
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Na verdade, vivemos todos numa descompensação emocional e tentamos preencher esse vazio com o amor de outros, buscando fora o que não existe dentro.
Os mais novos ficam enamorados rapidamente devido ao “desamor” dos pais. Não quer dizer que seja exatamente um desamor… Mas a falta de demonstração de carinho por questões do seu passado que não permite ser meigo com a criança ou mesmo por excesso de preocupações ou trabalho, acaba por aniquilar esta relação entre pais e filhos.
Os miúdos sentem cada vez mais necessidade em encontrar alguém que complete o seu vazio emocional. Alguém com quem possam partilhar momentos e emoções.
Chegam à adolescência e os pais apercebem-se do tempo perdido e tentam recuperar esse tempo. Tarde demais! Os miúdos já cresceram e agora já querem outras coisas. São os novos adultos. Adultos em busca de curar a sua Criança Interior.
E assim, começa o desenlear de uma perseguição emocional que pode durar toda uma vida quando não decifrada e curada no centro da essência divina, no bater do coração.
O coração é o reino do amor, onde habitam sentimentos maravilhosos e outros desarmoniosos, como a mágoa, a desilusão, a deprimência. Que por sua vez advém da falta de amor, carência de mimo físico e mental.
Antes de querer trabalhar um final de um relacionamento, um luto, uma traição, Lembre-se que há uma criança a chamar por si: a sua Criança Interior. Fale com ela. Leve a mais velha (pessoa em idade adulta) a falar com ela. Seja através de uma meditação guiada, de uma carta escrita ou apenas com uma simples conversa, mas olhe para ela e escute o que ela tem para lhe dizer. Todos nós temos feridas de infância e se der colinho à sua criança interior e a mimar, ela vai sentir-se cuidada e amada, curando a ferida do coração e melhorando as suas relações amorosas e interpessoais.
Em adultos, muitos vivem o desespero de ter alguém do seu lado. Falam que sentem solidão, ou da tristeza alheia (mais precisamente da família) por os ver sem namorado/a, ou sem noivo/a e/ou sem filhos. A frase de eleição é: “Já tenho x anos e ainda não me casei nem tive filhos”. Isto provoca um peso enorme sobre todos nós, não é verdade?!
Quando é que as pessoas vão entender que já não vivemos no Século XX mas sim XXI?! As ideias mudam, as modas mudam, as tecnologias evoluem… Tudo vai evoluindo mesmo o que não se evolui, para que se dê a transformação da Terra, para que permaneça o equilíbrio das coisas, havendo polo positivo e polo negativo.
“Há pouco tempo, li um livro de Osho sobre a solidão e penso que a grande maioria das pessoas não tem a noção do verdadeiro significado da palavra. Uma coisa é sentir-se sozinho/a, outra é sentir solidão.”
Sentir-se sozinho é sentir-se vazio de si mesmo, onde se busca exteriormente o que não se encontra dentro. Seja a paz de espirito, o amor, a aceitação, assertividade, verdade, compreensão, etc. Sentir solidão é permitir-se mergulhar no seu mais íntimo. Permitir-se desvendar os mistérios de si mesmo. Só assim poderá transbordar-se daquilo que um dia foi vazio.
De certa forma, todos nós já sentimos que estávamos sozinhos mesmo no meio de uma multidão. E porquê? Porque não se sente conexão. Não se sente química. Em qualquer que seja a relação tem que haver química. Somos bichinhos. É a lei da natureza. Mas também já nos sentimos cheios de tudo, com o coração do tamanho do mundo, simplesmente porque a felicidade estava amplificada. E mesmo olhando à volta e vendo que não está ninguém, o sorriso contínua e o brilho nos olhos também. O brilho de esperança.
Esse brilho no olhar… Esse sorriso no rosto… Essa paixão avassaladora… Essa química brutal… Essas borboletas no estômago… Isso tudo e mais alguma coisa… É o que deves sentir dentro de ti por ti mesmo. Ama-te incondicionalmente. Faz amor contigo. Liberta-te de crenças e abraça os teus sonhos. Sê tu mesmo/a a cada momento… A cada palavra… A cada gesto. Mergulha em ti e desfruta do real prazer da vida. Sê como um círculo, sem princípio, meio e fim. Onde nada começa e nada acaba. Pode haver altos e baixos mas tu és sempre tu. Por isso eleva a tua vibração e permite-te ser feliz. Só assim poderás atrair para a tua vida relações mais equilibradas. Relações de amor.
Amando-te e respeitando-te acederás dentro de ti, a tudo aquilo que tens procurado, a todas aquelas respostas que nunca ninguém te deu. Mergulha na tua essência para que depois o outro chegue sem cobranças e pressões psicológicas. Para que atraias alguém para ti, dentro daquilo que tu construíste dentro de ti.
Sê a princesa no castelo/príncipe no cavalo branco, e vive no mundo cor-de-rosa, mas lembra-te que só poderás viver em harmonia com alguém, vivendo primeiramente em harmonia contigo. Não procures no outro aquilo que não encontras dentro de ti. Nem tão pouco cobres isso.

NATUROPATA E TERAPEUTA HOLÍSTICA
www.naturalmentezen.jimdo.com
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)