REVISTA PROGREDIR
  • Home
  • Publicações
  • Conteúdos
    • Entrevistas >
      • Isabel Lucas e Rita Marques
      • Patricia Boura
      • Virgínia López
      • Bárbara Yü Belo
      • Paulo Moreira
      • Catarina Gaspar
      • The Pinch
      • Joana Fialho
      • Maria Antónia Frasquilho
      • Joana Gentil Martins
      • José Rolão
      • Miguel Montenegro
      • Sílvia Pinto Pereira
      • André Oliveira
      • Daniela Rosa e Lourenço
      • Sónia Marcelo
      • Diana Cruz
      • Beatriz Vasconcelos
      • Cassie Holmes
      • Nelson Lopes Resende
      • Ana Paula Ivo
      • Raúl Manarte
      • Ana Azevedo
      • Elisabete Reis
      • Sofia Pereira
      • Carolina Palmeiro
      • Anna Luizza
      • Carla Shakti
      • Vasco Catarino Soares
      • João Rodrigues
      • Mafalda Navarro
      • Diana Pinheiro
      • João Fernando Martins
      • Marine Antunes
      • Mara Gomes
      • Paulo Cordeiro
      • Sónia Brito
      • Joana Pinto
      • Bárbara Ruano Guimarães
      • Cristina Marreiros da Cunha
      • Inês Afonso Marques
      • Mauro Nakamura
      • Sara Cardoso
      • Carolina Granja
      • Margarida Albuquerque e Gisela Guedes
      • Barbara Ramos Dias
      • Lisa Joanes
      • Simone Veiga
      • Cristina Felizardo
      • Isabel Zibaia Rafael
      • Helena Sousa
      • Maria Inês Antunes
      • Catarina Lucas
      • Miguel Raposo
      • Eunice Maia
      • Filomena de Paula
      • Paulo Borges
      • Cristina Valente
      • Pedro Colaço
      • Margarida Vieitez e Patrícia Matos
      • Menna Sa Correa
      • Joana Barradas
      • Silvia Oliveira e João Magalhães
      • Inês Pereira Pina
      • Juiz Joaquim Manuel da Silva
      • Cecilio Fernández Regojo
      • Maria Gorjão Henriques
      • Paula Margarido
      • Yosef Shneor
      • Izabel de Paula
      • Sandra Ramos
      • Fernando Mesquita
      • Mónica Magano
      • Isabel Gonçalves
      • Virginia Henriques Calado
      • Lourdes Monteiro
      • Sónia Ribeiro
      • Liesbeth Jusia
      • Tiger Singleton
      • Vera Simões
      • João Medeiros
      • Tâmara Castelo
      • Rita Sambado e Rodrigo Maia de Loureiro
      • Sofia Vieira Martins
      • Elia Gonçalves
      • Karina Milheiros Kimming
      • Ana Tapia
      • Daniela Ricardo
      • Esther Liska
      • Anabela Francisco
      • Sandra Oliveira
      • Margarida Vieitez
      • Janine Medeira
      • Mafalda Rodrigues de Almeida
      • Manuel Pelágio
      • Cátia Antunes
      • Susana Rodrigues Torres
      • Peter Deadman
      • Fernando Mesquita
      • Maria da Luz Rodrigues Lopes
      • Ricardo Fonseca
      • Paulo Pais
      • Tânia Zambon
      • Sister Jayanti
      • Karen Berg
      • Alexandra Solnado
      • Mariana Pessanha
      • Dulce Regina
      • Ligia Neves
      • Susana Cor de Rosa
      • José Soutelinho
      • Paula Ribeiro
      • Maria Helena Martins
      • Lee Carroll
      • Festival Andanças
      • Pedro Mello
      • Ana Teresa Silva
      • Gen Kelsang Togden
      • Tony Samara
      • Marta Gautier
      • Adelino Cunha
      • Pedro Vieira
      • Joe Dispensa
      • Michal Shneor
      • Laurinda Alves
      • Eric Pearl
      • Gustavo Santos
      • Ana Rita Ramos
      • Vera Faria Leal
      • Pedro Sciaccaluga Fernandes
      • Isabel Ferreira
      • Luís Resina
      • Teresa Robles
      • Cristina Leal
      • Francisco Varatojo
      • Pedro Norton de Matos
      • Paulo Borges
      • Miguel Real
      • Andrew Cohen
      • Deborah Jazzini
      • Lauro Trevisan
      • Sofia Bauer
      • Vítor Cotovio
      • Laurinda Alves
      • Beatriz Quintella
      • Nelson Theston
      • Álvaro Sardinha
      • Satori Darshan
      • Leonel Moura
      • João Alberto Catalão
      • Paul Aurand
      • Izabel Telles
      • Anne Hoye
      • Maria José Costa Félix
    • Artigos por Pedro Sciaccaluga >
      • Responsabilidade
      • Dualidade
      • Sejamos Essência!
      • Um caminho a Percorrer!
      • Superar a Morte em Vida...​
      • Um caminho para a Felicidade...
      • Sê Egoísta! Nós agradecemos!
      • Relações para que?
      • Bengalas nos relacionamentos? saltar de galho em galho?
      • Quem vê caras não vê corações?
      • Dar ou controlar?
      • O que ganho com isso de ser “ZEN”?
      • És estúpida ou que?
      • Pois, Pois, a teoria já eu sei! E na prática? (A Arte de Amar...)
      • Será que gosta de mim?
      • Aceito-te como és… mas…
      • Já te pintaste Hoje? És uma Obra de Arte!
      • Preferes ser um facilitador ou um dificultador?
      • O que não pode faltar no teu novo ano?
      • Queres uma relação estável mas foges a sete pés?
      • Cada um tem de mim exatamente aquilo que Sou…
      • Como encontrar o Verdadeiro Amor?
      • A Voz da Consciência…
      • Sopra para longe o que te aperta o coração...
      • Amor ou Liberdade?
      • Como nos podemos sentir mais fortes e em Paz?
      • Culpa! Culpa! Culpa! Ahhhhhhhhhhh!
      • O que queres Hoje?
      • A importância dos Amigos e da Amizade…
      • Já sentiste solidão? (e sufoco?)
      • E que tal sermos honestos?
      • Tentei sair da zona de conforto! Sabes o que aconteceu?
      • Queremos alguém compatível ou alguém “forçado”?
      • Quanto mais corres menos me apanhas? A fila Anda...
      • É fácil partilhar quem somos?
      • Os homens são todos uns......!!!
      • Haja paciência para te encontrar!
      • Eu sei… mas ele vai mudar...
      • Como reagir a uma morte?
      • O Tempo e a Vida…
      • Estás Vivo ou Morto?
      • És Linda! Sabias?
      • Que tipo de pai “somos”?
      • É tolice dizer que gosto de ti?
      • Não será isto a amizade? Obrigado Amigos!
      • O que não nos mata torna-nos mais fortes? Será?
      • Já te arrependeste de alguma coisa?
      • Somos normais? Sim… E depois?
      • Falar ou não falar?… Eis a questão…
      • Como SER a pessoa certa? (Num Relacionamento Espiritual ou Maduro…)
      • A relação íntima é a resposta para todos os males?
      • A vida é bela! Mas às vezes dói como o raio!
      • Roubamos energia aos outros?
      • 5 Princípios para um relacionamento Feliz
      • Será que é Amor?
      • Apaixonaram-se e foram aprendendo a Amar…
      • Momentos de Verdade…
      • Tens medo da intimidade? Eu também!
      • Começar em Amor, Terminar em Amor…
      • Descongelar o coração e voltar a Amar…
      • Um pássaro numa gaiola???
      • Consideramos os outros objetos ou… Pessoas?
      • Namorar...
      • “Devemos” ser independentes…? Ou não...?
      • O que tiver que ser será!… Karma… escolhas e aprendizagens…
      • Outra vez...?
      • Órfãos de pais vivos...
      • Logo se vê… Deixa andar…
      • Amor e Liberdade…
      • Digamos que me sinto o homem mais Feliz do Mundo…
      • Com que olhos vês o Mundo?
      • Terminar (ou não) um relacionamento?
      • Será que és introvertido?
      • Sabes que por vezes me sinto à deriva?
      • Desistir... ou voltar a Amar?
      • Solidão… dores de transição… e Amor…
      • Porque é que não somos mais felizes…?
      • Uma combinação maravilhosa de sofrimento e bem-estar...
      • Somos escravos ou Seres Humanos?
      • Falar mal dos outros…? Eu…?
      • A Magia do Amor...
    • Glossário
    • Polaroids & Slides
    • Artigos
    • Partilhas do Leitor
    • Blog artigos revista progredir
    • Vídeos
  • Loja
  • Quer Ganhar?
  • Parceiros
  • Agenda
  • Pub
  • Sobre nós
    • Estatuto Editorial
    • Visão, Missão e Valores
    • Equipa >
      • Pedro Sciaccaluga
      • Maria Melo
      • Sara Rochete
      • David Rodrigues
      • Catia Mota
      • Liliana Gomes Silva
    • Participe
    • Eventos >
      • Greenfest 2016
    • Contactos
    • Ideias e Harmonia
  • Subscrever

