in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
E é precisamente por isso que tantas e tantas pessoas se perdem de si mesmas para ir em direção ao outro (seja lá quem for esse outro!).
O caminho de nos acolhermos realmente é urgente e extremamente necessário para que possamos de facto tornar-nos capazes do verdadeiro altruísmo — aquele que acolhe sem julgar, que coloca as necessidades do outro na linha da frente.
Para que possamos de facto pensar no outro e desligar-nos daquilo que sejam as nossas necessidades num determinado momento, porque a vida ou as circunstâncias assim o exigem, precisamos conhecer muito bem, antes de mais, as nossas necessidades.
O que nem sempre acontece!
Quantas vezes entramos num relacionamento vazio, carentes, desnutridos e à espera — consciente ou inconscientemente — que o outro venha preencher esse espaço que existe dentro de nós a precisar de ser ocupado?
A questão é que esse espaço precisa de ser preenchido por nós. Nós somos os grandes responsáveis pela nossa vida, e por tudo o que nela acontece, por isso é primordial deixar de colocar a expectativa da nossa felicidade em quem quer que seja, que não nós.
Cuidar das nossas necessidades e do nosso bem-estar é uma prioridade, por isso deve ser tratado como tal.
Uma pergunta que poderemos fazer-nos é “O que é que eu necessito agora para me sentir bem?”. Criar um espaço de silêncio para acolher a resposta e depois… fazer o que precisa de ser feito!
Muitas pessoas têm medo de se tornarem egoístas ao contemplarem, antes de mais, as suas necessidades. Mas o caminho do amor-próprio não deverá, jamais, ser confundido com egoísmo. Quando nos amamos, e cuidamos das nossas necessidades, criamos espaço para amar e acolher as necessidades do outro. Ficamos mais preenchidos e com mais para dar. Porque, na verdade, cada um de nós só poderá dar o que tem dentro.
Se queremos, por exemplo, mais amor, mais carinho, mais presença e compreensão… temos de começar por nutrir essas qualidades na nossa própria vida, e depois por extensão, oferece-las a todos quanto tocarem o nosso mundo.
Cuidar de nós, realmente, é o ponto de partida para podermos cuidar de quem quer que seja.
E quando o fazemos, é mágico, porque a vida começa a devolver cada vez mais e mais espelhos que o fazem também, e criamos assim espaço para viver relações cada vez mais autênticas, amorosas e expansivas.
Mas o trabalho, esse, tem que começar dentro de nós!
É também importante libertar-nos de todas as crenças que ainda habitam o nosso ser e que nos dizem que não somos merecedores ou dignos de ser amados tal como somos, que temos de ser ou fazer algo para receber amor.
Elas existem, e muitas vezes estão tão inconscientes que nem percebemos que estão dentro de nós!
Mas enquanto elas ressoarem cá dentro, consciente ou inconscientemente, continuarão a afetar a nossa vivência da realidade e também tudo o que projetamos no outro e nos nossos relacionamentos.
Por isso é tão importante cuidar-nos, antes de mais. Quanto melhor cada um de nós estiver consigo mesmo, mais teremos para oferecer.
É importante também lembrar que os relacionamentos são uma das maiores escolas da vida! Eles permitem-nos olhar aspetos nossos que, de outra forma, provavelmente não veríamos em nós. Quando nos abrimos para essa consciência, fica mais claro o papel que desempenhamos em cada um deles e os potenciais de aprendizagem que estão disponíveis para nós, a cada momento.
Poderemos assim evoluir, lado a lado, e cada vez mais, com aqueles que amamos. Numa bonita parceria que acolhe quem somos realmente. E nos faz mais inteiros, luminosos e felizes!
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