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      • Com que olhos vês o Mundo?
      • Terminar (ou não) um relacionamento?
      • Será que és introvertido?
      • Sabes que por vezes me sinto à deriva?
      • Desistir... ou voltar a Amar?
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Festejar as linguagens do Amor

1/7/2023

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Festejar eventos e datas que marcam a vida nas relações é importante na manutenção de vínculos entre as pessoas. É algo que nos é natural e nos dá o sentido de pertença a um grupo.
Por Carla das Estrelas


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


Em todas as relações existem datas comemorativas e significativas, sejam elas relações de casal, de amizade ou familiares. Aniversários de nascimento, de namoro, de casamento, do primeiro encontro, dos filhos, pais, sogros, da compra de casa, entre outras datas que possamos considerar comemorativas. Relembrar eventos e datas que marcam a vida na relação é importante na manutenção de vínculos.

Nas celebrações e festejos existem hábitos individuais que serão integrados na vida do outro com quem nos relacionamos. No Natal, a família participa nas decorações da casa, fazem aquele doce ou prato que é tradição na família de um dos pares ou até mesmo nos dois. Todos os anos, a cada aniversário de casamento, passam o filme da cerimónia ou no aniversário dos filhos, sentam-se uns momentos só para recordar o tempo e as imagens de quando as crianças eram pequenas. No dia dos namorados, o casal encontra um tempo para estar a sós nem que seja para um jantar ou para fazer um programa diferente da rotina do dia a dia.

Festejar as grandes conquistas é natural no ser humano e dá-nos o sentido de pertença a uma família, a um grupo de amigo, a uma relação. Celebrar as pequenas conquistas alicerça este vínculo de pertencimento. Dá saúde e traz maior intimidade à relação.

O Pertencimento é um nos princípios fundamentais nas Constelações Familiares ou Sistémicas. Neste princípio todos os membros da família têm o direito de pertencer ao sistema familiar, isto inclui honrar e respeitar todos os membros, independentemente das circunstâncias ou eventos passados. Outro princípio é a Ordem. Aqui, os membros da família têm o seu lugar e a sua posição respeitados, reconhecendo a hierarquia e a ancestralidade. Um outro princípio é o Equilíbrio entre o dar e o receber, onde se procura restabelecer um equilíbrio saudável nas trocas entre os membros da família que estão relacionados com o dar e o receber amor, cuidado, apoio e respeito. 

Portanto, quando somamos as festividades de duas famílias que se unem através de um casal, percebemos todos estes princípios sistémicos.

Nas relações amorosas, para que exista equilíbrio, estamos também, a acolher tudo o que vem da família do(a) nosso(a) companheiro(a). Os hábitos, as histórias, as rotinas, os segredos, as alianças, os desafios, tudo o que vem da história familiar do outro acaba por se misturar na nossa história. E este movimento é bilateral.

O mesmo acontece com tudo o que vem das festividades das famílias do outro. Estas serão misturadas com as nossas. Poderá ter de existir um reajuste de hábitos. E isto pode observar-se em coisas tão simples como a escolha da ementa na consoada e no tipo de doces que obrigatoriamente terão de estar sempre presentes.

Um casal em que comemora não só as grandes conquistas, mas festeja também as pequenas tem a capacidade de não deixar o relacionamento cair na rotina. Procura equilibrar a dedicação, as conquistas e as partilhas de eventos, demonstrando vontade em equilibrar o que dá e o que recebe do outro. Sentindo-se também vistos e respeitados perante a família através da celebração e do acolhimento dos seus momentos especiais.

A celebração ou o festejo de algum evento marcante num relacionamento não precisa, necessariamente, de ser um jantar especial (romântico, caso estejamos na perspectiva de relações de casal) ou uma grande festa, mas um momento íntimo e significativo nas parcerias envolvidas.

Festejar nos relacionamentos é uma ótima maneira de celebrar momentos especiais e fortalecer os laços entre as pessoas envolvidas. Existem várias formas de festejar nos relacionamentos. Deixo algumas ideias para festejar nas relações:  
  1. Um jantar romântico ou jantar convívio, caso se trate de uma relação de amizade. Planear um jantar especial em casa ou num restaurante que gostem. 
  2. Uma viagem. Planear uma viagem romântica para um lugar que o casal sempre quis visitar ou, no caso de relações de amizade, visitar um local novo e acordado por todos. Isto proporcionará momentos únicos de conexão e diversão. 
  3. Fazer uma surpresa. O elemento surpresa torna o momento ainda mais especial. 
  4. Realizarem atividades conjuntas. Poderão festejar através de um hobby ou atividades que todos gostam de fazer juntos. Esta é uma forma de fortalecer o vínculo entre todos. 
  5. Organizar uma festa ou encontro com amigos próximos para comemorar uma data especial. Esta partilha de momentos alegres com as pessoas queridas pode ser muito gratificante. 
  6. No caso de casais a renovação de votos com uma cerimónia especial pode ser uma maneira significativa de reafirmar o compromisso e de festejar o caminho que percorreram juntos. 

