinal, estar neste lugar é fantástico, no entanto, é um lugar pequeno e o ar é rarefeito. Portanto, não nos devemos instalar no cume da montanha, é apenas uma paragem temporária. Apreciamos a vista e a seguir continuamos a escalar. Nem sempre a escalada é uma linha reta, a maioria das vezes será meio ondulada, mas não há problema. Recentramo-nos, focamo-nos, e com humildade avançamos.
 
Regra nº 2: Sê firme, mantêm-te fiel.
Quando se perde, abre-se a porta à critica. O segredo é que devemos mantermo-nos firmes e fiéis àquilo em que acreditamos e lutamos.

Um dia um fuzileiro naval partilhou algo que nunca nos devíamos esquecer: Os fuzileiros navais perante situações difíceis têm o lema: “Sê firme, mantêm-te fiel.”
Isto surgiu há uns anos numa tempestade onde as ondas do mar os chicoteavam e os fuzileiros tinham que agarrar-se a algo que estava preso ao convés, e a pessoa do leme tinha de manter-se fiel ao rumo, apesar de não conseguir ver as “estrelas”, isto é, nada.

Não podemos de todo querer chegar ao nosso lugar de sucesso e de fama se estivermos sempre a ceder aos críticos, a visão é nossa e nem sempre seremos entendidos.

De vez em vez, a tempestade é um turbilhão, aprendamos a bloquear tudo, a bloquear o ruído, a manter a fé e a acreditar em nós. Sermos firmes e fies àquilo em que acreditamos.

Regra nº 3: Não serás vítima.
Podes ficar zangado, transtornado, podes pensar em sair da empresa, ir para longe, mas a pergunta que faço é: Onde é que é o teu lugar?

Posso dar o meu exemplo: Eu sempre sonhei em ser bem-sucedida e alcançar alguma fama profissionalmente, por diversas razões. Sempre sonhei muito e imaginei tudo na minha mente. Lutei e luto bastante para alcançar o que tanto ambiciono. Muitos são os que tentam entulhar os meus sonhos e ambições, mas penso: enquanto eu sonhava estas personagens estavam presentes? Não! Então porque carga de água é que eu vou permitir que elas destruam aquilo que eu sempre quis? Em vez de nos fazermos de vítimas só temos que retirar os vilões do caminho com sabedoria. Em momento algum eu disse que seria fácil, mas é a solução.

É verdade que não acertamos sempre, já tínhamos visto isso em parágrafos anteriores, mas e depois? Temos de continuar. Não esquecemos o que eventualmente nos possam fazer de menos bom, mas não podemos ser vítimas, de maneira nenhuma.

Regra nº 4: O risco é importante.
Arriscar não significa tudo ou nada. O risco não tem de ser visto como algo assustador, mas como uma oportunidade. Há riscos que valem muito apena e sem eles nunca conseguiremos chegar mais longe. Quanto vale fazer aquilo que tanto gostamos?

Regra nº 5: Se queres ser ouvido, afirma-te.
Mais nós nos afirmamos, maior é a nossa exposição ao mundo. Não devemos descarrilar, pois se sabemos o que queremos e não permanecemos de braços cruzados, é mais que normal que alcancemos o lugar que se chama fama, mas que na verdade e aos olhos do dicionário significa reconhecimento.
Devemos assumir sempre quem somos, orgulharmo-nos de quem somos. Defender aquilo em que acreditamos.

Quando nos “abrimos” e demonstramos quem realmente somos, aí é que nós encontramos o nosso verdadeiro propósito. O leitor já encontrou o seu?

Regra nº 6: Obuntu é um modo de vida.
Obuntu não é uma palavra, é uma forma de viver. Existe algo na comunidade africana muito difícil de traduzir, chama-se Ubuntu.

Obuntu é a essência do Ser Humano. E, diz que um Ser Humano solitário é uma contradição. Temos de aprender com os seres humanos a ser humano. Uma pessoa é-o através dos outros. Não podemos ser tudo sem que o outro seja tudo o que pode ser.

Não podemos ser ameaçados por outros profissionais, porque são bons profissionais, isto porque, quanto melhores os outros forem, melhores nós podemos ser.

Este modo de viver salvou a África, o povo entendeu que não conseguia fazer nada sozinho. Assim sendo, podemos concluir que trabalhar em equipa será sempre a melhor opção.

A competição dos dias de hoje é arrasadora, mas se vivermos Obuntu, a competição já não será mais vista como algo que destrói, mas que acrescenta valor ao outro.

Regra nº 7: A pressão é um privilégio.
Nunca devemos fugir de um legado, da pressão ou das expectativas. Devemos sim, de correr na direção dos mesmos.

Normalmente, nós não nos colocamos muito sob pressão na vida, seja ela na área profissional ou outra. Todavia, se nos colocarmos sob pressão, e se trabalharmos para a vencer, merecemos todo o mérito, afinal de contas, fizemos prova de nós mesmos.

Se formos falar de desporto, um atleta profissional pode jogar a vida toda e nunca sentir pressão, mas quem é que quer isso?

Devia ser um privilégio termos trabalhado tanto para estarmos numa situação de pressão. Devíamos de valorizar isso, de apreciar o que é difícil.

