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O impacto do Luto na Saúde

1/4/2020

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Viver e ultrapassar um luto pode ser muito doloroso. É, no entanto, fundamental que o mesmo possa ser devidamente processado, caso contrário, poderá mais tarde manifestar-se em doença no nosso corpo. Por Ana Sofia Rodrigues

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A vida é cheia de surpresas e algumas delas podem não ser agradáveis e podem até mesmo, ser muito dolorosas. Perder alguém que nos é próximo, é sempre um processo difícil de aceitar e sobretudo, digerir. Cada pessoa tem a sua forma de reagir a estes – e a outros – eventos emocionalmente traumáticos. Cada um sente e reage, consoante a sua capacidade e muitas vezes também, consoante a sua educação, filosofia ou religião.

Enfrentar a dor, o sofrimento, a tristeza de perder alguém, pode ser muito desafiante para alguns e algumas pessoas tendem a escolher “seguir em frente” sem dar tempo para processar o luto.

É preciso compreender que as emoções são processos automáticos em nós, respostas a estímulos exteriores com reacções orgânicas intensas e que todas elas têm uma função positiva. A tristeza é uma das formas de ultrapassar e digerir um luto.

As emoções por si só não são patológicas e só se tornam tóxicas quando não são reconhecidas, identificadas, digeridas e libertadas.

O Ser Humano prefere naturalmente ser feliz e estar alegre, muitas vezes optando por fugir de emoções como a tristeza, o medo ou a raiva. No entanto, estas fazem parte de nós e da vida, tal como a alegria. Escolher não sentir, não enfrentar as emoções que se consideram menos boas ou dolorosas, pode constituir um problema de futuro, sobretudo ao nível da nossa saúde.

Não temos só um corpo físico – temos um corpo energético e emocional. Quando não reconhecemos, digerimos e libertamos as emoções, elas ficam como que gravadas no nosso corpo emocional e mais tarde irão manifestar-se em sintomas, no nosso corpo físico.

São vários os casos que surgem em clínica, cuja origem dos sintomas e desordens físicas, tem por base emoções não identificadas ou digeridas, eventos traumáticos emocionais não aceites, não “processados”.
A Medicina Chinesa é extraordinária no estudo do Ser Humano, quer ao nível emocional quer ao nível físico, estabelecendo a relação entre as 5 emoções base e os órgãos e sistemas do corpo humano. Por exemplo, sabia que a tristeza está relacionada com o Pulmão e por sua vez, com o sistema respiratório?

São vários os casos clínicos que espelham esta relação, apresentando sintomas vários, tão bem compreendidos e explicados por esta Medicina milenar. Bronquite asmática, tosse, rinite, pneumonias, problemas dermatológicos (pois à luz da Medicina Chinesa, a pele é também associada ao órgão Pulmão) e outros sintomas podem ser encontrados em pessoas que nunca processaram e aceitaram a perda de um ente querido.

De referir que na maioria das vezes, os sintomas não se manifestam imediatamente, mas sim um bom tempo depois – muitas vezes vários anos depois. Tal acontece porque o Ser Humano tem a qualidade inata de encontrar forças para lidar com as mais difíceis situações traumáticas. No respetivo momento, ativamos as nossas defesas e a nossa “armadura”, arregaçamos as mangas e lidamos com as mais variadas situações que precisam da nossa atenção. Um luto envolve muitas vezes várias questões burocráticas e familiares que são, inevitavelmente, importantes de resolver e atuar naquele devido momento. Por outro lado, há mesmo quem escolha não chorar, não enfrentar o acontecimento em si.

​Entretanto, a vida vai acontecendo, ao ritmo alucinante a que vivemos, e a pessoa segue em frente, aguentando, gerindo tudo dentro das suas possibilidades. É mais tarde, quando já podemos relaxar da nossa força necessária para processar todo o acontecimento, que os sintomas surgem. É quando baixamos as defesas, largamos a armadura e pensamos ter ultrapassado, que a doença surge.

A relação entre a tristeza e o Pulmão é muito evidente em vários casos clínicos, no entanto, não é a única. O Fígado é o grande gestor emocional e este também apresenta muitas vezes desordens físicas relacionadas com eventos emocionais não digeridos, evidenciando sintomas tais como enxaquecas, irritabilidade, tendinites, problemas visuais e desordens menstruais nas mulheres. Também ao nível do estômago e intestinos é comum encontrar sintomas associados a emoções não digeridas, uma vez que não digerimos apenas alimentos, mas também pensamentos, emoções, acontecimentos.

O nosso corpo fala connosco, a toda a hora. É importante começar a escutá-lo e a compreender as suas mensagens, antes que estas se transformem em doença.