Tolerância, ou Semáforo Laranja

1/7/2015

0 Comments

 
Imagem
Ouvimos a palavra tolerância, ou derivadas, em diversos contextos: “Tem 10 minutos de tolerância”, “agiram com alguma tolerância”, “tolera-se bem”, “é tolerável”. A palavra tolerância surge-nos do latim com o significado de suportar e, neste sentido, tolerar será aceitar com reticências, será considerar que o erro, o desvio ou o risco, está dentro do que é possível suportar. Por Cristina Marreiros da Cunha

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Sabemos que, à semelhança de muitas outras palavras, “tolerância” foi conhecendo variações de sentido ao longo dos tempos, e, muitas vezes, tem o significado de aceitação, mas noutras parece ser uma esmola. Convém por isso clarificar.

Dizia Gandhi «Tolerância é uma necessidade em todos os tempos e para todas as raças. Mas tolerância não significa aceitar o que se tolera»,

Neste contexto, vemos que há um espaço para aceitar e um espaço para tolerar. “Tolerar” surge como uma condescendência e “aceitar” surge como “aprovação”. Talvez seja importante perceber que, em termos psicológicos, “aceitar” não tem que significar aprovar ou concordar, mas sim, não negar, reconhecer a realidade da existência.

Olhemos agora para um excerto da Carta que o filósofo empirista inglês John Locke (1632-1704) escreveu sobre a Tolerância (religiosa).Tudo quanto cada homem deve sinceramente investigar em si mesmo, através da reflexão, estudo, julgamento e meditação, não se pode considerar como sendo propriedade particular de qualquer classe de homens. Os príncipes nascem superiores em poder, mas em natureza igualam-se aos outros mortais. Nem o direito nem a arte de dirigir compreendem o conhecimento seguro das outras coisas, e muito menos da verdadeira religião. Pois, se assim fosse, por que os senhores de terra diferem enormemente em assuntos religiosos? John Locke

Este excerto impressiona pela sua atualidade não só, infelizmente e ainda, em termos religiosos, como também pela sua aplicabilidade a muitas outras questões, alvo de descriminação nos nossos dias. Pelo menos, nesta passagem, o tom parece ser mais o de aceitação do que o de tolerância. Mas vejamos como poderemos olhar para estes termos e diferenciá-los.

Podemos pensar a palavra “tolerância” como o sinal laranja dos semáforos, que funciona nos dois sentidos, verde-laranja-vermelho e vermelho-laranja-verde, como, de resto, acontece nos semáforos de alguns países.

Se é verdade que, em termos psicológicos, há ganhos em desenvolvermos tolerância à frustração, à dor, e às agruras da vida, (eventual área laranja) também é verdade que só ganhamos em acolhê-las na área de aceitação (espaço verde) exatamente porque fazem parte integrante da vida e não as podemos evitar.

Este processo deve ser feito com alguma sabedoria, aqui encarada como conhecimento do próprio e do meio que o rodeia e, por um lado, com abertura e flexibilidade, por outro lado, com firmeza para não termos de tolerar o que não deve ser suportado (zona vermelha)

Imaginemos que nos aceitamos por inteiro e sem reservas, o que é um passo fundamental para o nosso bem-estar e para um melhor relacionamento com os outros. Cada um de nós será uma zona verde, logo será difícil não aceitarmos o outro também como uma zona verde. Depois temos os nossos comportamentos, quanto mais em congruência estes estiverem com o que sentimos e pensamos, mais os aceitamos também na nossa zona verde. Assim é fácil perceber que uma aceitação incondicional de si próprio alinhada entre o que sente pensa e faz e entre o que é, e o que gostaria de ser, permite uma zona verde muito ampla, isto é, permito-nos um maior grau de liberdade para nós e para o outro.