As pessoas podem até pensar que os campeões não são atingidos, mas acontece absolutamente o contrário. Os campeões são atingidos vezes sem conta. Mas o campeão é que decide continuar a avançar.

O desafio é aguentarmos as facadas e continuarmos até conseguirmos ganhar.

Regra nº 8: Acaba a corrida.
Simples. Iniciámos uma corrida? Agora acabamo-la, tendo em conta todas as regras anteriores, e mais algumas que possamos ter como experiências próprias. Não é permitido existir autocomiseração. Custe o que custar, terminar a corrida é obrigatório. Deste modo, podemos subir ao palco do sucesso que gera fama.
 
As regras do jogo terminaram, mas concluo dizendo que às vezes, demora tempo a colher aquilo que semeamos, aquilo em que investimos, aquilo em que depositamos tempo e tanto de nós.
 
Às vezes, demora tanto que apetece desistir ou se questiona o investimento feito, porque não se consegue sentir o investimento a crescer e florescer.
 
Mas mais do que o tempo que demora até chegarmos onde queremos, é crucial aprender a estar sem esforço nessa espera com fé, entrega e determinação. E aí, é preciso saber esperar, saber parar e respirar.
 
Tudo se organiza e acontece na vida, há dias para tudo e todos eles são importantes para um caminho de crescimento e evolução. Aceitemos dias de espera, dias de paciência.
 
Afinal, a Bíblia, o livro mais vendido e lido no mundo, diz em Eclesiastes 3:1 - “Tudo tem o seu tempo determinado…”
 
Sucesso e Fama, mas com Amor e Respeito.
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RENATA PERRE
LIFE COACH
[email protected] 

​in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022
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Fama sem Espiritualidade

1/12/2022

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Precisamos renunciar à fama, para podermos considerar-nos seres espirituais? Claro que não. O que podemos fazer, e não é nada fácil, é manter o desejado equilíbrio, conseguindo viver uma coisa e outra de forma saudável.
Por Carla Duarte


in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


Equilibrar o que temos dentro, com o que nos vem de fora. Esse é o desafio.

Assim, a espiritualidade pode e deve enriquecer a fama, desde que não sejamos consumidos por ela. Isso seria sair, perigosamente, do equilíbrio que mantém a nossa sanidade e evolução, e faz a nossa vida fluir, independentemente da fragilidade da nossa imagem.

Para pensar se fama e espiritualidade são conceitos compatíveis, precisamos talvez definir que tipo de fama e que tipo de espiritualidade estamos a falar. Percebendo que ser famoso é ser conhecido ou reconhecido e por vezes, até podemos ganhar má fama, por algo menos bom que nem se chegou a fazer. 

Já a espiritualidade é algo que se conquista com muito trabalho interno e não há a necessidade de, obrigatoriamente o demonstrar, apenas de o viver para nós e por vezes colocar isso mesmo ao serviço da humanidade. Para um ser espiritual a fama é secundária e por isso bem-vinda quando chega, mas vivida com tranquilidade quando se vai embora.

Sabemos que tudo na vida é passageiro, até a própria vida e principalmente a fama. Para atingir a plenitude é necessário aceitar essa mudança constante sem demasiado drama ou apego, sem demasiado desdém ou orgulho, mas antes com gratidão idêntica quando ela chega à nossa vida e também quando se vai embora.

A espiritualidade faz-nos compreender mais profundamente que a fama pode parecer depender de algo realizado por nós, mas na verdade, ela é apenas o resultado das ideias e formas de pensar de um outro, que na maioria das vezes não nos conhece e faz apenas a sua interpretação, baseada nos seus próprios valores e nos julga perante os seus próprios padrões. E é isso mesmo que torna a fama algo tão perigosa. Tem tanto de forte e inebriante, como de decadentemente frágil porque depende sempre de uma referência exterior.

O lema “Cria fama e deita-te a dormir”, na espiritualidade não existe, porque aí o caminho, não é um dado adquirido, mas varia consoante o empenho e o tempo que aplicamos nessa jornada. Não se pode dizer - Eu sou espiritual, e sim - Eu estou espiritual, é algo que, quando bem feito, é entrega, crescimento, consciência e empatia. Começa como treino e aprendizagem e mantém-se como um estilo de vida e uma dádiva a nós e aos outros.

Se a fama pode existir numa pessoa espiritual, é o mesmo que perguntar se a fama pode existir numa pessoa não espiritual, claro que sim.

Por exemplo tanto o Dalai Lama ou Papa Francisco, que são indiscutivelmente famosos e são certamente espirituais. A diferença entre esses famosos e outros, do cinema, televisão, do teatro ou da política é que provavelmente a forma como lidam com essa fama, é mais desapegada e até mais saudável nos verdadeiros espirituais. 

Quando temos demasiada aversão ao tema, a ser conhecido ou ser reconhecido, e dizemos que assim é porque ‘não temos ego’, existe então algo mais a aprender, onde podemos crescer e equilibrar em nós a forma de aceitar, sem medo, que os outros podem ter poder sobre a ideia que fazem de nós, mas sem que isso nos afete demasiado.
​
Então estamos ainda na fase do Ermita. Um ser evoluído espiritualmente não tem problemas com poder ser famoso, entende que dessa forma pode chegar a um maior número de pessoas, que pode assim ajudar ou inspirar.

