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Confronta a Tua Vida Financeira: Uma Nova Perspetiva para a Tua Saúde Financeira

1/11/2024

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Vivemos numa época em que gerir as finanças pessoais é cada vez mais desafiante. Por Nuno Pimenta

in REVISTA PROGREDIR |NOVEMBRO 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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Os custos de vida aumentam, os rendimentos parecem estagnar e, muitas vezes, a relação com o dinheiro torna-se uma fonte de ansiedade. No entanto, é precisamente em momentos de incerteza que precisas de confrontar a tua vida financeira com clareza e determinação. Este confronto pode ser transformador, permitindo-te tomar decisões informadas e inteligentes. O primeiro passo para isso é revisitar as tuas receitas e despesas, criar ou rever um orçamento realista e assegurar que tens uma base financeira sólida.

Como responsável do projeto Finanças com Pimenta, cujo objetivo é promover a literacia financeira, desenvolvi um ebook chamado Bê-à-Bá das Finanças Pessoais, onde me debrucei sobre dicas concretas e práticas para te ajudar a gerir melhor o teu dinheiro. Este é um tema que cada vez me interessa mais explorar porque ao longo dos anos, tenho entendido que um dos maiores entraves à estabilidade financeira é mesmo a falta de conhecimento.  

Vamos agora explorar alguns dos principais pilares para confrontares a tua vida financeira.

1. Revisita as Tuas Receitas e Despesas: O Papel Fundamental do Orçamento
Se queres melhorar a tua situação financeira, o primeiro passo é entender claramente para onde vai o teu dinheiro. Pode parecer básico, mas muitos de nós não têm uma visão clara das nossas finanças. Entre tantas obrigações, acabamos por gastar sem realmente acompanhar os detalhes.

O orçamento pessoal é a ferramenta-chave para esse processo. Ao criares um orçamento, consegues mapear todas as tuas receitas e despesas. Isso permite-te identificar áreas onde estás a gastar demais e onde poderias cortar para canalizar o dinheiro de forma mais eficiente. A ideia de “fazer um balanço” é exatamente isso: ter uma visão transparente da tua vida financeira.

Para começar, faz uma lista de todas as tuas receitas (salário, rendimentos de investimentos, etc.) e todas as tuas despesas (habitação, alimentação, transporte, entre outras). Revê faturas, extratos bancários e até utiliza apps financeiras, se necessário, para obteres uma visão clara e completa. Quando tiveres toda a informação à mão, faz o balanço. Estás a viver dentro das tuas possibilidades? Ou os teus gastos ultrapassam o que ganhas?

Essa visão clara é o ponto de partida para qualquer estratégia financeira sólida.

2. Fundo de Emergência: A Tua Segurança Financeira
Outro elemento essencial para uma vida financeira saudável é ter um fundo de emergência. Este é o teu colchão financeiro que te protege de imprevistos, como desemprego, despesas médicas inesperadas ou qualquer outro evento que possa afetar a tua estabilidade económica. Sem este fundo, um pequeno revés pode transformar-se numa crise financeira.

Uma fórmula prática para calcular o valor do fundo de emergência é a seguinte: reserva pelo menos três a seis meses das tuas despesas mensais essenciais. Isso inclui habitação, alimentação, contas fixas e outras obrigações inadiáveis. Se a tua despesa mensal for de 1.500€, o teu fundo de emergência ideal deve estar entre 4.500€ e 9.000€.

Este dinheiro deve estar acessível rapidamente, mas separado da tua conta corrente. Uma boa opção seria uma conta poupança com liquidez imediata. O mais importante é que esse valor esteja disponível quando realmente precisares, sem penalizações ou complicações.

3. Poupança: Uma Prioridade, Não uma Opção
Muitas vezes, a poupança fica para o fim da lista, tratada como algo que fazemos apenas se "sobrar" dinheiro no final do mês. No entanto, o custo de vida elevado pode tornar difícil priorizar a poupança. Mas a verdade é que a poupança não pode ser tratada como uma escolha; deve ser vista como uma despesa fixa e obrigatória.

O truque é encará-la como mais uma das tuas contas. Em vez de poupares o que sobra, compromete-te a poupar um valor fixo todos os meses, tal como pagas a renda ou as contas da eletricidade. Começa, por exemplo, com 5% ou 10% do teu rendimento. O importante é o hábito e a consistência.

Se, depois de reveres o teu orçamento, percebes que não consegues poupar o valor que gostarias, então é hora de pensares em rendimentos extra. Reflete sobre as tuas habilidades e pergunta-te: existe algo que podes fazer para gerar um rendimento adicional? Pode ser oferecer serviços de consultoria, fazer trabalhos freelancer ou até vender produtos online. Há sempre formas de criar novas fontes de rendimento. Esse dinheiro extra pode ajudar-te a atingir os teus objetivos de poupança sem sacrificares o teu orçamento diário.

