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Saudavelmente Justo(s)

24/1/2022

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Diz Aristóteles: “A justiça não é uma parte da virtude, mas a virtude inteira”. Há respostas que só poderemos encontrar por entre as virtudes de cada um. Penso que a justiça na Saúde terá de ter na sua base, um sólido Serviço Nacional de Saúde. É no seu fortalecimento que se conseguirá uma realidade mais saudavelmente justa que contribua para Seres Humanos mais responsáveis justos e saudáveis. Por Cristina Marreiros da Cunha

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Poder-se-á ambicionar que a Saúde seja justa?

É a Natureza justa? É a Biologia justa? Fará sequer sentido falar de justiça quando se fala da vida sem a presença do Ser Humano?

É comum ouvir dizer que isto e aquilo é injusto – o filho que morre antes dos pais, o cancro que atinge a criança, a cirrose que mata quem nunca consumiu álcool, etc

É comum também tentar encontrar culpados numa procura desesperada de apaziguar a dor dessas “injustiças”. Recorro às aspas, pois estas são as “injustiças” que fazem parte da vida, e nos afectam profundamente, mas que necessitam mais da nossa aceitação do que da nossa revolta, são essências do universo de que fazemos parte e não responsabilidade humana. Quiçá, peças do motor da sua própria evolução...
 
Aristóteles definiu “Justiça” afirmando:
“Vemos que todos compreendem a justiça como uma disposição de caráter pela qual os homens praticam coisas que são justas, e pela qual agem de maneira justa e desejam coisas justas.” e “Assim, a justiça não é uma parte da virtude, mas a virtude inteira, e a injustiça, pelo contrário, não é uma parte do vício, mas o vício inteiro.”*
 
Penso que podemos concluir que só fará sentido falar de “Justiça” enquanto dimensão humana.
 
Vejamos para algumas questões que tantas vezes se colocam:
 
- É justo que, quem não tem filhos, pague, através dos seus impostos, escolas, hospitais pediátricos e tratamentos de infertilidade?
- É justo que, quem não é toxicodependente, contribua para os tratamentos de desintoxicação?
- É justo que, quem leva uma vida saudável de exercício moderado e alimentação cuidada, esteja a contribuir para os recursos hospitalares gastos com pessoas com doenças cardiovasculares muitas vezes (mas nem sempre) associadas a maus hábitos de saúde?
 
Mas continuemos:
- É justo que paguemos o internamento de quem não se quis vacinar e contraiu COVID?
- É justo que quem advoga o direito de não se vacinar (e/ou não usar máscara ou respeitar o isolamento) possa contaminar (muitas vezes fatalmente) outros com COVID?
 
A resposta a estas questões é muitas vezes influenciada por populismos e demagogias que utilizam a ignorância e as “paixões da alma”, (se usarmos a terminologia de René Descartes que as define como sensações ou excitações das emoções) para dificultarem um pensamento  reflectido e mais esclarecido sobre as questões em análise.
 
Para nos podermos apropriar mais conscientemente do nosso pensar e ser mais livres nas nossas escolhas, necessitamos de saber escutar e entender as emoções de forma a podermos responsabilizarmo-nos pelo que queremos fazer com elas.
 
A resposta a estas e outras questões só poderá ser encontrada por entre o grau de consciência de cada um, sobre o seu papel enquanto ser humano e cidadão do Mundo, ou, nos termos de Aristóteles, por entre as virtudes de cada um. Para tal será necessário um trabalho, nem sempre fácil, de diálogo constante entre o que sentimos, o que pensamos e as responsabilidades que estamos dispostos a assumir connosco e com os outros.
 
1-E as Virtudes? E o Carácter?  E os Valores? terão sido eles distribuídos, ou terão tido possibilidade de se desenvolver, de forma “justa”?
2 - As condições em que cada um de nós nasce e cresce serão “justas”?
3 - A história da nossa vida nos primeiros anos em que não fomos  nós os responsáveis pela sua escrita, mas sim os nossos cuidadores, terá sido justa ?
 
Utilizei aspas nos dois primeiros casos e não no terceiro. Porquê?
Porque atribui um peso maior ao acaso e à Natureza da vida nos dois primeiros e um peso maior à educação e vontade/decisão humana no terceiro. Terá sido justo este meu juízo?
Não terão sido os nossos cuidadores/educadores, também eles, fruto das circunstâncias 1 e 2?
 
Tenhamos em atenção que, na grande maioria das vezes só nos é possível ter acesso à ponta do iceberg, não fazendo a mínima ideia do que se passa nas partes submersas. E, quantas vezes, As aparências iludem...gerando injustiça.
 
É, tendo em conta a impossibilidade de abarcar este conhecimento sobre a totalidade das circunstâncias de todos e de cada um de nós, que penso que a justiça na Saúde terá de ter na sua base, um, cada vez mais sólido Serviço Nacional de Saúde, que permita o acesso de todos aos cuidados de saúde que cada um necessita, independentemente do que levou a essa mesma necessidade.
 
No que respeita à Saúde Mental, estamos ainda bem longe de alcançar uma situação minimamente justa de acesso e continuidade a cuidados de saúde mental necessários às pessoas que deles precisam, mas é lutando e ajudando na construção desse caminho que se conseguirá uma realidade mais saudavelmente justa que contribua para Seres Humanos mais responsáveis e justos e, também por isso, mais mentalmente saudáveis.
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CRISTINA MARREIROS DA CUNHA
PSICÓLOGA E PSICOTERAPEUTA
www.espsial.com
[email protected]

​in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Se a responsabilidade é sua...o poder de criação e transformação também é!

1/1/2022

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Quando você está exausto(a) e esgotado(a), é fácil pensar em si mesmo como uma vítima das circunstâncias – e esquecer que, na verdade, você tem uma palavra a dizer a respeito da sua situação. Em vez de culpar os demais pelo facto de você estar cansado(a) e sobrecarregado(a), assuma a sua responsabilidade por isso.
Por Sara Ferreira


in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Pense para si mesmo(a): “Os outros podem ter contribuído para a minha situação, mas eu tenho a habilidade de fazer escolhas que podem melhorar o meu presente e o meu futuro.”
 
Perceber que você tem autonomia cria esperança, o que lhe permite agir e dar passos pequenos, o que reforça o seu senso de controlo. Faça a escolha de atender às suas necessidades físicas, por exemplo.
 