O bom de alcançar a fama e vivê-la de uma forma mais desprendida é que essa fama acaba por não nos definir, não nos afeta tanto nem quando esta está no auge nem quando está em declínio. Há a plena consciência do que valemos e do que somos e não é alguém de fora que tem o poder de mudar isso. A fama é controlada por outros, já a espiritualidade é mantida de nós para nós e não tem de ser afetada.

O ideal seria mesmo, sempre que a fama nos batesse à porta, começar a cultivar a espiritualidade, porque quando a fama, que pode ser muito cruel, nos bater com a porta na cara, teremos sempre a capacidade de perceber que há um motivo realmente para tudo ser como é, e agradecer em vez de desesperar.

Passar a ter má fama, por exemplo, pode ter repercussões devastadoras se não houver estofo emocional e espiritual.  Se não existir uma base muito forte, a crueldade da fama e de quem a comanda, pode arrasar com pessoas com tanta facilidade, como as encanta e inebria no início.

É urgente perceber que fama é algo exterior, que vem de fora. Algo que nos é colocado como um rótulo e que depende de quem nos vê e nos julga. A espiritualidade é algo de dentro, que não precisa de confirmações exteriores, que cresce connosco, nos aconchega e nos basta. No entanto, quando essa espiritualidade é reconhecida pode colocar-se ao serviço dos outros e ser uma mais valia aliada à fama.

Que a fama dependa sempre da boa espiritualidade, mas que a espiritualidade nunca dependa da fama.
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CARLA DUARTE
FORMADORA E TERAPEUTA DE ORIENTAÇÃO / TAROT
www.sites.google.com/view/carladuarteterapeuta
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in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022
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Ter Saúde no mundo da ambição pela notoriedade digital

1/12/2022

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O mundo vive acelerado, as pessoas andam atarefadas, a exigência da sociedade é tão grande que leva o ser humano a desfocar-se do presente. A mente entra em autogestão e a hiperatividade de pensamentos e emoções, começam a instalar-se no corpo. É importante ouvir e sentir o corpo para garantir a saúde física, mental, emocional e espiritual!
Por Carina Xavier


in REVISTA PROGREDIR |DEZEMBRO 2022

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Na vida atual, a pressa e correria para chegar a todo lado e a todas as pessoas pode levá-lo a esquecer de si próprio.

 A fama pode surgir de forma inesperada ou intencionada, em ambos os casos, as pessoas estão sujeitas ao escrutínio público e na era que vivemos de consumo desenfreado de tecnologias de informação e comunicação, como é o caso das redes sociais, pode facilmente colocar em causa a saúde, sobretudo a saúde mental, que mais tarde se refletirá na saúde física. As pessoas digitalmente transmitem o que o coração sente mas a maioria das vezes o que EGO determina, escrevem à distância, o que pessoalmente não seriam capazes de dizer.

Quem tem protagonismo e é acarinhado pela sociedade também tem o reverso da medalha e está sujeito a opiniões avassaladoras e cruéis. É imprescindível estar-se equilibrado holisticamente de forma a minimizar o impacto que essa comunicação tem no seu ser, e na sua saúde.

Um estudo realizado por pesquisadores, professores da faculdade de medicina da universidade de Queensland, na Austrália, mostra que as pressões psicológicas e familiares de ter uma vida pública bem sucedida levam a tendências autodestrutivas ao longo de suas vidas.

Quando o protagonismo e fama chegam à sua vida, diversos fatores, podem levá-lo a desconectar-se de si, e perder o “controlo” da sua vida, no limite passando a viver num mundo irreal, que é o esperado pela sociedade. Pode surgir a dificuldade em gerir os pensamentos que aliados a emoções, irão refletir-se no seu corpo e poderão colocar em causa a saúde.

A fama pode gerar dor, expectativas frustradas, num mundo onde todas as pessoas têm voz e expressam a sua opinião por vezes de forma violenta e castradora. As críticas podem muitas vezes ser devastadoras para quem tem sucesso e visibilidade exterior.

Ser alvo de críticas significa que aquilo que faz atrai a atenção dos outros. Não desista perante as críticas, aprenda a colocar de lado o que as pessoas que não o conhecem têm para lhe dizer. Continue no seu caminho, cultivando a autocompaixão e respeitando o que o seu coração sente. 

Deixar que os outros tenham as suas próprias opiniões, uma vez que têm direito a elas, é permitir que sejam eles próprios. Encontrará a sua liberdade, ao conceder liberdade aos outros.

Quando acordar, experimente ficar em silêncio por uns minutos, respirar lenta e profundamente e perguntar-se de que forma o seu trabalho ajuda os outros, seja de forma direta, indireta ou mesmo insignificante. À medida que se concentra mais em si e na sua intenção para com os outros reconectar-se-á ao significado e sentido do seu trabalho.

Conhecemos o mundo através da “porta” da nossa mente, por isso quando a nossa mente está ruidosa e veloz, o mundo também está, porém quando a nossa mente está calma, o mundo também estará. Assim, é tão importante conhecer e aquietar a nossa mente por forma a manter a saúde mental.

Abrande, mesmo que seja apenas por uns segundos, respire profundamente e traga toda a atenção para o seu corpo e para o momento presente. Oriente a sua atenção para o aqui e o agora. Observe que os seus pensamentos se aquietam quando se concentra no presente.

Quando abrandamos o ritmo acelerado da vida, temos a oportunidade de observar e sentir os nossos pensamentos, a nossa dor, os nossos relacionamentos com as outras pessoas.

A maioria dos relacionamentos humanos são mentes a interagir umas com as outras, invés de seres humanos a comunicar, a entrar em harmonia. Quando é a mente que orienta a sua vida, são inevitáveis as discussões, os conflitos e os problemas. Estar centrado, em contacto com o seu corpo interior, cria espaço para a ausência da mente, permitindo o crescimento de relacionamentos de qualidade.

“Chocar” constantemente com alguém pode ser a forma de o mundo lhe pedir para observar-se intimamente. Se não gosta de alguém, pode tentar perceber do que não gosta especificamente e observe se tem um defeito semelhante. Tomar a consciência que cada corpo carrega as suas feridas e que dentro está um ser de luz perfeito, vai ajudar a perdoar os outros e a si próprio.

É fundamental o autoconhecimento e a tomada de consciência para viver em pleno quando o mundo espera o melhor de si.

A importância de parar, ouvir-se, sentir-se, aceitar-se por completo, respeitar-se, e cuidar-se é essencial para garantir a saúde e bem-estar físico, mental, emocional e espiritual.

Atualmente, existem cada vez mais terapias que ajudam e elevam o ser humano a nível mental, emocional, físico e espiritual. Recorrer a ajuda, para prevenção da saúde é fundamental para garantir o sucesso no futuro.

Viva a vida respeitando o que o seu coração sente e deseja.
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CARINA XAVIER
TERAPEUTA DE BEBÉS E CRIANÇAS
www.carinaxavierterapeuta.com
Instagram: carinaxavier.terapeuta
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Email: [email protected] 

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Cada tempo tem a sua Fama e a Fama é de todos os tempos

1/12/2022

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Desde que a Terra é Mundo, que o homem sempre quis competir, endeusar-se, ser uma figura admirada, deixar um rasto, ser reconhecido, “Ser Fama” o vocábulo pheme que vem do grego quer dizer notícia, a pessoa noticiada, conjugada pelo verbo – phánai - espalhar a palavra, a pessoa nomeada e reconhecida. Por Glória Miraldes

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022
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Estas premissas ditam as regras de um velho jogo de sedução transversal a todas as épocas, com a presente tecnologia a amplificar tudo e o céu a figurar como limite para as infinitas Stars.
 
Em Busca do Ego Perdido
 
Entrar numa festa em que a sua própria presença muda tudo, ser alvo de atenção de uma forma exagerada, receber elogios, com tudo a parecer surreal e inesquecível para todos os envolvidos, é obra das redes sociais que lançaram uma espécie de feitiço na sociedade - o matrix do entretenimento - onde convergem os ideais de sucesso, dinheiro, fama, os holofotes da luz da ribalta, uma máquina acionada pelo poder dos meios de comunicação. Como dizia Shakespeare, «o mundo inteiro é um palco», hoje todos podem subir e escrever a sua própria história. De alguma maneira, qualquer pessoa pode ganhar a sua celebridade através da televisão ou da internet e obter os tais 15 minutos de fama de que falava Andy Warhol, agora multiplicados por muitos mais 15.
 
No entanto, o individuo ao procurar a sua própria celebridade, o Eu mediático pode sobrepor-se ao seu próprio Eu, numa perigosa versão fragmentada da sua própria identidade e possível deslocamento da sua personalidade ou consciência.
 
Por outro lado, o Ego e Fama poderão entrar em colisão, porque tudo o que tem a ver com o Ego não dura, desse modo prevalecendo o conflito pela efemeridade da própria imagem mental criada, da qual o público se alimenta incessantemente, sem conseguir matar a sua fome.
 
O famoso que “morre” é o que vive da exposição mediatizada, desconhecendo o verdadeiro sucesso de uma relação espiritual com o trabalho, de verdadeiro talento, sem espaço, nem tempo.
 
Eckhart Tolle no seu livro Um Novo Mundo fala da “sobrevalorização absurda da fama” como uma das muitas manifestações de loucura egocêntrica no mundo”. E escreve; “a maldição de ser-se famoso é que quem tu és, torna-se totalmente obscurecido por uma imagem mental coletiva”.
 
Ainda segundo o autor, a maioria das pessoas que venera e admira os famosos, são as que mais precisam de melhorar a sua identidade, ou seja, melhorar a perceção que têm de si mesmas, através da associação com as pessoas celebres. Elas querem-se completar através delas, ou melhor, através da imagem conceptual que fazem delas. E talvez nem se apercebam que vampirizam a pessoa idolatrada, seguindo a linha de pensamento do Ego coletivo insuflado, ou seja, quando o público vive através da pessoa famosa, se valoriza e vangloria por a conhecer. Um fenómeno que à primeira vista pode parecer estranho a quem não é famoso, como mais à frente veremos.
 
