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Nutre o teu corpo com paciência, revitaliza-te!

1/7/2017

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E tu, escutas o teu corpo? Sabes que ele também tem necessidades emocionais? Nutre o teu corpo com paciência, permite que as tuas células se revitalizem. A paciência é uma porta de consciência e saúde. Por Yolanda Castillo

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Desde tenra idade ouvimos falar de paciência. “Que tiveram muita paciência connosco, que na vida há que ter muita paciência” Parece que codificam a nossa mente incutindo-nos que a paciência é uma grande virtude e que através dela podemos tudo alcançar. Sentimo-lo como algo mágico.
 
Mas, explicaram-nos o que é a paciência? Como se sente a paciência? Ou como sabemos se estamos a ser pacientes? E em que aspetos da vida a paciência tem importância?
 
O stress social ao qual estamos submetidos faz com que, na grande maioria das vezes, falemos de sentimentos, emoções ou qualidades sem conhecê-los nem saber o impacto que têm em nós.
 
Na sua origem, a paciência está associada à capacidade de tolerar as adversidades e o sofrimento de forma estóica e com muita calma. Se uma virtude como a paciência está associada ao sofrimento, o corpo a aceitará como tal, como um antídoto perante a dor e o sofrimento mental e físico.
 
Se há um antídoto, tem de haver um agente agressor. Assim o nosso corpo compreende que a paciência é um escudo perante um sintoma emocional e físico, porque foi assim que nós ensinamos o nosso corpo e mente.

Sem nos darmos conta programamos o subconsciente, a mente e inclusive as moléculas de água do organismo para associar a paciência ao sofrimento e resistência perante situações que consideramos limite.
 
Mas o que aconteceria se nos reeducarmos por completo e associarmos a paciência a um conceito mais positivo que nos permite transcender e manter um estado de saúde satisfatório? O que aconteceria ao nosso corpo e à nossa mente?
 
A paciência é uma virtude inata da alma através da qual nós temos capacidade de estar serenos, presentes e conscientes, não somente perante as adversidades, mas também em qualquer circunstância da vida ou com qualquer pessoa. Porque afinal, as pessoas e as circunstâncias podem ser moldáveis e alteradas, mas a paciência pode converter-se num estado permanente, numa forma de estar na vida.
 
Quando somos pacientes estamos calmos e estamos a auto conceder-nos o privilégio de sair de uma frequência de stress no qual estamos integrados pela sociedade e que tanto empobrece o corpo. Então, podemos estar centrados, conectar-nos connosco mesmo, com todas as necessidades físicas e emocionais.
 
Damo-nos conta do importante que é para a nossa saúde estar na vida de forma paciente? Não te sentirás somente sereno. A paciência cria uma bolha de proteção perante os agentes agressores que podem desequilibrar-nos emocional e fisicamente e tornar-nos doentes. A paciência é um ingrediente indispensável para a longevidade e qualidade de vida.
 
Se pensas implementar a paciência na tua vida como uma fiel amiga, também és capaz de ser consciente de ti mesmo e expandir os teus sentimentos e escutar o teu corpo.
 
Quantas vezes escutas o teu corpo? Já o fizeste alguma vez?
 
Convivemos com o nosso organismo e campo emocional segundo a segundo, 24 horas por dia desde o nascimento até ao fim do nosso ciclo. Nunca nos separamos dele, mas nunca nos permitimos parar para o conhecer, sentir, ver, cheirar e escutar.

Não o escutamos quando se sente agredido, porque passamos muito tempo a alimentá-lo de sentimentos negativos, sem nos valorizarmos, sendo impacientes connosco mesmos. Dando-nos oportunidade a viver numa frequência desarmónica e stressante que nos leva a perder a saúde pouco a pouco.
 
Então, nós mesmos com esse stress e ansiedade, ouvindo as opiniões alheias, descontando-nos do nosso corpo e sem nos amarmos, vamos introduzindo nas nossas células informação negativa que nos debilita, que queima as nossas defesas e nos deixa doentes.
 
São somente sinais que o teu corpo te dará para avisar que não o ouviste, que vives fora de ti mesmo, que deixaste de viver para ti, em detrimento dos demais. Que por pequenos momentos perdeste o foco em ti, no teu “Eu”, deixaste de ser paciente contigo mesmo e que te perdeste.
 
Porque nos perdemos? Porque deixamos de nos cuidar e alimentar com emoções originárias da paciência como a tranquilidade, o amor, a confiança e a auto estima. Que chegam ao corpo físico mantendo as células vivas e equilibradas, fazendo-nos sentir em paz, escutando-nos tranquilamente.
​
Entramos num ciclo vicioso de stress que nos desconecta dos nossos 5 sentidos, do nosso “Eu”, ofuscando a paciência.
 
A mudança só depende de ti! Permite-te a oportunidade de conhecer a paciência e viver a tua vida de forma saudável.
 
Lembra-te de ser paciente contigo mesmo, porque a paciência nutre o teu corpo, expande os teus sentidos e aumenta a vibração e a vitalidade de cada célula.
 
A paciência é uma porta aberta a uma maior consciência do teu próprio corpo, saúde e
bem-estar. Além disso, a paciência é um trampolim para viver em pleno bem-estar.
 
Sê saudável mental, emocional e fisicamente. Recupera o equilíbrio na tua vida.
​
Imagem
YOLANDA CASTILLO
TERAPEUTA, DOULA, EDUCADORA
PERINATAL E CAM
www.centro-medicina-holistica.
comunidades.net
[email protected]

​in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Paciência e sapiência, qual o caminho?

1/7/2017

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Paciência e sapiência parecem ser duas coisas muito distintas, mas serão na verdade?
Por Paulo Marques


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Vejamos o que significa cada uma delas. Segundo a o dicionário, paciência é a “capacidade de suportar contrariedades, incómodos e dificuldades com tranquilidade; resignação. Qualidade de quem não desiste facilmente; persistência; perseverança.” Já a sapiência, é definido como conhecimento vasto, erudição. Mas será que ser paciente, é ter sapiência?

A vida é demasiado acelerada, reformulando, as pessoas são aceleradas. Não param para observar, sentir e escutar. Vivem tão fugazmente que quando algo que perde por algum motivo, nem dão conta do quão mal aproveitado isso foi. Quando falamos em algo material, não é assim tão importante, mas e quando falamos de pessoas?

Somos muitas vezes impacientes, queremos tudo para ontem, esquecendo da importância de viver cada instante e que tudo tem uma velocidade própria, por mais que queiramos ser mais rápidos. Só precisamos agir e estar recetivos à vida, pois tudo flui com naturalidade e sabedoria.

Mesmo quando a vida e o corpo nos dá sinais para abrandar ou até parar, tantas vezes ignoramos e prosseguimos, até ao limite do desastre, da dor, da impotência de continuar. Só aí algo muda em nós e mesmo dessa forma, nem sempre a mudança é duradoura.

Porque não aprender a meditar e quando falo nisso, não me refiro apenas a sentar em posição de lótus e ficar horas a entoar mantras ou focados na respiração, ou seja lá o que for. Falo sim em fazer algo de tão apaixonante que durante aquele período de tempo, tudo ao redor desaparece e estamos somente focados em nós; isso é meditar. Seja escrever, ler, desenhar, praticar um desporto, olhar o mar, caminhar, etc. Tudo o que te faça sentir e estar, é meditar e pode mudar o teu dia a dia.

Então, ser paciente, acima de todas as definições, diria é apenas ser e viver. E apenas ser e viver é ser sapiente. Pois alguém inteligente e consciente, não desperdiça uma vida preciosa com coisas inúteis, não “vive à pressa”, mas saboreia cada segundo, sente cada pessoa que se crua consigo, vive cada circunstancia; ou seja, é feliz!

Será assim tão difícil de entender? Creio que não, então, vamos ser nós, vamos ser felizes, paciente e inteligentes, com sorrisos no rosto e braços abertos para abraçar a vida, tal como ela merece e quando falo em vida, falo no todo que ela envolve, momentos e pessoas.
Sê tu, sê feliz…
​
Abraço-me em ti*
​
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PAULO MARQUES
MILITAR, AUTOR E FACILITADOR
www.facebook.com/DespertarDaAlma
www.healingsoul333.wixsite.com/livros

​in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
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Paciência... Vai uma chávena?

1/7/2017

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A ideia de comparar a Paciência a um chá, vem no sentido de a ver como que uma terapia para a ansiedade, para a pressa, para a tendência obscura de querermos controlar a nossa vida e a dos outros. Não podemos controlar tudo…
Por Carolina Sousa


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Luc de Clapiers, um moralista e escritor francês, escreveu no século XVIII: "Paciência é a arte de esperar" e, convínhamos, nos nossos dias precisamos dessa arte a chávenas e a potes!
 
Talvez o truque seja imaginar a questão como sendo uma "chávena de chá", chá verde, por exemplo, que faz bem a tanta coisa. Ter paciência também nos torna mais fortes (se não nos matar!) então vamos tomando essas "chávenas" conforme vai sendo preciso e, no fim, talvez até fiquemos felizes por não termos apertado o pescoço a alguém, ou nos termos atirado da ponte mais próxima!
 
De manhã é o filho que não acorda, ou está doente, ou não quer vestir-se; tome um chazinho de paciência!
 
Não tem filhos? Ah, não pense que se escapa do chazinho! A máquina do café vai avariar, ou o leite entornar mesmo por cima da camisa nova!
 
O caminho para o trabalho também não o poupa: apanha um acidente, duas brigadas, três sinais avariados no vermelho, mais uma velhinha a atravessar fora da passadeira que o fez colar a testa ao vidro da frente. Chegue ao trabalho e beba um chazinho!
 
Tenta ligar o computador, mas este recusa-se. Tem vírus, está "cheio", ou a senhora da limpeza desligou o cabo! Agora já precisa de dois chazinhos!
 
Não aconteceu nada disso? A sua chegada ao trabalho foi pacífica? Ok, mas vai ver que o fornecedor não entregou a encomenda tão esperada, aquele email (tão importante) não saiu da "caixa" e perdeu o grande negócio da semana, ou simplesmente a concorrência chegou primeiro.
Não desespere, vá à cantina e beba um chazinho de paciência!
 
Antes de almoçar pensa que tem tempo de ir ao Banco.  Mas chega ao multibanco e está fora de serviço, o balcão só tem um empregado (claro, ou outro foi almoçar!) e depois de meia hora à espera, o sistema tem uma falha e não consegue fazer o tal depósito (urgente!) para comprar as ações que tanto o faziam sonhar; já sabe, café da esquina: chazinho!
 
Nem almoçou, mas tudo bem. Pensa que mais nada pode correr mal naquele dia. Pensou mal. Mensagem no telemóvel: O seu banco avisa que devido à falta de saldo não pagou o IRS, nem comprou as ações.
 
Vai a caminho da cantina para beber um chazinho, nova mensagem, da Bolsa: as ações que queria comprar subiram 50%! Bebe dois chazinhos! Já não consegue trabalhar mais, tem fome e dores de cabeça, mas tem de ir às Finanças pagar o tal IRS. Finanças?! Ui, o melhor é beber mais um chá!
 
Chega à rua e a EMEL bloqueou-lhe o carro. Só o seu, no meio de uns dez mal-estacionados; reclama com o polícia, leva outra multa: esquecera-se de levar a viatura à Inspeção.
 
O Metro está de greve, a Carris também, segue a pé para as Finanças. Torce um pé no passeio cheio de buracos.
 
A repartição informa que tem uma hora de espera. Espera duas. Em pé. Está cheio de dores (mas ninguém dá lugar a uma pessoa nova; se pedisse ainda era injuriado!)
 
Vai à máquina e bebe; um café (estas maquinas ainda não vendem chazinho de paciência!)
 
Regressa a casa, a pé. Já nem tem fome, só dores de cabeça e o pé inchado. O gelo acabou – paciência! - Usa o saco das ervilhas congeladas. Adormece. Acorda, horas depois, rodeado de bolinhas. Bolinhas?! Salta da cama. O saco rebentou e a sua cama é um depósito de ervilhas!
 
Vá, não resista e deixe-se rir… Porque - vou contar-lhe um segredo - sabe o que deve acompanhar um chazinho de paciência? Sim, eu sei que está com fome, mas não é uma bolachinha, é sim uma genuína e sonora gargalhada!
Depois de todo este quadro exagerado, na perspetiva de conseguir, pelo menos, um sorriso desse lado (especialmente se o estiver a ler na fila da Segurança Social!), concluo um pouco mais a sério:
 
Sabemos que o ser humano não lida bem com o sentimento de perda, logo tendemos a ser impacientes se estamos a perder tempo, a perder dinheiro, a perder oportunidades.
 
A ideia de comparar a Paciência a um chá, vem no sentido de a ver como que uma terapia para a ansiedade, para a pressa, para a tendência obscura de querermos controlar a nossa vida e a dos outros. Não podemos controlar tudo.
 
Se pretendemos alcançar a sabedoria e a felicidade, a impaciência é um obstáculo, grande, à nossa qualidade de vida. Mas, pelo contrário, a paciência evita o desgaste.
 
Ser paciente é ter calma e alma, é agir com o coração e com a razão, é ser assertivo e construtivo.
 
