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Os Ténues Limites entre Ilusão e Realidade

1/4/2024

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Fotografia
A nossa conceção da realidade nem sempre é verdadeira. E experienciar momentos de aparente ilusão pode aproximar-nos da nossa verdade. Paradoxal?... Eis o reino de Neptuno! Por Cláudia Matias

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


O modo como apreendemos o mundo à nossa volta está assente na dualidade – dia/noite, frio/calor, bom/mau, etc. – e, nessa lógica, a ilusão tende a ser vista como o oposto da realidade, inclusive em conceções filosóficas, religiosas e esotéricas.

No entanto, a vida não é “preto e branco”, mas uma miríade de cores e tonalidades. As experiências cada vez mais imersivas de realidade virtual, com aplicações inclusive na área terapêutica, são um bom exemplo de como a fronteira entre realidade e ilusão nem sempre se encontra claramente definida.

Se atendermos a que a nossa perceção da realidade é sempre subjetiva, pois resulta de uma construção do cérebro que difere de pessoa para pessoa, e encontra-se restringida pelo conhecimento e capacidade de compreensão do ser humano, então, o limite entre ilusão e realidade ainda se torna mais ténue.

A ilusão não diz somente respeito a erros de perceção, fantasias e utopias. Somos seres com grande capacidade imaginativa, capazes de conceber na nossa mente ideias completamente fantasiosas ou com elevado potencial de virem a ser concretizadas.

Muitas coisas que, há algum tempo, eram consideradas mera ilusão, são hoje bem palpáveis. A imaginação, os sonhos e os ideais estão geralmente na base do processo criativo, seja este mais artístico ou mais prático, pois, a inspiração para criar algo de novo surge sobretudo do que a nossa mente projeta.

Na astrologia, Neptuno é o planeta associado aos processos de ilusão e desilusão. Por tal, simboliza, muitas vezes, confusão, engano, visão irrealista da vida, dificuldades em lidar com o mundo tangível e atitudes escapistas. E revela que estamos sujeitos a iludirmo-nos porque aspiramos alcançar algo de maravilhoso ou perfeito, como que guiados pela reminiscência de uma anterior unidade com o divino.

Numa sociedade excessivamente focada no plano concreto, a influência deste arquétipo planetário pode ser bastante perturbadora, mas navegar as águas de Neptuno permite abrir as portas da nossa perceção aos níveis superiores da consciência, transcender os limites da materialidade e religarmo-nos com a nossa dimensão espiritual.

As propostas representadas por Neptuno incluem aspetos como o alargamento da capacidade de perceção para além dos cinco sentidos físicos, o desenvolvimento da imaginação criativa, o despertar do amor universal e a comunhão com o Todo.

O modo como cada um percorre esse caminho pode ser muito diverso, mas passa sempre por experiências que ultrapassam o mero raciocínio lógico, que desafiam a fronteira entre a realidade e a ilusão e cuja validade só pode ser avaliada interiormente, através do sentimento.

Na mitologia romana, Neptuno é o deus dos oceanos. E contemplar o mar é uma experiência tipicamente neptuniana, que tende a proporcionar-nos sentimentos de humildade perante a imensidão da existência e de gratidão por fazermos parte do milagre da Vida.

A meditação e o contacto com a Natureza são comummente sugeridos como meios de nos sintonizarmos com a energia transpessoal de Neptuno. Podemos até questionar-nos se as imagens e pensamentos que nos surgem em estado meditativo constituem mensagens do nosso Eu Superior ou um misto de memória e imaginação (é bem provável que o façamos, se tivermos propensão para racionalizar tudo), mas o mais importante é aceitarmos que correspondem a algo que precisamos de escutar ou perceber nesse momento.

São muitas as experiências que nos permitem expandir a consciência para além das nossas fronteiras pessoais e das fronteiras do tempo linear. De cada vez que nos deixamos transportar por uma música, um livro, um filme, a contemplação de um objeto de arte ou uma paisagem, entramos numa outra dimensão da realidade. E, quer o cenário em que entramos seja verdadeiro ou ficcionado, as emoções que experienciamos são bem reais.

Esses momentos de evasão da nossa rotina podem ser muito mais do que uma mera distração, pois permitem-nos ampliar a nossa perspetiva da existência e desenvolver a nossa empatia para com situações que, de outra forma, nunca contactaríamos. Isso ajuda-nos a colocar em perspetiva as nossas preocupações quotidianas e abordar os nossos problemas de uma forma diferente; e pode mesmo contribuir para respondermos ao apelo neptuniano de aumentar a nossa sensibilidade e compassividade para com os outros e o entendimento de que estamos todos interligados.