Quando se pensa no estado em que está o mundo, na guerra, nos tempos de pandemia, no planeta a ser destruído, é da responsabilidade de uma figura pública enquanto modelo e reflexo da sociedade, aumentar a consciencialização pública, oferecer soluções e envolver-se nos problemas. Procurar seguir os grandes ideais políticos, estéticos, científicos, literários, que dão um sentido à vida, porque se os grandes ideais desaparecem, desaparecem os grandes homens e as grandes mulheres e quem os pode representar.
 
TS Elliot já havia perguntado: “Onde está a Vida que perdemos no viver? Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento? Onde está o conhecimento que perdemos na informação?”
 
A Fama Que a Vida Traz
 
“A desvantagem da minha celebridade é que eu não posso ir a qualquer lugar do mundo sem ser reconhecido.” Stephen Hawking
 
Não seria possível falar de fama sem ir ao encontro de pessoas famosas que abriram o seu coração para falar dos riscos inerentes à sua profissão, da importância em manter o Ego sob controlo, em ter consciência de um mundo feito de amores e desamores, de críticas, algumas delas boas, mesmo sendo más, de comentários que devem ser apagados, de uma fronteira ténue entre o sonho e a realidade; sobre o cuidado a ter sobre as grandes ilusões. Foram unânimes em dizer que “tanto se pode estar lá em cima como lá em baixo”, a subida poderá ser proporcional à queda.
 
Às vezes os desafios estão do lado da vida profissional, outras do lado pessoal. Há a gestão da carreira a par da vida pessoal, as duas distintas, mas de alguma forma sempre expostas.
 
Simone de Oliveira nunca pensou ser “vedeta”. Diz ter nascido livre e “quem nasce livre, é livre de ego”. Recordando a frase de Charles Aznavour, Simone sabe que é o público quem escolhe, por isso aconselha; “um artista deve ter dignidade e humildade”.
 
Sobre a voz que representa, Simone traz consciência a este assunto, lembrando a sua difícil história de vida, mas de como ela não é mais que  “muitas outras mulheres que no anonimato fizeram muito mais”.
 
Dona de uma franqueza inabalável, sabe que o público vai-lhe buscar “o desplante”, por gostar da verdade e das coisas ditas como elas são. E termina com: "Feliz Natal e Boas Festas para todos".
 
O fascínio e a facilidade com que o ego se pode tornar “maior do que nós, esse ego alimentado pode levar a sentimo-nos desejados”, alerta a atriz Claudia Vieira. 
 
Claudia tem a consciência da visibilidade que tem, da responsabilidade dos seus atos, até porque sabe que pode ser alvo de críticas. Tem a noção que passa uma imagem de felicidade e é nos seus sorrisos que as pessoas se encontram. A sério, brinca com a ideia de que para ter os pés bem assentes no chão se descalça e põe literalmente os pés na terra para caminhar.
 
Com humor e boa disposição comenta sobre a grande competitividade no mercado, a inevitável comparação com o outro, em que o velho ditado mudou "hoje já não será a galinha da vizinha (…). Mas os likes da vizinha (…)"
 
Filha do escritor e sobrinha do médico, a atriz Paula Lobo Antunes conviveu em casa com a fama, talvez por esse motivo estaria atenta aos desígnios da fama. “O Ego está presente e deve ser domado como um cavalo”, diz sem problemas, admitindo a força animal do ego. Casada como ator Jorge Corrula, Paula relembra que ao princípio foi difícil criar aquela imagem do casal mediático para o público, descolada de quem eles realmente eram. Mas eu escolhi “ser igual ao final do dia, sentir-me real e verdadeira”, Paula entende a proximidade que as pessoas criam consigo e também o interesse que têm na sua vida, porque efetivamente quando há novelas, ela diz que está diariamente e por muito tempo em casa delas, o que +e interessante. Trouxe também o seu ponto de vista sobre o benefício das redes sociais e dos perfis para os quais os media perderam terreno, dando a possibilidade a cada pessoa ter mais controle sobre a divulgação dos seus conteúdos e da sua imagem, a partir da construção do próprio perfil.
 
O que leva refletir sobre este mecanismo; afinal a pessoa responsável pela criação da própria fama, não ficará à mercê dos desejos incontornáveis do seu próprio Ego?

Não vamos esquecer no mito de Narciso que se apaixonou pelo próprio reflexo e morreu à fome e sede junto do lago onde viu a sua imagem refletida. Cairmos no mito de Selfie, seria um erro.
 
A vida estará do lado de quem souber manter o equilíbrio, o seu lugar no mundo dos iguais, mesmo agindo de maneira diferente, descobrir quem é, o que pretende, qual o seu papel na vida, se é ele quem sonha, ou quer ser sonhado. 
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GLÓRIA MIRALDES
TÉCNICA DE CURA DO SISTEMA DO CORPO ESPELHO, CURSO CERTIFICADO PELA BROFMAN FOUNDATION FOR THE ADVANCEMENT OF HEALING
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A Fama nos relacionamentos

1/12/2022

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Muitas vezes idealizamos uma pessoa por aquilo que ela representa nas redes sociais, por via da sua imagem social: maior par te desta imagem é uma imagem criada. Por Rita Mendes

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​Apaixonarmo-nos por uma pessoa famosa pode começar, por aquilo que ela representa e não pela pessoa real.

