Ouvimos muitas vezes dizer: “Devias aproveitar a vida e ser pai mais tarde” ou então “Agora é que é! Mais tarde é mais difícil. Com a idade a paciência é menor!” Por Nuno Maçanita Mouronho in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |
Tempos diferentes em que, por um lado havia mais disponibilidade das avós, que tinham mais tempo dedicado à família, uma vez que emancipação da mulher ocorreu apenas na geração seguinte.
“Não fui pai relativamente cedo, apenas aos 30, e digo apenas porque hoje, passados 8 anos e 3 filhos, posso afirmar que fui pai um pouco tarde para o que desejaria. Porque sim, com a idade, o trabalho, os filhos, fraldas, bronquiolites, vómitos e febres noturnas entre outras cansam! E muito!”
Ao fim de vários dias, semanas, meses, a tolerância começa a decair e é necessário muita paciência para aguentar tudo isto.
Quem estiver a ler este texto já teve “vontade” de atirar os putos pela janela fora? É uma expressão dura mas creio que entendem? Quem já tem mais de dois filhos com uma diferença de idade curtas pensou alguma vez “onde é que eu me vim meter?”, “tirem-me deste filme!”
Não esquecendo quem carrega o peso de uma gravidez durante 9 meses, mais 6 meses de mamadas, biberons, cólicas, choros. A Mulher! Esse “ser” sobre-humano que passa por uma das maiores provas de vida que temos: Ser Mãe!
Será que é melhor ser mãe mais cedo? Mais tarde? Qual a sua opinião?
Sem a menor dúvida, quanto mais cedo melhor! São outros tempos e as avós emancipadas não têm a mesma disponibilidade das avós caseiras, mas para jovens pais e mães, ser pai cedo tem tantas vantagens, a tão falada paciência/tolerância, a resistência física ao trabalho, ao stress diário, às dores de cabeça mensais de fazer contas à vida, ao 2.º trabalho que se tem quando se chega a casa. Mais cedo! Sem dúvida!
Penso que ser PAI/MÃE é a maior prova que a vida nos coloca à frente! E temos de estar preparados!
Da mesma forma que é importante aproveitar enquanto somos jovens plenos de energia para nos divertimos, é importante ter essa mesma juventude e energia para ter filhos, criá-los e ainda ir a tempo de poder sair à noite, divertir-se, desligar por algumas horas a ansiedade que vem com a paternidade.
É a melhor solução de compromisso para quem quer o melhor desses dois mundos!
“Ainda no sábado de Carnaval, decidimos nos mascarar, algo que não fazíamos faz muitos anos e o que sentimos não se explica! Sente-se uma juventude, uma leve nostalgia de quando achávamos que éramos invencíveis. E foi até umas proibitivas 5 horas da madrugada.
Resultado: dormir 2 horas e meia e acordar como se estivessem a espetar agulhas nas costas, com o despertador humano que tenho lá em casa e que todos os dias acorda às 7.30, independentemente de ter ou não dormido bem durante a noite, o “pai sai da cama!”
Mesmo com estes episódios, estou grato por ter tido o melhor deste dois mundos! “A alegria das crianças versus noitadas/cinema/jantar.
Fica aqui a minha reflecção sobre tema, mesmo não tendo a verdadeira experiência do lado contrario da barrica, sinto que não estaria tão bem preparado nesta sociedade em que a nossa mulher trabalha, e muito. E em que as tarefas da casa, estão todas atribuídas e têm de ser feitas.”
Vale a pena!
E como diria Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."
NUNO MAÇANITA MOURONHO DIRECTOR EVENTOS E COMUNICAÇÃO www.fitapreta.com [email protected] in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |