in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2016
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Reflectir sobre estas e outras questões permitir-nos-á uma nova consciência de nós mesmos e assim melhorar a nossa qualidade de vida.
Para muitos de nós, a vida não é sinónimo de felicidade, mas sim de sofrimento. O rebuliço dos dias de hoje é cada vez mais um fator de stress e ansiedade. O tempo foge-nos das mãos como a areia da praia num dia de vento. Todos verificamos o lado negro do fast movement. A saúde fica em risco e, começamos a perceber que, viver mais não significa viver melhor! A tendência começa a ser parar, fazer STOP, abrandar o ritmo. E nunca se ouviu falar tanto como agora de equilíbrio, sustentabilidade, natureza, consciência ou terapia. E o que isto tem a ver com intuição, perguntam os leitores? Tudo!, dizemos nós.
A palavra intuição vem do latim intuitione e significa olhar para dentro/guardar dentro. Como perceberão, remete para o interior de nós, para o nosso corpo. Assim, falar de intuição é falar de Vida. É falar do corpo e dos cinco sentidos. Da forma mais básica e simples de ser. Onde menos é mais. É falar de respiração. De instinto e de orientação interior. E de uma forma completa e inteira de SER.
Todos possuimos a capacidade de percepcionar um facto ou verdade, para além de qualquer processo intelectual. Portanto, todos intuimos! As crianças fazem-no naturalmente. No entanto, a partir dos seis/sete anos de idade somos fortemente condicionados pelo meio envolvente, começando assim a perder este recurso. Podemos mesmo dizer que, quanto mais educação recebemos menos confiamos na nossa intuição natural. A nossa sociedade honra o pensamento lógico e racional (desempenhado pelo hemisfério esquerdo) e considera outros tipos de saber como primitivos e ridículos.
Mas o que ganhamos em sermos intuitivos?
A resposta é curta: saúde, relações mais saudáveis, escolhas mais ao encontro de quem realmente somos e bem-estar geral.
Em resumo: passamos a ser mais felizes e a ter uma vida com sentido.
Chegados aqui surge outra questão: Como reaprender a ser INTUITIVO?
Em primeiro lugar é importante recordar que a nossa orientação interior é mediada pelos nossos pensamentos, emoções, sonhos e sensações corporais. O nosso corpo é constituído de forma a agir como recetores e transmissores de energia e informação. Viver em contato como o nosso instinto implica sentir o que vivemos, usando tudo o que somos: corpo, mente, emoções e espírito.
A nossa proposta é resumida em 7 passos que o conduzirão à sua autenticidade!
7 passos para a INTUIÇÃO
1º HIGIENE DO CORPO – para além de cuidarmos da beleza e limpeza do corpo, muito importante também é ouvir diariamente o que ele nos diz. É fundamental reconhecermos quando o nosso corpo pede para pararmos, para nos alimentarmos ou, por exemplo, para ir à casa de banho. Quantos de nós passamos horas a trabalhar sem nos darmos conta de nós?! O corpo é contentor de muita informação, torná-la consciente é fundamental para a sua saúde física e emocional e a 1ª via para acedermos ao sentir.
2º RESPIRAR – E se lhe perguntarmos como respira, será que sabe responder? Se não, como poderá saber se algo ou alguém é de confiança e benéfico para si? A respiração é verdadeiramente inata. Quando nos assustamos, é interrumpida; quando estamos relaxados, é mais lenta e profunda. Estar atento à sua respiração é ouvir o seu inconsciente físico e completamente reactivo ao meio. A nossa sugestão é que coloque no seu telemóvel um alarme que o lembre a olhar para a sua respiração. Ativar este recurso natural, vai torná-lo apurado e sensível à Vida.
3º NUTRIÇÃO CONSCIENTE – Gostaríamos de alargar o conceito de nutrição/alimentação. Propomos que o veja como tudo aquilo que o nutre: comida, relações, vícios. Assim sendo, faça boas escolhas e terá agradáveis surpresas na sua vida.
4º AMBIENTES SAUDÁVEIS – uma nutrição consciente fica amplamente melhorada se os ambientes que escolhemos para viver não forem tóxicos. Viver ou trabalhar no meio do caos sonoro ou energético, pode ser factor de grande desequilíbrio e de anestesia sensorial. Se de todo não pode alterar esta condição é fundamental estar consciente dela e promover alguma redução dos seus perigos. Sinta de que forma o poderá fazer!
5º EM SILÊNCIO, não incomodar! – estar em silêncio diariamente é um passo para apurar o seu ouvido-de-dentro e a sua intuição. Permita-se a isso! No início poderá ser difícil, mas não desista. Irá valer a pena descobrir-se!
6º NATUREZA – voltar à terra é imprescindível para reativarmos as nossas competências mais inatas e nos humanizarmos! Disponibilize espaço na sua agenda para um passeio ou, simplesmente estar em contacto consigo num ambiente com árvores, animais ou mar, e leve a sua atenção aos seus cinco sentidos: o que ouve? O que vê? O que cheira?
7º ACREDITAR no que sente! A dúvida é muitas vezes um auto-sabotador interno que nos desvia de nós mesmos. Verá que quanto mais confiar na sua resposta interna (aquela que vem de dentro, bem do centro do seu corpo) mais seguro e confiante das suas escolhas será!
PSICÓLOGA CLÍNICA, VIA APRENDIZAGEM INTEGRATIVA DA VIDA
CONSULTORA MINDFULNESS
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