Mas não vemos como, como podemos confiar mais?
Por Nuno Gonçalo Henriques
in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Primeiro é ganhar consciência que já estamos a mudar. Há muitas pessoas que tem a ideia que precisam de se livrarem da dúvida, e depois de nos libertarmos, aprendermos a confiar mais no nosso verdadeiro ser. Mas a questão não é aprenderem a confiar, mas aprenderem no que devem confiar.
Porque mudar, confiar, são funções automáticas da nossa existência, por isso não podemos ajudar na mudança, não podemos ajudar em passar a confiar. Mesmo quando alguém diz que está com dúvidas, não o está verdadeiramente, a dúvida é confiar 100% numa crença/ideia que não preferimos ou seja como confiar numa definição que não está alinhada com a nossa verdade.
Na realidade nunca estamos na dúvida, estamos sempre a confiar em alguma coisa; a questão é, confiamos em quê?
Em que nos permitimos confiar? No que escolhemos confiar?
Não temos de aprender a confiar, não temos de aprender a mudar, já o fazemos automaticamente, está impregnado em nós como um mecanismo da criação, porque todos nós somos co-criadores.
Sabemos que isto é verdade porque estamos vivos e fazemos parte de um todo maior que nós, todos fazemos parte e estamos ligados entre nós energicamente. Temos que largar a ideia de que isto tem de ser difícil, que temos de aprender a fazer qualquer coisa, mas não sabemos bem o quê? Nós já fazemos estas coisas, fazemos de uma forma automática, de tal maneira que nem sabemos que o fazemos. Já sabemos como confiar, já sabemos como mudar, fazemos isso a todos os momentos. O que podemos trabalhar é no ganhar mais consciência do facto que já estamos a mudar e que apenas temos de aplicar o nosso foco no que queremos mudar.
Agora que sabemos que não temos de aprender a confiar, não temos que aprender a mudar, podemos aliviar a pressão, pois não temos assim tanto para fazer, pois isso já acontece de forma automática e o que apenas temos de fazer, é direcionar a nossa atenção para o que queremos, direcionar o curso desta mudança automática para o que queremos.
E como podemos fazer isso?
Ganhando consciência das definições na nossa vida, em tudo aquilo que acreditamos, mas não nos serve, essas definições são o que aceitaste como verdade para ti e se transformaram em crenças.
Muitas vezes somos impregnados com ideias, crenças que não são as nossas, sem o sabermos pela nossa sociedade, pelos nossos pais, energicamente, com atitudes e palavras, programam-nos com ideias, crenças que não são nossas e não nos servem, mas que eles acreditam ser verdade. Fazem isto sem consciência do que fazem e sem qualquer culpa, pois aprenderam isto dos pais deles e da sociedade, fazem o que acham que é o melhor para nós. Então sem sabermos em pequenos recebemos uma alimentação dupla, alimentação de comida e ideias, no entanto quando crescemos e quando pensamos que estamos sozinhos, começamos a regurgitar estas ideias, começamos a descobrir estas ideias de que fomos alimentados quando éramos crianças, e agora temos que lidar com elas descobrindo que algumas não nos servem, porque não nos pertencem. Andamos com bagagens que não nos pertencem.
É importante perceber se essas ideias podem ou não ter resultado para os nossos pais e sociedade, se agora servem a nossa vida de adultos, quais é que funcionam, quais queremos continuar a incorporar no nosso ser e quais é que preferimos libertar-nos.
Se resolvermos ficar com elas, integrá-las de maneira consciente ou então libertar-nos também de maneira consciente.
Usemos então esses bloqueios, esses medos, para vermos o que precisamos de saber. Descobrir se temos alguma ideia que está desalinhada com o nosso sonho, a nossa paixão. Agradecer pela descoberta e perguntar o que precisamos de acreditar para seja verdade a nova experiência que queremos viver.
Depois de fazermos essa pergunta, comecemos uma viagem interior, para descobrirmos que ideia oposta ao que queremos é que temos e porque nos estamos a agarrar a ela? Assim que a identificarmos e ganharmos consciência, ela deixa de ter poder sobre nós, e quando reconhecermos que não é o que queremos ser, podemos libertar-nos dela. De seguida podemos avançar e confiar em quem queremos ser, de uma forma tão real como era a crença antiga.
Relembrando que a dúvida não existe, vamos escolher confiar no que queremos ser, fazer ou ter, direcionar o nosso foco, a nossa intenção no que queremos. Aceitando tudo o que vivemos, pois fez parte da nossa subida nesta escada da consciência, validando tudo o que se passou na nossa vida.
Foquemo-nos em nós, nas nossas atitudes, na realidade que queremos que represente tudo o que preferimos, pelas nossas ações que representam a nossa mudança interior, tudo flui como tem de fluir, libertemo-nos do medo do nosso poder e CONFIA no que escolhes confiar.
FORMADOR E TERAPEUTA
www.nunoghenriques.wix.com/panda
www.facebook.com/Nuno.Goncalo.Henriques
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)