Então como lidar com o luto? Por mais que seja doloroso, este é um momento que deve ser vivido e sentido. É necessário. É a forma de ultrapassar. Procurar ajuda e apoio pode ser fundamental, seja de um ombro amigo ou de Terapeutas e profissionais devidamente habilitados para o efeito.  

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ANA SOFIA RODRIGUES
ESPECIALISTA DE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA & DESENVOLVIMENTO PESSOAL E HUMANO
www.anasofiarodrigues.com
[email protected]

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A “perda”

1/4/2020

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Tudo na vida está absolutamente certo, mas que possamos aprender aquilo que precisamos de aprender. Terminar uma relação, regra geral, não é um processo fácil. Por Cristina Leal

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020
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O facto de querermos entender, de querermos justificar as razões pelas quais aquilo nos aconteceu, dificulta-nos o caminho, pois contraria a realidade de que as perdas, não têm como propósito ou formato, o entendimento, através da lógica, mas sim, a aceitação através de uma longa caminhada, que nos poderá capacitar e despertar para um outro tipo de entendimento - aquele que nos conduz para a alquímica travessia, de atravessando a dor, uma nova dimensão espiritual, se abrir dentro de nós.
 
Se olharmos para a vida com os olhos da alma, na verdade, nada nem ninguém se perde. O amor não tem condições nem ruturas, já as relações essas sim, são condicionais e condicionantes. Uma rutura é uma perda por isso, convida-nos sempre para um processo de luto. Este processo, não existe para que possamos esquecer rapidamente a outra pessoa, mas sim para aprendermos a adaptar-nos às novas condições de vida. No fundo, é uma reação natural, sempre que um vínculo importante é rompido. 
 
O luto é também um processo de transformação e resignificação, da nossa relação connosco mesmos, e com quem apesar de ter “morrido-fora-de-nós”, continua vivo cá dentro. Poderíamos até dizer, que é um chamamento subtil da vida, para nos deixarmos transformar pela experiência, o que pode ser bastante poderoso a todos os níveis.
 
Atravessar o processo de Luto
​
Não acredito que se “ultrapassem” perdas ou situações nas nossas vidas. Para mim, “ultrapassagens”, são os carros que as fazem na estrada, e não nós humanos, enquanto seres-relacionais e relacionáveis. Acredito sim, em travessias.
 
Uma perda significativa, pode sem dúvida, ser uma noite escura para a nossa alma. Tal como diziam os antigos sábios alquimistas, todo o processo alquímico, acontece pelo menos em quatro fases distintas. 
A primeira, está associada ao elemento, Terra. Como início do processo, é uma fase escura, onde nada se consegue ver, onde o embate inicial é sentido e regra geral, acontece também uma fase da negação. Talvez, esta possa ser uma das etapas mais dolorosas do processo. Chamaram-lhe Nigredo.
 
Associada ao elemento, Água, chega a segunda fase, que nos convida a lidar com a dor daquilo que estamos a sentir, convidando-nos para um momento de paragem e de não resistência. Aqui, o choro, e a tristeza, são nossos aliados diários. Os alquimistas chamaram-lhe Albedo. 
 
Associado à terceira fase, está o elemento Ar. Aqui, ainda que tímida, começa a brotar de nós uma certa esperança. Começamos a olhar para aquilo que nos está a acontecer, com um pouco mais de distância. Pensamentos novos, ainda se misturam com os mais antigos e dolorosos, mas aos poucos despertamos para uma lucidez e consciência que não tínhamos antes de o processo ser iniciado, por isso esta pode ser, uma altura, onde percebemos, o quanto os nossos valores eram arcaicos. A esta fase, os alquimistas, chamaram Citredo.
 
E, finalmente, depois desta longa travessia, chegamos à fase associada ao Fogo, ao fogo da esperança, onde nascemos integralmente para uma nova realidade interior. Voltamos a acreditar, agora mais transformados, com menos ilusão, mais verdade, maturidade e maior lucidez. É a “fase ao rubro”, à qual os alquimistas chamavam Rubedo.
 
Aceitamos a travessia, ou poderemos evitá-la?
 
A vida é simples, são apenas escolhas. O livre arbítrio, de que vimos dotados, obriga-nos sempre a escolher. Podemos, pois, aceitar este caminho, atravessando as várias fases que o mesmo tem para nos oferecer, sem reprimirmos as nossas emoções, sem esconder as nossas tristezas, assumindo com humildade a nossa parte de responsabilidade no processo. Ou, por outro lado, taparmos a loiça suja com um pano, na esperança de que ela se lave sozinha, sabotando e evitando assim a travessia, através de várias distrações, entre as quais encontrar rapidamente um(a) substituto(a), para ilusoriamente nos aliviar a dor que estamos a sentir. Como em tudo na vida, a escolha cabe a cada um de nós.