Tal não significa alhearmo-nos da nossa vida concreta e das nossas responsabilidades, mas sim darmo-nos a possibilidade de viver a totalidade do nosso ser. Não se trata de uma fuga da realidade, mas de conectarmo-nos com a nossa essência e o sentimento de completude que só é possível quando integramos todas as dimensões que nos constituem, incluindo a dimensão espiritual, e nos reconhecemos como uma gota individual no vasto oceano da Humanidade. 

Muitas experiências que podem parecer ilusórias ou irreais, só o são quando avaliadas na perspetiva do que é tangível e racionalmente explicável. O que nos alimenta a alma contribui para melhorar a nossa aceitação da realidade e a nossa atuação no plano concreto (por exemplo, tornando-nos pessoas mais solidárias e compreensivas). Afinal, “nem só de pão vive o homem”.

No fundo, a função astrológica de Neptuno não é confundir-nos, mas sim promover a dissolução das nossas conceções erradas ou limitadas da realidade e expetativas irrealistas, com vista a tornarmo-nos mais verdadeiros conosco próprios e com os outros. 

Fotografia
CLÁUDIA MATIAS ASTRÓLOGA
aquarionohorizonte.wordpress.com
[email protected] 

​​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024
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O imaginário dentro do universo infantil

1/4/2024

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Fotografia
O presente artigo retrata o imaginário infantil como parte do processo de desenvolvimento de competências cognitivas, sociais e emocionais da criança. Também desenvolve a ideia da “brincadeira” como possibilidade de a criança recriar situações reais ou de fantasia, para se apropriar do seu mundo, estabelecer relações e revelar as suas emoções. Por Carolina Fermino da Silva 

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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O imaginário infantil é parte do processo de desenvolvimento de competências cognitivas, sociais e emocionais da criança. Está relacionado com os diferentes contextos de relações em que a criança encontra-se inserida como por exemplo, o contexto familiar e o contexto social.

É importante que a criança encontre nestes meios de interação as condições necessárias para desenvolver o seu potencial imaginário. O adulto pode contribuir com este processo à medida em que oferece os meios: um livro com imagens, um brinquedo educativo, um passeio na natureza, entre outros. Deste modo, a criança começa a ampliar o seu repertório comportamental e a compreender a realidade em que vive. Através do imaginário, a criança também elabora conteúdos relacionados à sua saúde emocional e psíquica. Tomemos um exemplo: a perda real de um animal de estimação, pode despertar na criança a necessidade de fazer desenhos sem cores ou utilizar somente cores escuras ou não querer ir à escola porque imagina que estar longe da família desperta o medo de mais uma perda, ou seja, pode associar à perda de um ente querido. Claro que estas situações são muito mais complexas e merecem toda a atenção e cuidado possíveis. O papel do adulto é fundamental para ajudar a criança a viver o que é real, utilizando e aproveitando os recursos da “fantasia infantil”, pois é através deste mecanismo que se revela o que se sente. Num segundo momento pode-se pensar em auxiliar os pequeninos a darem nome ao que sentem, nomearem as emoções.

Outro ponto relevante é pensar na construção de metáforas com as crianças. Quando observamos as brincadeiras infantis nos deparamos com várias metáforas. Seguem algumas: utilizar um livro aberto na cabeça como se fosse um chapéu; cortar pedacinhos de papel e jogar para o alto como se fossem os pingos de chuva a cair; empilhar vários copos de plástico e imaginar que é um castelo; entre outros. Tudo isto só é possível quando a criança tem ou recebeu, em algum momento, os meios para criar/elaborar algo. É um processo de construção, elaboração e internalização de novos comportamentos. E assim o repertório infantil vai sendo ampliado.

