
Por Rute Calhau
in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
É certo que não nascemos ensinados e que para mudarmos o nosso mind set temos também que aprender em algum lado. E essa mudança que tanto ansiamos, não vai estar nas 5 pessoas com quem mais nos relacionamos. Vai estar sim, na força interior de cada um, no abraçar e aceitar a mudança que se diz que tanto se quer. É o “eu estou pronta/o” e começar a dar passos de bebé para que depois se dê passos mais largos.
O que tem isto da mudança de mind set haver com a comunicação a nível profissional? Muito simples.
Vamos tocar no ponto: ética profissional.
Em profissões de saúde: enfermeiros, médicos, terapeutas… a questão da ética é muito importante. Podemos expor casos clínicos a colegas, solicitar a sua ajuda, procurar outros pontos de vista clínicos no âmbito de encontrar a melhor solução para o paciente. Não devemos mencionar nomes, apenas dados clínicos (masculino/feminino, idade, historial clínico…). Isto porquê? Porque não se mistura vida pessoal com vida profissional. E vamos pensar na possibilidade do colega conhecer a pessoa em questão e não saber da sua questão clínica? Não seria de bom tom, sermos nós a expor essa condição.
Terapeutas, muita atenção a quem escolhemos como pacientes. Família e amigos, devemos passar para outros colegas. É necessário haver uma isenção emocional. Qualquer ligação emocional ao paciente, pode interferir no processo clínico.
Na eventualidade de termos pacientes que são ex-namoradas do namorado da amiga, ou a paciente trás o marido e depois o marido trás a amante e o filho… esses casos, devem ser olhados com todo o cariz profissional e não podemos de todo deixar-nos abalar por quaisquer emoções. Uma coisa é a nossa vida pessoal, e aquilo que “achamos”, outra é a nossa vida profissional, em que não “achamos” nada. Não há misturas. Não há espaço para julgamentos.
Infelizmente, nos dias de hoje, já temos de tudo. Por isso, cada vez mais, é necessário percebermos e escolhermos bem com quem nos vamos tratar. A quem entregamos a nossa história.
O terapeuta, mais que qualquer pessoa comum, deve entender que, o seu mind set é a chave de ouro para o sucesso.
É necessário haver uma boa gestão emocional, sem que nos deixemos abalar pela história da pessoa que nos procurou. É necessário uma boa comunicação interna. E perceber que, “este/esta não sou eu”. Distanciar-nos do caso. Por isso, não podemos, de todo, incutir uma pessoa a pensar ou fazer seja o que for. Podemos apenas direcionar, para que esta/este consiga encontrar o seu caminho. As nossas crenças, são apenas nossas e nada têm haver com o que aquela pessoa pensa ou deixa de pensar. Há que respeitar e saber colocar-nos no devido lugar. Devemos respeitar o processo terapêutico do paciente e não podemos, de todo, mexer no seu propósito de vida. Muito pelo contrário, devemos sim, ajudá-lo/a a encontrar o seu propósito.
O que pensamos ou deixamos de pensar, fica atrás da porta, a partir do momento em que escolhemos uma profissão onde o foco é ajudar pessoas. Aprender a comunicar com elas é super importante para que não hajam falhas.
Não basta ter bom coração ou mesmo sentir que… Tal como nas holísticas mencionamos vezes sem conta. Somos nós os terapeutas, por isso, sentir sim, mas mais que sentir, é necessário ter coerência nas palavras e nas atitudes.
Sejam a vossa melhor versão e enraízem-se. É necessário um bom enraizamento para uma boa coerência. Estamos no mundo real (na 3D) e não no mundo de conto de fadas ou das trevas. As energias existem sim, mas só atraímos para nós, aquilo em que acreditamos. E tu, em que acreditas?
Bons pensamentos e boas práticas, tornam-nos profissionais de excelência.

NATUROPATA E TERAPEUTA HOLÍSTICA
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in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2018
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