Lembre-se, no entanto, que uma rutura, no início nos pode parecer-nos uma fatalidade, mas, no fundo é uma forma sábia a que a vida, nos convida, para uma real aprendizagem e transformação.
 
Apesar, das oscilações internas que esta travessia nos impõe, picos de tristeza, perda de sentido e até medo do futuro, há vida a acontecer e a querer brotar de dentro de nós. Estejamos, pois, atentos a essa vida, não só para podermos recuperar aos poucos a nossa imunidade emocional, como também para nos habilitarmos ao tesouro que é a descoberta de quem verdadeiramente somos, com e sem o outro. Na verdade, há uma simplicidade intrínseca a tudo isto — as pessoas encontram-se, quando têm algo para aprender uma com a outra, e desencontram-se quando deixam de ter!

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CRISTINA LEAL
AUTORA, TERAPEUTA, CONFERENCISTA
www.cristinaleal.pt

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Criar oportunidades após o Luto financeiro

1/4/2020

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O que é o luto financeiro e como podemos ultrapassar esta fase, de forma a encontrarmos o foco necessário para criar novas oportunidades na nossa vida.
Por Paulo Cordeiro


​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020
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Podemos referir-nos a luto, como uma fase que pode ser acompanhada por diversos estados emocionais “negativos”, como consequência da perda de alguém ou de algo.

Ao falarmos de luto financeiro, poderemos, por exemplo, estar a falar da perda de um emprego, ou da perda de dinheiro face a um investimento que foi realizado. Seja em que situação for, o resultado é menos dinheiro na conta bancária. Esta situação, vai pôr em causa algumas áreas da vida, e principalmente vai pôr em causa aquelas áreas que estão diretamente ligadas à necessidade financeira.
Numa primeira fase, pode existir uma necessidade de negar aquilo que está a acontecer. Não querer falar do assunto, é uma das formas de negação, pois desta forma, evitamos estar em contacto com os estados emocionais que acompanham a sensação de perda. Acontece que, à medida que a situação financeira vai estando cada vez mais critica, a necessidade de encarar o problema vai sendo cada vez mais urgente.

Encarar a situação e admitir internamente o que está a acontecer, é então prioritário, e esta fase pode ser acompanhada por diversos estados emocionais, tais como raiva, revolta, frustração, etc… estados esses que tendemos a evitar, desviando a nossa atenção do “problema”. É muito comum, nesta fase, projetarmos estes estados emocionais nos outros, de forma a libertarmos um pouco a tensão a que o nosso corpo ficou sujeito.

Após esta fase, em que a pessoa percebe que já não é possível reverter a situação e experiencia as diferentes emoções associadas, é então o momento de começar a estruturar internamente aquilo que parece estar confuso. Há que retirar aprendizagens daquilo que aconteceu, de forma a que exista mais maturidade e mais sabedoria, para lidar com outras questões futuramente. O evento em si, proporciona aprendizagens inconscientes que se podem manifestar como generalizações relacionadas com o evento em si. Por exemplo, aprender que da próxima vez podemos ser mais ponderados, é diferente de, nunca mais fazermos algo semelhante. Esta última, tende a ser uma generalização aprendida acerca do evento, que pode impedir de criar algo novo no futuro, com medo que a mesma situação aconteça. A pergunta a colocar é: que aprendizagens positivas podemos retirar desta experiência?

Há medida que vamos conseguindo retirar essas aprendizagens positivas e encarando cada vez mais a realidade, a experiência então negativa passa a ser encarada de outra forma. Entramos num período de aceitação, que nos permite pensar com mais clareza e objetividade direcionando o nosso foco agora, para aquilo que é importante, pois aquilo que se passou é agora apenas uma memória de algo que pertence ao passado.

Durante este período é importante respeitar o seu próprio tempo e o seu próprio espaço, quando forem necessários períodos de introspeção, pois é através destes períodos que as reflexões podem dar lugar a novas formas de olhar para o assunto. Também é natural, que possamos sentir a necessidade de apoio, seja de um terapeuta, de um coach, de um amigo, etc… para que possamos criar uma nova perspetiva acerca daquilo que está a acontecer.

As fases do luto financeiro, são um guia que nos permite identificar que sempre que existe uma perca, existe uma necessidade de nos adaptarmos a novas realidades. Não significa que vamos passar por todas estas fases, mas quanto mais formos honestos connosco acerca da realidade atual e da nossa realidade interna, mais vamos trazer a responsabilidade de volta para nós e com isso o poder pessoal de volta, que nos permite encontrarmos novas formas de criar novas oportunidades e direcionarmos a nossa energia, tendo em conta aquilo que é importante para cada um.
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PAULO CORDEIRO
COACH DE TRANSFORMAÇÃO PESSOAL
www.paulocordeiro.pt
[email protected]

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O Luto como Renascimento

1/4/2020

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O Luto é um processo de transformação necessário para renascer. Não é o fim da vida, mas o princípio da mesma. É o princípio dum novo ciclo onde saímos mais conscientes de nós e da nossa existência. Por Anita D ’Ambrosio

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020
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Quando pensamos no luto, normalmente associamo-lo com a morte de uma pessoa próxima de nós, como um familiar, um amigo ou um colega.