E, começamos este artigo com uma frase de um Marquês, acabamos com a frase de um grande líder, nunca se esqueça que "Perder a paciência é perder a guerra" – Mahatma Gandhi.

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CAROLINA SOUSA
AUTORA
coisasqueacarolinaescreve.blogspot.pt
[email protected]

​in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Paciência e Prosperidade Financeira

1/7/2017

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Numa Era onde “tempo é dinheiro” como poderá o treino da paciência contribuir para a prosperidade financeira? Isso é o que o convidamos a descobrir...
Por Diana Pinheiro


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Paciência etimologicamente falando, vem do Latim patientia, que significa: “resistência, resiliência, persistência, indulgência, leniência, humildade, aguentar”.

Os carateres chineses usados para expressar Paciência são:
耐nài 心 (xīn)
耐 nài “而”são as barbas da face e,“寸 é punição legal, era um castigo na Antiguidade Chinesa que consistia em ter de retirar a barba durante dois anos o que ajudava a treinar a “paciência de chinês”, pois numa terra de sábios, deixar crescer a barba para além de ser mais simples não envolvia tempo nem paciência a ter que fazê-la, para além de simbolizar sabedoria e poder.
​
心 (xīn) significa “Coração paciente” ou “Mente paciente”, levando-nos à virtude ou atitude mental que dão corpo à Paciência.

Em chinês, paciência pode ainda escrever-se: 忍    rěn耐nài
O primeiro carater simboliza uma faca ou uma espada em cima de um coração significa aguentar, resistir, ser resiliente.

Na época em que as artes marciais existiam para defesa do povo chinês bem como para autodefesa, a espada era uma das armas utilizadas e dizia-se que a sabedoria, nessa altura, consistia em usar a espada com conta peso e medida e quando assim fosse necessário, o que envolvia uma boa dose de paciência, de discernimento, e que isso traria prosperidade.

No oriente falar de finanças é o mesmo que falar de prosperidade pessoal, consiste na capacidade que um indivíduo tem de alavancar e de ampliar o seu bem-estar físico, mental, emocional, familiar, social e espiritual.

É também muitas vezes referida como saúde financeira.

Também nós ocidentais podemos treinar a paciência e ampliar a nossa prosperidade financeira.
Como? Aqui ficam alguns exercícios:
  1. Tudo tem um timing/momento certo
 
Muitas são as vezes em que certamente apetece gastar ou investir (depende do contexto) em algo por impulso. Parar para refletir e fazer algumas perguntas tais como: “Preciso mesmo disto?”, “Para quê”, “quando vou utilizar”?
 
Vai certamente contribuir para uma utilização de recursos financeiros mais racional, dirigida e equilibrada.

Atitude e perceções mentais  
Por outro lado há momentos em que seria excelente conseguir-se X mas os pensamentos que surgem boicotam quaisquer possibilidades de o conseguir.
 
Assim podemos observar os nossos pensamentos e em vez de:

  1. “Não Posso ter isto”, é possível transformar em, “Como posso comprar, ter ou conseguir isto?”
  2. “É Impossível ter ou fazer isto” é possível transformar em, “O que preciso fazer, com quem preciso falar, onde preciso ir para ter ou conseguir fazer isto”?
 
Estas transformações colocam a mente em estado de procura e de foco nas soluções, e não de frente para um muro que constitui um obstáculo incontornável.
Ser próspero financeiramente significa manter a mente aberta para que a energia e a saúde financeira possam emergir.

Uma questão de perspetiva  
Perder dinheiro pode significar = fracasso ou derrota.
Mas também pode significar = uma oportunidade/inspiração para encontrar soluções.
Na segunda perspetiva treina-se e ativa-se a paciência, a capacidade de análise e a decisão, que andam de mãos dadas.

Ganhar e investir
Treinar a prosperidade, aptidão ou saúde financeiras consiste não só em como saber ganhar dinheiro (existem formas mais rápidas ou mais lentas, mais a curto, médio ou longo prazo), mas em como gastá-lo ou investi-lo.

A própria palavra “Investimento” transporta consigo a ideia de disponibilizar recursos financeiros para poder beneficiar de algo material ou não, e regra geral o retorno vem a médio ou longo prazo o que envolve também uma atitude paciente.   

Assim podemos dizer que paciência é uma virtude do ser humano baseada numa eficaz e harmoniosa gestão emocional aliada a uma boa capacidade de análise e discernimento para tomar decisões no momento certo.

Como se pode saber que é o momento certo?