Quanto maior for esta zona verde, mais fácil é também apercebermo-nos do que queremos, conseguimos e podemos tolerar, (zona laranja) e do que, decididamente consideramos como não-aceitável e aí fixarmos limites (zona vermelha). A área laranja pode ser mais ou menos flexível de acordo com inúmeras variáveis e circunstâncias do próprio e do outro. Cabe a cada um de nós e a cada momento definir essa zona, sabendo que quanto menor for a nossa área verde, menos espaço e flexibilidade concedemos à zona laranja, caindo de imediato na vermelha. Pelo contrário, quanto mais habitarmos um amplo espaço verde, mais facilidade teremos em flexibilizar a zona laranja equipando-a de fronteiras mutáveis, e menos receio teremos de assinalar a zona vermelha com firmeza sempre que o considerarmos necessário.

Ao fazer este trabalho sobre nós próprios, torna-se mais fácil entender o outro, pormo-nos na sua pele, analisarmos as suas circunstâncias e aceitá-lo, não como igual a nós, mas precisamente como diferente, específico, único; contudo, igual em direitos.

Assim, dizer-se de uma pessoa que: “É muito tolerante”, pode significar que é muito aceitante, ou que não sabe pôr limites. Pode também significar que é uma pessoa com grande dificuldade em definir as suas zonas verdes e vermelhas, e que vive maioritariamente numa grande zona laranja, com pouco verde, o que não é de todo aconselhável. E porquê?

Porque para se viver bem consigo próprio e em sociedade, só teremos a ganhar se estabelecermos grandes áreas verdes de aceitação, sem reticências, e claras zonas vermelhas de não-aceitação. A zona laranja da tolerância nascerá assim automaticamente nas margens do verde e nas fronteiras do vermelho. Viver portanto numa grande área laranja pode significar, ter dificuldade em aceitar-se a si, aos outros, e à vida, vivendo no receio de si, do outro, e da existência. Poderá ainda significar que há dificuldade em fazer respeitar os limites, (definir área vermelha), ou seja, vivemos resignados. Por vezes, um enorme desejo de agradar (de ser amado) impede-nos de dizer “não”, ao mesmo tempo que não nos permite dizer “sim” de forma plena, ficando por isso numa situação que não é suficientemente apaziguadora para nos permitir o gozo da área verde. Devemos ter em mente que a zona laranja é uma prerrogativa, uma condescendência, uma aceitação reticente, um “sim, mas…” Deverá ser um local de passagem, que poderá ser tão flexível quanto a extensão da minha área verde o permitir, mas não deverá ser um lugar para habitar com tranquilidade e bem-estar. Não devemos passar pela vida a suportar o inadmissível, ou a não aceitar genuinamente o que faz parte da condição humana.

Tenhamos em mente que “tolerar” aquele que é diferente, que pensa de outra forma ou vive de outro modo, é auto atribuir-se uma superioridade e uma soberba que condescende tolerar o outro, suportando-o como alguém que não consegue/sabe estar ao mesmo nível e assumindo que se é detentor do único caminho certo/válido.

Podemos julgar que o respeito pela diferença e unicidade de cada um, passa, não pela tolerância, mas pela aceitação. Aceitação de que há múltiplas maneiras de nascer, crescer, sentir, ser, estar, pensar e viver, e que todas devem ter iguais direitos e deveres, não necessitando de tolerância condescendente, mas sim de aceitação por direito próprio.

Aceitemos a diversidade da vida e a condição humana

Toleremos as falhas, incompreensões e percalços que surgem nas interações

Não aceitemos nem toleremos invasões ou roubos de espaços de liberdade, de justiça, de saúde ou de educação.
Imagem
CRISTINA MARREIROS DA CUNHA
PSICÓLOGA E PSICOTERAPEUTA
www.espsial.com

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
0 Comments

Se preciso de ser tolerante…preciso de mudar algo em mim

1/7/2015

1 Comment

 
Imagem
Tolerância vem do latim “tolerare”, que significa aguentar calmamente ou suportar, palavras que têm implícita a ideia de que algo não nos agrada, mas com o qual temos de lidar. Não será isso fingir que aceitamos os outros, e aquilo em que são diferentes de nós? E se andamos a fingir que aceitamos os outros, não será em nós que algo tem de mudar? Por Vera Vieira da Silva

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A palavra “tolerância” está muito em moda hoje em dia. É bonito dizer que somos tolerantes para com os outros, nas suas opiniões, nas suas crenças, nas suas origens, nas suas diferenças. Mas a realidade é que consideramos muitas vezes a diferença uma ameaça, uma “carta fora do baralho”, uma imperfeição que toleramos mas que precisa de ser corrigida. Vista sob esta luz, a tolerância é uma forma menor de intolerância, porque não significa uma verdadeira aceitação do outro.

O ser humano tem a tendência a normalizar para organizar, e a catalogar para entender a sociedade em que vive. O que é diferente da norma é frequentemente criticado e visto como algo que não deveria existir, como um erro ou uma imperfeição num todo supostamente unido e uniforme, como se a coesão necessitasse de homogeneidade. Se as peças de um puzzle fossem todas iguais, será que encaixavam?

Se a sociedade em que vivemos é feita de diferenças, se o mundo em que vivemos é feito de diferenças maiores ainda, conviver com o que é diferente de nós é uma inevitabilidade e uma necessidade. Desde pequeninos, no núcleo familiar e no infantário, somos expostos a diferenças, e a forma como reagimos a elas pode ter causas variadas, desde tendências internas à influência familiar, do círculo de amizades ao local de residência.

A maioria das crianças são por natureza maleáveis e permeáveis: querem descobrir, experimentar e imitar. Estão abertas ao que é diferente e querem conhecê-lo, porque ainda não têm preconceitos. Mas essa abertura, quando mal direccionada, pode consolidar-se e torná-las influenciáveis mais tarde, se criarem o hábito de recorrer a outros para formar as próprias opiniões, ou se uma certa preguiça mental as levar a satisfazerem-se com a informação superficial que encontram, sem nunca aprofundarem o conhecimento dos temas sobre os quais vão formando opiniões.

Porque a sociedade em que vivemos está sobrecarregada de informação, nem sempre fidedigna, é preciso aprender a seleccionar a informação relevante e validá-la, sob pena de formarmos opiniões com base em informação incompleta ou mesmo errada, que vamos propagando. Quanto mais aceitamos sem questionar, sem passarmos pelo crivo da nossa inteligência e sem escutarmos a nossa sabedoria interior, mais nos tornamos intolerantes para com o que desconhecemos, mas acreditamos conhecer.