Na realidade existem vários tipos de Luto, pois o mesmo termo está associado também “à perda” de um objeto de valor, à rotura de uma relação, à perda de saúde, de trabalho…

O luto representa várias “mortes” ao longo da vida, que são experiências onde aprendermos uma determinada lição e fechamos um ciclo pelo qual tínhamos que passar. Ao fechar cada ciclo, começamos também o ciclo seguinte, renascendo assim novamente.

A vida são ciclos contínuos, porque a própria Natureza também o é. Não podemos falar de um início (Vida) e de um fim (Morte), porque não existe algo na Natureza que seja tão linear, tão rígido. Os ciclos, de facto, são um movimento circular que se repete e nunca termina. A nossa existência é isso mesmo.

O que é que realmente está por detrás do medo à morte? O Desconhecido.

Se seguirmos nesta direção, também não sabemos o que há antes do nascimento de qualquer ser, antes da criação do Universo, mas isso não nos dá medo.

Então se o facto de não sabermos o que há antes do nascimento, criação do Universo, não nos dá medo, o que está associado à perda que deriva do luto está relacionado com uma visão materialista do assunto.

Temos medo de perder, de nos desapegarmos, de soltar algo.

Temos medo de abandonar o corpo, a matéria. Nada no Universo desaparece totalmente. Nós somos energia, tudo é energia, e a energia não morre nunca, transforma-se. É só a nossa perceção que nos leva a ver o luto, a perda, como algo que desaparece para sempre.  

Qual é então o papel do Luto na nossa vida?

A palavra “Luto” vem do latim “Luctus” e significa “chorar”. O choro é a limpeza da alma. Quando choramos eliminamos do corpo as emoções negativas e dolorosas, e, portanto as toxinas que se derivam da negatividade, e damos espaço à nova energia, a energia positiva que é a que nos faz renascer.

A dualidade está sempre presente na Natureza, e o Luto não fica isento. Sem Luto não há Vida e vice-versa. São um só.

O Luto serve para renascermos, com uma nova consciência de nós e da existência, aceitando a condição de mortalidade do corpo físico. Toda esta nova consciência faz com que apreciemos o que temos, valorizando o momento presente, aproveitando as oportunidades que a vida nos oferece para experienciar com os nossos sentidos.

O que podemos fazer para conviver e superar o Luto?
  1. ACEITAR: A aceitação é fundamental neste processo de transformação. Em todo processo de cura, a aceitação é o primeiro passo. Quanto mais opomos resistência a algo que nos incomoda ou cria dor, mais sofrimento nos traz e durante um período de tempo mais prolongado.
  2. LIBERTAR-SE DE AUTO-CRÍTICAS: O sentimento de culpa e outros pensamentos negativos que aparecem na mente são apenas estados temporários. Observa-os e deixa-os passar como nuvens. Os teus pensamentos não te definem. O sentimento de culpa é algo que nós criamos. Fazemos o melhor que podemos fazer a cada momento e temos que assumir a nossa responsabilidade.
  3. DESAPEGAR-SE: Aprender a soltar. Deixar ir não significa que não tem importância, mas simplesmente que tomámos consciência que nada físico, material, é para sempre, nem pertence a ninguém. Como dizia Osho “Amar não é Possessão. Amar é Apreciação”.
  4. TOMAR TEMPO: Como dizem “O tempo cura tudo”. Numa sociedade marcada por ritmos acelerados e intolerância à paciência, impõe-se como necessário encontrar momentos para parar e estar com a própria dor, senti-la. Só quando aprendemos a estar com a dor e as emoções que se originam a partir dela, conseguimos digeri-la e superá-la.
  5. CONECTAR COM A NATUREZA: Passeios numa floresta, praia, montanha, campo faz-nos conhecer melhor as próprias leis da Natureza e ajudam a compreender mais profundamente a nossa natureza e a viver em paz e em harmonia com ela.
  6. SENTIR O VAZIO: A sensação de perda está associada a um vazio dentro de nós, sentimos desorientação, tentamos procurar a lógica detrás do que aconteceu e possíveis respostas. Nada melhor como silenciar a mente e estar presente no vazio interior. É um vazio “cósmico, existencial”, um espaço sem tempo.
  7. FAZER O QUE AMAS: Numa fase de transformação como a do Luto, pela qual passamos pelo sofrimento, é imprescindível dedicarmos às atividades que nos nutrem a alma. Na situação de desorientação, que o sentimento de perda nos traz, fazer o que nos preenche o coração, ajuda-nos a curar, a apreciar os momentos e as pequenas coisas da vida que realmente importam e a reencontrar a alegria de viver.
 