Isso pode ser tão simples quanto levantar-se para alongar as pernas quando estiver a sentir-se tenso(a) e rígido(a), ou almoçar com colegas de trabalho em vez de sozinho(a) na sua mesa ou ir deitar-se quando estiver cansado(a).
 
Fazer a escolha para realizar estas pequenas coisas fará com que demonstre a si mesmo(a) que você tem algum controlo sobre o decurso dos acontecimentos, e que pode sempre fazer algo para evitar o acumular da situação.
 
E se você estiver numa posição profissional em que as pessoas realmente têm exigências irracionais e você não pode definir limites, pense em algo maior. Considere procurar um novo emprego ou até mesmo uma nova carreira. Essas mudanças provavelmente levarão tempo. Mas é bom lembrar que a escolha está lá.
 
A vida não tem que ser da forma que sempre foi. Mudar a sua mentalidade e tomar pequenas acções irá ajudá-lo(a) a começar o processo de se sentir menos esgotado(a) e mais esperançoso acerca do futuro.
 
Por isso, a minha querida pessoa por certo já percebeu que responsabilidade sobre a sua vida é de uma única pessoa: SUA! Você é responsável por grande parte do que acontece na sua vida.
 
Você pode estar a pensar agora: “Ah, Sara, mas há coisas que acontecem comigo e com os outros que não fomos nós mesmos os responsáveis, nós não escolhemos isso…”
 
Veja, eu vou afirmar novamente aqui: SIM! Você é responsável por isso.
 
Vamos deixar claro uma coisa: RESPONSABILIDADE é diferente de CULPA.
 
Vamos tomar o exemplo de uma pessoa que se está a separar, e vamos imaginar que ela não queria isso… Foi o parceiro dela quem tomou essa decisão, e ela está a sofrer muito com essa situação.
 
Mesmo que ela não tenha escolhido separar-se, ela ainda assim é responsável. Ela é responsável pelo que irá fazer com a vida dela a partir daquele cenário. Ela vai ficar triste e chorar? Vai implorar para que o parceiro volte? Ou irá analisar e aceitar os factos como eles se apresentam?
 
Assim, todo(a)s temos uma escolha: podemos sucumbir à pressão psicológica dos desafios ou as catástrofes da vida (como uma pandemia, por exemplo) ou aproveitar a oportunidade para induzir crescimento pessoal. Você provavelmente sabe por experiência própria que quando as coisas parecem desesperadoras e os tempos são difíceis, acabamos por pensar, sentir e fazer coisas que não considerávamos ou nem pensávamos possíveis durante os tempos menos “sombrios”.

Uma das frases que mais impacto tiveram em mim, tanto do ponto de vista pessoal como profissional, a partir do momento em que percebi o que realmente nos quer dizer, é o poder da escolha pessoal, da capacidade de transformação e regeneração que todos, sim, TODOS nós temos (mesmo que ainda não tenhamos disso (noção)) em decidir como queremos olhar para os acontecimentos da vida à nossa volta, por mais caóticos que aparentemente eles nos possam parecer.

Há uma frase (adoraria neste momento lembrar-me qual é o seu autor) que é mais ou menos esta: "Se as circunstâncias parecem não mudar, use as circunstâncias para se mudar" e isso, de facto, muda TUDO e faz absolutamente TODA a diferença.

A verdade é que quanto mais caminhamos na nossa jornada de autoconhecimento (nomeadamente aquela que é proporcionada pelo processo psicoterapêutico), mais nos vamos dando conta de algo essencial: não importa o que aconteceu ou está a acontecer na sua vida, importa apenas o que você é capaz de fazer com isso.

–  O que aconteceria se, ao invés de gastar toda a sua energia a brigar com o momento presente, você utilizasse este mesmo potencial energético para fazer do que quer que seja que esteja a acontecer no aqui agora o melhor possível?
Quanto mais ganhamos familiaridade com a psicologia e a gestão das emoções aplicada à vida quotidiana – que o(a) arranca de dentro da sua cabeça e dos seus pensamentos e coloca-o(a) dentro de uma outra esfera de perceção da vida à sua volta – mais nos vamos dando conta de que tudo tinha que acontecer da forma como aconteceu. E, mais do que isso, tudo no fim de contas poderá ter sido justamente aquilo de você precisava para evoluir.

Só que, para isso, precisamos esvaziar… e não há nada mais difícil do que abrir mão do controlo e da necessidade de que tudo aconteça como a sua mente quer que aconteça.

Acredite, é libertador. Saber que não somos vítimas do contexto, do frio, da chuva, da crise, da economia, do desemprego, ou da "morte da bezerra". Saber que podemos criar o nosso destino. Saber que está tudo na nossa mente e na nossa visão do mundo.

E, realmente, depois que entendemos isto, tudo à nossa volta começa a mudar.

Por isso, precisamos cuidar das nossas emoções com algum e especial carinho. Há o poder da escolha. E de fazer decisões conscientes. Esta capacidade não lhe deveria servir apenas para escolher que sapatos usar hoje ou amanhã… Esta capacidade dá-lhe a possibilidade de escolher a sua atitude perante o dia-a-dia. Em todas as circunstâncias incontroláveis, você começa a escolher entre ser mais ou menos (de você mesmo(a)).

Então, no dia de hoje, gostaria apenas de perguntar-lhe:
– Você relaciona-se com pessoas com personalidade controladora e autoritária para evitar ter que tomar as próprias decisões?
– Você fica à espera que alguém o(a) venha salvar?
– Você questiona-se frequentemente “Porque é que não consigo fazer com que a mudança aconteça na minha vida?”
– Você sente-se desprotegido(a), e fica a desejar que alguém o(a) proteja?
– Você procrastina diante dos mesmos desafios, vez após vez, deixando um monte de pendências na sua vida?
– Você vive no conflito interno de "Porque é que, sabendo quais são os meus grandes objetivos e que mudanças preciso fazer para os alcançar, não consigo fazer com que essas mudanças aconteçam?"
– Você atrai os mesmos relacionamentos, com pessoas diferentes, pois não muda o seu padrão?
– Você mente para si mesmo(a) para evitar assumir a sua responsabilidade?
– Você identifica-se com alguma destas formas de evitar escolher e tomar responsabilidades, ou outra forma? Qual? Se quiser, escreva-me nos comentários.