Ainda dentro do contexto da imaginação/criação infantil, podemos falar sobre o “amigo imaginário”. Algumas crianças incluem nas suas brincadeiras um personagem invisível com o qual falam e interagem. Este personagem geralmente é uma pessoa ou um animal e denominamos de “amigo imaginário”. A diferença entre o “faz de conta” e o amigo imaginário, é que na brincadeira do “faz de conta”, a criança utiliza elementos reais (bonecos, peças, objetos, etc) para criar uma história ou simplesmente desenvolver uma brincadeira. Um peluche, por exemplo, pode representar uma professora e os demais bonecos, os alunos. A criança consegue “fingir” que estes personagens são verdadeiros. Já com o amigo imaginário é diferente, pois a criança cria um personagem que é invisível, fruto da sua imaginação. Em algumas situações, o amigo imaginário pode ser um fiel companheiro nas horas tristes, nos momentos mais difíceis. Serve como um apoio emocional; algo que apazigua, conforta. Também é relevante salientar que estes personagens, fruto da fantasia infantil, não substituem as relações afetivas que a criança precisa construir ao longo da vida.

Constata-se que através da brincadeira, existe a possibilidade da criança recriar situações reais ou de fantasia para se apropriar do seu mundo, estabelecer relações e revelar as suas emoções. Estimular os pequeninos a desenvolverem brincadeiras livres, com elementos e condições apropriadas, favorece e enriquece o desenvolvimento do repertório comportamental infantil. Apresentar-lhes a realidade é uma tarefa dos adultos, mas sempre surgem questões para refletir: Como é possível fazê-la? Quais os elementos que temos para oferecer-lhes? Contemos com a riqueza da natureza que nos fornece tantas coisas e com a presença real do adulto na vida da criança. Este pode  ser um começo.

O universo infantil torna-se mais rico quando nós, adultos, colaboramos e incentivamos o “brincar” da criança, dentro de dinâmicas que favoreçam o bem-estar e a construção de relações saudáveis.
Sejamos sempre adultos reais e não imaginários!
​
Fotografia
CAROLINA FERMINO DA SILVA
PSICÓLOGA
[email protected] 

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024
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Ilusão ou autoengano qual a diferença

1/4/2024

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Fotografia
Sem a aceitação e o domínio da sombra nada seremos senão a ilusão do eu em busca da luz lá fora… Por Ana Paula Rodrigues

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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Uma linda borboleta voava na escuridão da noite quando viu, ao longe, uma luz cintilante. Imediatamente voou na sua direção e ao aproximar-se pôs-se a rodeá-la, olhando-a maravilhada... Como era bonita!

Mas a borboleta queria mais, estava maravilhada! Então borboleta resolveu fazer o mesmo que fazia com as flores, afastou-se e em seguida voou em direção à luz, passou bem rente e caiu subitamente, estonteada pela luz e muito surpreendida por verificar que as pontas de suas asas estavam chamuscadas.

- Que aconteceu comigo? - pensou ela.
Não conseguiu entender, para ela era impossível crer que uma coisa tão bonita, aquela luz, aquele brilho magnifico pudesse causar-lhe algum mal.

E assim, depois de recuperar de novo as forças, sacudiu as asas e levantou voo novamente, queria mesmo pousar naquela luz!
​
Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para pousar sobre aquela luz tão linda, brilhante quase magnética. E caiu imediatamente, queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina luz.

- Maldita luz!  - Murmurou a borboleta agonizante - pensei que ia encontrar em a felicidade e em vez disso encontrei a morte. Arrependo-me, pois compreendi tarde demais, para minha infelicidade, o quanto o teu brilho é perigoso.
- Ó pobre borboleta - respondeu a chama…
- Eu não sou o Sol, como deves ter acreditado.... Sou apenas uma chama, a luz de uma chama. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com cuidado são queimados.

A ilusão e o autoengano ambos têm o poder de nos confortar em relação às decisões como citado na metáfora anterior.  Existem autoenganos nos colocam em situações de seletividade, tal como a nossa borboleta e a luz pondo em causa a sua de vida, cuja ilusão seria que na luz estaria a Felicidade.
Quantas vezes no nosso dia a dia não temos as mesmas crenças e não tomamos decisões baseadas em ilusões?
 
Poderíamos dizer que autoengano são “afirmações” falsas que fazemos a nós próprios quando queremos fugir à realidade ou quando a verdade nos é dolorosa, de alguma forma. Muitas pessoas têm dificuldade em lidar com algumas questões e há quem pense que substituir a realidade com outras “informações/situações imaginárias” ou seja mentir a si próprio e aos outros é uma boa atitude, em nome do conforto e da paz. Só que a verdade é que, depois de algum tempo este comportamento torna-se automático e a pessoa tende a viver de uma forma superficial, na ilusão.  Muitas vezes já não sabe distinguir a fronteira entre a realidade e a mentira, não aprofundando muito as questões por começarem a ser cada vez mais dolorosas.