É assim como finalmente renascemos como pessoas renovadas, mais fortes, mais sábias e preparadas para aceitar novos desafios! 
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ANITA D’AMBROSIO
HEALTH COACH HOLÍSTICA E MEMBRO DA COMISSÃO ORGANIZADORA DO CONGRESSO INTERNACIONAL DE MEDICINA NATURAL
www.anitadambrosio.com
[email protected]

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020
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Luto e espiritualidade

1/4/2020

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Lidar com o luto através da espiritualidade é uma missão possível e viável. Desafiar para vermos com outros olhos a nossa consciência e as nossas emoções que nesse momento irão estar fragilizados. Com certeza sairemos mais maduros, mais fortes e com uma visão ampliada de nós mesmos.
​Por Dina Mara dos Santos Farias


​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020
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Luto. Embora de direta ligação com a perda de entes queridos, o luto pode ser experienciado em diferentes situações durante a nossa vida e é inevitável: todos o experienciaremos em algum momento.

Segundo o psicólogo John Bowlby, quanto maior o apego ao objeto perdido, maior o sofrimento do luto. Porém, embora inevitável, o luto pode ser amenizado ou ao menos consolado se buscarmos uma abordagem mais leve e equilibrada com o auxílio da espiritualidade.

Experienciamos o luto de formas diferentes e por vezes por motivos diversos; podemos sentir algo similar em qualquer tipo de perda, mesmo as matérias, embora nada possa se comparar com a perda de pessoas queridas a nós. E o primeiro passo para nos sentirmos melhores é, como muitos já devem ter ouvido, dizer adeus. É um facto inevitável de que tudo em certo momento acabara e há uma lei da espiritualidade: “Quando algo termina, termina”. Dizer adeus é em essência a parte mais difícil do processo de luto e cada um tem o seu tempo próprio de fazê-lo; é necessário que aceitemos as emoções, dependências e inseguranças que virão com o processo.

Quantas vezes fugimos, ignoramos ou reprimimos os nossos sentimentos, temendo expormo-nos ao mundo, às opiniões alheias e a nos mesmos. Sentimentos reprimidos fazem-nos perder importantes fases e momentos, bons ou ruins, os quais a experiência é necessária. Assim como sentimentos positivos como alegria, amor e outros, sentimentos de âmbito mais negativo como o luto, tristeza e saudade devem ser vividos.

Aceitar o Luto e os sentimentos que o acompanham não é uma tarefa fácil e não acontece do dia para a noite. É um processo que vem muitas vezes acompanhado de outras mudanças, e que por fim acabam por ser uma mudança de vida e deve ser encarada como tal. E como toda nova vida que nos deparamos: crianças, brotos, etc devemos ser pacientes e vê-la como uma nova oportunidade. O apoio espiritual em momentos de lutos, respeitando a individualidade de cada, procura orientar a pessoa no seu próprio tempo através de meditações, conversas e formas alternativas de cura como o reiki, florais e aromaterapia.

Sabemos que a partir de uma perda, pensaremos no perdão devido nos assaltar o desejo de que o tempo voltasse e pudéssemos fazer tudo diferente. Como isso não é possível, temos de apelar para alguma coisa que nos faça sentir melhor. E é nesse momento que a espiritualidade vem como opção mais real e nos voltamos às vezes até para uma fé que tínhamos deixado de lado. A grande maioria das vezes até por termos sido atropelados pela rotina do dia a dia e a pressa que o tempo nos cobra para garantirmos a sobrevivência. E por esse motivo devemos parar, repensar e tentar nos entender melhor para que possamos nos perdoar e seguir a nossa trajetória apesar dessa falta que nos dá tanta saudade.
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Além disso, cada um pode individualmente buscar por atividades e experiências que as estimulem a sentir novamente a felicidade. O processo de cura nunca é linear, alguns dias serão melhores que outros, mas ao aceitarmos isso estaremos caminhando em busca de uma vida mais equilibrada e em paz com os nossos sentimentos, sabendo que embora teremos as perdas devemos sempre continuar sabendo que aquilo que perdemos estará sempre em nós e nos novos dias em que viveremos a partir.