Assim, a intolerância tem origem em primeiro lugar num medo inconsciente do que é diferente, porque representa uma ameaça. O medo, por sua vez, tem origem principalmente na ignorância ou desconhecimento. Tememos o que ignoramos porque o nosso instinto de sobrevivência faz-nos suspeitar de potenciais ameaças e defende-se, atacando-as. Esse medo faz-nos também rejeitar o que não encaixa na realidade que criámos para nós (que inclui as nossas opiniões, crenças e hábitos). Se começamos a pôr em causa aquilo em que acreditamos - a nossa segurança - como vamos orientar-nos? Os outros podem achar-nos instáveis, incoerentes e pouco credíveis.

Por outro lado, temos uma curiosidade natural pelo desconhecido. Queremos o que não conhecemos. Adoramos viajar, ir onde nunca fomos, experimentar estar do “outro lado”. Mesmo que secretamente, admiramos o outro, e sabemos que sem ele o mundo seria muito menos belo e interessante. A verdade é que somos feitos de contradições. Sem esse oscilar constante entre pólos opostos, faltaria o atrito necessário ao movimento e ao crescimento, sem o qual não haveria evolução.

Só num mundo de polaridades conseguimos ver-nos ao espelho. Ao aprendermos sobre o mundo, aprendemos sobre nós mesmos. Sem o outro não é possível conhecer o “nós”, pois os contornos do “nós” chegam-nos por oposição, através do ”outro”. Gostamos de viver em sociedade e precisamos uns dos outros, mas quando não há tolerância surgem os conflitos. Outras vezes, não há conflito declarado, mas vivemos numa “paz podre”, em que nos forçamos a ser tolerantes, externamente, mas permanecemos, internamente, intolerantes. Apesar de preferível ao conflito aberto, este tipo de tolerância tem muito de hipocrisia.

A tolerância é talvez um meio caminho entre a intolerância e a aceitação. Se somos intolerantes, não aceitamos aquilo que nos outros é diferente de nós. Se somos tolerantes, suportamos essas diferenças, mas ainda não as aceitamos de verdade. Não é fácil aceitar o diferente no outro. Seja o familiar, o amigo ou o desconhecido, aceitar verdadeiramente dá trabalho. Se fosse fácil, o mundo seria bem diferente.

Aceitar implica reconhecer que cada um tem o seu próprio caminho a percorrer, do qual nada sabemos, e que não nos cabe julgar. Se nos concentrarmos no nosso próprio percurso, que é o único que podemos percorrer e relativamente ao qual podemos ganhar consciência, ficaremos menos preocupados com o caminho e as escolhas de outros.

A aceitação é uma forma mais elevada de tolerância, porque implica que não exista esforço para aceitar a diferença que observamos no outro, pelo contrário: passamos a reconhecê-la como uma parte desconhecida de nós mesmos, que o outro nos possibilita conhecer. 

Imagem
VERA VIEIRA DA SILVA
CRIADORA DE CONTEÚDOS DE ÂMBITO CULTURAL E AUTORA DE PUBLICAÇÕES SOBRE AUTO-CONHECIMENTO, ESPIRITUALIDADE E RUNAS
www.araciguassu.blogspot.pt
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

1 Comment

Tolerância, quanta precisas?

1/7/2015

0 Comments

 
Imagem
És uma pessoa tolerante? Se gostas de estar com pessoas, mesmo estas tendo pontos de vista diferentes dos teus, se compreendes que todos têm direito à sua opinião, e para ti o mundo é um lugar cheio de diversidade, provavelmente és uma pessoa tolerante. Por Carla Melfe

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Existem com certeza dias em que somos mais tolerantes que outros, principalmente quando nos sentimos tranquilos e abertos, reconhecemos a nossa guarnição divina, e estamos relaxados na companhia dos outros, desfrutando das interacções.

É muito comum acharmos que somos tolerantes.

Até um dia...Um dia que que estamos mais sensíveis, em que algo não correu como esperávamos...e de repente ouvimo-nos a criticar o nosso companheiro, o nosso colega de trabalho, ou mesmo não dizendo, a fazer mentalmente um juízo de valor sobre o comportamento de alguém

Porque fazemos o que fazemos? Será que foi porque algo nos incomodou? O que fez com que tivéssemos uma reacção negativa a uma determinada situação que nos aconteceu, ou que simplesmente presenciámos?

Existe provavelmente algo com que não nos identificámos, e aí temos duas hipóteses: podemos aceitar ou podemos contestar. Terá a ver com o nosso feitio? Com o nosso tipo psicológico? Meta-programa?

Ser tolerante significa saber aceitar opiniões, ou ações, de algo que de facto não combina exatamente com a nossa maneira de ser, de estar.

É saudável expressarmos as nossas opiniões, mesmo que sejam contrárias. O ponto aqui será avaliarmos como o fazemos.

Podemos dizer tudo desde que respeitemos o modelo do mundo do outro. Mas para podermos dizê-lo de uma forma consensual neutra e em paz, temos que saber expressá-lo. Comunicar é uma arte, todos sabemos.

E independentemente da nossa posição em relação a um assunto, a forma como o fazemos, o tom de voz, a suavidade da nossa expressão, e a gentileza, com que acompanhamos as nossas palavras, permitem expressar o que sentimos mas sem julgar, sem magoar e muitas vezes, até aportar uma outra perspetiva ao assunto.

Convirá fazermos uma autoanálise principalmente de situações não tão agradáveis que nos acontecem no dia-a-dia. Somos reativos, e depois arrependemo-nos ou somos capazes de expressar a nossa opinião respeitando a opinião alheia? A diferença que faz a diferença é muitas vezes, o uso do sinónimo correto, de um tom de voz amigável ou de fazer um sorriso sincero. Falar com o coração mas tendo em atenção o coração que nos escuta!

Sabemos que o mundo é cheio de opiniões diversas e temas a contestar, certamente não faltam. Seja política, educação, religiões, futebol, relações, hábitos alimentares...

Todos nós temos a nossa opinião bem definida, sobre o que julgamos ser o certo. Não será bom escutar uma opinião diferente de forma a conhecer algo? Tantas vezes falamos para nos ouvirmos, para marcar posição.

Que tal será escutarmos para aprendermos? Mesmo que não concordemos, será sempre um exercício interessante aceitar uma opinião diferente, sem julgamento. A vida é tão mais rica com a multiplicidade de opiniões!

É isso que dá movimento à tua vida. Como um bando de pássaros que passam a tua frente, e segue o seu caminho. Assim é com a tolerância, podes sempre escolher voar sozinho ou voar fazendo parte do conjunto. E acredito, que quando nos tornamos mais tolerantes, mais abertos, mais disponíveis existe um potencial de felicidade inesperada que nos pode surpreender num momento improvável!