Pense nestas perguntas e avalie-se ao longo dos próximos dias. No fim de contas, vai ver como assumir a responsabilidade sobre a própria vida é bem mais difícil do que falar sobre isso.

Muitos dos sofrimentos das pessoas que me procuram são estes: não aceitar os factos como eles se apresentam.

E as pessoas que conquistam grandes coisas e sonhos, sem sombra de dúvidas fizeram justamente o contrário: aceitaram os factos como são, e deixaram que a Vida lhes trouxesse o melhor.

E, acredite, a Vida surpreende-nos maravilhosamente quando aprendemos a fazer isso.

Então, eu afirmo e reafirmo: a responsabilidade é totalmente! Responsabilidade, ou melhor, responsa-habilidade, a habilidade em dar uma resposta, essa habilidade ou super poder divino e potencialmente criativo em dispor-se a responder perante o que quer que nos aconteça.

E ainda bem… Porque se a responsabilidade é sua, o poder de criação e transformação também é!
​
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SARA FERREIRA
PSICÓLOGA CLÍNICA, FORMADORA E AUTORA, MEMBRO EFECTIVO DA ORDEM
DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES
www.facebook.com/apsicologasara
www.apsicologasara.com

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Assumindo a Responsabilidade pela nossa própria vida

1/1/2022

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Podemos começar a mudar a nossa vida, agora. Para isso é necessário dar um passo fundamental: Decidirmos conscientemente que somos os únicos responsáveis por ela. Por Paulo Cordeiro

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Já somos seres livres, mas aprendemos a caminhar na vida como se isso não fosse verdade. Estamos muito habituados a procurar o confortável e a jogar pelo seguro, acreditamos que temos de fazer algo para provarmos o nosso valor, ou que não somos merecedores. São muitas as mentiras que ocupam espaço na nossa mente, e que guiam as nossas vidas. Viciámo-nos em dar-lhes demasiada atenção, e continuamos a reforçá-las quando agimos em função delas. Podemos, por exemplo, sentir-nos desconfortáveis quando recebemos algo de alguém e dizemos “não era preciso!”. Ou quando ficamos em relacionamentos que não nos estão a fazer bem, porque é mais seguro ficar do que enfrentar o desconhecido.

Estamos também muito habituados a culpar e a julgar o mundo à nossa volta, mas é apenas uma forma de libertarmos a frustração que sentimos por não nos sentirmos bem com quem somos. E mais uma vez, quanto mais o fazemos, mais reforçamos a ideia de que a culpa pelo nosso estado, é do que está lá fora.

Sem nos apercebermos, retiramos a responsabilidade de nós e entregamos a responsabilidade pela nossa vida e pela forma como nos sentimos, aos outros. Entregamo-la de bandeja. Foi essa a nossa aprendizagem. Não fomos treinados para assumirmos as rédeas da nossa vida, e esperamos que os políticos, os pais, os maridos ou as mulheres, os amigos, façam alguma coisa e só assim nos vamos sentir bem. Acontece que, isso não tem nenhum poder, e deixa-nos numa posição extremamente dependente dos outros e das circunstâncias.

Então, o nosso bem-estar fica dependente do que acontece no exterior. Se as condições forem as ideais então sentimo-nos seguros, se não forem sentimo-nos deprimidos ou ansiosos. Damos prioridade à segurança em vez da liberdade. A liberdade para vivermos a vida que realmente queremos e com quem escolhermos. A liberdade para criarmos as nossas próprias regras. A liberdade para sentirmos amor, alegria, tristeza, medo, e tudo aquilo a que temos direito.

Para que isso aconteça, é necessário assumirmos cada vez mais a responsabilidade pela nossa própria existência. Ninguém é responsável por nós, nem nós somos responsáveis por ninguém. Os nossos filhos sim, quando são pequenos, o seu grau de autonomia não existe ou é muito limitado, e nós somos a sua ancora. Mas se queremos sentir-nos mais livres, é importante que olhemos de frente para a verdade, nua e crua, de que somos responsáveis pelo nosso bem-estar, mais ninguém. Os outros podem dar opiniões, dar-nos atenção, dar-nos carinho e por aí fora. E nós podemos fazer o mesmo. E é nesta interação que vamos progredindo, vamos crescendo e vamos experimentando.

Não é um processo de tudo ou nada, nem tanto de tentarmos nos tornar perfeitos. É sim, um caminho de progressão, em que estamos a sair cada vez mais dos hábitos de vitimização, para nos tornarmos cada vez mais líderes de nós mesmos. Um passo de cada vez, cada um ao seu tempo e ao seu ritmo.

E sim, vão existir momentos em que podemos sentir desconforto. São as chamadas dores de crescimento.

as ficar onde estamos e não querermos mudar, é muito mais desconfortável e muito mais doloroso.

Procurarmos constantemente segurança e conforto dói muito mais. A vida acontece entre o conforto e o desafio. Existem momentos para recolher e momento para nos expandirmos. Querermos contrariar a nossa expansão e crescimento, leva ao sofrimento. Isto porque todo o universo está em expansão, então, toda a dor que possamos sentir agora, é uma consequência de não estarmos alinhados com quem realmente somos e com a nossa expansão natural. E para que isso possa começar a acontecer, é necessário tomarmos a decisão consciente de que só nós podemos fazê-lo acontecer, responsabilizando-nos um pouco mais a cada momento. Responsabilizando-nos pelo que sentimos, pelo que dizemos pelo que fazemos e não fazemos. Ao assumirmos as consequências das nossas decisões, sejam elas quais forem, estamos a dizer que sim à liberdade que já somos. E ao dar espaço para que essa liberdade seja possível, começamos a ver a vida com outro olhar e não de uma forma distorcida. Só assim é possível ver as coisas como elas são, e passarmos a criar a vida que realmente queremos. Afinal de contas, não recebemos nenhum email a dizer como a vida deve ser vivida. 