4. Investimento: O Caminho para a Liberdade Financeira
Enquanto a poupança é essencial para garantir estabilidade, o investimento é a ferramenta que pode proporcionar um crescimento real do teu património e aproximar-te da liberdade financeira. Muitos veem o investimento como algo arriscado ou complicado, mas, na verdade, quando feito com conhecimento, pode ser uma das formas mais eficazes de fazer o teu dinheiro crescer.

Investir não é apenas sobre aumentar o teu dinheiro. É permitir que o teu dinheiro trabalhe para ti, para alcançares objetivos de longo prazo, como a reforma, a compra de uma casa, ou a realização de sonhos pessoais. Existem diversas opções de investimento – desde ações, imóveis, fundos de investimento, até produtos de menor risco, como obrigações e certificados de aforro.

O mais importante aqui é investir com conhecimento. Antes de iniciares qualquer investimento, educa-te, compreende os riscos, e cria uma estratégia que faça sentido para os teus objetivos. A literacia financeira é a chave para investires de forma inteligente e evitares surpresas desagradáveis com eventuais flutuações de mercado.

5. Decisões Inteligentes: Tira o Máximo Partido das Tuas Finanças
Confrontar a tua vida financeira pode parecer um desafio, mas é um passo essencial para ganhares controlo sobre o teu futuro. A chave para uma boa gestão financeira é a disciplina e a consistência. Ao seguires estes passos – revisitar as tuas receitas e despesas, criar um fundo de emergência, priorizar a poupança e considerar o investimento – estarás a construir uma base sólida para uma vida financeira saudável e próspera.

Lembra-te: não se trata de quanto dinheiro ganhas, mas sim de como geres o que tens. Quanto mais informadas e conscientes forem as tuas decisões financeiras, mais partido conseguirás tirar do teu dinheiro, e mais próximo estarás da tua liberdade financeira.

E, se procuras mais orientação, o meu ebook Bê-à-Bá das Finanças Pessoais está cheio de dicas práticas e concretas que te ajudarão a ter uma relação mais saudável com o dinheiro. Não deixes de o explorar para aprofundares ainda mais o teu conhecimento sobre finanças pessoais.
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https://financascompimenta.pt/produtos/
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NUNO PIMENTA
CEO FINANÇAS COM PIMENTA
financascompimenta.pt

in REVISTA PROGREDIR |NOVEMBRO 2024
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Romper o Ciclo do Confronto; Um Caminho Espiritual para a Paz Interior

1/11/2024

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Explorando uma nova perspetiva sobre o confronto, questionando a sua utilidade na nossa jornada espiritual. Através da prática de "não lutar, não temer", é possível alcançar a paz interior e transformar desafios em oportunidades de crescimento? Por Carla Duarte

in REVISTA PROGREDIR |NOVEMBRO 2024
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Na sociedade moderna, o conceito de confronto é frequentemente visto como uma parte inevitável da vida humana, principalmente quando enfrentamos medos, desafios ou injustiças. A crença de que devemos confrontar o que nos faz mal é amplamente aceite. Contudo, ao examinarmos essa ideia sob uma perspetiva espiritual, surge a questão: essa luta constante realmente contribui para o nosso bem-estar, ou estamos apenas presos a padrões herdados de crenças sociais e familiares?

Desde cedo, somos ensinados a combater tudo o que ameaça a nossa paz. A ideia de que "a luta leva à vitória" é incutida em nós. No entanto, essa noção pode revelar-se menos correta quando percebemos que o Universo nos devolve exatamente aquilo que damos, tal como a terra nos devolve o que nela plantamos. Se o que semeamos é confronto, confronto é o que vamos invariavelmente, colher e quanto mais resistimos ou lutamos contra algo, mais forte essa situação se torna, eventualmente voltando para nós de forma ainda mais forte e intensa.

No campo da espiritualidade, o princípio "não lutar, não temer" oferece uma perspetiva transformadora. A luta, a qualquer nível, gera resistência, e essa resistência alimenta e perpetua a própria situação, seja ela material, física ou no campo da emoção, que queremos evitar. Paradoxalmente, ao confrontarmos situações negativas com resistência, estamos a fortalecê-las. Isso cria um ciclo vicioso que drena as nossas forças, desviando-nos do verdadeiro caminho para a paz interior, objetivo primordial da espiritualidade.

Sob esta ótica, o confronto é uma expressão de competitividade e dualidade, conceitos contrários à espiritualidade, que promove a harmonia e a unidade. A verdadeira espiritualidade não necessita da validação ou vitórias sobre adversários, mas sim da aceitação e transformação interior. O verdadeiro objetivo não é ganhar uma luta, mas compreender o seu significado e transcender a dinâmica que nos afasta do nosso propósito espiritual mais profundo.

Optar por "não lutar, não temer" não significa passividade ou resignação, mas sim uma atitude de não-resistência, confiança, fé e entrega. Essa postura permite-nos enfrentar os desafios de forma mais serena e eficaz, sem a necessidade de confrontação direta, mas de uma ação direcionada ao nosso interior, mais acessível e fértil. A verdadeira humildade reside na capacidade de aceitar o que está à nossa frente, analisar com clareza e então decidir se aceitamos ou recusamos aquilo que a vida nos apresenta.

Adotar esta filosofia é, essencialmente, um convite à introspeção e à aceitação. Ao abraçarmos os nossos medos e desafios com serenidade e consciência, permitimos que se dissipem naturalmente, seja por meio de trabalho interno ou com o tempo, sem gerar mais dor ou conflito. Essa escolha consciente de nutrir a paz interior em vez da disputa externa não significa apatia, mas sim a decisão de transformar a nós mesmos, a única coisa sobre a qual realmente temos controlo.

Então, na espiritualidade, o confronto não precisa ser considerado um caminho válido para alcançar a paz. Pelo contrário, a verdadeira libertação surge da compreensão e aceitação. Quando reconhecemos o que não queremos nas nossas vidas, em vez de confrontarmos diretamente, trabalhamos para nos libertar dessas dinâmicas destrutivas, a que muitas vezes estamos habituados e de onde é tão difícil sair. Essa prática não apenas transforma a nossa vida pessoal, mas também contribui para um mundo mais pacífico e harmonioso. Afinal, a verdadeira paz não é a ausência de conflito, mas a presença de amor e compreensão.
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CARLA DUARTE
FORMADORA E TERAPEUTA DE TAROT E ORIENTAÇÃO
Site: carladuartetarot.wixsite.com/tarotcarla
Facebook: carla.duarte.79274
Email: [email protected]

​​in REVISTA PROGREDIR |NOVEMBRO 2024
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Confronto e Nutrição: Uma Perspetiva Ayurvédica

1/11/2024

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Entenda como o Ayurveda, a aromaterapia e o Reiki oferecem abordagens holísticas para lidar com confrontos, promovendo equilíbrio emocional, através da alimentação personalizada e outras práticas. Por Laura Phelino

in REVISTA PROGREDIR |NOVEMBRO 2024

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O confronto é uma experiência universal, manifestando-se de diversas formas, desde desentendimentos interpessoais até os conflitos internos que todos enfrentamos. A alimentação ayurvédica, juntamente com práticas como aromaterapia e Reiki, oferece um caminho holístico para lidar com esses desafios, promovendo a harmonia entre corpo, mente e espírito.
 
 A Perspetiva Ayurvédica sobre Conflitos

O Ayurveda, sistema de medicina tradicional indiano, considera a saúde como um estado de equilíbrio entre corpo, mente e espírito. A base dessa filosofia reside nos três doshas: Vata, Pitta e Kapha. Cada pessoa possui uma constituição única de doshas, que determina não apenas suas características físicas, mas também como reage a stressores e confrontos. Compreender nosso dosha é fundamental para fazer escolhas alimentares e práticas que favoreçam o equilíbrio.

Quando a alimentação não respeita a individualidade, surgem desarmonias que podem manifestar-se como ansiedade, irritação ou até doenças. Por exemplo, indivíduos Pitta, caracterizados por sua natureza intensa, podem precisar de alimentos refrescantes para acalmar a mente e o corpo. Por outro lado, pessoas Vata, que tendem a ser mais ansiosas, beneficiam-se de refeições quentes e nutritivas que promovem estabilidade.
 
A Alimentação e Seu Impacto nos Confrontos

A alimentação desempenha um papel crucial no manejo emocional. Alimentos que não se alinham com a constituição de um indivíduo podem intensificar emoções negativas, como raiva, frustração ou ansiedade. Por isso, é importante que cada pessoa escolha alimentos que nutrem seu corpo e promovam o bem-estar.

- Vata é leve, seco e móvel, indivíduos com predominância de Vata podem ser mais suscetíveis à ansiedade e à incerteza.

Para Vata - Inclua alimentos quentes e húmidos, como sopas, guisados e grãos integrais. Ervas como gengibre e canela também são benéficas, ajudando a aquecer e estabilizar.
 
- Pitta é quente, intenso e focado, pessoas Pitta tendem a ser mais competitivas e podem apresentar irritabilidade em situações de stress.

Para Pitta - Opte por alimentos refrescantes, como melancia, pepino e hortelã. Evite alimentos picantes e gordurosos que podem exacerbar a irritabilidade.
 