É nesta esta fase quando reconheces que tu não és as tuas opiniões, que sentes uma espécie de serviço ao próximo: podes ajudar as pessoas que de ti necessitem, assumindo uma postura assertiva e prática, o que será notado e te beneficiará no sentido de te tornares uma pessoa cuja presença é apreciada, querida. É sempre um momento especial.

Como dizia Agostinho da Silva, "temos sobretudo que aprender duas coisas, aprender o extraordinário que é o mundo, e aprender a ser bastante largo por dentro, para o mundo todo poder entrar". 

Sejamos tolerantes, pois certamente seremos mais felizes, e mais conhecedores.
 
Imagem
CARLA MELFE
FORMADA EM ENGENHARIA MECÂNICA, GESTÃO DE EMPRESAS E
PROGRAMAÇÃO NEURO-LINGUÍSTICA TRABALHA EM COORDENAÇÃO DE EQUIPAS E GESTÃO DE PROJECTOS
[email protected]


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
0 Comments

Relações profissionais: ser tolerante através da empatia

1/7/2015

0 Comments

 
Imagem
No trabalho, surge muitas vezes o conflito e a forma de o gerir pode estar na empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e modelar a sua atitude, agindo tal como gostaria de ser tratado. 
Por Catarina Lucas

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A vida profissional não se restringe ao simples trabalho que garante o rendimento necessário à sobrevivência. Esta garante também prazer, satisfação, reconhecimento, Auto valorização e realização pessoal. Além disto, permite ainda que se estabeleçam relações interpessoais que extrapolam o campo profissional e passam para o campo da amizade. Todavia, se isto é um facto, é igualmente verdade que o contexto profissional está na base de muita ansiedade, stress e conflitos. As diferentes personalidades, os objetivos distintos ou até mesmo a competição dificultam o relacionamento interpessoal e a manutenção de um ambiente agradável no local de trabalho.

Assim sendo, como poderá amenizar alguns atritos e evitar situações desagradáveis? Como poderá aumentar a produtividade e contribuir para o alcançar dos objetivos da empresa? A resposta poderá estar na empatia. O conceito difere da tão conhecida simpatia. Esta surge de forma espontânea e genuína, enquanto a empatia precisa ser desenvolvida e treinada. Refere-se à capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa e compreende-la, sem juízos de valor, o que pode por vezes ser difícil.

Através dela, consegue gerir o seu comportamento e ajustá-lo de modo a não ferir a suscetibilidade da outra pessoa. Na prática, é colocar a questão: “se fosse eu a estar do outro lado, como gostaria de ser tratado?”. Se assim fizer, verá que consegue adotar uma postura mais tolerante e um discurso mais assertivo. Recorde-se que, muitas vezes, poderá dizer exatamente a mesma coisa mas adotando outra linguagem e outro tom de voz. Ao ser agressivo (mesmo que tenha razão), provocará na outra pessoa uma reação de defesa através do contra ataque. Se por seu lado, adotar uma postura mais humilde e compreensiva, conseguirá a concordância da outra pessoa e possivelmente a mudança comportamental. Isto evitará alguns conflitos e fomentará o bom ambiente grupal. 

Nos contextos profissionais, para que os objetivos sejam alcançados, é necessário que haja coesão, ou seja, união entre todos os elementos da equipa. Contudo, esta coesão necessita muitas vezes da tolerância e de aprender a aceitar as diferentes opiniões com o intuito do desenvolvimento pessoal e profissional. Só quem entende e aceita o outro poderá ajudar a empresa ou instituição a crescer e atingir as suas metas. Só desta forma se poderão estabelecer relações de confiança e entreajuda, tão necessárias ao bom funcionamento da equipa.

Quando treinada e implementada, a empatia revela a importância do relacionamento interpessoal, onde se inclui a confiança e tolerância, o que favorece o comprometimento com a empresa que representa e, consequentemente, a produtividade.

Todavia, a empatia não se desenvolve de um dia para o outro, requer treino e prática, contudo, será tempo bem empregue.

Numa fase inicial, requer a tomada de consciência das suas próprias emoções, para posteriormente percecionar e compreender as emoções do outro. Não sendo algo espontâneo, a empatia carece de vontade de mudança. Assim, é necessário querer ser mais empático e, a partir daqui, esforçar-se em cada situação para ser mais compreensivo e assertivo. Dia após dia notará que o conceito começa a ser assimilado e que esta forma de comportamento passará a ser mais autêntica e espontânea, passando a integrar a sua forma de ser. O importante é estar sensibilizado para o seu desenvolvimento.

Estabelecer e manter um bom relacionamento entre colegas no ambiente laboral, fomenta a produtividade, o bem-estar e o desenvolvimento pessoal.


Imagem
CATARINA LUCAS
PSICÓLOGA CLÍNICA
www.catarinalucas.pt
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
0 Comments

Investir em tolerância

1/7/2015

0 Comments

 
Imagem
Em alturas de Crise Financeira, investir em tolerância permite usufruir de juros de bem-estar. Saiba como. 
Por Pedro Melo

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Atravessámos momentos de grande instabilidade financeira, principalmente nos últimos quatro anos. Apesar de se dizer que o dinheiro não traz felicidade, a verdade é que, se olharmos as famílias como “pequenas empresas” a gestão financeira é um elemento tão importante como a gestão das emoções, para a sustentabilidade da saúde familiar. As empresas podem entrar em falência, mas as famílias não e por isso há que fazer uma adequada gestão financeira, integrando-a numa perspetiva de suporte mútuo e coesão entre os membros da família.

No que respeita a falar da gestão financeira, integrada na saúde da família, destacamos aqui um modelo de referência que ajudará os leitores a perceber a importância de investir em tolerância para o bem-estar familiar. Uma autora de um Modelo direcionado para a saúde da Família e Doutorada em Enfermagem, Henriqueta Figueiredo, indica que nas famílias há vários papéis a desempenhar pelos seus membros, sendo que dois deles estão diretamente ligados às finanças: O papel de provedor (as pessoas que ganham o dinheiro) e o papel de gestão financeira (as pessoas que gerem os custos/despesas). Para o desempenho eficaz dos papéis familiares tem de haver equilíbrio e respeito pela importância de cada elemento da família como um contributo fundamental para a sua saúde como um todo. Assim, os elementos que desempenham os papéis que indiquei devem ver-se integrados num contexto de diálogo claro, transparente e de confiança com os restantes membros da família. Só num contexto de pura confiança mútua se conseguem atingir níveis de tolerância para uma adaptação a uma crise financeira.