Cada relacionamento é único, portanto, é importante conhecer as preferências de todos os envolvidos e adaptar as comemorações de acordo com os vários gostos. Festejar nos relacionamentos é uma oportunidade de demonstrar amor, gratidão e apreciação pelo outro, fortalecendo os laços e construindo memórias especiais em conjunto, ajudando a construir conexões mais fortes e duradouras entre as pessoas envolvidas.
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CARLA DAS ESTRELAS 
TERAPEUTA HOLÍSTICA, CONSTELADORA FAMILIAR E FORMADORA
metamorphosestrelas.wixsite.com/terapiaseformacao
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023
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Precisamos estar livres para podermos festejar a vida

1/7/2023

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Precisamos de leveza para levantarmos as mãos ao alto em um brinde à vida. Com amarras ou pesos de situações mal resolvidas ou desgastadas, torna-se difícil festejarmos a riqueza que se encontra em nosso entorno e dentro de nós.
​Por Soraya Rodrigues de Aragão


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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​Do que é necessário nos desapegarmos para reconfigurarmos nossa existência? O que seria preciso transmutar para sentirmos a libertadora leveza da vida? Uma das respostas é que precisamos renunciar: a antigas batalhas e velhas couraças de guerra, a arcaicas querelas, ao que a vida nos levou, do fio do “destino” que estamos traçando com as próprias mãos e que podem ser estruturas danosas. Queremos festejar a vida e que esta se renove. Queremos ter novas chances e perspectivas, mas na maioria das vezes continuamos olhando pelo retrovisor, atados às correntes do controle do que é incontrolável, da vitimização e da culpabilização de si e dos outros.
 
Precisamos compreender que o que fez parte da nossa história nem sempre foram travas, vindas do externo e que podemos,  sim (re)adquirirmos o controle de nossas vidas para empreendermos novos percursos, renunciando outros. Geralmente, a desistência é percebida como fracasso, o que na verdade pode ser um movimento apaziguador e libertador. Em muitos casos, seria producente aceitar que a lareira apagou, que a árvore “esqueceu de dar flores”, que o tempo de aprendizagem daquela situação chegou ao fim, para levar consigo o melhor do que foi em si. Precisamos fazer um brinde à vida, ao que se foi e ao que virá, mas com leveza, sem bloqueios e sem correntes.
 
Festejar a vida diz respeito sobretudo à soltura de todas as circunstâncias que fizeram parte da nossa vida, porque se em algum tempo estas fizeram sentido e parte de processos de crescimento e aprendizado, mas que agora podem inclusive se converter em empecilhos do que poderia já estar em andamento. O problema é que nos habituamos até com o que nos faz mal e não queremos nos desapegar de coisas e pessoas porque acreditamos que não sobreviveríamos sem elas, como se as mesmas fossem uma extensão nossa. E vamos partir do pressuposto que de fato isso fosse verdade, como seria pesado levar nas costas todas essas amarras. Precisamos estar livres de correntes para levantarmos as mãos para o alto em um brinde à vida.
 
É necessário que os ciclos se fechem dentro de nós, pois a partir deste ponto, olhamos o passado sem dor, sem vontade de voltar para checar se ali ainda há algo a se viver, já que não existem mais amarras na alma, sendo reconhecido que tudo que se foi vivido fez parte da construção do que somos. O importante é percebermos que não somos a nossa experiencia, embora façamos parte desta. A partir dai, as coisas passam a ter uma nova perspectiva, até mesmo graciosidade.
 
Sempre é tempo de mudança e celebração. Portanto, mude de postura, de comportamento, de padrões negativos, do que não leva a nada, pois a vida pede progresso, evolução, renovação e muitas vezes, em sua ambivalência, a vida nos traz o melhoramento em troca de algumas renúncias. Mais uma vez reitero que o preço da libertação é a coragem. Muitas pessoas acreditam que ainda estão amarradas, vinculadas a algo, mas na realidade somente suas mãos estão atadas por suas próprias escolhas. Muitas questões a serem resolvidas, na maioria das vezes são conosco e não mais com os outros ou as circunstâncias.
 