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PAULO CORDEIRO
ESPECIALISTA EM TRANSFORMAÇÃO PESSOAL E PROPÓSITO DE VIDA
www.paulocordeiro.pt
[email protected]

​in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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A Responsabilidade das Finanças

1/1/2022

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A responsabilidade das nossas finanças passa por perceber que o dinheiro tem uma energia associada de maior despreocupação ou stress. Consciencializarmo-nos das fontes de rendimentos e padrões de gastos associados, definir um objetivo sensato e construir um plano que nos dê ferramentas para ir caminhando são fundamentais para alterar o rumo. E para isso o primeiro passo é assumir que tem a responsabilidade de querer fazer diferente. Por Pedro Midões

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022

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Nos dias que correm creio que estamos de acordo que o dinheiro ou a falta dele tem influência na forma como nos sentimos durante o dia, ou mesmo no nosso modo de atuação no nosso dia a dia. O dinheiro acaba por ser uma energia importante no nosso estado anímico. Talvez por isso constatamos que as pessoas que atingem um patamar financeiro que não requer preocupação com o assegurar das suas necessidades básicas (alimentação, despesas de casa e medicação) têm uma relação mais “tranquila” do que aquelas têm dificuldades em poupar, já para não falar daqueles que andam a contar o dinheiro para ver se chega ao final do mês.

Ao termos, consciência do stress ou leveza que o dinheiro tem em nós e no nosso humor, damos um passo importante no tema deste mês – a responsabilidade – na forma como gerimos as nossas finanças ou a nossa carteira.

Nesse sentido e uma vez que já se percebeu o impacto que pode ter na nossa fonte de bem-estar, um dos passos que se seguem será perceber se se faz algum tipo de registo das despesas correntes ou que ocorrem mensalmente. Para esse efeito, existem um conjunto de aplicações disponíveis nos telefones e tablet para os leitores – spendee , monefy , goodbudjet e tantas outras. O objetivo deste registo é perceber como classificamos as nossas despesas e receitas e qual o tipo de padrão que seguem, ou seja, se as nossas receitas são fixas ou variáveis, se as despesas se concentram no essencial ou se dispersam por alguns items que se chega à conclusão que podiam ter sido evitados, e que serão fonte futura de stress.

Certamente para a maioria dos leitores, estamos a falar de coisas banais e de fácil resposta, até porque acredito que a maioria já o faça ou tenha uma perfeita noção onde os gastos estão concentrados, mas também não é menos verdade que todos conhecemos alguém em que este tipo de coisas “dá muito trabalho”, “é necessário tempo” e tempo é coisa que normalmente as pessoas não têm...  e “bom, bom era receber mais e não ter essa preocupação” – começam logo por se desresponsabilizarem da sua gestão.

Agora que tomou a responsabilidade de registar as suas fontes de receitas e despesas e de perceber o padrão de comportamento associado, é tempo de definir o que gostaria de alcançar. Dê-se tempo para uma questão tão importante. No entanto, antes de definir um valor de receitas para o ar, tenha presente em si, em quanto tempo o quer fazer e se já alguém conseguiu. Em algumas ocasiões o facto de haver pessoas com as quais nos identificamos que tenham conseguido obter melhores rendimentos, faz-nos acreditar que também nós poderemos lá chegar.

A pergunta a colocar é se acredita que pode mesmo lá chegar? Se sim, vai deixar na imaginação ou vai começar por se responsabilizar por aquilo que ambiciona e fazer-se ao caminho? É nesta altura que ambicionar ter um rendimento ou umas finanças mais saudáveis exige que avalie o que tem ao seu dispor, ou o que tem de procurar fazer para o conseguir. Que pessoas o vão poder ajudar nesse percurso, que atividades ou tarefas terá que realizar. É verdade que o caminho nem sempre é fácil, exige alguma dedicação e compromisso, que se troquem velhos hábitos por novos, que se disponha de algum tempo para leitura, para formação, para pesquisas e uma nova rede de contactos entre outras que podem ser relevantes para atingir a meta. Também não será menos verdade que em alguns momentos terá pessoas a colocar algumas dificuldades, a dar todo o tipo de inputs depreciativos, mas também terá outras que estarão incondicionalmente ao seu lado e prontas para o ajudar.

Consciência da energia que o dinheiro pode causar, ter presente a forma de como, quando e onde são geradas receitas e gastos e ter definido novos objetivos são importantes. Mas tão ou mais importante que sonhar e dar-se esses momentos de bem-estar é fazer o caminho e ter prazer nisso. No caminho que percorre, no desenvolvimento que acrescenta para si e nos novos relacionamentos que traz. Esse caminho é feito das tarefas que devem ser calendarizadas. Responsabilize-se e comprometa-se. Faça por ter umas finanças melhores. Confie em si e faça.

Partilhe as suas dúvidas e evolução através do e-mail: [email protected]
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PEDRO MIDÕES
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINACEIRO MEMBRO DA ORDEM CONTABILISTAS
CERTIFICADOS EM PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE COACHING PELO IHTP

​in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022
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O Poder da Responsabilidade Consciente

1/1/2022

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Quanto maior for a nossa presença de espírito em cada processo de tomada de decisão, maior será a nossa responsabilidade por manifestar a vida que nos faz bem.
​Por Carina Serra


in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022

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Desde tenra idade, somos ensinados para o senso de responsabilidade, no sentido em que somos responsáveis pela ações que empreendemos ao longo da nossa vida, independentemente de estas terem sido ou não intencionada por si ou por terceiros. Poderemos desta forma inferir que poucos terão consciência do quão importante é sermos responsáveis não só pelas nossas ações mas também pelo poder das nossas intenções, por darmos forma, materializarmos aquilo que move o nosso coração, o nosso espírito, em detrimento de manifestos condicionalismos externos de quem inconscientemente, delega fora o poder e a responsabilidade de algo tão importante como é o de comandar a nossa vida que deve vir de dentro de nós, da nossa essência, da nossa consciência ativa e presente.

Facilmente, tendemos a esquecermos ou nem chegamos a realizar em nós que, e com a ajuda das demandas frenéticas do nosso quotidiano, accionamos o “piloto automático” e Voilá... Perdemo-nos nesses automatismos que nos ausentam da consciência de quem efetivamente deu voz de comando sobre o rumo a tomar e que, não sendo esse assumidamente nosso, pode desviar-nos da nossa verdade interior. Desta forma, torna-se claro que todo este processo tende a induzir-nos em erro, no sentido em que por conta desses automatismos, que servem o propósito biológico de poupar os nossos processos mentais, de um maior investimento energético, que poderá em alguns casos causar desconforto interno, como é o caso dos processos reflexivos e quem exigem uma tomada de decisão ativa, é desencadeado um leque de experiências indesejáveis e que são frutos de escolhas desprovidas de uma responsabilidade pessoal consciencializada.