Como caminhar para a tolerância e fazer face a dificuldades financeiras? Deixamos aqui três conselhos:

O primeiro conselho é o diálogo. A comunicação é um dos primeiros passos fundamentais para se conseguir resultados. O “gestor financeiro” da família deve ter uma grande capacidade de escuta e ouvir os desejos dos membros da família, integrando esses desejos num quadro de negociação face às prioridades da família num momento de crise. Os membros da família devem entender que, se naquele momento não é possível ter despesas com os seus desejos, isso não significa que não é atribuída importância aos seus objetivos e à sua felicidade. Num quadro de negociação, devem ser colocados na mesa todos os argumentos e tomada uma decisão harmoniosa face às despesas que podem ser tidas naquele momento. Fomentando a confiança é muito mais fácil obter a tolerância face a restrições… O Amor é um excelente mealheiro de tolerância em momentos de crise financeira.

O segundo conselho é fomentar a criatividade na família. Conseguir ter momentos de felicidade em família não implica necessariamente ter grandes despesas… Existem muitas formas de, por exemplo, ter momentos de lazer em família, poupando nos custos:

- Fazer sessões de cinema em casa (integrando uma “bilheteira” à porta da sala, servindo pipocas e refrigerantes) escolhendo um filme nos clubes de vídeo disponíveis, permite poupar muito dinheiro e manter o ambiente favorável a quem gosta da sétima arte (pode inclusive fazer-se no final do filme um debate em família sobre vários aspectos relacionados com o filme, desde críticas a lições que o mesmo trouxe);

 - Com a melhoria do estado meteorológico, fazer um piquenique em família é muito mais económico que ir almoçar a um restaurante e permite usufruir da liberdade do espaço, dos horários e das actividades escolhidas para fazer em família;

- Está decerto a ter mais ideias neste momento, é esse o caminho…

O terceiro conselho é promover a objetividade face à gestão financeira. A Família pode adquirir por exemplo, uma agenda e nomeia um elemento da família para diariamente escrever as despesas da família, bem como o capital disponível em cada dia. Desta forma, quando o gestor financeiro reunir com a família para fazerem a negociação para o mês seguinte, não haverão surpresas, já que todos os elementos da família participaram ativamente na discussão das questões financeiras. Mesmo as crianças devem ser envolvidas no preenchimento desta agenda (um rebuçado ou uma carteira de cromos pode ser uma despesa menor, mas deve ser encarada como tão importante como as contas da luz e do gás). Esta participação de todos, não só vai permitir a cada um percepcionar a sua importância, como também facilitar a tolerância na negociação, quando confrontado com as despesas do todo.

Comunicação, criatividade e objetividade são três elementos centrais para obter juros de bem-estar, investindo em tolerância no mealheiro do Amor.

Boas poupanças.

Imagem
PEDRO MELO
PROFESSOR NA UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA (ICS – PORTO)
ESCRITOR
www.facebook.com/escritorpedromello

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Conjugar o verbo Tolerar no Amor

1/7/2015

0 Comments

 
Imagem
Quando se assume uma relação, quando se decide o “viveram felizes para sempre”, toma-se a decisão de aceitar um determinado conjunto de imperfeições no outro. Todos nós somos imperfeitos e a consciência disso permite-nos conseguir viver com eles. Nas relações funcionais os casais também discutem. Os conflitos acontecem. Mas existe algo fundamental: a Tolerância! Por Débora Água-Doce

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Eu tolero. Tu toleras. Nós toleramos.

Quem não sonha com um Amor para toda a vida?

Todos nós o desejamos, nem que seja em segredo...

Contudo, se por um lado sonhamos com um amor eterno, por outro lado, tememos que não exista, tendo em conta algumas relações que nos rodeiam e as estatísticas dos divórcios (70 por cada 100 casamentos).

Estes dados, levam-nos a questionar: Será que os Amores felizes e para sempre só acontecem a uma minoria?

Qual será o segredo das relações felizes e duradouras?

Será que existe um segredo?

Não existem segredos, mas existem alguns pontos essenciais aos relacionamentos saudáveis, nomeadamente:

·         Intimidade

Quando falo de intimidade, falo do grau de comprometimento com o outro, da entrega à relação e da vontade de descobrir o outro.

Ao existir um elevado conhecimento mútuo, as relações são mais funcionais e felizes. É importante assumir uma postura de curiosidade, que lhes permita manterem-se a par dos sonhos de cada um. Saber como agradar, o que oferecer e o que pode magoar o outro, apenas é possível se existir um elevado grau de intimidade entre ambos.

·         Cuidado para com o outro

Numa relação é essencial o sentimento de se poder contar com o outro. De que o outro estará sempre lá, em todos os momentos.

Contudo, estar “lá” não é sinónimo de dizer sim a tudo o que o outro pede. Não é ceder a todos os pedidos. É estar atento e sobretudo, disponível.

·         Orgulho no outro

Quando um casal se apaixona, os elogios predominam a relação. Existe um encantamento constante na descoberta do outro. Quando nos apaixonamos focamos-nos no que a pessoa tem de melhor. Não existe espaço para perceber a “imperfeição” do outro.

Nos relacionamentos saudáveis, os casais conhecem bem as imperfeições de cada um, mas focam-se nas qualidades e demonstram a admiração que nutrem pelo outro.

·         Tolerância

Quando se assume uma relação, quando se decide “viver felizes para sempre”, toma-se a decisão de aceitar um determinado conjunto de imperfeições no outro. Todos nós somos imperfeitos e a consciência disso permite-nos conseguir viver com essas imperfeições. Nas relações funcionais os casais também discutem. Os conflitos acontecem. Mas existe algo fundamental: a Tolerância!

Uma relação exige um trabalho de equipa e o seu sucesso ou fracasso é um reflexo desse trabalho a dois.

Quando assumimos uma relação colocamos um pouco do nosso coração nas mãos do outro. Na intimidade existe sempre vulnerabilidade. Criamos a expetativa de que a pessoa nunca nos vais desiludir. Contudo, mais cedo ou mais tarde, aquela pessoa vai falhar e magoar-nos. Não porque nos queira mal. Mas porque é humana. E os humanos são imperfeitos!

Os casais que procuram apoiar o outro, que se preocupam, que cuidam, acarinham e focam a atenção nas qualidades do outro, conseguem ultrapassar mais facilmente as mágoas. É a tolerância que lhes permite continuar de mãos dadas. Muitas vezes os momentos de conflito unem-nos ainda mais pois sentem que querem ficar juntos.

Mas quando a relação não está segura, quando o respeito não é mútuo, quando a tolerância não existe e os momentos a dois são predominantemente de conflito e desunião, sentimos que a pessoa que amamos não está presente quando precisamos. Neste caso, cada falha é encarada como um obstáculo inultrapassável. Cada decepção é um passo no caminho para a separação!