Com paciência é possível também estimular a atenção e perceber as várias pistas, acontecimentos, notícias, informações que circulam e que com um olhar desperto conduzem para a identificação do timing certo para tomar as melhores decisões.
​
De resto “Quem espera sempre alcança” e “semear para depois colher” serão sempre provérbios sábios a colocar em prática quando assim fizer sentido. 
​
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DIANA PINHEIRO
ESPECIALISTA DE MEDICINA
TRADICIONAL - ACUPUNCTORA
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
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Paciência:Passividade ou Atividade

1/7/2017

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Ser paciente não é ficar sentado no sofá à espera que a Vida nos caia no colo. Ser paciente é agir sobre a Vida, de forma tranquila. A opção é sua. Pode escolher entre a Passividade ou a Atividade.
Por Jorge Boim


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017

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​A dor faz parte da Vida, o sofrimento é uma opção. Assim é também com a paciência. Ela faz parte de nós, ser passivo ou ativo em relação à paciência, é uma opção nossa.
 
Cenário 1:
Imagine que vai a caminho do trabalho e, de repente, depara-se com um enorme engarrafamento. Trânsito completamente parado. Começa a ver o tempo a passar e percebe que já não conseguirá chegar a horas ao trabalho. Começa a sentir aquela irritação a crescer dentro de si, mas… nada há que possa fazer para alterar o estado das coisas, que faça o carro da frente avançar ou que faça o tempo parar. E a irritação cresce ainda mais.
 
Cenário 2:
Está a colocar em prática um projeto que lhe dará total realização pessoal e profissional, no entanto, ficaram de lhe dar uma resposta que irá fazer com que tudo ande sobre rodas. E essa resposta demora a aparecer, apesar de já ter passado o dia que lhe indicaram para tal. Começa a ficar impaciente e, até, a duvidar se a resposta virá ou não, se deve ou não insistir com a pessoa. A impaciência torna-se irritação e a resposta continua sem chegar.
 
Em ambos os casos, pode tomar uma decisão: deixar-se levar pela impaciência ou, ativamente, Ser paciente.
 
Ao contrário do que pode pensar, a passividade na paciência é nada fazer para a aumentar, para a colocar na prática, é ceder ao nível de paciência de cada momento deixando-se levar por eventuais momentos de irritação.
 
A paciência também se trabalha, seja através da meditação, seja através da nossa mente consciente perguntando, em cada momento: O que posso fazer para mudar a situação?
 
Nos cenários indicados em cima, as opções diferem. No Cenário 1 dificilmente conseguiria mudar a situação, pelo que poderá optar por perguntar: irritar-me vai fazer o trânsito andar mais depressa? Naturalmente, não vai. Esta, só por si, já é razão suficiente para respirar fundo, colocar o rádio numa estação que goste e que, de preferência, ajude a rir, e simplesmente esperar pela resolução do problema. Sim, também poderá ligar para o trabalho a dizer que chegará tarde.
 
No Cenário 2, o foco estará mais na ação propriamente dita, pelo que seria uma abordagem diferente. Fazendo a mesma pergunta, “O que posso fazer ara mudar a situação?”, as respostas poderão ser várias, poderá encontrar um caminho que pode percorrer e, de seguida, poderá decidir se quer ou não percorrer esse caminho.
 
Em qualquer dos casos, tem sempre uma escolha: optar pela Passividade e nada fazer ou optar pela Atividade e agir sobre a Paciência, aumentando-a.
 
Sendo ambas escolhas legítimas, é importante reforçar que, deixar-se levar pela irritação ou impaciência, pode originar a criação de um bloqueio energético no seu organismo que, em última instância, poderá potenciar o aparecimento de alguma patologia física. Por outro lado, potenciar a Paciência de forma activa irá melhorar a energia, a vibração do seu corpo, ajudando a mantê-lo saudável. Bem, corpo e mente, claro, já que ambos beneficiam com esta atitude proativa.
 
Mantenha atenção no seu estado de espírito e na sua paciência, em cada momento do dia e, conforme as situações lhe aparece e repara na impaciência a crescer, vá perguntando o que pode fazer para mudar a situação. Não muda a situação, muda a forma como age sobre ela.
 
Não costuma meditar? Não tem problema, comece. 5 minutos por dia. Basta sentar-se confortavelmente, colocar uma música tranquila (músicas para meditar arranjam-se com muita facilidade, hoje em dia), feche os olhos e respire profundamente. Irá sentir o seu corpo a descontrair e a paciência a crescer.
 