Agora o que é uma ilusão?
Uma ilusão é uma crença, não é propriamente a substituição de uma realidade por outra, é quando nós acreditamos e não duvidamos nem questionamos.

Quantas vezes no nosso dia a dia temos Pensamentos?  Pensamentos são ilusórios… não quer dizer que temos de acreditar em todos eles, porque alguns são ansiosos, depressivos e outros não..., mas nós também podemos e devemos contemplar a sua inutilidade. Agora estes começam a ser graves quando não questionamos, não adaptamos e deixamos de perceber a sua inutilidade, quando passam a fazer parte da nossa vida e por sua vez são uma equação muito importante na nossa tomada de decisões, tal como a borboleta da nossa história.

Como vamos evitar ilusão?  - Conhecermo-nos a nós próprios.

Quando nos conhecemos a nós próprios estamos preparados para ver o mundo à nossa volta, autoconhecimento é ultrapassar a ilusão e o autoengano.

Como assim? A existência de um outro eu, esse outro eu já tantas vezes falado, o nosso lado sombra que pensamos que ele é meramente ilusório, então é importante falar da sombra e vamos refletir sobre esse autoengano.

Então vamos lá refletir… porque é que a borboleta insistia tanto que a sua felicidade estaria no só naquela luz, que era externa ela ou seja a sua felicidade ou o aspeto positivo nela não estava nela, mas estava naquela luz, que julgava ser o Sol. Quantas vezes nós temos essa ilusão?

Esta parábola também nos faz pensar que todos nós temos uma sombra, todos nós, de alguma forma, queremos voar de encontro ao sol, pensando que a Felicidade existe apenas na luz, mas a verdade é que quanto menos aceitarmos e incorporarmos a nossa sombra no nosso consciente mais escura e densa ela será a nossa sombra e inconscientemente ela irá frustrar as nossas melhores intenções.

Sem a aceitação e o domínio da sombra nada seremos senão a ilusão do eu em busca da luz lá fora…
​
Fotografia
ANA PAULA RODRIGUES
YBICOACH - SUCCESS CAREER & LIFE STRATEGY COACH
[email protected] 

​​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024
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Acabar com a Ilusão nos Relacionamentos

1/4/2024

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Fotografia
Se analisarmos mais a fundo os meandros das relações humanas, torna-se evidente que a comunicação é o elemento primordial que as sustenta. Seja nas esferas pessoais, amorosas ou profissionais, é através da comunicação que se estabelecem as bases para o entendimento mútuo e para o fortalecimento dos laços interpessoais. Por Anabela Reis Moreira

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024

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Quando falamos em comunicação, falamos também em ilusão e desilusão. A comunicação obedece a estados emocionais e filtros como crenças e necessidades próprias. Muitas vezes, quando facilito formação ou dou aulas a alunos na universidade digo: estarei aqui a falar de psicologia social e das organizações, mas muitos de vocês vão levar a solução que precisa agora para o trabalho, outros vão achar aborrecido saber que por vezes, no trabalho e na vida somos números… chama-se a isso: ilusão e desilusão e são coisas nó nossas, somos nós que nos iludimos e por isso nos desiludimos.
 
Os obstáculos à comunicação são esses mesmos: é imperativo reconhecer que diversos problemas à comunicação, tais como o medo e as crenças, as ilusões e expectativas, muito pessoais, frequentemente desviam este caminho, o que dá por norma no fracasso das relações.
 
A importância da comunicação nas relações
Na base de qualquer relacionamento significativo encontra-se a possibilidade de comunicar de forma clara, honesta e respeitosa. A capacidade de expressar pensamentos, sentimentos e necessidades de maneira simples e aberta é crucial para estabelecer vínculos saudáveis e para a resolução construtiva de conflitos. Em suma, a comunicação constitui a pedra angular sobre a qual assentam todas as interações humanas.

Os obstáculos no caminho: medo e crenças enraizadas
O medo e as crenças profundamente enraizadas representam barreiras significativas à comunicação autêntica e ao desenvolvimento saudável das relações. O medo do julgamento, da rejeição ou do fracasso frequentemente inibe a expressão sincera de nossos pensamentos e emoções, enquanto as crenças limitadoras moldam nossa percepção do mundo e dos outros, restringindo assim nossa capacidade de conexão de forma genuína.
 