- Kapha é pesado, lento e estável, aqueles com predominância de Kapha podem enfrentar desafios relacionados à apatia e à resistência à mudança.

Para Kapha - Prefira alimentos leves e estimulantes, como especiarias picantes e vegetais amargos. Isso ajuda a combater a letargia e a apatia.
 
Compreender a constituição pessoal é fundamental para fazer escolhas alimentares que promovam o equilíbrio, especialmente em momentos de confronto.
 
Práticas Holísticas para o Equilíbrio Emocional
Além da alimentação, a incorporação de práticas holísticas pode ser extremamente benéfica.
Para o Ayurveda tem se 4 pilares básicos para vivermos em harmonia e bem-estar: Alimentação, Sono, Exercício físico e silêncio

A meditação e/ou yoga, por exemplo, podem ajudar com esse último pilar ajudando a cultivar a consciência e a resiliência emocional. Essas práticas promovem a desconexão do estresse e a conexão com o presente, permitindo uma melhor gestão das emoções em momentos de confronto.

A aromaterapia é uma ferramenta poderosa que complementa o Ayurveda. O uso de óleos essenciais pode influenciar positivamente o estado emocional. Óleos como lavanda, bergamota e camomila são conhecidos por suas propriedades calmantes e podem ser utilizados em difusores ou massagens.
 
- Lavanda: Promove relaxamento e reduz a ansiedade, sendo ideal para momentos de tensão.

- Bergamota: Ajuda a aliviar a tristeza e a irritação, trazendo uma sensação de leveza.

- Camomila: Conhecida por suas propriedades tranquilizantes, é excelente para acalmar a mente.

A prática do Reiki, uma técnica de cura energética, oferece um método eficaz para lidar com emoções negativas e conflitos internos. Através da imposição de mãos, o Reiki ajuda a restabelecer o fluxo de energia no corpo, promovendo relaxamento e clareza mental. Em situações de confronto, receber uma sessão de Reiki pode ajudar a dissipar emoções pesadas, permitindo uma abordagem mais centrada e tranquila.

Reiki também pode ser aplicado a alimentos e ambientes. Energizar os alimentos com intenções positivas antes das refeições pode aumentar sua vibração e, consequentemente, seu efeito no corpo e na mente. Isso é especialmente útil em momentos de estresse, onde a energia da comida pode impactar diretamente nosso estado emocional.
 
Enfrentar confrontos é uma parte inevitável da experiência humana.

No entanto, ao integrar os princípios do Ayurveda, a aromaterapia e o Reiki, é possível navegar por essas situações com mais consciência e equilíbrio. Compreender a própria constituição e adotar práticas que nutram o corpo e a mente capacita o indivíduo a transformar confrontos em oportunidades de crescimento pessoal e autoconhecimento. Assim, a busca pela harmonia torna-se um caminho viável e enriquecedor, promovendo uma vida mais plena e equilibrada.
  
Fotografia
LAURA PHELINO
NUTRICIONISTA ESPECIALIZADA EM ALIMENTAÇÃO AYURVEDA, REIKIANA E AROMATERAPEUTA
Site: lauraphelino-nutricionista.my.canva. site/lauraphelinonutricionista
E-mail: [email protected]

​​in REVISTA PROGREDIR |NOVEMBRO 2024
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Confrontar, a arte de Lidar com os Desafios Profissionais

1/11/2024

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O ato de confrontar no ambiente profissional, quando feito de maneira construtiva, pode ser uma ferramenta essencial para o crescimento pessoal e organizacional. O confronto promove transparência, estimula a inovação, fortalece relações e desenvolve competências de comunicação. Por Adolfo Leitão Carvalho

in REVISTA PROGREDIR |NOVEMBRO 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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No ambiente profissional, o ato de "confrontar" muitas vezes é visto como algo negativo, associado a conflitos e desentendimentos. No entanto, confrontar pode ser uma competência essencial para o crescimento pessoal e coletivo dentro de uma organização. Este artigo explora a importância de confrontar de maneira construtiva e como essa prática pode levar a um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

O Que Significa Confrontar?
Confrontar não se trata apenas de discordar ou criticar. Significa abordar questões difíceis, expressar preocupações e questionar comportamentos ou decisões que podem estar a impactar negativamente a equipa ou a organização. Confrontar é, essencialmente, um convite ao diálogo e à reflexão, abrindo espaço para soluções e melhorias. Porém, este cenário acontece quando o confronto é entendido como uma porta para algo construtivo.

A Importância do Confronto Construtivo
1. Promove a Transparência: Quando os colaboradores se sentem à vontade para confrontar questões, cria-se um ambiente de abertura e honestidade. Isso permite que os problemas sejam identificados e tratados antes que se tornem crises.
2. Estimula a Inovação: O confronto saudável pode ser um catalisador para a inovação. Ao desafiar ideias e práticas estabelecidas, as equipas podem explorar novas abordagens e soluções criativas.
3. Fortalece Relações: Embora possa parecer contraditório, confrontar de maneira respeitosa pode fortalecer as relações interpessoais. Quando as pessoas veem que as suas opiniões são valorizadas e que os problemas são discutidos abertamente, a confiança e o respeito mútuo aumentam.
4. Desenvolve competências de Comunicação: Confrontar efetivamente requer competências de comunicação. Isso inclui saber ouvir, expressar-se claramente e manter a calma em situações tensas. Essas habilidades são valiosas em qualquer contexto profissional.
  
Como Confrontar de Maneira Eficaz?
Para que o confronto seja produtivo, é importante seguir algumas diretrizes:
1. Escolha o Momento Certo: Sou um grande defensor de dizer e fazer a coisa certa no momento certo. Pois quando se diz ou faz a coisa certa no momento errado, nada acontece ou acontece o oposto do resultado pretendido. Encontre um momento apropriado para abordar a questão. Evite confrontos em público ou em momentos de alta tensão.
2. Mantenha o Foco no Comportamento e NÃO na Pessoa: Concentre-se nas ações ou decisões que precisam ser discutidas, evitando ataques pessoais. Isso ajuda a manter a conversa no campo profissional.
3. Seja Específico e Objetivo: Ao apresentar as suas preocupações, seja claro e forneça exemplos concretos. Isso facilita a compreensão do problema e a procura de soluções.
4. Escute Ativamente: Dê espaço para que a outra parte se manifeste. Ouvir atentamente pode trazer à tona informações importantes e demonstrar respeito.
5. Procure Soluções Conjuntas: O objetivo do confronto deve ser encontrar soluções. Encoraje um diálogo colaborativo para resolver o problema de uma forma construtiva.

Conclusão
Confrontar no ambiente profissional é uma competência que pode transformar a dinâmica de uma equipa. Quando feito com respeito e intenção positiva, o confronto é uma ferramenta poderosa para resolver conflitos, promover a inovação e fortalecer as relações interpessoais. Ao cultivar essa capacidade, podemos criar um espaço de trabalho mais aberto, colaborativo e produtivo, onde todos se sintam valorizados e ouvidos. Assim, o ato de confrontar deixa de ser visto como um obstáculo e torna-se um passo fundamental para o crescimento e o sucesso profissional .
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ADOLFO LEITÃO CARVALHO
PROFESSOR, HIPNOTERAPEUTA, AUTOR, ESCRITOR, FORMADOR E PALESTRANTE INTERNACIONAL. VICE-PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE HIPNOSE CLÍNICA E HIPNOANÁLISE (APHCH) Criador e Autor do blog: www.adolfoleitaocarvalho.blogspot.com

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Confronto Menstrual, precisa mesmo ser um Confronto?

1/11/2024

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O verdadeiro confronto não deve ser com a menstruação, mas com o tabu que a envolve, pois este, traz inúmeras consequências que influenciam diretamente na qualidade de vida das pessoas que menstruam. Por Karen Uchô

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Que mulher nunca cancelou uma praia ou um jantar especial porque a menstruação chegou? Quem nunca teve que faltar o trabalho por estar se contorcendo de dor? Ou teve que pedir penso emprestado porque foi pega de surpresa com a visita mensal? Você todo mês trava um embate com sua menstruação e com os sinais que seu corpo está tentando te enviar e por isso precisamos ter essa conversa.

Historicamente, uma grande parcela da população com útero e ovários vivencia um confronto desde o momento em que inicia sua vida menstrual. A menarca, o primeiro sangramento, marca o início de profundas mudanças no corpo e na mente, para as quais muitas vezes não há preparo adequado, tanto emocional quanto informativo. O conhecimento transmitido sobre esse processo geralmente se limita ao seu papel reprodutivo, deixando de lado suas demais implicações e sua relevância para a saúde geral.

Pouco se fala sobre como as variações hormonais influenciam diversos sistemas do corpo, indo muito além da possibilidade de engravidar. O ciclo menstrual impacta na formação óssea, no funcionamento do sistema imunológico, no metabolismo, na microbiota intestinal, na regulação dos níveis de açúcar no sangue e até a atividade cerebral. A saúde de órgãos como o fígado, os rins e a tireoide também refletem diretamente nas oscilações hormonais e no padrão do sangramento. No entanto, essa conexão vital é muitas vezes ignorada, deixando uma lacuna no entendimento de como o corpo como um todo deve ser cuidado.