Pé ante pé, vamos nos desviando do caminho apontado pela nossa bússola interior, reduzindo a intensidade do nosso impulso vital que permite que, tudo o que vivemos e experienciamos esteja munido de significado. O livro da nossa vida é preenchido por uma sucessão de acontecimentos que se articulam entre si, de forma complexa e muitas vezes imprevisível aos nossos olhos e se isso por si só, constitui um desafio, a experiência dessa imprevisibilidade que exige de nós uma maior capacidade de resposta e de adaptabilidade, que nos iniba de um prejuízo anímico dos recursos internos que nos dão estrutura e que, nos ajudam a transcender e a integrar de uma forma profícua todas as nossas experiências, que preço iremos então pagar por vivermos as consequências das ações desprovidas de uma intenção responsável e elaboração consciente? Basta olharmos à nossa volta para percebermos que, mais cedo ou mais tarde, esse preço será demasiado caro já, não há nada que pague a liberdade de podermos ser responsáveis pelas nossas próprias escolhas, nem mesmo quando estas possam estar em rota de colisão com expectativas alheias de quem nos ama e acredita saber, mais do que nós, o que é melhor para nós mesmos. Cada um sabe de si e isso já representa, por si um verdadeiro desafio que nos deixa pano para mangas.

Diz-se que a vida (tal como a conhecemos agora) é um sopro, mais ou menos fugaz. Perante isso, é fundamental que possamos ganhar, tão cedo quanto nos é possível, esse olhar consciente e desperto de quem não deseja passar dormente ou adormecido de onde se torna mero espetador, evadido de uma responsabilidade ativa que deve pautar a história da sua vida.  E como deixamos essa passividade existencial para trás? Ganhando consciência disso mesmo? Vivendo cada dia que nos é oferecido com a intenção clara de sabermos reconhecer a importância de estarmos atentos, conscientes do que nos é proposto a cada momento, para que possamos realizar as nossas escolhas, assumir os nossos compromissos que são responsáveis pelo nosso bem-estar, sucesso, equilíbrio ou o que quer que desejemos manifestar na nossa realidade. Só assim conseguiremos perceber o quão poderosos somos no processo de cocriar a vida que melhor reflete a nossa individualidade e unicidade, contribuindo para que o mundo possa receber e aceitar o melhor que temos para oferecer-lhe, sem, contudo esquecer que quanto maior for o nosso poder de realização pessoal, maior também será a nossa responsabilidade nesse processo de realização. Se nos abstivermos desse nosso poder e delegarmos ao Outro, estaremos em certa medida a abstermo-nos da responsabilidade de vivermos a Vida que desejamos, para vivermos uma que não nos serve, que não nos preenche .

O Outro só nos define e condiciona, a nós, ao nosso mundo e à nossa vida, na medida em que o permitirmos. O resto é paisagem, ou quem sabe, vitimização de quem se descarta das suas responsabilidades.

Assim sendo, que possamos seguir em frente com toda a clareza de espírito e a convicção de que, somos o artista que pinta a tela da sua própria vida, por isso mesmo, não deveremos entregar a mais ninguém, o pincel que nos é devido e que é detentor do nosso poder criador.
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CARINA SERRA
PSICÓLOGA HOLÍSTICA
www.apsicologaholistica.pt
[email protected]

​in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022
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Responsabilidade na Saúde mental: Deixando os olhos ver e o coração sentir

1/1/2022

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Na dicotomia saúde física/mental, a primeira ocupa o lugar de excelência na preocupação das pessoas. Mas como podemos responsabilizar-nos pela nossa saúde mental quando o coração sente, mas os olhos não vêem? Por Francisco Oliveira

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2021

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Desde pequenos somos ensinados a cuidar da nossa saúde. Somos instruídos sobre como o corpo funciona, uma aparente máquina em equilíbrio.  É-nos incutida a responsabilidade que existe para com a manutenção deste funcionamento saudável. Sabemos, com poucos anos de idade, que “os doces fazem mal” ou que quando caímos e “fazemos dói-dói” temos de desinfetar e colocar um penso na ferida, cuidando-a e deixando sarar. A nossa saúde ocupa uma posição privilegiada na pirâmide das nossas responsabilidades diárias. Pelo menos a saúde física, o visível… mas o que acontece quando a ferida não se vê e só se sente? O que acontece quando, referindo o ditado popular, os olhos não vêem mas, neste caso, o coração sente?
 
Ainda em tenra idade, corremos para os braços da nossa mãe, ou figura cuidadora, que nos resolve muitas “dores” com um gesto tão simples como um carinho ou um aconchego emocional. O típico “beijinho na ferida” é das “curas” mais eficazes na infância. O amor e a segurança que acompanham este gesto são reparadores. Ao longo da vida, existe uma metamorfose e uma maturação deste processo, mas mantém-se a procura de emoções reparadoras e de experiências emocionais corretivas que nos ajudem a lidar com estas feridas invisíveis.
 
Quando falamos de saúde mental, a responsabilidade adquire uma força ainda maior. Atualmente, ainda existe na nossa sociedade uma grande discrepância entre o cuidado e atenção que somos ensinados a dirigir à nossa saúde física e à nossa saúde mental, que, muitas das vezes, fica para segundo plano. Recupero o ditado popular “Olhos que não vêem, coração que não sente” ou até “longe da vista, longe do coração”. Aqui se vê uma fatia da sabedoria popular e como a mesma prolonga, neste caso, a ideia de que muitas vezes podemos esquecer os nossos sentimentos se apenas não “os virmos”, se não pensarmos neles. Porém, tal como com as feridas físicas, a mente também precisa de atenção e cuidados, e um dos primeiros passos para curar uma dor é perceber onde é que ela tem origem.
 
A responsabilidade pelo bem-estar mental da pessoa adulta começa com (e maioritariamente recai sobre) ela própria. Só a própria pessoa tem acesso total e genuíno aos seus sentimentos e às suas “dores”. Tal como não se coloca a mão no fogo porque é sabido que vai queimar, também existe certo movimento de resistência em confrontar, ou sequer aperceber-se de sentimentos e dores mentais. Se estão “debaixo do tapete” e “longe da vista” por algum motivo será… e normalmente esse motivo é paralelo ao que surge na ferida física: uma dor, um mal-estar. Um mal-estar naturalmente mais elaborado, mais anestesiado para não ser sentido… talvez uma perda, um trauma… um mal-estar que pode esconder-se debaixo de diversas camadas de pensamentos e de negações porque fundamentalmente é sentido como “fogo que queima” e demasiado para ser vivido.
 
Naturalmente, para podermos recuperar a nossa saúde psicológica temos de nos debruçar sobre estas intranquilidades, e sobre as resistências que surgem ao fazer exatamente isso. É este o primeiro passo: deixar os olhos ver que existe um problema, que por muito que uma pessoa queira acreditar que o que está a passar e a sentir “é normal” (ou até “tolerável, porque há quem esteja a passar por pior!”) talvez não o seja. O garante de normalidade é o sofrimento mental, se a pessoa está a sofrer então não “é normal” e não está bem. Responsabilidade por saber que não estamos bem, responsabilidade para procurar ajuda, embora não seja fácil. Responsabilidade para deixar o coração sentir e caminhar na direção do nosso bem-estar.
 
A mente e os sentimentos que nela habitam podem ser assustadores, mas a pessoa não tem de lidar com eles a sós. É aqui que a responsabilidade colhe os seus frutos, pois quando nos responsabilizamos por perceber que precisamos de ajuda e partimos em busca de quem a possa providenciar já estamos a caminhar a jornada em direção ao nosso bem-estar. E embora tenhamos chegado aqui por processos que dependiam exclusivamente de nós, agora já não caminhamos sozinhos.
 
Sem dúvida que esta responsabilidade pelo autoconhecimento e manutenção do equilíbrio e da saúde e bem-estar mental é uma tarefa muito exigente. Embora esteja a ser feito um maior movimento a nível social no que diz respeito à consideração por estes aspetos, ainda há um longo caminho a percorrer. Levanta-se também a questão da responsabilidade pela saúde mental do outro. A responsabilidade empática de conseguir entender que o outro também sofre, também passa por este processo de resistência e que embora possa ser claro que precisa de ajuda de nada serve o confronto quando a pessoa ainda não deixou os olhos verem, e o coração ainda não sente. Junto a este dilema poder-se-iam enunciar outros tantos.
 
Nesta linha, sublinha-se a importância do reconhecimento pela saúde mental. A responsabilidade recai sobre cada pessoa ao nível de tolerância, empatia e comunicação, não só a nível próprio e pessoal mas também pelo e para com o outro. O caminho para a cura começa com o primeiro passo. Começa com a compreensão de que somos responsáveis pela nossa saúde na sua totalidade e que isto engloba, também, o nosso mundo mental.
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FRANCISCO OLIVEIRA
PSICÓLOGO CLÍNICO
www.franciscopsi.weebly.com
[email protected]

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2021
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Responsabilidade é o maior presente que podemos receber

1/1/2022

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Qual a importância da nossa responsabilidade no nosso caminho espiritual? Será um peso que nos atrasa? Ou catalisador de leveza que nos permitirá expandir e sermos quem realmente somos? Que impacto terá? Por Nuno Gonçalo Henriques

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022

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​Viemos a este mundo sem memórias do nosso percurso anterior, sem memórias da nossa alma. Será que é mesmo assim? Quantos de nós fomos reprimidos em criança porque tínhamos os amigos “imaginários”, ou usávamos a nossa imaginação para dizer o que tinha acontecido, ou quem tínhamos sido?

Ao logo da vida vamos sendo programados pela família, escola, sociedade, religião, cultura, televisões e mídia, que transmitem uma imagem de como o mundo supostamente é, de como nos devemos comportar, como devemos fazer, o que devemos ter, e até como devemos Ser!

Fomos e somos bombardeados com informações, de energias, de programações de que nós não temos importância, que tudo o que vivemos depende dos outros, da sorte, do azar, da vontade divina, do governo, do vizinho, e com isso fomos perdendo a Responsabilidade das nossas vidas. E quem não é responsável, é uma vítima.

Se tudo depende do exterior, do outro, se projetamos a nossa vida no outro, significa que não temos responsabilidade de nada na vida, estamos ao sabor do vento, entregamos de bandeja o nosso poder pessoal, para nos resignarmos ao que acontece no mundo sem podermos fazer nada para o mudar. Somos escravos da existência.

Tudo na nossa realidade é energia em diferentes densidades, até o que consideramos material ou físico é energia a vibrar a uma velocidade mais lenta que nos permite ver e sentir. Todas as nossas emoções e pensamentos são emanadas de nós, para todo o planeta, para todas as pessoas, estamos numa sopa energética humana, todos ligados com ilusão que estamos separados. Existem já hoje em dia várias experiências que comprovam isso mesmo, a energia no nosso coração estende-se por todo o planeta e cruza todos os corações deste lindo planeta. O coração é a nível elétrico 60 vezes mais forte que o cérebro e magneticamente é mais forte  5000 vezes do que o cérebro. Influenciamos tudo e todos e somos influenciados pelos outros (se não tivermos conscientes), daí a frase mística, somos todos UM. Não é uma metáfora, é algo concreto.

Quando deixarmos de nos comportar como vítimas e tomarmos a responsabilidade da nossa vida, a magia acontece e começamos a ouvir a nossa alma, os caminhos espirituais e materiais se irão abrir, iremos ouvir os conselhos soprados nos nossos ouvidos pelo plano subtil, desenvolveremos a intuição, começamos a sentir a vida ao nosso redor e as probabilidades acerca do futuro, ganhando a consciência integrada nas nossas células e coração, que somos seres espirituais a viver uma experiência humana.

Deixamos de esperar para ver, para fazer acontecer.
 
E tudo começa com a tomada da responsabilidade da nossa vida, tanto interior como exterior.

A responsabilidade é o maior presente que se pode ter, somos livres de aceitar ou de recusar, no entanto, com esse presente, ganhamos o poder pessoal de conseguirmos influenciar a nossa vida sem influências externas.

Para isso certas ações terão de acontecer.

