in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
As emoções que experienciamos diariamente, em diversos contextos, interferem com a nossa saúde interior, com o estado da nossa alma condicionando as nossas vivências, escolha, recordações e relações. Somos consumidores compulsivos de emoções e sentimentos sem qualquer filtro e preocupação em compreender quais são as emoções que nos fazem sentir bem e quais são aqueles que interferem e diminuem o nosso bem-estar, a nossa felicidade.
Uma das regras essenciais para alimentarmos correta e conscientemente a nossa alma é compreendermos as nossas emoções de modo a que possamos identificar os seus benefícios, os seus efeitos secundários, para que assim sejamos mais saudáveis e possamos ser agentes promotores de saúde junto de quem nos rodeia.
A compreensão das emoções relaciona-se com todos os processos que nos encontramos a viver e uma determinada emoção pode ter efeitos totalmente antagónicos consoante o processo a ser vivido. Não há emoções más e boas, pois todas têm a sua importância e o que é necessário é saber interpretá-las e vivê-las adequadamente para que assim a nossa alma seja sã e possamos viver em harmonia connosco e com quem nos relacionamos.
É preciso parar um pouco e perguntar: “Como me sinto perante esta situação?”, “O que sinto perante esta pessoa?”, “O que me diz este sentimento, esta emoção?”. Estas perguntas levam a uma viagem pelo nosso interior e por todos os processos que vivemos diariamente para que possamos então identificar a reação que determinada emoção está a causar na nossa alma, se a está a nutrir ou a adoecer.
Quando compreendemos as nossas emoções, somos capazes de realizar escolhas que permitam curar a alma, através da resolução de alguns problemas, do aperfeiçoamento e transformação de algumas relações e comportamentos. Nestes momentos e com estas escolhas estou a alimentar a minha alma com emoções repletas de nutrientes sensitivos e promotores de felicidade e a anular os efeitos nefastos das emoções promotoras de sofrimento, dúvida e medo.
A nossa alma está a ser constantemente alimentada com as emoções que integramos inconscientemente através dos relacionamentos, das vivências e compete-nos saber proteger a saúde da nossa alma com uma alimentação emocional saudável.
Quando uma determinada relação (seja qual for o contexto) não é promotora de felicidade e bem-estar, está a adoecer a nossa alma, pois funciona como um alimento com reduzido valor nutricional que ingerimos incessantemente e que a curto ou longo prazo irá originar uma doença ou um mal-estar constante. Não devemos esperar que a doença se instale, devemos terminar a ingestão de determinadas emoções provenientes dessas relações, logo no momento em que começa a causar incómodo e sensações menos positivas.
As nossas emoções são o alimento da nossa alma e por isso devemos escolher e ingerias as que potenciam a nossa saúde, as que promovem a nossa felicidade e que podemos encontrar nos momentos que nos fazem sorrir, chorar de alegria, nos momentos de amor e amizade.
Quando abraçamos, beijamos, quando estamos com os nossos amigos, família, companheiros, quando cuidamos, quando amamos e somos amados estamos a alimentar a nossa alma com emoções positivas e nutritivas. Quando vivemos com raiva, medo, angústia, desconfiança, mentira, magoamos e somos magoados, perdemos, estamos a adoecer a nossa alma com emoções menos positivas e nada nutritivas.
Por isso temos que escolher os momentos que queremos perpetuar na nossa Vida, temos que transformar os momentos menos positivos em positivos, temos que alimentar a nossa alma saudavelmente com toda a gama de nutrientes necessários para o seu bem-estar, para a nossa felicidade e para que possamos sentir que uma alma alimentada saudavelmente potencia um corpo saudável e relações saudáveis.
Faça as suas escolhas, compreenda as suas emoções, transforme a sua vida e alimente a sua alma e a sua essência harmoniosa, consciente e saudavelmente para que seja mais feliz!
ENFERMEIRO, ESCRITOR E TERAPEUTA
ricardosousafonseca.pt.to
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in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2014
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