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DINA MARA DOS SANTOS FARIAS
TERAPEUTA DE REIKI E TAROT
www.akademiadoser.com/dinafarias
[email protected]

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O Luto na Infância

1/4/2020

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Pretende-se com este artigo abordar o luto na infância, trazendo a empatia e o amor como estratégias para ajudar a criança nesse processo doloroso de elaboração referente às perdas e ao luto.
​Por Erica Braz Macedo


​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020
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A morte é um tema tratado como um tabu por grande parte dos seres humanos. Reprimido ou negado, o assunto traz um  certo desconforto e angustia quando abordado. O seu significado simbólico  dependerá muito do construto social e cultural em que o tema morte e consequentemente o luto estará imerso, e como cada individuo compreende e elabora esse fenómeno que é tão inerente dos seres vivos. Desse modo o processo de elaboração do  luto é algo singular e desafiante para o ser humano. E quando se trata das crianças  está  experiência pode ser ainda mais  dolorosa e difícil de ressignificar.

O luto não precisa ser especificamente a morte de alguém para as crianças, mas sim o sentimento de perda atrelado a ele, a separação dos pais, a morte do animal de estimação, são quebras emocionais  e consequentemente precisaram de tempo e reflexão para serem elaborados, diante disso é de suma importância não fazer juízos de valor na vivencia de dor que enlaça o luto infantil e estar disponível diante das necessidades e medos que forem surgindo.

Na infância a criança fantasia a vida como algo infinito e a morte como algo reversível, na verdade elas são reforçadas a acreditarem nisso o tempo todo, nos contos de fadas, nos desenhos e filmes infantis, afinal a branca de neve ressuscitou depois de um beijo apaixonado, então as crianças ingenuamente nutrem o pensamento que com os seres humanos isso não será diferente. As crianças perdem-se na explosão de sentimentos que agregam  a despedida, apavoram -se, não conseguem lidar com o sabor da saudade, e assim como o adulto, a criança também terá um tempo para assimilar as mudanças que ocorreram no seu dia a dia, afinal  são seres humanos ainda em processo de aperfeiçoamento global, e que se veem  na difícil tarefa de enfrentar a realidade da  passagem sobre a misteriosa  ponte da vida.

Acreditar que a criança não compreende o ocorrido, ou que não tocar no assunto a poupe de sofrer é uma falsa ilusão! As crianças são seres com um sentido de percepção incrível, possuem uma capacidade genuína de sentir o mundo a sua volta, e se à algo diferente no ambiente, ela vai saber. O melhor caminho para lidar com essa situação é acreditar no potencial e na força interna das mesmas, e dizer a verdade. O diálogo vai ser indispensável para que ela se sinta parte do todo que também está atravessando esse momento difícil, isso semeará a segurança necessária para que ela possa vir a elaborar a perda para a morte e consequentemente  compreenda que aquela pessoa que partiu não irá mais voltar.Talvez a sua imaturidade cognitiva ou emocional pautada no tempo do desabrochar da infância ainda não seja capaz de lançar mão de perguntas diretas para esclarecer as suas duvidas e medos diante do novo cenário, toda via, ela saberá que algo mudou, e se essa noticia não for trabalhada de forma empática e envolta de amor, a elaboração desse luto  pode ser mais lento e danoso ao psiquismo da criança que vivencia esse processo.

É delicado para o adulto imergir da sua dor para ser alicerce emocional da criança quando ambos vivenciam o luto, mas o amparo, dos seus cuidadores, serão primordiais para mediar e dar apoio a esses pequenos grandes seres luz, no momento da sua dor espiritual. Então será de grande valia fazer uma auto revisão dos sentimentos, e buscar dentro de si uma força propulsora de empatia e amor capaz de transformar o colo em templo de acolhimento e paz para a criança que  se encontra nessa transição biopsicossocial e espiritual de elaboração do luto.

A noticia da morte de um ente querido pode afetar diretamente o quotidiano da criança, por isso é preciso estar atento e sensível para perceber quando a qualidade de vida psicossocial possa estar prejudicada. Se esse for o caso será fundamental o suporte de um psicólogo infantil, o psicoterapeuta criará estratégias ludoterapicas que darão suporte necessário para que a  criança possa, enfrentar e vencer esse momento. Toda via  essa experiência abrirá feridas emocionais e trará  a tona emoções talvez ainda nunca experenciadas pela criança. Cada uma delas irá viver o luto de maneira única, dependerá muito da sua idade, do contexto em que ela se encontra na sua historia de vida e do vinculo estabelecido com a pessoa que morreu. O luto passara por fases que necessitaram de apoio e compreensão. A criança  orbitara  por fases de intensa  tristeza até estar pronta e segura para aceitar e dar novos significados à perda de alguém. Ela negará a si própria o acontecido como uma forma de defesa para o seu eu interior,  sentirá raiva, procurará um culpado para a sua dor, se sentirá injustiçada por ter que passar por essa situação, tentará negociar com o universo para ter aquela pessoa de volta, sentirá uma angustia psíquica profunda até que no seu tempo subjetivo ela consiga elaborar a perda e aceitar a morte como um adeus para a pessoa amada.