Ao longo dos anos, diversas narrativas culturais condicionaram as pessoas a acreditar que menstruar é sinônimo de dor e sofrimento. Frases como "ser mulher é isso, dói mesmo", "quem é mulher sofre" ou "menstruar é um castigo" perpetuam mitos prejudiciais, normalizando condições que não deveriam ser aceitas. Cólicas debilitantes, sangramentos irregulares ou até mesmo a ausência completa da menstruação são sinais de que algo não está funcionando corretamente. Quando surgem desconfortos, irregularidades ou anomalias, o corpo está pedindo por atenção, e esses sinais não devem ser ignorados.

O verdadeiro confronto, portanto, não é com o ato de menstruar, mas com o tabu que envolve esse processo natural. O silêncio em torno da menstruação gera consequências graves, especialmente para a saúde física e mental de quem menstrua. Muitas pessoas sofrem com dores intensas, mas acreditam que é normal, e acabam não buscando ajuda. O tabu também faz com que evitem falar abertamente sobre o tema, considerando-o algo vergonhoso e sujo. Isso impede que as mulheres se conheçam melhor, que entendam sua sexualidade e sua fertilidade, desconectando-se daquilo que são.

Além disso, a menstruação ainda é usada como desculpa para desqualificar as opiniões e as emoções de quem menstrua, com frases como "deve estar naqueles dias", diminuindo a validade das experiências e expressões dessas pessoas. Isso também ajuda a reforçar a ideia de que menstruar é um fardo, algo a ser escondido, quando, na verdade, é um processo natural e essencial para a saúde.

O ano é 2024, e ainda seguimos permitindo que tamanhas desinformações perpetuem? Continuaremos alimentando o tabu menstrual e ignorando as suas consequências para a saúde e qualidade de vida de quem menstrua?

Estudos mostram que até 80% das mulheres experimentam dores menstruais intensas em algum momento da vida, mas poucas sabem que essas dores podem ser resolvidas ou aliviadas com ajustes na alimentação, no estilo de vida ou no autocuidado, e muitas não procuram ajuda médica, o que poderia auxiliar na descoberta de doenças mais cedo, perdendo assim a oportunidade de iniciar tratamentos.

A verdadeira transformação só ocorrerá quando enfrentarmos o tabu menstrual de frente, entendendo que menstruar não é um problema, mas sim um processo vital. Por isso, é urgente promover a educação menstrual, para que mais pessoas tenham acesso à informação correta, possam entender o que é natural e “normal" em si e começar a ler os sinais do próprio corpo. A normalização de discussões sobre menstruação é fundamental para desmistificar o tema e quebrar os mitos que envolvem o assunto, proporcionando assim bem-estar físico, emocional e psicológico de quem menstrua, e isso começa com diálogos abertos, sem constrangimento, em todos os espaços — nas escolas, nas famílias, no ambiente de trabalho e nos consultórios médicos.

O tabu não apenas distorce a percepção do que é normal, mas afeta diretamente a autoestima e a saúde de milhões de pessoas. Para muitas, a menstruação se torna um fardo social e emocional, reforçado por anos de desinformação e vergonha. Quebrar esse ciclo exige coragem para desafiar as narrativas ultrapassadas e criar um ambiente em que a menstruação seja compreendida e reconhecida como um reflexo natural do corpo.

Portanto, o verdadeiro confronto está no tabu menstrual. É necessário confrontar as narrativas que perpetuam o silêncio e a vergonha em torno de algo que é completamente natural, não existe nada de errado em menstruar, muito pelo contrário, menstruar é sinônimo de vida, é sinal vital.
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KAREN UCHÔA
EDUCOTERAPEUTA MENSTRUAL
Website: davulvapradentro.com
Email: [email protected]

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Confrontar, sinal de Conflito ou de Coragem e Transformação?

1/11/2024

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É no confronto que surgem as grandes aprendizagens e transformações. Quando aceitamos o confronto como parte essencial da vida, não só nos tornamos mais resilientes, como também mais sábios. Por Helena Martins

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Quando pensamos em confronto, as primeiras imagens que nos vêm à mente terão certamente a ver com conflitos, disputas e guerras. No entanto, uma observação mais profunda pode oferecer-nos outras perspetivas diferentes. O confronto pode muito bem refletir-se somente na necessidade humana de lidar com a realidade, de olhar de frente para os desafios da vida e, acima de tudo, de nos enfrentarmos a nós mesmos.

O Confronto com a Realidade
Vivemos num mundo em que, cada vez mais, somos encorajados a procurar o conforto e o bem-estar. O avanço da ciência e da tecnologia, proporciona-nos uma vida facilitada e cómoda em comparação com as dos nossos antepassados. Contudo, esse suposto facilitismo da nossa sociedade moderna acaba também por nos tornar mais afastados ou mesmo alienados da realidade.