Como se constroem relações saudáveis? Com educação e cortesia
Para superar os obstáculos impostos pelo medo e pelas crenças enraizadas, é necessário cultivar uma postura de abertura, respeito e compreensão. A educação, aliada à cortesia e à consciência da interdependência entre todos os elementos de uma relação, constitui a base sólida sobre a qual podem florescer ligações profundas e significativas, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.
 
O amor como bússola: encontrar significado no trabalho
No contexto laboral, o amor pelo que fazemos desempenha um papel fundamental na nossa satisfação e realização pessoal. Amar o trabalho implica reconhecer a importância de cada tarefa, mesmo aquelas que possam parecer monótonas ou desafiadoras. É através desse amor e compromisso que encontramos significado e propósito em nossa vida profissional, e assim, conseguimos superar as dificuldades e os obstáculos que possam surgir no caminho.
Note: somos seres unos. Não há uma vida e depois o trabalho. Quem é, depende também do que faz.
 
O respeito como pilar fundamental
O respeito mútuo é essencial para estabelecer relações saudáveis e harmoniosas. Em qualquer ambiente, seja ele pessoal ou profissional, é fundamental que todos os envolvidos sejam tratados com dignidade, consideração e cortesia. Onde há respeito, há espaço para o crescimento mútuo, para a resolução construtiva de conflitos e para cultivar uma cultura de colaboração e entendimento.
 
A agressividade como obstáculo
A agressividade, longe de resolver conflitos, apenas os agrava, mina a confiança e a coesão nos relacionamentos interpessoais e profissionais. Em vez de promover uma comunicação aberta e construtiva, a agressividade gera conflitos desnecessários e prejudica a qualidade das interações humanas. Assim, é imperativo cultivar uma postura de respeito, empatia e compreensão mútua como antídoto para este comportamento destrutivo.
 
Autoconhecimento: a base para relacionamentos saudáveis
Antes de podermos nos relacionar de forma autêntica e significativa com os outros, é essencial que nos conheçamos a nós mesmos. Ao compreendermos nossos próprios gatilhos emocionais, limitações e valores, tornamo-nos mais capazes de estabelecer conexões genuínas e satisfatórias com os outros. O autoconhecimento é, portanto, o primeiro passo para tudo na verdade.
 
A qualidade de nossos relacionamentos pessoais e profissionais é indissociável da qualidade de nossa comunicação, do respeito mútuo e do autoconhecimento.
 
Ao cultivarmos uma postura de abertura, empatia e cortesia, criamos as condições necessárias para aumentarmos as nossas relações autênticas e tornarmos essas relações mais profundas.
 
Que possamos, pois, trilhar este caminho com determinação e compaixão, sabendo que nas relações verdadeiras reside a essência de uma vida plena e significativa.
 
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ANABELA REIS MOREIRA
DIRETORA DE RECURSOS HUMANOS E CEO – CRIADORA ESTRATÉGICA DE OPORTUNIDADES
www.anabelareismoreira.pt
[email protected]

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Os perigos da Ilusão Financeira

1/4/2024

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Quando falamos de ilusão falamos de algo potencialmente muito perigoso. A ilusão, pela sua natureza, é algo que foge à verdade. E o que não é verdadeiro acaba, mais tarde ou mais cedo, por não passar o teste da realidade. Quando ambos colidem, os impactos podem ser nefastos. Aliás, vejam-se os exemplos dos comportamentos do Estado que nos trouxeram a Troika ou os comportamentos das famílias que nos trouxeram incumprimentos de contratos de crédito, insolvências ou a intervenção estatal na Banca. Neste artigo apresentamos algumas ilusões que devemos evitar, de modo que possamos garantir a segurança financeira das nossas famílias e estratégias simples para as combater. Por João Morais Barbosa 

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024

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Ilusão da Riqueza
A Ilusão da Riqueza é provavelmente a maior das ilusões, em grande parte provocada pela facilidade de acesso ao dinheiro dos outros (que é como quem diz, acesso ao crédito). Durante muitos anos vivemos com taxas de juro muito baixas, o que permitiu alimentar estilos de vida que não se adequam à nossa realidade financeira. Infelizmente, quando falamos de finanças somos demasiadamente influenciados pela comparação social, que nos leva a querer manter as aparências, quando precisamos de cortar custos. Ignoramos a realidade, esquecemos prioridades e comprometemos o nosso futuro financeiro.