Portanto, festejarmos uma e mais tantas outras vezes para as diversas coisas maravilhosas que estão somente aguardando uma postura de renúncia e leveza para florescerem e nos presentearem um novo amanhecer, uma nova chance, a perspectiva de uma nova vida. Não precisamos de acessórios, de amarras, quando nós somos a essência. E nada é tão nosso como a riqueza em nosso entorno, como o marejar em tonalidades de âmbares diversas de um por de sol, do som angelical das marés, do brilho multifacetado das pedras distraindo-se em cintilàncias com as ondas do mar em uma frivolidade comprometida para compor pura poesia. E para festejar, precisamos nos desvencilhar de nossas amarras, porque nenhum brinde à vida poderá ser feito por mãos acorrentadas.
 
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SORAYA RODRIGUES DE ARAGÃO
PSICÓLOGA, PSICOTRAUMATOLOGISTA, EXPERT EM MEDICINA PSICOSSOMÁTICA E PSICOLOGIA DA SAÚDE. AUTORA DE 4 LIVROS PUBLICADOS
www.sorayapsicologa.com
Instagram: soraya.psico
E-mail: [email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023
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A importância de Festejar (também) na Vida Profissional!

1/7/2023

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Na vida profissional, também devemos festejar, lembrando a importância de o fazer, tanto a nível físico, mental e emocional. A saúde mental e o burnout podem ser fatores decisivos de impedimento de celebração! Descubra 8 atitudes para festejar seu trabalho. Por Claudia Canto Moniz

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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A existência de uma vida profissional saudável, tem naturalmente um peso enorme na autoestima, na valorização pessoal, na motivação e empoderamento, tanto nas mulheres como nos homens.

Lembrar que a existência de uma vida profissional saudável, está diretamente ligada, ao bem-estar nas outras vertentes da vida pessoal e familiar.

Se o trabalho “corre bem” andamos mais contentes, mais felizes, os níveis de autoestima – o valor que damos a nós próprios, e considerada uma das necessidades básicas do ser humano – aumentam e, com ela naturalmente, o bem-estar no trabalho e consequente a produtividade.

Festejar ou celebrar a vida profissional, significa celebrar o sucesso sobre os objetivos alcançados, e quem não gosta do   sabor da vitória e de uma celebração??!!
 
Porque deve festejar cada vitória por mais pequena que seja?

Quando define uma meta, um objetivo, com certeza que tem várias etapas para lá chegar. Festejar a concretização de cada pequena “grande etapa”, irá aumentar a sua motivação, a sua autoestima, o seu poder pessoal, o seu foco e concentração e, principalmente, a sensação de vitória e sucesso aliada a mais alegria e felicidade no seu trabalho.

E sim, vivemos tempos de adaptação e restruturação, mesmo que subtil no tecido empresarial, aos poucos e poucos os líderes vão assegurando que felicidade no trabalho é uma necessidade para o bem geral dos colaboradores, praticando atitudes de celebração e reconhecimento, traduzindo-se no final, em mais produtividade.

Afinal nesta dinâmica, todos ganham, uma relação win win: Equilíbrio e harmonia no todo.
A grande questão chega, quando não há o reconhecimento e valorização do sucesso, primeiro pelo próprio/a e, em última análise, pelas chefias.

São vários os motivos que não permitem o festejar do sucesso, entre eles a falta de saúde mental, mais precisamente o burnout.

Considerada a doença profissional do séc. 21, os sinais nem sempre evidentes, alguns deles, insónias, irritabilidade excessiva, falta de discernimento, confusão mental, cansaço excessivo, dores no corpo, tensão muscular, problemas de estômago, ataques de pânico, dificuldade em respirar, suores, tensão arterial alta, enxaquecas, descontrole alimentar, emoções á flor da pele, ausência de autoestima e autocuidado, depressão e esgotamento.

(Se sentir estes sintomas recorrentemente, sugiro uma ida ao seu médico para avaliação)
 
São estes os grandes bloqueadores da auto valorização, autorreconhecimento, e desmotivação, provocada pelo esgotamento mental e físico ao cumprir os objetivos definidos.

Estar atento aos sinais de burnout, é algo que deve ser feito como atitude de autocuidado, para que a vida profissional se torne mais leve, e mereça celebração sempre que o sucesso é alcançado.

De nada serve dar o máximo de si no trabalho (e na vida pessoal), se no final não há lugar para festejar!
 
8 formas de celebrar no seu trabalho (e na vida)
 
1 – Defina as prioridades!
Entre o seu trabalho, a sua vida pessoal, e a sua vida familiar.
 
2- Estabeleça os seus limites em cada um deles!
No seu trabalho, na sua vida pessoal, na sua vida familiar.
 