E aqui reside o erro. Apenas o convívio “fora de cena” poderá trazer a verdade dessa pessoa à relação. Pois a idealização forte, ou a mais, pode acabar numa desilusão e numa confusão de sentimentos. Será admiração ou paixão?

A fama atrai a ilusão, a veneração, o sonho, a perfeição e estas são características que à partida não encaixam num relacionamento saudável. Esta visão utópica sobre a outra pessoa, frequentemente romantizada por nós mesmos afasta-nos da realidade e afasta-nos da pessoa na sua parte mais verdadeira.

A base da relação (seja ela qual for) deverá ser construída par a par com o contacto concreto, real das pessoas envolvidas, em contexto daquilo que é comum a todos, sem holofotes, apenas com a luz da alma sem purpurinas.

Lady Gaga diz que a fama é a prova de fogo dos seus relacionamentos: “há um preço para o estrelato”
E na verdade, mesmo nós comuns mortais sem fama, atraímos nas nossas redes sociais um “tipo de estrelato” de todas as vezes que expomos as nossas relações. Ficamos premiáveis à opinião de quem nos olha, quer com carinho e nos encoraja quer com inveja e nos dá uma espécie de competição para atingir a perfeição.

Todos nós temos a nossa fama, nem que seja na rua onde vivemos. Somos olhados, analisados e rotulados por amigos, família ou vizinhos… e será que nos conhecem o avesso?!

Na primeira pessoa confesso que um relacionamento que tive durante 12 anos, casada com uma figura pública paguei o preço desse “estrelato”. Falando no meu exemplo, de um relacionamento amoroso, sei que o casal precisa de códigos para lidar com as suas janelas abertas à sociedade.

Por mais vidros e cortinas que possamos colocar, há sempre uma janela ou outra, que ficou entreaberta e que permite comentários sobre nós, muitos errados com os quais a maior parte das vezes não sabemos gerir.

A fama, retira-te liberdade se tiveres dependente da opinião alheia e isso afecta as relações, porque segundo o dicionário:

Fama = apreciação favorável em que o público tem sobre alguém

A meu ver, antes de um casal saber lidar com a fama será necessário que a própria pessoa aprenda a lidar com isso de uma forma muito individual para que depois (e só depois) o faça de forma plural.

Muitas vezes este tipo de pessoas quer passar incógnito na rua, num restaurante. E aqui surge o tal preço: terá que ter sempre esta disponibilidade para ser penetrado com olhares, comentários, fotografias… imaginem isto num jantar a dois para namorar, conversar e rir alto… este preço vai em conta corrente e corroendo a relação!

Há que ter maturidade para arranjar escapes.

Vejamos o caso do nosso tão talentoso e famoso Cristiano Ronaldo que no início de namoro com a atual esposa, teve que usar peruca, num disfarce quase de mendigo para deixar de ser ele … como isto deve doer, incomodar… damos razão à Lady Gaga…certo?

Lidar com a popularidade vai depender dos valores pessoais e dos limites definidos com o público. A gestão daquilo que é um talento e um ego insuflado, tende a ser uma gestão diária e na maior parte dos casos é fundamental a ajuda de um profissional, de bons amigos e família.

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RITA MENDES
PROF. INTERNACIONAL DE YOGA & MEDITAÇÃO , FACILITADORA DE VIAGENS À ÍNDIA E A MARROCOS, COUNSELOR, HIPNOTERAPEUTA CLÍNICA
www.ritamendes-counseling.pt
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Fama

1/12/2022

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Quando o meu universo de relações, de amigos, se circunscrevia à rua, ao bairro onde residia, a fama (a minha, a sua) traduzia-se na competência verificável (com admiração) de uma qualidade específica. No bairro, ou na escola (outro espaço de socialização) a fama (ou sucesso) traduzia-se numa diferença feliz e clara perante os outros. 
Por Carlos Lourenço Fernandes


in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2022
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A fama (por boas ou más razões) constituía-se em tempo lento. O relógio era o que é hoje, mas decorria em perceção lenta e de mudança longa. Exigia, a fama (por boas ou más razões) um reconhecimento social duradouro. Não existia a fama por ‘um minuto de feliz acaso’. Essa diferença (o reconhecimento pelo maior número) construía-se em anos de persistência em lugar ou papel de exceção. 
Tudo mudou. 

A extraordinária (e dimensão) da evolução (revolução) nas comunicações, na tecnologia das comunicações, o instante da imagem face à palavra (de expressão literata e a exigir compreensão da língua materna) tudo mudou. Da rádio, à box Tv, da internet ao smartphone, compactou o tempo e iludiu o espaço. Ocorreu a globalização competitiva. 

O meu bairro, a minha rua, é, agora, o mundo na palma da mão. A atitude é instantânea e, subitamente, é global. Um gesto correto num feliz instante torna me sujeito de fama. De sucesso (bom ou mau). 

A alimentação também é instantânea. Do café ao puré. 