Ilusão da invencibilidade
É curioso que muitas vezes nos achamos invencíveis. Consideramos que os problemas, os imprevistos ou os infortúnios só acontecem aos outros. Esta postura, revelando muito pouca prudência, deixa-nos expostos a toda a série de consequências associadas a eventos imprevistos, como doenças, desemprego, divórcio ou simplesmente sinistros automóveis. E os imprevistos acontecem sempre, só não sabemos é quando!

Ilusão da liberdade
As famílias têm delegado cada vez mais responsabilidades que lhes competem nos outros, em especial no Estado. Talvez por isso, acabamos responsabilizando os outros dos nossos problemas. Na prática, a culpa dos nossos problemas é do Estado (que nos cobra muitos impostos), dos Bancos (que nos emprestam dinheiro quando lhes pedimos), das seguradoras (que não pagam os sinistros) ou do empresário (que explora os trabalhadores). Com esta postura, perdemos a capacidade de autoavaliação, o que nos impede de evoluir e de aprender. Infelizmente, para sermos verdadeiramente livres temos de dispor de meios financeiros para tal.

Ilusão do Youtube
A iliteracia financeira que abunda em Portugal (mas não só) leva-nos a seguir modas e supostos peritos que prometem simplificar as nossas decisões. Esta tendência tem sido reforçada pelo advento das Redes Sociais, que permitem a difusão de informação que não é validada e que pode não ser credível. Aliás, uma pesquisa rápida na internet permite-nos encontrar esquemas e burlas financeiras, cada vez mais criativas.

Como combater estas ilusões?
Viver a verdade financeira implica que nos conheçamos a nós próprios, o que começa por conhecer a nossa realidade financeira (talvez fazer um orçamento familiar), sabermos o papel que o dinheiro tem nas nossas vidas e quais são as nossas prioridades, especialmente porque estas são refletidas na forma como gastamos o nosso dinheiro.

Combater a ilusão da riqueza passa, muitas vezes, por evitar a todo o custo o recurso ao endividamento, especialmente as dívidas de curto prazo. A dívida não resolve os problemas. Antes, pode agravá-los a ponto de não retorno.

Vencer a ilusão da invisibilidade implica que tenhamos poupanças para emergências (sim, na maioria dos casos é possível poupar, tendo a família de fazer alguns ajustes nos seus hábitos de consumo). Por outro lado, saber que os seguros podem ser nossos aliados em proteger-nos de imprevistos.

Superar a ilusão da liberdade passa por tornar a liberdade financeira uma realidade. Para tal, devemos conhecer quais são os nossos objetivos, passo essencial para nos motivarmos na sua conquista e começar a investir para multiplicar o nosso dinheiro, assumindo que temos as rédeas do nosso futuro financeiro nas mãos.

A ilusão do Youtube é mais difícil de vencer, porque implica estudo e trabalho. Temos de investir na nossa educação financeira e procurar fontes de informação credível e alinhadas com os nossos interesses. Neste contexto, podemos recorrer a intermediários de crédito, mediadores de seguros e a sites e blogues de literacia financeira de entidades credíveis. Por fim, usar do bom senso, que acaba por ser o nosso maior aliado.
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JOÃO MORAIS BARBOSA
SÓCIO-FUNDADOR DA REORGANIZA, EMPRESA ESPECIALIZADA EM MENTORIA FINANCEIRA. FORMADO EM GESTÃO, AUTOR DE LIVROS DE FINANÇAS PESSOAIS. CASADO E PAI DE 7 FILHOS
www.reorganiza.pt
[email protected] 

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A Ilusão na Vida Profissional

1/4/2024

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Desde os primeiros anos de vida, somos guiados por expectativas sociais e familiares que moldam nossa visão de sucesso e felicidade. Uma parte essencial dessas expectativas está centrada na ideia de uma carreira profissional bem-sucedida, onde o grau académico é frequentemente considerado o caminho para o destaque e a recompensa financeira. Por Patrícia Rebelo

in REVISTA PROGREDIR |ABRIL 2024

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No entanto, à medida que mergulhamos no turbilhão do mercado de trabalho moderno, muitos de nós encontramo-nos confrontados com uma realidade bem diferente daquela que nos foi prometida. A ilusão de que as nossas qualificações garantiriam uma vida profissional estável e gratificante rapidamente se desfaz diante do cenário de salários aquém do merecido e uma competição tóxica que mina nossa saúde mental e bem-estar.