3- Celebre as pequenas vitórias!
No seu trabalho, na sua vida pessoal, na sua vida familiar.
 
4- Ligue-se com a Natureza!
Caminhe na serra, junto ao rio /mar, leve plantas/flores para junto de si.
 
5- Faça yoga (se nunca fez experimente)!
Não é por acaso, que empresas de renome, incentivam os seus colaboradores a frequentar as aulas de yoga nas empresas.
 
6- Respire conscientemente!
Pelo menos 1x por dia, fazer a respiração completa. Em baixo a indicação de com fazer*.
 
7- Fazer uma alimentação saudável! Mesmo que ingira umas “porcarias”, tente não o fazer regularmente
 
8- Celebre cada um destes passos!
Dance, cante, beba um copo, veja o por do sol … E agradeça!
 
*Respiração Completa
Encontre um lugar tranquilo.
Sente-se numa posição confortável (pode ser á secretária).
Mantenha as costas direitas e os ombros relaxados.
Mãos na zona abdominal.
Leve a sua atenção ao ar a entrar e a sair pelo nariz.
Faça 5 ciclos respiratórios ao seu ritmo.
Encerre os olhos.
Faça agora 10 ciclos respiratórios.
Em cada inspiração tente levar o ar, energia vital, até ao abdómen, a todos os órgãos abaixo do diafragma.
Ao expirar retire todo o ar, levando o umbigo como que ás costas.
No final dos 10 ciclos respiratórios, volte ao seu ritmo.
Lentamente abra os olhos …E sorria!
​
Fotografia
CLAUDIA CANTO MONIZ
ZEN LIFESTYLE PORTUGAL, WELLNESS & HEALTHY LIFE
www.claudialifestyle.com
https://linkytr.ee/claudialifestyle
Instagram: claudia_zenlifestyle
Email: [email protected]

​​in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Festejar sem gastar (muito)

1/7/2023

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Festejar é essencial para celebrar momentos, situações ou simplesmente a vida! Quando pensamos em celebrações ou festejos, associa-se sempre a reuniões com amigos família e principalmente, a consumo, o que implica gastos.
Por Sandra Lima Pereira


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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O que significa festejar: o que implica?

Festejar é bom e faz bem à saúde. E por isso é importante ressalvar, antes de mais, dois valores associados ao ato em si: emoções e dinheiro.

Emoções positivas como a alegria, esperança, amor e gratidão, por exemplo levam à satisfação e ao prazer associados à motivação intrínseca. É uma capacidade inata ao reconhecimento: desfrutar e conseguir integrar estas emoções de forma a reforçar os nossos pilares emocionais.

Festejar é agradecer momentos, situações ou pessoas que elevam a vida. É também enaltecer o orgulho que se possuí por estes elementos e pelo amor-próprio: traz mais confiança e contribui, assim, para o crescimento pessoal.

Quando existem metas e objetivos para alcançar, as celebrações acabam por se resumir a eventos festivos onde se vive a conquista. Mas é preciso saber celebrar sem que o bem material seja o foco do momento. A não ser que se queira muito, claro. Mas esta mensagem para os, (muitos), que, normalmente, pretendem gastar menos.

Como festejar sem derrapar nas finanças? 

O foco é a sustentabilidade das finanças pessoais, não esquecendo o propósito do momento.

Para quem gosta de planear as despesas, impor algum, limite aos gastos ou evitar recorrer as poupanças para estes momentos, então é necessário elevar a barreira.
 
Para isso deixo aqui algumas questões, dignas de reflexão:
  1. O momento perderá qualidade se gastar menos?
  2. É um factor motivacional, poder gastar para festejar o momento?
  3. Terei de recorrer a algum crédito para este momento, por exemplo uma viagem ou grande festa?

Seguimos para a organização.

Planear com antecedência Ponderar os rendimentos com que se pode contar e traçar um plano para as despesas necessárias para o momento: definir um teto para os gastos. Eventualmente, retirar o necessário de alguma poupança que esteja destinada para estas situações.
 
Pensar em soluções sem gastar O que lhe traz felicidade sem gastar ou gastar pouco? Que valores regem a sua vida, (sem ser o dinheiro)? Que pessoas podem estar presentes que celebrem consigo? Que lugares podem valorizar o momento?

Pesquisar antes de adquirir/comprar A melhor forma de economizar é ser o próprio a preparar o evento, verificar promoções, comparar preços de espaços, viagens, refeições, prendas ou outros elementos que representem importância para o festejo: sejam serviços ou produtos.