Agora é só tomar a decisão, por mãos à obra, e avançar pacientemente pelo caminho.
 
Bom trabalho e… paciência. Muita paciência.
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JORGE BOIM
SPORTS MENTAL COACH, HIPNOTERAPEUTA
www.sportshypnocoach.pt
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
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Estratégias para trabalhar Ser mais Paciente

1/7/2017

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Lembra-se da última vez que perdeu a paciência? Todos nós já passámos por isso, mas a boa notícia é que podemos aprender a ultrapassar essas situações com algum treino.
​Por Rita Vieira


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017

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​Todos nós em algum momento já perdemos a paciência e quando passamos por isso, normalmente depois, sentimo-nos culpados e frustrados com a falta de paciência que tivemos.

Ser paciente significa controlarmo-nos e exige o controlo dos nossos pensamentos e emoções. Por outro lado, ser paciente não significa ser passivo no relacionamento com os outros nem que temos de estar sempre de acordo com formas de pensar diferentes da nossa, significa sim que aceitamos os outros como eles são, que têm tempos diferentes dos nossos e formas de agir distintas.

Nos diferentes papéis que assumimos no nosso dia-a-dia podemos experienciar situações diferentes que nos colocam à prova e insistentemente nos tentam levar ao nosso limite. No entanto podemos dizer que nunca se é totalmente paciente em todas as situações pois todos temos mais paciência em determinadas situações do que noutras, com determinadas pessoas e torna-se um desafio permanente manter a tranquilidade em alguns contextos.

Ser paciente enquanto mãe ou pai
Quem nunca perdeu a paciência perante uma birra, num dia de extremo cansaço ou perante alguma coisa que não gostou de ver. A culpa pela falta de paciência é um ponto em comum para mães e pais cansados e sem tempo de qualidade com os filhos.

Ser paciente enquanto colega de trabalho ou chefia
No trabalho aprendemos a lidar com personalidades diferentes e a nossa capacidade de adaptação e tolerância para com os outros, torna-se fundamental para um excelente relacionamento no trabalho. Quem nunca lidou com um chefe que liga insistentemente quando estamos de folga ou que nos está sempre a pedir trabalho atrás de trabalho, sem se aperceber que já estamos assoberbados e sem tempo para nada.

Ser paciente enquanto filho
Quando o pai ou mãe lhes estão sempre a cobrar, a dar ordens sem se aperceberem que afinal enquanto filhos, também já somos adultos.

Ser paciente enquanto marido e mulher
Viver com alguém não é fácil e será talvez o maior desafio num relacionamento a dois. É a outra pessoa que ouve os nossos desabafos, que leva com o nosso mau humor de manhã e que está sempre ali ao lado.

Ser paciente enquanto cliente
Quem nunca esteve num restaurante e se apercebeu que alguém se tinha esquecido no nosso pedido; ou perante um nabo ao volante que se atravessa na estrada, teve de colocar à prova a sua capacidade de ser paciente.
 
Estratégias para ser mais paciente em determinadas situações:
  1. Controlar o stresse e as emoções pode não ser fácil, mas aprende-se.
  2. Dissociar-se da situação. Dissociar-se significa que observamos a situação de fora. É quase como se nos visualizássemos a observar a situação à distância, como se fossemos observadores.
  3. Fazer uma caminhada para libertar a carga emocional que colocamos em determinada situação ou em algo que a pessoa nos disse e durante o percurso manter o foco nas coisas que vemos, nos cheiros, etc.
  4. Exprimir as emoções no momento certo. Não deixar acumular, pois se as reprimirmos vamos chegar a um estado de saturação, em que dizemos coisas de forma menos positiva ao outro.
  5. Mude o espaço físico onde se encontra. De uma forma prática, se estamos numa divisão da casa poderemos mudar para outra, ir dar um passeio, por outras palavras “arejar a cabeça”.
  6. Ouvir o que o outro tem para dizer. Perceber o ponto de vista do outro requer uma predisposição para ouvir com atenção e tentar colocar-se no seu lugar.
  7. Visualizar algo de agradável. Pode ser uma música que nos transmita calma, um lugar paradisíaco, ou uma pessoa que amamos. O segredo mais uma vez é alterar o foco para algo agradável e positivo.
 