Desde tenra idade, somos ensinados a valorizar a educação como um meio de alcançar o sucesso. Os pais e educadores frequentemente incentivam as crianças a dedicarem-se aos estudos, na crença de que um bom desempenho académico abrirá portas para um futuro brilhante. A ideia de que um diploma universitário é o bilhete para uma vida confortável e estável é incutida em nós desde cedo, alimentando a ilusão de que as qualificações académicas são a chave para o sucesso profissional.

No entanto, o que muitas vezes não nos é dito é que o valor do grau académico tem diminuído gradualmente no mercado de trabalho moderno. Com o avanço da tecnologia e a globalização da economia, o valor de certos diplomas e qualificações tornou-se menos relevante do que nunca. A saturação do mercado de trabalho com profissionais qualificados levou a uma diminuição da demanda por diplomas universitários, resultando em salários que não refletem adequadamente o verdadeiro valor das nossas qualificações.

Vivemos numa era em que a educação superior é mais acessível do que nunca. Nunca antes tantas pessoas tiveram acesso à educação universitária e pós-graduação. No entanto, paradoxalmente, somos também a geração com menor remuneração proporcional às nossas qualificações. A promessa de um futuro próspero e estável através do trabalho árduo parece cada vez mais distante, criando assim uma ilusão de um mundo perfeito com um emprego para a vida toda, que na realidade não existe.

O aumento da competição global e a automação de muitos empregos anteriormente ocupados por humanos têm contribuído para a estagnação dos salários e a diminuição das oportunidades de emprego bem remunerado. Enquanto isso, o custo da educação continua a aumentar, deixando muitos com dívidas substanciais e poucas perspectivas de emprego que lhes permitam pagar essas dívidas.

Além das pressões externas impostas pela sociedade e pelo mercado de trabalho, muitos de nós também enfrentamos uma competição tóxica dentro das próprias empresas em que trabalhamos. A cultura corporativa muitas vezes promove uma comparação absurda entre os funcionários, onde o sucesso é medido não pelo próprio desempenho, mas pela suposta superioridade ou inferioridade em relação aos colegas.

Essa mentalidade de "cada um por si" cria um ambiente de trabalho hostil e desmotivador, onde os funcionários se veem constantemente em uma corrida sem fim para provar o seu valor e evitar serem deixados para trás e esquecidos. Em vez de promover a colaboração e a camaradagem, essa cultura de competição acirrada mina o moral e a produtividade, tornando o local de trabalho um campo de batalha emocional.

À medida que nos tornamos conscientes das ilusões que nos foram vendidas desde a infância e das realidades cruas do mercado de trabalho moderno, é essencial que comecemos a questionar e desafiar essas narrativas dominantes. Devemos reconhecer que o sucesso profissional não pode ser medido apenas pelo grau académico que possuímos ou pelo salário que recebemos, mas deve sim ser pela nossa capacidade de encontrar significado e satisfação no trabalho que fazemos e nas relações que construímos ao longo do caminho.

É hora de redefinir o que significa ter uma carreira bem-sucedida e começar a valorizar outras certificações e formas de ensino, além dos graus académicos. Em vez de nos fixarmos em títulos pomposos ou salários exorbitantes, devemos procurar trabalhar em empregos que nos desafiem intelectualmente, nos permitam crescer pessoal e profissionalmente, nos proporcionem um sentido de propósito e realização, e, claro, um equilíbrio Vida-Trabalho. Devemos também trabalhar para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e colaborativos, onde o sucesso seja medido não pela competição entre colegas, mas pela capacidade de trabalhar juntos em direção a objetivos comuns.

Assim, à medida que navegamos pelas complexidades do mundo do trabalho moderno, devemos lembrar-nos de que somos mais do que nossos diplomas ou salários. Somos seres humanos complexos, com talentos, paixões e aspirações únicas. É hora de abandonar as ilusões do passado e abraçar uma nova visão do sucesso profissional, uma que valorize não apenas o grau que temos, mas o que fazemos e somos realmente bons, indo de encontro ao nosso propósito, nunca esquecendo quem somos.

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PATRICIA REBELO
COACH, ESPECIALISTA EM ENEAGRAMA, HIPNOTERAPEUTA, MASTER EM HIPNOSE CLÍNICA, CERTIFICADA EM PNL, MENTORA DE REDES SOCIAIS E NEGÓCIO DIGITAIS, TERAPEUTA ENERGÉTICA, AUTORA E FORMADORA
Instagram: @inspiratesempre
Facebook: @inspiratesempre
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Youtube: INSPIRA(TE) SEMPRE por Patrícia Rebelo
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Ilusão

1/4/2024

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A ilusão é a contra face da realidade. Mas, então, o que é isso de “realidade”? E será que é possível conhecê-la de forma objetiva? Ou será a realidade composta por um conjunto de percepções, filtrada pela experiência do observador e, por isso, sujeita a distorções, generalizações e omissões e, portanto, ilusória? Por São Luz

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2024

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Qualquer que seja a resposta, a ilusão traz-nos, geralmente, algum conforto. Pelo menos, temporariamente. Até que... isso que é a realidade se impõe, ou acabarmos por continuar presas a um ciclo interminável de expectativas e desejos não realizados.