A realidade tem muitos espinhos, mesmo que os procuremos evitar a todo o custo. Muitas vezes, preferimos a negação, a fuga ou a procrastinação, porque nos iludimos acreditando poder escapar à dor ou a dificuldade. E, neste contexto, o verdadeiro ato de confrontar estará em relação direta com encontrar dentro de si a coragem necessária para encarar as circunstâncias tal como elas são. Enfrentar a realidade, por mais dura que seja, é o primeiro passo para a transformação.

Pensemos, por exemplo, na aceitação da perda. Quando perdemos alguém ou algo significativo para nós, entrar em confronto com essa perda pode ser doloroso. No entanto, somente se o fizermos conseguiremos realizar o necessário processo de luto e através deste processo transmutar a dor sentida em superação. Tentar fugir a essa dor apenas prolonga o sofrimento e impede o crescimento.

O Confronto com os Outros
A convivência humana está marcada por desentendimentos e conflitos de menor ou maior grau. É até natural que assim seja pois seria impossível viver sem que, em determinado momento, se discordasse ou tivesse opiniões diferentes das pessoas que nos rodeiam.
Nesses momentos, temos duas opções:
  • A agressão ou
  • O diálogo
 
A história humana está repleta de exemplos de como o confronto agressivo acaba em destruição e dor. No entanto, felizmente existe a outra opção apontada, a do confronto construtivo através do diálogo. Este tipo de confronto não visa "ganhar" ou "derrotar" o outro, mas sim encontrar uma forma de convivência que respeite a individualidade e a dignidade de ambos. E aqui é importante aceitar que todos nós somos seres complexos, com as nossas próprias histórias e percursos de vida. Todos merecemos respeito, mesmo na discordância.

Confrontar o outro com empatia e compreensão transforma qualquer discussão numa oportunidade de crescimento mútuo. Nem sempre o final será positivo para ambas as partes, principalmente quando estamos frente a frente com alguém que só pretende satisfazer os seus interesses e se mostra indiferente aos interesses alheios. E, por isso mesmo, talvez seja oportuno procurar dentro de nós mesmos se perante uma disputa estamos mesmo dispostos a ouvir e tentar compreender o outro, ou apenas a procurar impor a nossa visão e a nossa verdade.
 
O Confronto com o “Eu”
Por fim, chegamos ao confronto mais profundo e desafiador: o confronto com nós mesmos.
  • Quem somos, de verdade?
  • Que medos e inseguranças vivem dentro de nós?
  • Quais os nossos sonhos e desejos?
  • Em que momento é possível que nos tenhamos desviado da nossa essência para sobreviver neste mundo físico?
  • E o que podemos fazer para nos reencontrar?
Conseguir olhar-nos no espelho e encarar o nosso próprio reflexo, sem máscaras ou ilusões, pode ser um dos atos mais corajosos e difíceis que podemos realizar ao longo da vida.

Com muita frequência nos escondemos por trás de papéis sociais e expetativas externas, enquanto nos focalizamos em realizar as nossas próprias ambições e transmitir uma imagem de sucesso. E confrontar o nosso verdadeiro “Eu” implica fazer as pazes com as nossas fragilidades e falhas. Implica aceitar que não somos perfeitos e que, na jornada da vida, vamos somar erros e frustrações. E está tudo bem na medida em que o importante é como lidamos com esses erros, como aprendemos com eles e, mais ainda, como usamos essa aprendizagem para evoluir.

O confronto com nós mesmos também envolve o reconhecimento das nossas potencialidades. Muitas vezes, tememos o nosso próprio poder, preferindo permanecer na zona de conforto, sem explorar ao máximo as nossas capacidades. O medo do fracasso pode paralisar-nos. Contudo, o confronto com esse medo pode ser libertador. Só quando aceitamos o risco de falhar é que conseguimos realmente alcançar o verdadeiro sucesso, quer seja pessoal, profissional ou mesmo emocional e espiritual.
 
 confrontar como jornada de autotransformação
Confrontar pode, portanto, não ser necessariamente um ato de agressividade ou de conflito, mas sim um convite à coragem. Coragem de olhar para o mundo, para o outro e para nós mesmos com olhos limpos, sem a venda do medo, da negação ou da insegurança. Ao confrontar, não estamos a escolher o caminho mais fácil, mas estamos certamente a escolher o caminho mais verdadeiro.
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A vida é feita de tensões, dualidades e oposições. É no confronto que surgem as grandes aprendizagens e transformações. Quando aceitamos o confronto como parte essencial da vida, não só nos tornamos mais resilientes, como também mais sábios. Em última instância, confrontar pode tornar-se o início de uma jornada de autodescoberta e de conexão com o mundo.