Será que os Amores felizes e para sempre só acontecem a uma minoria?

Qual será o segredo das relações felizes e duradouras?

Será que existe um segredo?

O segredo é viver com paixão cada dia! Colocar o melhor de si em cada momento, aceitar a sua imperfeição e tolerar a imperfeição que aceitou no outro!

Não existem relações perfeitas, mas existem relações felizes! Os amores felizes não acontecem aos que têm sorte, acontecem aos que investem, arriscam, cuidam, elogiam, partilham, conversam, sonham e toleram... 

O Amor existe! E o Amor pode durar para sempre!

“Basta um segundo para se ter uma paixão por alguém, e basta um dia para gostar de alguém… Mas é necessária toda uma vida para amar alguém.”

Imagem
DÉBORA ÁGUA-DOCE
(A PSICÓLOGA QUE TAMBÉM É BLOGGER)
PSICÓLOGA CLÍNICA
www.apsicologaquetambemeblogger.
blogspot.pt

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
0 Comments

Tolerar

1/7/2015

0 Comments

 
Imagem
Tolerar é o erguer do solo, aceitar é o abrir de asas para voar saudável.
Por Paulo Marques


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Tolerar /aceitar é um caminho da boa saúde. Tolera para conseguires abraçar, aceita para que o coração possa amar.

O que é para ti ser saudável? Poderá ser não ter doenças, ou então, ter um bom cuidado com o corpo, alimentação… há ainda quem defenda que nada disso importa, desde que se cuide da alma. Todos têm a sua verdade e podemos concordar com todos, mas poderemos afirmar que tudo se gera de dentro, para fora…

Tolerar, possivelmente não entendemos bem esta palavra, mas poderá dizer-se que será o mesmo que aceitar, ou pelo menos, será o primeiro passo. Para aceitarmos algo ou alguém, temos que primeiramente o tolerar e após isso, após esse estado de maior tranquilidade, podemos despertar a nossa consciência e finalmente aceitar. Que importância tem isso, perguntas tu!

Temos várias formas de estar na vida, ou pelo menos duas, com medo, ou em recetividade ao amor. Todos os estados emocionais mais danosos para nós, vêm do medo, seja a raiva, ódio, revolta, stress… e do amor, vem a paz, o perdão, a aceitação. Isto leva-nos a que a nossa saúde seja afetada, de uma forma, ou de outra. Ora, se tudo é energia, também as emoções e sentimentos o são. Tal como cerca de 70% do nosso corpo é água, 100% dele é energia, o ADN é energia. Então se tudo é uma vibração, também o que pensamos e sentimos o é, certo?

Pensa e sente comigo, se viveres no medo, terá o teu corpo um melhor estado global, do que se viveres em amor? Já se sabe que muitas patologias advêm do stress, causas emocionais, ansiedade e tudo mais, logo, se estivermos em paz connosco e com o que nos rodeia, nada disso existe. Concordas? A ansiedade é medo do que poderá vir, a revolta é uma dor não aceite, ou seja, não toleramos e aceitamos o agora, o ontem, ou o possível amanhã…

Terás sempre desafios a resolver, ou problemas, como queiras chamar, mas um problema não tem o mesmo efeito em ti e na tua vida, dependendo da forma como o encares, como lides com ele. Este pode ser o fim do mundo, ou o início de um novo mundo, é como aquela história de se ver o copo meio cheio, ou meio vazio… como o encaras?

Uma situação, ou pessoa, só tem a importância que nós lhe atribuirmos… sentindo isto, podemos ver que se torna mais fácil tolerar, não permitir que algo ou alguém nos afete ao ponto de perder a noção de quem somos realmente. Nem sempre é fácil, mas não há pressa, só é preciso começar! A partir do momento que isso já não nos causa “estragos” diretamente, passamos a aceitar e ganhar a consciência de que nada é ao acaso e tudo é importante de ser vivido e sentido, para se crescer interiormente, sem pressa.

A adversidade é o maior “imput” de crescimento e muitas vezes demoramos anos e até várias vidas a querer entender e aceitar algo, mas sabes, nem tudo é preciso entender, basta sentir e vivê-lo… muda o que está ao teu alcance, aceita o que te transcende, será útil para ti!?

Podes ver então como o que se passa dentro de ti afeta o teu corpo, as tuas atitudes, o teu dia-a-dia, não é? Não basta cuidar do corpo com exercício ou alimentação, se a nossa postura interior com nós mesmos e com os outros é má. Se temos inveja, vergonha, medos, nos rejeitamos, não nos respeitamos, etc. tudo isso vai nos afetar e não permite atingir os objetivos que pretendemos. E a tolerância perante uma situação ou pessoa, perante nós acima de tudo, é o maior passo para a felicidade, pois nada é perfeito, ou melhor, tudo é perfeito na imperfeição.

Começa então de dentro para fora, por ti e para ti e só depois, abre quem és ao mundo. Vê-se muita ilusão de abertura, quando o próprio coração se encontra empedernido. És um Ser belo, perfeito, único, como tal, a tua vida só pode ser bela, perfeita, única e se não está assim, em abundância de tudo e em tudo, é porque algo em ti ainda não está bem… procura a dor, ela está aí a limitar-te, transformou-se em medo e como não a toleras nem aceitas, bloqueaste-a bem lá no fundo, não te apercebendo que isso iria restringir a tua maravilhosa vida… mas agora é o momento, agora já sabes, agora já és capaz, confia em ti, sê saudável como um todo, sê feliz!

Imagem
PAULO MARQUES
MILITAR DO SERVIÇO DE SAÚDE / AUTOR, FACILITADOR E FORMADOR
www.facebook.com/despertardaalma
www.healingsoul333.wix.com/cura

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
0 Comments

Tolerância, a outra face do pecado

1/7/2015

0 Comments

 
Imagem
Culpas que carregamos como fardos que nos dificultam os passos, os designados pecados capitais são instintos básicos que podemos moldar. Todos terão a outra face, onde se promove o crescimento e a nossa aceitação e a dos outros. Ser tolerante também é isso! Por Tânia Tavares

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


Num desafio para deixar fluir o pensamento para o amplo significado de tolerância, e sem explicações da mente que viaja sem rota definida, surgiram imagens dos pecados capitais.

Os instintos básicos de um ser humano, condensados numa pretensão histórica e religiosa de classificar, controlar e compreender as razões da nossa inerente insanidade. A associação, inicialmente sentida como insólita, pousou ao lado da Ira, também apelidada de Cólera, e ousou entender-se como o reverso da Tolerância que se apregoa tantas vezes num vazio de sentimentos nobres.