Quando chegamos a casa, cansados, em vez de sermos hipnotizados pela TV, onde tentamos alienar-nos do mundo, distrair-nos, entregando a nossa energia contaminada pelos outros humanos que estão programados da mesma forma, tomamos a responsabilidade de puxar para nós o que nos é de direito, que é a energia limpa, vitalidade, prosperidade, expansão, felicidade, alegria. Como podemos fazer isso?

Existem inúmeras formas de o fazer, a meditação dentro das suas mais variadas formas, talvez hajam centenas de meditações desde a passiva à ativa, é uma forma excelente de fazermos uso da nossa responsabilidade de nos tornarmos  seres divinos e despertarmos os outros seres (temos que nos lembrar que somos todos um) apenas porque existimos e vibramos alto. Formas de arte é outra forma, técnicas de respiração, Chi Kung , Tai chi, Yoga, banhos de água e sal com música harmoniosa, banhos de ervas, banhos de mar, etc…

A harmonia e vitalidade da nossa energia é recuperada, alinhamos chacras, ganhamos clareza mental, paz no coração e expandimos a nossa consciência rumo a quem verdadeiramente somos. Seres Divinos experienciando a vida humana. Podemos fazê-lo com a responsabilidade de assumirmos quem realmente somos, vivendo o nosso propósito e dharma, sendo luz no mundo que dissipa a escuridão, que nada mais é do que ignorância criada por quem não quer viver a responsabilidade de se assumir como um Co-criador divino.

A responsabilidade é o maior presente que podemos dar a nós mesmos, ficamos dependentes apenas de nós, sem dependermos de mais ninguém, é assumir o controlo da nossa vida, tanto a nível espiritual, mental, emocional e físico, assumindo o manto do ser divino que somos, para termos a vida que merecemos.
 
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NUNO GONÇALO HENRIQUES
ALQUIMISTA DA ALMA
www.nunogoncalohenriques.com
[email protected]

​in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022
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Como ter Responsabilidade Afetiva

1/1/2022

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Como amar de maneira construtiva, sem possessividade, ofensas e agressões e manter a autorresponsabilidade que cabe a cada um, dentro das relações. Por Aline Castelo Branco

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022
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O ser humano tende a depositar imensas expectativas no outro, acreditando que, aquela pessoa vai trazer-lhe a felicidade tão sonhada. É fácil acreditar, simplesmente, por que o nosso inconsciente entra no estágio de ondas Theta e constrói historinhas, uma espécie de fantasia. É em Theta que ocorre uma conexão profunda com a nossa espiritualidade.

Por isso, idealizamos algo que não é real. Nem concreto, mas ainda sim, acreditamos. A verdade é que uma pessoa nunca vai encontrar felicidade nos braços de quem nunca teve responsabilidade afetiva.

Responsabilidade afetiva é quando você se responsabiliza pelo sentimento e pelas expectativas que cria nos outros, independente da relação ser romântica ou não. Significa comunicar-se de maneira direta e franca, respeitando acordos e não expondo o outro a situações desagradáveis ou constrangedoras.

É perceber, por exemplo, que a comunicação não está adequada e tentar melhorar. Ajustar a ‘linguagem do amor’ pode contribuir para que o namoro ou casamento seja mais saudável. Fazer combinados também é um bom caminho. Como então manter uma relação responsável e duradoura?

Uma das técnicas é refletir sobre os 3 As e os 3 Ps dentro do seu relacionamento. Qualquer casal precisa, antes de tudo, ter clareza dessa linha de pensamento.
 
Os 3 As são: amizade, amor, admiração
 
Os 3 Ps são: paciência, persistência e paixão
 
Esses elementos devem estar presentes sempre, ou, caso contrário, não existe afetividade. Uma relação madura começa quando cada um pode assumir a responsabilidade pelos seus desequilíbrios. Quanto mais você, arrogantemente, tentar dizer que o outro é que está errado, mas ele vai se proteger e contra-atacar. No entanto, quando você assume a sua responsabilidade, abre espaço para a comunicação não violenta.

E como reduzir esses danos? Tendo uma visão do alto, como um helicóptero. É fazer uma análise e um planeamento. Funciona com base em sistema de tarefas e áreas a serem executadas no que toca ao seu relacionamento. Se você tem uma relação fixa faça o planeamento com foco no casal. Se você ainda não tem relacionamento sério, está solteira(o) faça o plano pensando na vida de casal que deseja ter ou como ela será no próximo relacionamento. 

Vamos trabalhar os seguintes pontos:
1)  METAS
2) TAREFAS
3) AÇÃO

A importância de escrever o seu planeamento.

Vários estudos feitos no mundo já demonstraram que só o fato de escrever os seus objetivos, aumenta significativamente a hipótese de alcançá-las.

O mais famoso estudo é de 1953, na Universidade de Yale, quando os pesquisadores perguntaram aos formandos daquele ano quantos deles tinham clareza nos seus objetivos para o futuro e se os tinham escrito.

Não é de se espantar que apenas 3% respondeu que sim. Fato é que 20 anos depois, a Universidade contactou os mesmos alunos para uma nova pesquisa e constatou que os 3% que tinham escrito os objetivos estavam não apenas mais felizes, realizados e bem financeiramente, como representavam em termos financeiros mais do que os 97% juntos.

Também não é de se espantar que pessoas que geram clareza sobre o que querem no seu relacionamento na sua vida, e se comprometem com essas metas no papel, e ainda compartilham com outras pessoas, se preparam melhor e executam intencionalmente o que é necessário para atingi-las.

Sem essas duas coisas juntas, e dado que o seu tempo é finito, você provavelmente estará apenas consumindo a sua energia ao procurar resultados com as suas ações, sem um sistema de monitorização e atividades coordenadas dia após dia. E o pior: provavelmente fazendo a mesma coisa da mesmo maneira, o que só faz atrasar os seus resultados. Se quer resultados rápidos é preciso mudar a forma de fazer. Você já parou para pensar que se, nas relações afetivas e sexuais, estamos manifestando o nosso lado sombrio, controle, desejo de dominação, ciúme e todos os outros aspetos que se manifestam num jogo de acusações, numa ausência de autor responsabilidade, isso vai se perpetuando na criação dos filhos?