Elaborar uma lista Imaginando que já há um planeamento prévio, pois já se previa o festejo, elaborar uma check list de possíveis soluções ou sugestões para se festejar.
Parece pouco importante, mas é um ponto fundamental para a organização, assim, não serão acometidos gastos desnecessários por impulso na hora de escolher.

Comprar ou adquirir sem desperdício Se recorrer à criatividade, existirá alguma forma de construir ou produzir pessoalmente, sem ter de gastar? Depois da lista elaborada, com certeza poderá realizar pessoalmente alguma das sugestões ou pedir a alguém, próximo que o faça.

Evitar o crédito Falando em poupar ou gastar menos, implica riscar das possibilidades, recorrer ao crédito pessoal. Ao invés de considerar esta hipótese, contorne esta via, tal como se não existisse.

Evitar impulsos Já foi referido no ponto 3, o impulso é inimigo da poupança, na área financeira.
Se o impulso não é um problema, então esta medida não se aplica. Mas para a grande maioria, é um problema, portanto a melhor forma de evitar é controlar e ter noção do que se pode perder se ceder ao mesmo.

Pensar no futuro Apesar do momento ser de festejo, não se pode ignorar o futuro e sem gestão, poderão surgir situações de aflição, caso haja má gestão do momento presente.
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SANDRA LIMA PEREIRA
INTERNATIONAL CERTIFIED PNL & COACH | FORMADORA | ESCRITORA | AUTORA
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Festejar como Filosofia

1/7/2023

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“Engana-se quem acredita que ser elegante é ser chique.” A elegância está na alma, no jeito de estar, de ser e de tratar as pessoas. Elegância é acima de tudo ser gentil mesmo no caos e com civilidade. Festejar é também uma forma de expressar elegância.
Por Luciene Balbino


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023
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As pessoas que vivem uma vida inteira tentando se encaixar no outro ou num grupo revelam-se infelizes nos momentos de festejar a vida. Muitas vezes vemos em festas e confraternizações das empresas, alguém beber demasiado e ofender os outros, agredir com palavras ou fisicamente. Festejar os momentos em família, em empresas e em todos os demais lugares que frequentamos exige civilidade. Elegância ao contrário do que muitos pensam, não vem de fora, não está na aparência e sim, dentro das pessoas. Estar feliz proporciona mais sorrisos por onde as pessoas passam, mas estar infeliz torna-se uma desculpa para muitos serem deselegantes.

Ser elegante apenas quando tudo vai bem, não define uma pessoa com esta característica. O difícil é ser elegante mesmo quando tudo está a desabar. O outro não tem culpa dos seus problemas. Que tal fazer o exercício de tratar as pessoas bem, independente do que se está a passar. Verá que é possível e libertador. São os gestos, a forma de lidar com o outro, a empatia e o amor dentro de nós que transforma o comportamento em algo positivo, que acrescenta, que agrega e que torna respeitoso a individualidade de cada um. De que adianta uma pessoa vestida dos pés à cabeça com roupas de grife, com ouro, pedras preciosas, cabelos arranjados, unhas perfeitas se ao lidar com o outro, trata-o mal e com arrogância.  

Como ser elegante definitivamente? É possível? Claro que sim. O autoconhecimento e a autocrítica são fundamentais para conquistar a harmonia e vir à tona o melhor de si mesmo. Buscar uma terapia tradicional ou alternativa, uma religião que lhe faça bem, meditação, leituras que lhe ajudem a se conhecer melhor e outras ferramentas que se adequem ao estilo de cada um. Conhecer os seus limites é de uma elegância imensurável. É sabido que os seres humanos também perdem o controlo e ferem sem querer. Algumas vezes traímos a nossa essência. Diante deste facto é importante perceber o porquê da pessoa fazer isso ou aquilo. Pedir perdão é muito elegante. Dizer que está arrependido, que lhe dói o que fez, é gentil. Gentileza gera gentileza, então elegância gera comportamentos elegantes.

O que define um ser humano não é a racionalidade e muito menos aprender mais do que os outros. O aprendizado é fundamental para evoluirmos, mas se uma pessoa não tiver elegância, todas as suas acções perderão a grandeza em sua humanidade, pessoas pobres podem ser mais elegantes do que pessoas ricas. Não é o status social e a conta bancária cheia de dinheiro que a define. Exemplo de uma pessoa que errou mas teve a elegância de o reconhecer. Num Centro Comercial, uma senhora foi agressiva numa loja com a vendedora, mas ao chegar em sua casa, sentiu-se mal com a atitude, então voltou à loja e pediu desculpas. A vendedora abraçou-a e disse-lhe que nem todos os dias são bons, por isso, a entendia. Ter humildade em reconhecer um erro é extremamente elegante. 