Por todas essas questões supracitadas que se faz  necessário colocar a verdade à disposição da criança,  não  contorcer os fatos, mas a reformular de acordo com a idade cronológica e emocional de cada uma. Não negue, oportunize que ela consiga dentro de si energia suficientes para expressar as fases que compõe o luto e as processe de maneira natural.

O que fazer para ajuda-lá no processo de elaboração do luto?

Os pais, educadores e pessoas próximas, são essenciais para um bom processo de elaboração do luto, acolher, estar presente e compadecer da sua dor, talvez seja o caminho mais seguro para que ela tenha confiança de trilhar esse desafio que invadiu  o seu mundo. Permita que ela fale, ou que se silencie, respeite a sua escolha de se despedir. Conte histórias onde a morte tenha uma papel de transcendência da existência, mostre  a beleza que tem a finitude da vida, que é para todos desde as folhas das árvores mais vibrantes, até à mais linda das aves que sobrevoam os céus.

Amor e empatia são nesses momentos os melhores curativos espirituais que uma criança precisa. Use a criatividade para ajuda-la nesse percurso, o desenho é um excelente projetor de sentimentos, talvez o que a imaturidade da infância  não seja capaz de falar , a ludicidade e a arte, sejam capazes de esculpir, desenhe, brinque tenha paciência com a criança, crie a oportunidade que elas desabrochem e demonstrem o que estão a sentir, esteja com os olhos ouvidos da alma bem atentos para saber o momento de ser porto seguro numa fase de tantas tempestades emocionais. 

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ERICA BRAZ MACEDO
ESTUDANTE DE PSICLOGIA 10 SEMESTRE DA FTC DE JEQUIE BAHIA
INSTAGRAM: ericaespsico
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O Processo de Luto

1/4/2020

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No processo de luto devemos aceitar, integrar e progredir. A vontade de regressar à vida é sinal de um processo de luto que termina, levando a uma adaptação à nova realidade.
Por Alexandra Pinto


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Luto é uma palavra do latim: Luctus, que significa morte, perda, dor e mágoa. O luto é um processo psicológico que se inicia com a perda de um objeto querido, implicando sofrimento a seguir a essa perda (Bowlby, 1993). O psicanalista Sigmund Freud, na sua obra de 1917: «Luto e melancolia», abordou pela primeira vez as reações à perda do objeto amado como dor pelo luto e melancolia (Fleming, 2003). Para Freud, o termo luto é um «afeto normal» que surge nos seres humanos, como reação face à perda de um ente querido ou algo abstrato como a pátria, liberdade, ou um ideal (Fleming, 2003).

Para Gameiro (1999), «trabalhar o luto» exige uma canalização de energia, vivência de sentimentos de perda, integração e reconstrução, podendo não decorrer de forma linear e estando sujeito à possibilidade de haver avanços e recuos.

Worden (1997) identifica quatro ações a desenvolver pela pessoa no seu processo de luto, quando existe perda:
- Aceitar a realidade da perda. Pode surgir a negação, com ligeira distorção ou a negação total, ou procurar minimizar a situação, negando o verdadeiro significado da perda.

- Trabalhar as emoções e a dor da perda reconhecendo e trabalhando a dor (física e emocional associada à perda) para realizar o trabalho do luto. Bowlby (1993) refere que quem evita o luto consciente, sofre um colapso, geralmente com alguma forma de depressão.

- Adaptar-se à situação, mudando, por exemplo, algumas coisas da sua vida, dando sentido à perda. Muitas vezes há uma luta interior, o que leva à sensação de impotência, não desenvolvendo mecanismos de confrontação e não se adaptando a essa perda.

- Recolocar emocionalmente a perda e continuar a viver, conduzindo a energia emocional para outros aspetos e outras vivências.

Não há limite temporal para o processo de luto. De certo modo, o luto só acaba quando a pessoa sente novamente interesse pela vida, mais esperança, satisfação e consegue adaptar-se à nova realidade.

Para Pereira (2008), a forma como o indivíduo lida com a perda e o luto depende da sua situação e do seu nível de desenvolvimento, da sua personalidade, das suas características pessoais, das suas experiências anteriores, condição física e psíquica, da sua cultura, das suas crenças e da sua adaptabilidade às situações. Para esta autora pode ser uma oportunidade de dar um novo sentido à vida, uma oportunidade de crescimento, de grandes realizações e até um catalisador de criatividade.