Na base dessa crença reside a ideia de que a felicidade depende do outro, que ela vem de fora. Essa é uma crença tremendamente destrutiva que tem gerado muita miséria na vida humana. Isso ocorre em todas as relações, mas torna-se mais evidente nos laços afetivos, por que sofremos da “Síndrome de Wall Disney”. A fantasia de que um dia aparecerá o príncipe ou a princesa encantada que acabará com o nosso sofrimento. A tal oportunidade da felicidade eterna. Isso é mentira. Não existe. O outro não tem o poder de nos dar a felicidade. Libertar-se desse jogo de acusações no qual estamos viciados requer esforço.

Por isso, tanta gente prefere continuar adormecida. Espero que você não! Abra os olhos e viva bem, juntos!

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ALINE CASTELO BRANCO
EDUCADORA SEXUAL, HIPNOTERAPEUTA, TERAPEUTA DE CASAL E JORNALISTA
www.alinecastelobranco.com
Instagram: @alinecastelo

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Responsabilidade e Life Style

1/1/2022

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Que estilo de vida queremos ter? Que estilos de vida gostaríamos de ver na sociedade? Preocupamo-nos as consequências de se ser irresponsável? Será, por outro lado, benéfico assumir toda e qualquer responsabilidade? Neste artigo abre-se a reflexão sobre a importância da nossa capacidade de resposta, cada vez mais empoderada e consciente, perante as escolhas da nossa vida e a influência que isso terá na sociedade que queremos criar. Uma chamada de atenção para o nosso papel fundamental na criação e promoção de estilos de vida. Por Rita Silvestre

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022
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A responsabilidade vista e entendida como o nosso dever de resposta. A nossa capacidade de assumir o compromisso, antes de tudo, para connosco próprios e depois então para com os outros. Dentro de nós encontramos todas as respostas e a consciência da nossa capacidade criadora e influenciadora na promoção de um estilo de vida harmonioso, prazeroso, equilibrado e saudável.
 
 
As Respostas estão em cada um de nós
 
Num mundo repleto de informação, estímulos, ritmos acelerados e constantes apelos à nossa atenção e intervenção, criar e manter um estilo de vida harmonioso pode ser por um lado uma tarefa difícil, mas é também uma tarefa imprescindível. Ser responsável significa ter capacidade de responder às situações da vida, de fazer escolhas, com discernimento, compromisso e consciência. Por mais responsabilidades que tenhamos para com os outros e para com o mundo, a primeira e mais importante será a capacidade de sermos responsáveis connosco próprios. É cuidando de nós e trazendo-nos para um estado de harmonia que potencializamos a nossa capacidade de cuidar e de responder aos outros.
 
Diariamente a vida apresenta-nos estímulos e situações diversas. Dar-lhes uma resposta implicará necessariamente uma consequência. Então, sejamos conscientes das nossas respostas e dessa responsabilidade.
 
Se é verdade que a responsabilidade é um dever extremamente importante em vertentes da nossa vida como a parte familiar, a profissional, a da saúde, se temos que ter capacidade de responder perante estas questões, então ela também tem uma preponderância na criação de um estilo de vida harmonioso e saudável.
 
A nossa capacidade de responder às indicações do nosso corpo, da nossa mente e das nossas emoções, vai determinar o grau de equilíbrio e de harmonia que conseguimos ter nestas dimensões do nosso Ser.
 
Se apenas reagirmos a um aviso do nosso corpo, podemos não estar a agir de forma a criar equilíbrio e um estilo de vida adequado. Contudo, se tivermos a capacidade de responder, de procurar a resposta certa dentro de nós, de assumir esta responsabilidade de que aquilo que eu preciso, eu tenho capacidade de trazer para mim, estaremos então no caminho certo.
 
Assumamos a responsabilidade do nosso próprio equilíbrio e harmonia, a todos os níveis. Não como um peso mas, como algo natural, porque eu devo cuidar de mim. Então, é imperativo que cada pessoa assuma esta capacidade de auto-resposta ao que o seu Ser precisa, para que se possa verificar e vir a atingir um estado de homeostasia e plenitude.
 
Ter um estilo de vida agradável e equilibrado também inclui ter um estilo de vida prazeroso. Os prazeres da vida são para ser experienciados e vividos. Mas, neste âmbito, ocorre que a responsabilidade seja muitas vezes exercida por excesso ou por defeito. Não é de todo benéfico sobrecarregarmo-nos de responsabilidades que não nos competem, da mesma forma que a ausência da capacidade de assumir responsabilidade pelas nossas escolhas de criação de um estilo de vida, também trará consequências nefastas para nós e para quem está à nossa volta.
 
Desfrutemos da música, de uma boa refeição, mimemos o nosso corpo, que possamos sentir a vida com todos os sentidos, de forma simples, mas intensa, validando a experiência pelo seu significado intrínseco e não pelo seu valor fugaz e superficial.
 
Quando falamos de responsabilidade na criação do nosso estilo de vida, referir-nos à autorresponsabilidade que é o dever, em 1º lugar, para connosco próprios. No entanto, esta responsabilidade é por vezes extensível a outros. Um exemplo é o do ambiente familiar, no que se refere às crianças. Quando nascemos e nas 1ªs fases de vida não temos a capacidade, nem os meios, nem o poder ou a consciência para sermos responsável em qualquer área da nossa vida.
 
Esse papel cabe a um adulto. Enquanto adultos seremos convidados a trabalhar esse dever para com a nossa prole ou para com aqueles que estão ao nosso cuidado, para além de nós próprios.
 
O exercício da responsabilidade apresenta-se conforme a idade e a nossa capacidade de autonomia avançam, mas mais ainda com a maturidade e com a experiência de vida. No entanto, é necessário que, para além destes critérios de tempo e experiências, ocorram também processos de mudança de visão e de paradigmas. Estes serão os processos que promovem a progressiva expansão da nossa consciência. A verdadeira transformação de um Ser dependente e que se deixa apenas guiar pelos outros, para um Ser capaz, com identidade própria, mas conectado e com capacidade de empatia com o Todo.
 
Ser-se Responsável é um compromisso individual, que visa a capacidade de nos entendermos como seres competentes que detêm o discernimento e a autoridade para criar o seu próprio estilo de vida enquanto influenciamos e contribuímos para a vida do Coletivo. 

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RITA SILVESTRE
TERAPEUTA HOLÍSTICA E FACILITADORA DE PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO
Facebook: Rita Wild Berry
[email protected]

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