A palavra elegante tem origem no verbo latim “eligere”, que significa escolher com cuidado, selecionar.  Quais são as escolhas que a maioria das pessoas está a fazer ultimamente em todos os aspetos da vida? Atualmente com a influência das redes sociais, muitas pessoas estão a selecionar mal o que é importante para que haja um crescimento genuíno. Ofender os outros gratuitamente nas plataformas digitais, ter preconceito, ser racista, não tem nada a ver com elegância. Então, o que vem a ser elegante e como um ser humano, independentemente de sua condição social, física, monetária e educacional pode ser?

O exemplo das redes sociais é importante porque quase todo mundo tem um perfil nesta ou naquela rede social. Atualmente parece que o virtual é a extensão de quem somos nas ruas. Mesmo assim, existem duas pessoas diferentes em ambas situações, a presencial, que respeita o idoso, que cede lugar à mulher grávida no comboio, no autocarro e no metro. E na internet esta mesma pessoa sente-se livre para ofender os outros, desrespeitar os sentimentos de outrem, impondo a sua prepotência. Assume a sua deselegância ao colocar os seus sentimentos em primeiro lugar e não a respeitar o que o outro sente. Nessas redes há uma intimidade que na vida real não existe. O “anonimato” permite aos deselegantes e aos grosseiros difamarem pessoas de bem que apenas estão no seu direito, de expor as suas ideias e pensamentos. Ofender nunca é uma opção. 

Uma pessoa elegante é sempre a mesma, tanto pessoalmente quanto na internet. Tem posturas nobres quando é vista e as mesmas quando está sozinha em casa com o seu gato ou seu cão. Um diretor de empresa gentil, que trata os seus colaboradores com respeito, ouvindo-os, compreendendo-os, auxiliando-os e ajudando-os a crescer, é um ser elegante, além de dar o exemplo e transformar vidas.

Ser chique não é ser elegante. Ela está na alma, no jeito de ser com verdade. De que adianta uma pessoa falar vários idiomas, ter diversos diplomas e fazer parte de uma família com bens materiais, se por onde passa deixa desarmonia, tristeza, rancor e mágoa. Pessoas egoístas, manipuladoras e cruéis estão longe, a muitas léguas de serem elegantes.

Uma senhora em um restaurante presenciou uma atitude lamentável num primeiro encontro. O homem que ela estava a conhecer, que por sinal era rico, teve um comportamento lastimável logo no primeiro encontro. Ele humilhou o empregado de mesa só porque ele derrubou água sobre a toalha da mesa. Simplesmente, ela levantou-se e deixou-o, e ainda lhe disse: “A sua atitude deselegante fez-me perder o apetite. Espero que peça desculpa ao empregado, pois ele saiu de sua casa para servir-nos. Aliás, estamos todos no mundo para servir”.

Outro erro é a associação da elegância com o biótipo de uma pessoa. Usar números pequenos de roupas e estar magro não tem nada a ver com ser uma pessoa elegante. Há pessoas gordas elegantíssimas e pessoas esculturais mal-educadas e sem nenhuma airosidade. A nobreza de uma pessoa é delicada, sensível e subtil. Não é a balança que pesa o corpo que determina algo tão intrínseco e belo. A beleza da alma extrapola o físico. Ser elegante é ter civilidade. Mesmo quando briga consigo, soca o travesseiro e dá os seus berros… O ser elegante recupera-se, ri de si mesmo e segue em frente sem ninguém perceber que isso aconteceu. Afinal, ninguém nasce elegante, torna-se se o quiser. Festejar a vida com autenticidade, empatia, compaixão e amor é o caminho para se tornar uma pessoa elegante. 
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LUCIENE BALBINO
ESCRITORA, DRAMATURGA E JORNALISTA. AUTORA DE ROMANCES, LIVROS INFANTIS E BIOGRAFIAS. AUTORA DE MAIS DE 6 ESPETÁCULOS ENCENADOS EM PORTUGAL
Instagram: @lucienebalbinoescritora
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A arte de Festejar

1/7/2023

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Entender o sentido da arte das festas e a importância de festejar como meio para resgatarmos uma memoria coletiva que se perdeu. E a partir dessa compreensão, encontramos o sentido da vida. Por Sofia Carrera Pérez

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023
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A antroposofia traz-nos a visão da importância que as civilizações deram ao ato de festejar. Alguns estudiosos até ironizam que o Egito tinha tantas festas que não sabiam como tiveram tempo para construir as pirâmides.