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HELENA MARTINS
TERAPEUTA E COACH TRANSFORMACIONAL
Website: www.helenamartinscoach.com
Email: [email protected]

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Confrontar; Enfrente (e Siga em Frente)

1/11/2024

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Se há uma coisa que todos gostaríamos de NÃO TER na vida, são problemas. Aliás, se possível, evitaríamos confrontos de qualquer tipo. O que dizer quando eles aparecem em duplicado, triplicado… ou simplesmente não param de surgir? Por Sara Ferreira

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No entanto, por mais que nos esforcemos para evitar esses confrontos diários, parece que eles têm um jeito especial de nos encontrar. Como sombras que insistem em seguir-nos, os problemas aparecem — seja porque nós os criamos ou porque as circunstâncias externas não estão sob o nosso controlo.

Mas, em vez de fugir, o que devemos realmente fazer?

CONFRONTE.

É isso mesmo. Encarar de frente, porque cada problema é, na verdade, uma oportunidade disfarçada. Cada conflito, uma oportunidade de expandirmos a nossa inteligência emocional, de desenvolvermos resiliência e, claro, aprimorarmos a nossa capacidade de gerir o stress. Eu sempre digo que os problemas são como “materiais brutos” para moldar a nossa mente: lapidam-nos em pessoas mais maduras, tanto pessoal como profissionalmente.

Por isso, não se esconda. Fugir não só é inútil, como é o caminho certo para reviver os mesmos problemas num ciclo vicioso e desgastante. Quando evitamos confrontar o que nos incomoda, estamos, na verdade, a prolongar o inevitável e a perder uma oportunidade de ouro para crescer.

ENFRENTE E SIGA EM FRENTE. (Sim, memorize esta frase, vai precisar dela.)

Por quê? Porque ao confrontar, algo mágico acontece. Aqui estão os bónus que vêm no “pacote” do confronto direto com os seus problemas.

➡ Cada problema enfrentado e superado fecha um ciclo de aprendizagem. E o bónus? Geralmente, a solução aparece como uma surpresa agradável, uma recompensa pela coragem de ter encarado o desafio.
➡ Confrontar os medos e as adversidades traz novas oportunidades, porque o caminho torna-se mais claro e, ao mesmo tempo, mais leve. Ao vencermos o que nos assombra, surge uma sensação de alívio. De repente, aquilo que parecia uma montanha transforma-se numa colina.
➡ Resolver problemas revela a nossa coragem e sabedoria escondidas, o que nos faz sentir um orgulho secreto (ou nem tão secreto assim). É aquele momento em que percebemos que somos muito mais fortes e capazes do que imaginávamos. E isso eleva a nossa auto-estima.
➡ Conquistar desafios é um voto de auto-respeito. Quando encaramos de frente o que nos aflige, provamos a nós mesmos que somos responsáveis pela nossa vida, saindo daquele papel passivo de vítima. Este movimento resgata o controlo que temos sobre o nosso destino.
➡ Agir proativamente sobre os desafios é a chave para uma vida mais autêntica. Ao enfrentarmos os problemas, deixamos de ser marionetas nas mãos das circunstâncias e passamos a ser os arquitetos do nosso futuro. Isso dá-nos um senso de propósito e realização que transforma tudo à nossa volta.
Então, qual é a alternativa? Não há. Confrontar é a única forma de sair da inércia, do repetitivo. É o caminho para se libertar das amarras emocionais que, muitas vezes, nos mantêm presos aos mesmos medos, culpas e ansiedades.

Mas como começar?

Mude a sua perspectiva. Desafie-se a ver as coisas de uma maneira diferente. Saia da rotina. Conheça novos lugares, novas pessoas, e, mais importante, questione. Pergunte sempre “Porquê?”. Não pare até encontrar a resposta que ressoe com a sua verdade. E, quando confrontar essa verdade, seja honesto(a) consigo mesmo(a).

Porque a honestidade é a primeira chave para destravar as portas da mudança.

E lembre-se: Quando mudamos a forma como olhamos para os nossos problemas, os nossos problemas mudam de forma.

Por isso, se esta mensagem o(a) toca de alguma maneira, encare-a como o empurrão que faltava para fazer algo diferente. Aproveite este momento — seja o fim-de-semana ou qualquer outro dia — para confrontar os pensamentos e sentimentos limitantes que têm prejudicado a sua vida. Diga BASTA ao “lixo emocional” que, às vezes, parece sufocar o peito. Confronte as dores do passado, os medos paralisantes, a ansiedade que teima em prender-nos.

Porque, no final, o que não confrontamos, controla-nos. E só enfrentando o que nos assusta é que somos verdadeiramente livres.
 
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SARA FERREIRA PSICÓLOGA
CLÍNICA, FORMADORA E AUTORA
E-mail: [email protected]
Web site: www.apsicologasara.com
Facebook:apsicologasara

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