in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
No mundo das Finanças, propriamente o dinheiro em nada pode mudar e também não muda nada, em si mesmo, mas sim, a mudança é realizada nas das atitudes diferenciadas e construtivas de cada um, das coletividades e das organizações, responsáveis socialmente pelo bem-estar e equilíbrio das sociedades e dos cidadãos.
A consciencialização dos indivíduos e a maturação dos sistemas endémicos e sociais, esses sim, poderão abrir os horizontes e recriar o sentido e o respeito pelos recursos naturais e construídos pela humanidade.
Se julgamos estar de saída de mais uma crise insalubre e social, estamos em perfeito delírio… A verdadeira doença (social) estrutura-se nos meandros do obscuro e do invisível. A crise ressurgirá quando a maioria da população mundial se preparar para relaxar e acreditar estar finalmente em bonança. Em suma, quando estiver no estado litúrgico do adormecimento global. Aí sim! a ditadura e a opressão dos “mal-intencionados” e das minorias privilegiadas, poderão falar bem mais alto!
É exigível de todos nós, uma determinação macia, mas verdadeiramente sentida, recriando o despertar da alegria e da felicidade. Sermos intensamente seres conscientes e responsáveis pela reconstrução e opção a tomar nas nossas vidas, pessoais e sociais.
A gestão dos recursos e trocas entre cidadãos, não se irá compadecer, num breve futuro próximo, pela morbilidade e apatia atualmente instauradas, onde a desresponsabilização dos cidadãos e comunidades internacionais vigora.
O consumo desenfreado, insensato e desnecessário, na procura uma compensação psíquica e afetiva do ter em prol do ser, fruto de uma frustração e impotência do modo de vida insano e artificial das sociedades modernas, têm os seus dias contados. O planeta Terra e os nossos ecossistemas têm-nos avisado e demonstrado que não haverão muitas mais oportunidades…
Se a gestão dos recursos financeiros a nível mundial, são de uma forma geral, geridos por interesses de minorias privilegiadas e em prol de interesses próprios e umbilicais (ego), só o poder da cidadania e consciência individual, e do ajuntamento social de seres de luz e bem-intencionados, em conjunto, poderão fazer a tal mudança, que há tantas décadas esperamos…
Poder-se-á constatar a crescente multiplicação de eco projetos, de mudanças profundas de consciência num espectro de cidadãos sensíveis e empoderados, e em pequenos ciclos sociais, que optaram, contra todo o sistema ainda vigente, criar um modo de vida em comunidade, compatível e sustentável com os ciclos da natureza e da vida, valorizando acima de tudo os valores humanizados, a partilha, a dádiva, o respeito comum e o amor incondicional.
Esta nova realidade e ressurreição da esperança na humanidade, não se incompatibiliza com o dinheiro ou outros valores monetários, em geral, mas sim com o tratamento e operacionalidade que lhe tem sido atribuído, essencialmente neste último século.
Poderá ser esta a prova de que necessitávamos e de que é possível, criar uma interação entre mundos, aparentemente tão distantes…, o humano e o financeiro… afinal até são o mesmo!
O mundo financeiro, onde assenta o dinheiro, no modelo em que o conhecemos, precisa antes de mais, de se reposicionar, tomando o seu verdadeiro lugar social: estar ao serviço e em devoção do ser humano, dos cidadãos de todo o mundo e das comunidades em geral.
Quando nos for possível superar as crenças limitadoras instauradas nas civilizações, nas organizações e na população em geral, de que o dinheiro é o “deus ditatorial do mundo” e por consequência o seu salvador, e finalmente se revelar em cada coração, intestino e mente humana, o grande sentido do amor, como forma natural de vida, encontrar-se-á, nesse momento, um sentido verdadeiro da existência. Bastando então que uma “pequena” maioria se converta nesta realidade, para se verificar a grande e esperada mudança… o milagre da vida em abundância e paz.
É provável que em 2021, após esta experiencia pandémica mundial que temos vivido, venhamos a usufruir de um novo modelo de redistribuição económica e social, e que tenhamos também novas realidades financeiras, políticas e quem sabe até, uma provável fraternidade internacional, que privilegie o equilíbrio e equidade das populações e também o respeito pelo ambiente e por todos os seres vivos, animais e vegetais.
Se podermos sonhar com essa nova realidade, então as finanças e mais concretamente o dinheiro, será (novamente) uma forma de troca, promovendo a justiça, a equidade e a paz, mundiais.
CONSULTOR EM BIOECONOMIA, FINANÇAS E INOVAÇÃO
ww.empowertolive.pt
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“Empreendedorismo e Inovação”
in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2020
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