A Ira é um sentimento humano onde se demonstra a raiva e o ódio por alguma coisa ou por alguém, pautada pelo desejo de ser avesso ao que é representado, responsável por tantos conflitos ao longo de tantas gerações. Esta versão de intolerância define pessoas, lugares, objetos. Setoriza pensamentos e invalida esforços para um clima de harmonia em pequenas e grandes dimensões. E foi nesta deambulação pelos reversos de um substantivo que marca e adjetiva pessoas, que nova viagem se iniciou com uma expressão que marcou uma vida “Então vai, segue o teu destino, mas fica com a certeza de que aqui tens sempre o teu lugar, aconteça o que acontecer”. Estas palavras, a propósito de uma notícia inesperada que um filho dá a um pai, revelam uma forma intensa e complacente de afirmar o amor e guiaram também uma filosofia de vida em que ser tolerante se mistura com a essência de ser quem se é.

A tolerância surge como um exercício de infinitude, num registo de humildade, aceitação, integração do outro na vida que se partilha em cada lugar-comum, em cada incógnita com que se preenchem os dias que se sucedem. A vida como um percurso em que o “eu” e o “outro” se fundem, na harmonia entre as suas decisões e as características que cada ser humano encerra. Um caminho onde as diferenças se aconchegam em cada pedaço, e onde acrescentar é mais importante que completar. Lugar único onde a verdade do outro é outra perspetiva da nossa realidade.

A tolerância liberta a alma para escolher o que faz crescer, para voar em direção ao mundo e repousar as asas em qualquer lugar apenas por sermos Pessoas. A tolerância, que não significa aceitação, promove a profunda vontade de olhar e ver para além de nós. Espaço onde a distância se encurta, onde a humanidade se multiplica. E é perante a intolerância, que definir o conceito nos move em pensamentos sobre as fragilidades do mesmo. O outro que não aceita as nossas expressões de individualidade, que não partilha do nosso modo de ser, que não se alimenta das mesmas virtudes ou não está marcado pelas mesmas limitações, o outro, aquele que está longe e tão perto...

Mas pode ser esse outro, que nos ajudará a aprender a lição da condescendência, sem acomodação de caráter nem superioridade paternalista, mas com enlevo pela variedade humana. E assim, neste processo de interação, entre quem se é e quem se foi, no crescimento que fazemos a pares ou num solitário percurso pela paz, descobrimos mais um mote para sermos felizes. A tolerância como manifestação de inteligência, uma virtude de cariz emocional e social, enraizada na bondade e na capacidade para amar. Mais do que se ensinar, é algo que se transmite por imitação, por repetição em cadências melodiosas de entrega à vida e às personagens que nos conduzem o papel no seu palco. Simples, ou não, treinando a tolerância, amaciaremos o caminho e as quedas soarão como passos de uma dança onde nem sempre se acerta no ritmo mas em que a música faz eco dentro do coração.

Imagem
TÂNIA TAVARES
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
0 Comments

    Voltar ao Início


    Autor

    Revista Progredir, o desenvolvimento pessoal ao seu alcance

    Categorias

    Tudo
    Desafios Do Feminino
    Espiritualidade
    Filosofia De Vida
    Finanças
    Life Style
    Mudança Tranquila
    Philosofias
    Relacionamentos
    Saúde
    Vida Profissional

    Arquivos

    Março 2025
    Fevereiro 2025
    Janeiro 2025
    Dezembro 2024
    Novembro 2024
    Outubro 2024
    Setembro 2024
    Agosto 2024
    Julho 2024
    Junho 2024
    Maio 2024
    Abril 2024
    Março 2024
    Fevereiro 2024
    Janeiro 2024
    Dezembro 2023
    Novembro 2023
    Outubro 2023
    Setembro 2023
    Agosto 2023
    Julho 2023
    Junho 2023
    Maio 2023
    Abril 2023
    Março 2023
    Fevereiro 2023
    Janeiro 2023
    Dezembro 2022
    Novembro 2022
    Outubro 2022
    Setembro 2022
    Agosto 2022
    Julho 2022
    Junho 2022
    Maio 2022
    Abril 2022
    Março 2022
    Fevereiro 2022
    Janeiro 2022
    Dezembro 2021
    Novembro 2021
    Outubro 2021
    Setembro 2021
    Agosto 2021
    Julho 2021
    Junho 2021
    Maio 2021
    Abril 2021
    Março 2021
    Fevereiro 2021
    Janeiro 2021
    Dezembro 2020
    Novembro 2020
    Outubro 2020
    Setembro 2020
    Agosto 2020
    Julho 2020
    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Agosto 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Setembro 2018
    Agosto 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Setembro 2017
    Agosto 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Agosto 2016
    Julho 2016
    Junho 2016
    Maio 2016
    Abril 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Janeiro 2016
    Dezembro 2015
    Novembro 2015
    Outubro 2015
    Setembro 2015
    Agosto 2015
    Julho 2015
    Junho 2015
    Maio 2015
    Abril 2015
    Março 2015
    Fevereiro 2015
    Janeiro 2015
    Dezembro 2014
    Novembro 2014
    Outubro 2014
    Setembro 2014
    Agosto 2014
    Julho 2014
    Junho 2014
    Maio 2014
    Abril 2014
    Março 2014
    Fevereiro 2014
    Janeiro 2014
    Dezembro 2013
    Novembro 2013
    Outubro 2013
    Setembro 2013
    Agosto 2013
    Julho 2013
    Junho 2013
    Maio 2013
    Abril 2013
    Março 2013
    Fevereiro 2013
    Janeiro 2013
    Dezembro 2012
    Novembro 2012
    Outubro 2012
    Setembro 2012
    Agosto 2012
    Julho 2012
    Junho 2012
    Maio 2012
    Abril 2012
    Março 2012
    Fevereiro 2012

    Feed RSS

cONTEÚDOS

Entrevistas
Artigos por Pedro Sciaccaluga
Glossário
Polaroids & Slides
Artigos
Blog Artigos Revista Progredir
Partilhas do Leitor
Vídeos

Sobre nós

Estatuto Editorial
Visão, Missão, Valores
Equipa
Participe
Eventos
Contactos
Ideias e Harmonia


Publicações

Agenda

Quer ganhar?

parceiros

Publicidade

Loja

© Copyright 2012 - Revista Progredir | Rua Lino de Assunção nº 24, Paço de Arcos 2770 - 109 (Oeiras) | 21 443 83 05 | [email protected]