A fama (processo de diferenciação face ao universo dos outros e motivo de reconhecimento pelos outros) que, no passado, se afirmava em construção lenta e granítica, hoje é construída em instante feliz e passa ao desconhecimento em instante seguinte. 

Um conceito novo afirma se no mundo: o telefone, no limite, também faz chamadas. Mas é sobretudo Instagram, Facebook ou Twitter. Quase tudo se passa ali (em fama global). 

Distinta é a fama, o reconhecimento, num nicho social. Na academia, na ciência, no reconhecimento entre pares do primeiro entre pares (fama que continua a ser de sólida construção). 

Mas, atenção, hoje a fama é construída (e desfruta) no ecrã mínimo que se acolhe na sua palma de mão. 

E, desaparece, também, com uma palmada.
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CARLOS LOURENÇO FERNANDES
URBANISTA
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2022
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Fama

1/12/2022

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Uma das práticas que mais me fascina, e que todos os dias ganha fama no meu mundo, é observar as palavras e imaginar o seu nascimento. Se a existência pressupõe sempre a união de duas partes, quais são as partes que dão origem a uma palavra? Qual é a sua história e como é que «cresceram» até aos dias de hoje? Por Natália Rodrigues

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022

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​Dado que vivemos num século onde o «sábio» Dr. Google possui uma fama incontestável, ao colocar-lhe a questão acerca da origem da palavra fama, as respostas surgiram: há fontes que a atribuem ao latim, tendo existido mesmo uma Deusa latina mensageira de Júpiter de nome Fama, que tinha 100 bocas e 100 ouvidos; e há ainda a hipótese de ter berço grego, pheme (noticia). 

Se há divergência em relação à sua origem, isso não se verifica quanto ao seu significado: ter fama representa ser muito conhecido. E é aqui que se ergue o tema principal deste texto, que pode vir a ser famoso. Tornar-se famoso pode acontecer por acidente ou ainda por se possuir a capacidade de influenciar os demais numa direção que não conduz propriamente ao altar do discernimento no seu mais elevado sentido. Algo ou alguém tornar-se muito conhecido não é garantia de qualidade ou mérito.

Sem perguntar ao senhor Google ou consultar outras fontes onde este se apoia, numa manhã de outono soalheira, olhei a palavra nos «olhos»: Fama. Meditei com ela e através dela, e foi então que vi a letra F afastar-se ligeiramente e li somente ama.

No transe do momento, as peças soltas uniram-se. Para que a fama e os valores éticos andem de mãos dadas, talvez o necessário seja amar. Desse modo e por acréscimo, a energia expande-se, vai além do seu mundo pessoal e transcende dos limites de si mesma para se tornar parte do todo que a envolve.
Quando fazemos com e por amor, a fama é mais do que ser muito conhecido: representa conhecer e viver algo através desse amor. O centro da atenção não é o próprio e sim o que através dele se expressa, o amor que usa a sua forma para se tornar visível, num mundo onde se acredita mais no que se vê.

A palavra fama, ao descrever algo que se torna conhecido por muitos, encerra alguns perigos, se ponderarmos na influência que algo ou alguém pode ter sobre uma massa feita de humanos, que cegamente seguem sem discernir do que seguem. Pode ser olhada como uma espécie de hipnotismo, que assola os mais carentes ou sedentos de atenção.

E qualquer carência apela para o amor próprio, para a reconexão com a fonte, onde o inesgotável (amor) sustenta a vida na sua essência. Todos nascemos do amor, ainda que este seja expresso à luz da consciência de cada um. Somos como flautas, quando preenchidas pelo pó e as impurezas: não permitimos o ressoar das mais belas notas e ecoamos apenas ruídos.

Procuremos purificarmo-nos para que o amor encontre em nós as melhores condições, a fim de ecoar o que realmente é, e talvez tenhamos como prémio a fama. O essencial é não correr atrás dela e sim semear as condições para ter a oportunidade de levar até muitos algo que lhes possa ser útil: o encontro derradeiro com o seu coração, pois é dentro dele que arde a centelha do amor e é a sua energia que pode tornar um simples humano em alguém maior do que o seu tamanho.

A origem das palavras está no amor, elas resultam da tentativa de os seres humanos expressarem o que sentem, e cada um as sente conforme se sente.

Gratidão a todos os que na história da humanidade não tiveram boa fama e ainda assim se tornaram famosos até aos dias de hoje através do amor que nos deixaram como exemplo de vida. Gratidão a todos os meus antepassados, que na maioria não conheci e ainda assim os sinto através de tudo o que sou.

Gratidão à revista Progredir, por contribuir para a progressão da humanidade, e gratidão a si, que a está a ler.

Mais do que ser famoso, ame.
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NATÁLIA RODRIGUES
FORMADORA E CONSULTORA ALIMENTAR NA ÁREA DA MACROBIÓTICA, AUTORA DE 4 LIVROS SOBRE A TEMÁTICA DA ALIMENTAÇÃO E DO PROJETO ONLINE TEMPEROSDALMA
Facebook: Natália Rodrigues Temperosdalma

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022
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A Fama do dinheiro

1/12/2022

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É urgente compreender o dinheiro, pelo impacto que tem no nosso dia-a-dia, na forma como vivemos e como determina o futuro. A chave de sucesso está no aumento da literacia financeira e na tomada de decisões informadas.
Por Susana Gonzalez


in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022

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​Longe vão os tempos em que uma operação comercial se fazia apenas com bens ou mercadorias. A isto chamou-se “Escambo”, sendo o termo utilizado para explicar a troca de bens e produtos entre duas pessoas. Esta troca não envolvia a utilização de papel-moeda (o dinheiro, como o conhecemos hoje) e implicava que ambas as partes estariam de acordo em relação aos bens trocados.