Apesar de este processo ser individual e cada um lidar com a perda de uma maneira diferente, a seu tempo, poderá ser necessário algum acompanhamento psicológico, bem como outras formas de compartilhamento desse processo, como grupos de apoio que acolhem e ajudam nessa superação. O facto de perceber que há histórias semelhantes, ajuda na sensação de pertencimento. Nestes grupos, as pessoas percebem que não estão sozinhas encontrando um lugar onde conseguem apoio e onde partilham experiências, onde é possível tirar dúvidas e expressar sentimentos. Uma das formas de amenizar o processo de luto e/ou perda poderá ser a inclusão num grupo de apoio, numa sessão de leitura orientada ou de biblioterapia.
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ALEXANDRA PINTO
BIBLIOTECONOMIA E DESENVOLVIMENTO PESSOAL
[email protected]

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O Luto é um processo necessário

1/4/2020

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O luto remete-nos para uma fase de vida, marcada por sofrimento e perda. Mas nem sempre, esta é a única situação que vivemos com o luto. O luto traz-nos algo mais, do que apenas sentimentos negativos. Por Vera Albino

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O luto é um processo que acompanha uma perda inestimável. Normalmente, representa a morte de um ciclo e a emergência de outro e, como tal, deve ser encarado como um caminho para a evolução.

Ao longo do nosso percurso de vida, é normal que nos deparemos com situações de perda na esfera profissional. O seu estado de alma atual provavelmente não será o mesmo de há tempos atrás, quando iniciou o seu percurso profissional numa determinada área. As mudanças interiores que cada um de nós vive, influencia aqueles que nos rodeiam e tudo o que atraímos para nós. Se a causa do luto se deve ao despedimento do seu atual emprego, não desanime e veja, que “quando se fecha uma porta, abre-se uma janela”.

Já pensou se, inconscientemente, atraiu essa mudança para si?

Seja ela porque o Universo quis trazer-lhe uma nova perspetiva ou experiência profissional, mais adequada a si e às suas aspirações, ou será que aconteceu devido a demasiadas queixas que fez sobre a sua condição profissional e, com essa atitude, atraiu para a sua vida a mudança que está a viver. Se o motivo se prende com a última opção e lamenta muito a perda que teve, atendendo ao amor que tinha pelo seu trabalho, então deve cultivar bons pensamentos, em relação ao que já possui e ao que virá a conquistar. Pratique e viva em gratidão todos os dias. Sinta-se bem pelo que tem e pelo que conquista.

O mundo rege-se por uma energia cíclica, que muda as situações da nossa vida à medida que o tempo passa. Aceite a mudança para que possam ser despertas novas realidades ao seu redor.

Seja qual for a razão da perda, o luto é o processo que o vai permitir ultrapassar a situação que já não lhe serve. O sentimento de tristeza e de impotência profissional, também faz parte deste processo evolutivo. Nesta fase, desencadeia-se uma maturação emocional, que, consequentemente, torná-lo-á mais capaz para enfrentar desafios, conseguindo assim superar a situação que está a viver, desenvolvendo a motivação para fazer algo novo. O seu novo emprego, pode estar na realização de algum sonho que não concretizou, ou na aprendizagem de um novo ofício, algo diferente e motivador. Por isso, este pode ser o momento certo na sua vida para dar o passo em direção a uma nova etapa.

Faça uma reflexão sobre a razão de ter terminado o cargo profissional que desempenhava, mas também do que aprendeu com este e da experiência profissional que adquiriu. Esta reflexão pode ser-lhe útil, para ver os pontos fortes do seu percurso e os aspetos menos positivos, que pode melhorar. Use a experiência que possui, para criar o seu próprio negócio ou, simplesmente, para permitir-lhe ver novos horizontes e saber encontrar o caminho certo para si. A nossa aprendizagem é mais rica quando possuímos um conhecimento generalizado em determinada área, valorizando os vários saberes: o saber conhecer, o saber fazer, o saber ser e o saber viver com os outros. Valorize e utilize o conhecimento, as capacidades e as habilidades que conquistou ao longo do seu percurso profissional e pessoal, para criar um novo emprego, ou para trilhar novos caminhos profissionais.

O estado emocional deprimido, característico do luto, é um catalisador para o nosso crescimento e evolução.

A duração deste estágio, depende de pessoa para pessoa, devido à capacidade que cada um possui de gestão emocional. Podemos possuir um maior ou menor grau de inteligência emocional, variando assim o período de tempo do luto. Um maior quociente de inteligência, depende de um maior trabalho interior, feito ao longo da nossa vida, através de aprendizagens adquiridas e de dificuldades ultrapassadas, que nos capacitam a saber gerir melhor as nossas emoções.

Para que o luto não se torne prejudicial à saúde, causando um desequilíbrio emocional a longo prazo, é importante que viva a situação de perda. Chore se necessário e desabafe com amigos ou familiares, para que possa superar a situação em que se encontra rapidamente e olhar para um futuro mais gratificante e prazeroso.

A sua energia de positivismo é importante para que surjam novas ideias e para que o Universo lhe proporcione uma nova experiência, mais adequada à vibração mental que está a viver no momento.

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VERA ALBINO
ESPECIALISTA EM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA, COACH, PROFESSORA DE HATHA YOGA
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020
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