Vários filósofos trazem pensamentos surpreendentes e curiosos sobre o ato de festejar, destaco Josep Pieper filosofo alemão que nos chamou para a importância de “celebrar a festa”.

Se recuarmos um pouco para  a nossa adolescência, basta nos lembrarmos como por exemplo a vitória da “nossa equipa” movia uma pequena multidão que se tornava um corpo único, vibrante, que se conectava e festejava e tudo se esquecia, faziam-se as pazes e a seguir ainda havia uma festa.

Aparentemente nos primeiros anos da nossa vida mais precisamente até entrarmos para a idade adulta a festa acontece, em tudo. Se observarmos uma criança ela festeja, vive o momento, é espontânea, livre, ama profundamente e inevitavelmente celebra a vida em todo o seu potencial. Depois vem a idade adulta das “obrigações” e vai-se criando uma rigidez, aos poucos o corpo vai fechando e com ele o coração e acabamos por desaprender o poder e o valor de celebrar a vida e festejar.

E é precisamente este ato de festejar que dá sentido à vida e traz esse sentido de pertença a algo maior. Transporta-nos para tempos muito antigos, onde em vez de uma televisão, havia uma fogueira onde todos os membros de uma tribo se reuniam e contavam histórias e celebravam a natureza na sua forma mais sagrada. As festas voltavam-se para as celebrações da magia da Terra, do Céu e dos Antepassados E nesse estado de comunhão encontramos o sentido da vida.

E Pieper ainda vai mais longe e convida-nos a refletir sobre o ato de celebrar o nosso dia de aniversário, afirmando que se não ainda não tivermos entendido aquilo que a vida nos trouxe até ali, então não vale a pena celebrar.

Talvez então possamos acordar em nós o ato de festejar como algo sagrado. A festa enquanto consagração e o entendimento de algo divino. Trazer à superfície algo o que estava oculto e que precisa de ser celebrado, declarado. Algo que precisa ser visto e celebrado. E esse festejar com toda a nossa entrega religa-nos à nossa origem e traz-nos memórias de quem somos de onde viemos, para onde queremos seguir e com quem. Na verdade, basta observamos ao longo da história da nossa humanidade a forma como fomos espartilhados, divididos e como isso nos tornou mais fracos, desconfiados e individualistas. Saudades de uma tribo que se dividiu e perdeu uma memória coletiva, mas que basta um sopro de velas numa festa de aniversário, para nos relembrar de essa casa que somos uns para os outros.
 
Então, festejar é algo de grande importância. E se esse festejar for ritualizado é arte também. Ao longo dos séculos, esse carácter sagrado e de comunhão plena foi perdendo o seu significado. Aos dias de hoje, a maioria das festas são autênticas fugas à vida constituindo-se como palcos de demonstração de atos de separação e revolta, onde desfilam as maiorias angústias e excessos. Quantas vezes é que num pós festa assistimos a uma desarmonia em nós próprios?

Passando pelos vários tipos de celebração e atos de festejar que conhecemos convido-nos a olharmos um pouco para acontecimentos importantes da nossa vida e que passam completamente despercebidos. Existe uma essência por detrás desses acontecimentos que não são vistos. Por exemplo, as nossas conquistas pessoais, pequenas grandes conquistas tão intimas e transformadoras que não paramos para festejar, integrar e meditar sobre elas.
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O objetivo do ato de festejar foi originalmente criado para nos elevar, religar à origem, aproximarmo-nos da fonte, do início. Celebrar a vida para chegarmos à conclusão do que ela efetivamente representa. Para que ela possa ser compreendida, respeitada e celebrada trazendo harmonia e evolução.

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SOFIA CARRERA PÉREZ
TERAPEUTA, AUTORA, PROFESSORA
linktr.ee/sofiacarreraperez
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Vamos Festejar!

1/7/2023

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As celebrações são apenas festas ou têm também um papel na nossa saúde, nomeadamente mental? Vamos compreender o papel que o ato de festejar pode ter na nossa saúde física e mental.
Por Inês Teixeira de Matos


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Festejar significa celebrar. Celebrar acontecimentos importantes das nossas vidas, pessoas importantes para nós, conquistas ou, simplesmente, festejar a vida, junto daqueles que mais gostamos.

As celebrações, mais ou menos tradicionais, são essenciais nas sociedades humanas e, mais concretamente na sociedade ocidental que nos é mais próxima. Desde as celebrações mais pessoais, como aniversários, às celebrações mais abrangentes à maioria da sociedade como o Natal ou a Passagem de Ano. E será que estes momentos são meros acontecimentos ou têm também um papel na nossa saúde, nomeadamente mental?