Como conceito, a ilusão reflete a procura pela integração perfeita com o princípio da Unidade. Todos nascemos com o sentimento de que existe uma Perfeição Absoluta que, materializada, nos permitiria viver a Felicidade Total. O equívoco surge quando não queremos pagar o preço de nos confrontarmos com a escassez, com a imperfeição, com a carência, com a ausência, com o desamor. Uma parte de nós cria a ideia de que, se nos agarrarmos a uma imagem que projetamos sistematicamente na nossa mente, um dia essa imagem, essa fantasia, se transforma em realidade.

A ilusão tem uma natureza escapista e reflete a fuga ao confronto com circunstâncias desagradáveis e verdades inconvenientes que evitamos reconhecer.
 
Algumas situações comuns acerca da ilusão:
Quando a ilusão nos conduz à vitimização... Quando nos sentimos vítimas dos outros e das circunstâncias... será que estamos perante uma tentativa de nos escaparmos de usar o que temos e o que somos? Será que evitamos colocar-nos em causa por medo de não sermos capazes de alcançar os objetivos que idealizámos? E, pior, de não sabermos lidar com as consequências?

Quando a ilusão nos conduz à mentira... Porque, “Afinal, deveria ser assim.”..., mas a realidade insiste em nos devolver uma versão diferente... E, para mantermos a fantasia, somos capazes de distorcer, omitir, negar, rejeitar o que para todos é óbvio. Para manter a ilusão, perpetuamos um trabalho que desagrada, uma relação de mentiras e infidelidades, uma vida social obtusa e vazia.

Quando a ilusão nos conduz ao esquecimento de quem somos... já que, na tentativa de manter intacta a bolha de proteção que nos separa da crueza da verdade, vamos alienando aquilo que é a nossa essência e, com isso, perdemos confiança, energia, brilho, criatividade e objetividade. A nossa saúde mental ressente-se, transformamo-nos em pessoas depressivas, sem amor próprio. Perdemos a esperança e a nossa vida transforma-se num caos.

Quando a ilusão é projetada nos outros... Quando os outros se transformam na figura idealizada deixamos de os ver e não temos como os amar. Simplesmente, passamos a relacionar-nos com a imagem que neles projetamos, com a fantasia que criámos para nós. O outro alimenta em nós uma esperança vazia de conteúdo. Quantos casos destes conhecemos?

Gastamos o nosso tempo a tentar agradar aos outros, a tentar corresponder às suas expectativas. Seja numa relação, seja no trabalho, seja entre pares, criamos uma persona que pode nada ter a ver com quem realmente somos. Lançamos uma nuvem. Uma poeira. Colocamos uns óculos cor-de-rosa. E rezamos para que não descubram o que se passa cá dentro.
 
Então... o que procuramos esconder? Que medos são esses? Que carrascos tememos? O que pode ser assim tão terrível que, se descoberto, deitará tudo a perder? A que custo tentamos manter a ilusão? E até quando pensamos que o vamos conseguir?

A ilusão é a busca da Perfeição na imperfeição da matéria. Pura e simplesmente... não tem como funcionar para sempre. Chegará um momento em que as máscaras caem, a desilusão afirma-se e seremos convidadas a dar um passo em frente no caminho da aceitação de quem somos e de quem os outros são.

A desilusão pode passar a ser vista não como uma experiência negativa, mas como um catalisador para a reflexão, para o crescimento pessoal e para a manifestação do potencial único que cada uma de nós tem para dar à Vida.

Então, a verdadeira transformação pode ocorrer e isso acontece quando reconhecemos e aceitamos as nossas imperfeições, quando nos permitimos ser vulneráveis e autênticas. É através desse processo de integração e aceitação que podemos encontrar um verdadeiro sentido de paz e realização na nossa vida.

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SÃO LUZ
ASTROLOGIA E COACHING
www.saoluz.pt
[email protected] 

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