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RITA VIEIRA
COACH DE ADULTOS, CRIANÇAS E JOVENS COM FORMAÇÃO EM
PSICOLOGIA
www.coachritavieira.com
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
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A arte de Ser Paciente

1/7/2017

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A paciência corresponde a uma atitude que traz grandes benefícios e que contribui para o bem-estar geral. Podendo, e devendo ser treinada ao longo da vida, promove o desenvolvimento pessoal e profissional.
​Por Vanda Cartier Soares


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017

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Do latim patientia (pati-, que significa sofrer, aguentar– proveniente do grego pathe, sentimento), a palavra paciência remete para a qualidade de quem suporta com resignação o sofrimento e os dissabores que surgem. Isto é, a virtude de estar em paz perante a adversidade.

A paciência é uma caraterística discreta. É o neto que ouve novamente a história repetida e tantas vezes contada pela avó. Contrariamente, a impaciência é imediatamente notada. Exemplo conhecido é a caricatura sobre a noção de nanossegundo, enquanto tempo que demora entre um semáforo ficar verde e o condutor do carro atrás do nosso buzinar para que avancemos.

São vários os benefícios da paciência. Melhora a saúde mental, diminui os níveis de stress, aumenta a empatia e a tolerância para com o outro, facilitando, desta maneira, os relacionamentos pessoais e profissionais. Permite tomar decisões melhores e ajuda a alcançar os objectivos a longo prazo, porque evita a raiva e a ansiedade que levam, muitas vezes, à desistência e ao retrocesso.

Ser paciente, contudo, não significa acomodação ou submissão. Por exemplo, por mais que se queira, não se consegue fazer chover a pedido; E aqueles que insistam nesse querer só podem contar com a raiva e a frustração resultantes de chover apenas quando as condições atmosféricas assim o permitem. Quanto aos outros, aceitando a realidade como ela é, podem pacientemente desviar a sua atenção dos dissabores trazidos pela ausência da chuva e concentrar os seus esforços na procura de alternativas para a falta de água.

Não por acaso, a Paciência, enquanto uma das sete virtudes bíblicas, opõe-se à Ira, que traduz o instinto de agressão dirigido contra tudo aquilo que frustrou indevidamente as nossas expectativas acerca de algo importante.

A impaciência resulta, pois, de uma atitude controladora em relação a mim, ao outro e ao mundo, por querer que tudo aconteça conforme as minhas expectativas: por exemplo, quando espero ser imediatamente atendida num determinado serviço; ou quando buzino para o condutor que circula à minha frente, para este mudar rapidamente de faixa; ou porque assumo que manterei sempre o domínio das minhas emoções; mas às vezes, as coisas não correm bem – e isso não faz mal.
A paciência é sempre testada nas situações-limite. Apenas quando a fronteira do intolerável é ultrapassada, é que podemos medir o grau da nossa paciência.

Existem várias técnicas que ajudam a desenvolver a paciência. Todas requerem uma prática reiterada e constante, porque não será de um dia para o outro que aumentamos a nossa paciência. Também para ser paciente é necessário ter paciência!

A primeira técnica é reconhecer quando se está a ficar impaciente. Como me estou a sentir? Estou a respirar de forma mais acelerada? Tenho o batimento cardíaco mais rápido? O movimento das minhas mãos está mais agitado? Questionando-me desta maneira, trago o mundo das sensações para o mundo do pensamento, acalmando o sentimento doloroso.

A segunda técnica é respirar fundo, contar até dez, parar, afastar-me; tudo aquilo que sempre ouvimos dizer e que, as mais das vezes, não fazemos quando perdemos a paciência; E que ainda assim resulta!
A meditação é outra das técnicas. Através da meditação, treinamos a mente a permanecer em paz.

Gerir o stress promove igualmente a paciência. Todos nós percebemos que, quando estamos relaxados, a nossa resposta perante as dificuldades é mais adequada e tranquila. Ao invés, quando já estamos alterados, qualquer insignificância pode ser a gota de água que faz transbordar o copo.

Identificar quais as situações que me deixam mais impacientes também ajuda. Por exemplo, muitas das vezes o desconforto surge porque eu posso não me sentir à vontade com a situação, e isso faz com que eu pretenda despachar o assunto que tenho para resolver o mais rapidamente possível.

Aprender a adiar a gratificação também contribui para o desenvolvimento da paciência. Neste mundo moderno, do qual o imediatismo é característica essencial, muita da nossa frustração resulta do facto de não alcançarmos já aquilo que pretendemos.

A consideração da importância relativa da situação frustrante pode ajudar igualmente a termos mais paciência. O que tanto me incomoda neste momento irá ter importância daqui a uma semana, um mês, um ano, dez anos? Provavelmente, não...