O ser humano é um ser social, isto é, necessita de comunicação e interação com o outro como fator importante para uma saúde equilibrada, o que tem impacto também na saúde física. Não há muito tempo, na pandemia, os momentos de confinamento foram bastante clarificadores do quanto precisamos de contacto com o outro e do quanto precisamos que este contacto seja também físico. Vimo-nos privados do contacto com o outro, da possibilidade de comunicar e interagir presencialmente, com toque e o número de depressões e perturbações de ansiedade aumentou drasticamente. Segundo a OMS, após um ano de pandemia, o número de pessoas com estas perturbações aumentou mais de 25% em todo o mundo. As celebrações, ou ficaram reduzidas em dimensão, ou realizaram-se à distância e aquilo que, talvez numa fase inicial até poderia parecer divertido pela novidade, as famosas festas por zoom, rapidamente se tornou desinteressante e até causador de alguma tristeza pelo facto de a interação e as celebrações estarem reduzidas àquela versão acética e “fria”. Mas, nem durante essa fase, abandonámos as celebrações. Continuámos a organizar festas de anos, batizados, casamentos, almoços e jantares (virtuais). E ainda bem!

As celebrações são momentos de comemoração entre os seres humanos. São momentos essenciais e estruturantes das nossas vidas em que não só vamos marcando os momentos significativos (maiores ou menores) das nossas vidas, como também estabelecemos e fortalecemos os laços com aqueles que são significativos para nós. Por exemplo, ao celebrarmos todos os anos o nosso aniversário, é uma forma de estruturamos temporalmente a nossa vida, de organizar acontecimentos, de fechar um capítulo e iniciar outro, de marcar a passagem do tempo e, quanto mais utilizarmos cada um desses momentos de celebração para refletir sobre o que eles significam, mais vão contribuir para a nossa organização mental e saúde psicológica. Por outro lado, quando celebramos o nosso aniversário e convidamos a nossa família e amigos para estarem conosco é uma oportunidade para lhes dizermos mais uma vez (e nunca é demais) que gostamos deles e sentirmos também o amor deles por nós, fortalecendo laços e, claro está aumentando os nossos neurotransmissores da felicidade e bem-estar: serotonina, oxitocina e dopamina. Importa também que estes momentos sejam agradáveis para nós e não momentos de tensão ou com atividades em que não temos prazer, caso contrário não vamos ter esta sensação de bem-estar.

Então festejar faz bem à saúde? Faz sim! As festas são essenciais na nossa vida, quer sejam festas com maior significado pessoal ou social, quer sejam meros convívios como por exemplo uma festa de Verão, como é tão habitual nesta época. Como em tudo na vida, importa termos equilíbrio e importa sabermos tirar o melhor de cada situação. Se vivermos maioritariamente “em festa”, como qualquer excesso, será prejudicial para a nossa saúde. Não será bom para a nossa saúde física porque muito provavelmente irá entrar em conflito com as nossas horas de sono e descanso, irá impedir que tenhamos uma alimentação saudável e regular e poderá levar ao consumo de algumas substâncias menos boas para a saúde como álcool, muito frequente em celebrações, embora não seja, claro, necessário para estas acontecerem. Ao nível da saúde mental, se as festas forem a rotina, a falta de sono, o excesso de estímulos sonoros, a falta de ambientes tranquilos e o consumo de álcool também levarão a um maior cansaço psicológico, maior desorganização mental, menor desempenho cognitivo e menos tempo dedicado àquilo que também são os nossos objetivos nas restantes áreas de vida (e.g. trabalho, família, desenvolvimento pessoal). Assim, para que tenhamos uma boa saúde, quer mental quer física, é importante festejarmos a vida, as conquistas, aqueles que nos são queridos e celebrarmos o tempo com a nossa família e amigos.

​Estimula a nossa sensação de bem-estar e felicidade que depois terá implicações no funcionamento do nosso organismo a todos os níveis, mas, também precisamos da calma, da tranquilidade, da organização e da rotina para que esta boa saúde aconteça. Aliás, só poderemos reconhecer e tirar verdadeiro partido de um momento de maior festa, excitação, libertação, alegria, se tivermos também momentos de maior calma, rotina, organização, controlo e estabilidade, a saúde, como sempre, está no equilíbrio!

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INÊS TEIXEIRA DE MATOS
PSICÓLOGA EDUCACIONAL NA ÁREA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL E ATUALMENTE NA PROMOÇÃO DE RESILIÊNCIA E BEM-ESTAR EM CONTEXTO ORGANIZACIONAL
[email protected]
Linkedin: @inestmatospe 

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2023
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