Se um pescador tinha excesso de peixe, rapidamente procurava um agricultor com quem pudesse realizar uma operação de troca, sendo claro o benefício inerente a esta permuta para os dois. Gado, sal, açúcar, tecidos, assim como peças de metal em formato de facas e chaves eram elementos de troca muito comuns em especial na Ásia e em África.
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O conceito de dinheiro em forma de moeda terá surgido no século VIII a.C. em território grego, na Lídia. A transformação do dinheiro-mercadoria para o formato em que o conhecemos hoje passou por diversas fases e “revoluções” civilizacionais, políticas e económicas. Atualmente, uma transação financeira pode até acontecer por meios eletrónicos, o que faz imaginar que no futuro o dinheiro físico se poderá tornar até “uma coisa do passado”, sendo totalmente substituído pelas opções eletrónicas.
Embora seja claro que o dinheiro, independentemente do seu formato, é parte do nosso dia-a-dia e uma necessidade que permite o acesso a bens e serviços, nem sempre conhecemos o seu verdadeiro valor ou como o podemos (ou devemos) aplicar. Compreender toda a “gíria” financeira é, por si só, um grande desafio para a maioria das pessoas. Por esse motivo, sem grande informação/formação, é fácil tomar decisões precipitadas que colocam muitas vezes em risco a nossa subsistência e futuro.

Certo é que o dinheiro é um tema transversal e do interesse de todos. O dinheiro tem, por isso, uma grande fama!

Tem fama de ser bom, tanto é que muitos o têm como principal ambição de vida. Tem fama de ser mau porque muitos são aqueles que se perdem nos meandros das “teias financeiras”. Tem fama de ser fácil ou difícil, sendo que essa avaliação depende naturalmente da circunstância de cada um.

Independentemente da forma como o vemos, ou como nos relacionamos com o dinheiro, adquirir conhecimentos das várias questões relacionadas com a sua gestão é extremamente relevante. A este conhecimento chamamos “literacia financeira”.

A literacia financeira tornou-se um dos principais objetivos da Comissão Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que criaram referenciais que estabelecem “as competências financeiras relevantes para a população adulta, identificando os conhecimentos, as atitudes e os comportamentos financeiros necessários para a tomada de decisões financeiras informadas e adequadas, essenciais ao bem-estar financeiro.” O “Referencial de competências de literacia financeira para a população adulta da União Europeia” resulta de um projeto conjunto da Comissão Europeia e da OCDE/INFE, tendo contado com a participação de supervisores portugueses.

Muitos são os estudos realizados a nível europeu para aferir os conhecimentos financeiros em cada país e, em 2020, Portugal ocupava a última posição do ranking de literacia financeira dos 19 países da zona euro, segundo um artigo publicado pelo Banco Central Europeu (BCE).  

Ao mesmo tempo que se verifica que os portugueses são dos povos europeus com menos conhecimentos financeiros, constatamos também que Portugal é dos países com maiores níveis de endividamento privado. É o “cocktail” perfeito para criar situações de dificuldade financeira e até de sobre-endividamento.

Está, portanto, na altura de pormos de lado as barreiras em torno dos temas financeiros e encararmos de frente a necessidade de adquirirmos ferramentas que nos permitam fazer uma melhor gestão dos nossos recursos financeiros. Da mesma forma que não conseguimos escrever se não tivermos conhecimento das regras gramaticais da nossa língua, também não vamos conseguir tomar decisões certas e informadas sobre como gerir bem o dinheiro, como poupar ou investir, se não aprendermos sobre finanças.

E adquirir conhecimentos financeiros não significa entrarmos em conceitos altamente complexos, tal qual um economista ou um gestor. Significa, sim, aprender os conceitos básicos que possam ser aplicados no nosso dia-a-dia e regras chave que devemos lembrar no momento de tomar decisões importantes, de modo a que possamos melhorar a nossa condição de vida. Este processo de aprendizagem torna-se tão mais importante numa fase como aquela que atravessamos atualmente, na qual uma situação económica desfavorável coloca muitas famílias em risco de sobre-endividamento ou mesmo de pobreza.

Falar em conceitos financeiros ou em literacia financeira deve passar a fazer parte do nosso dia a dia, sem medos nem tabus. Se o termo literacia financeira parece complicado e menos apelativo, então podemos simplesmente passar a dizer que vamos aprender sobre dinheiro e como geri-lo. Soa melhor? 
​
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SUSANA GONZALEZ
AUTORA DO DESENHO ESTRATÉGICO DO PROGRAMA DE LITERACIA FINANCEIRA “FINANÇAS PARA TODOS” E ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO DO PROJETO
www.financasparatodos.pt 

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022
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