O próprio reenquadramento da situação frustrante ajuda-nos a ter mais paciência, porque afasta-se da carga negativa que a adversidade provocou. Por exemplo, se estou sentada à mesa num restaurante à espera que me sirvam, posso aproveitar esse tempo para ver as notícias, em vez de me centrar no mau serviço prestado.
​
Outras técnicas existirão, mas o importante é ter noção de que, quanto mais se treina a paciência, mais rapidamente se produzirão os seus resultados positivos. Para que da próxima vez que o semáforo ficar verde, eu  aguardar bem mais do que um nanossegundo para buzinar ao condutor do carro que está à minha frente para que ele arranque.
​
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VANDA CARTIER SOARES
PSICÓLOGA
www.akademiadoser.com
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
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A Paciência e os seus limites

1/7/2017

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Vivemos tempos de grandes desafios. As empresas puxam demais pelos seus empregados. A necessidade de segurança e a falta de esperança, aliadas a uma crescente falta de motivação generalizada, levam a que os sonhos fiquem mais distantes. E quando se pede paciência nestes casos, reagimos com irritação. Pedir paciência parece gerar a maior das impaciências. Porque a paciência tem os seus limites.
Por Sofia V. Martins


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017

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A verdade é que as circunstâncias não nos definem. São apenas isso, circunstâncias e que por isso mesmo, podem mudar a qualquer altura. E essa certeza poderá fazer com que olhemos para os momentos com mais benevolência, resultando numa maior compaixão, connosco mesmos e com o tempo. O grande desafio é trabalharmos a nossa história de vida para que possamos estar preparados no momento da grande viragem. Então a paciência passa a ser sinónimo de “perseverança” e não de “resistência”. Deixamos de “aguentar” e passamos a “focar”.

Contemos a história de Miguel, nome fictício. Miguel entrou para um grande multinacional na área da cosmética como moço de recados. Pouco mais tinha do que o 9º ano. Mas Miguel tinha um sonho. Ele queria subir na vida. Discreto, mas atento, juntando a tudo isto um sorriso cativante, Miguel tratou de se tornar indispensável. Fazia o que lhe competia e adivinhava as necessidades de quem lhe era superior hierarquicamente, sempre com delicadeza e com uma firmeza que só o foco permite. Aos poucos, foram-lhe dando mais responsabilidade. Miguel aproveitava todas as oportunidades para estudar e aprender um pouco mais do seu ofício. A verdade é que, ao fim de alguns anos, Miguel chegou a Diretor Geral. Foi neste cargo que o conheci. Um homem que mantinha um sorriso tranquilo, justo, atento, um verdadeiro líder. Estava sem dúvida no lugar certo. Poderá o leitor dizer que não há muitas pessoas com a mesma “sorte”. Não há dúvida de que ela existe sim, mas só a reconhece quem nunca desiste de lutar. Quem é fiel aos seus valores, aos seus ideais. À sua luz pessoal. Nesta história verdadeira, reconhecemos o sonho. A paixão. O foco. A vontade que nos ajuda a aguentar as tempestades. E a saber que a paciência tem outro valor se trabalharmos ao mesmo tempo os nossos objetivos.

Por isso, não nos peçam para ter paciência por si só. Porque não há paciência nenhuma para a urgência cega de ter paciência.
​
A paciência deve ter os seus limites impostos por nós. Aguentar em nada nos fortalece. Bem pelo contrário. Gera doença. Todos podemos ir mais longe. Seguir os nossos sonhos. Mas há que termos a serenidade necessária para aceitar as nossas fases. Podemos sempre integrar as circunstâncias num lugar especial dentro de nós, onde a frustração do momento, a esperança, o amor e a convicção daquilo que queremos dar ao mundo se encontram. Então nasce a cumplicidade interna que nos prepara para o que der e vier. Porque um dia os ventos mudam. E só os pacientes focados estarão no ponto. Os outros, já terão caído para o lado de cansaço e desmotivação. A resistência também tem limites e quando são ultrapassados, o corpo sofre a sério.

Somos pacientes por um objetivo maior. Então o nosso brilho terá a capacidade de sobrevoar o tempo. Estaremos atentos às circunstâncias. Às oportunidades. Tal como Miguel que se recusou a acomodar-se ao rótulo de “rapaz dos recados não vai a lado nenhum”. A paciência precisa do reforço do nosso trabalho interno. Então seremos nós a definir os limites, não ela.
​
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SOFIA V. MARTINS
TERAPEUTA E COACH
www.sofiareiki.wordpress.com

​in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
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