in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Então, o que nos impede de manifestar esta amabilidade espontânea da alma? A coisa mais natural devia sermos amáveis, queridos, atenciosos, amorosos não só connosco, mas uns com os outros, muito além de “educação” de forma natural e graciosa e não é o que vemos ou o que somos.
O Stress do corre-corre, a ansiedade e preocupação, são uma espécie de “colete de chumbo” (como o que usa o radiologista) que abafa a alma, não a deixa respirar, brilhar e exercer a consciência inata de estrela, de dadora constante de amabilidade, afabilidade de amor.
como dissolver este “colete de chumbo”, espartilho da alma?
Percebendo que não somos a densidade, somos algo muito mais forte, elevando-nos acima dela e chamando a alma de volta e nutrindo-a através da amabilidade incorporando o Ser no fazer e dando lhe sentido. Se pensas que nada tens para dar, tens as tuas bênções com todos os que contigo cruzam.
Podemos beber inspiração em Beethoven que, quase surdo e a sofrer fez a Intenção de deixar o mundo mais bonito através do Hino da Alegria, hoje hino da Comunidade europeia e uma música que nos eleva e cura. Ou de Madre Teresa que, mesmo sentindo se vazia, resgatou milhares de almas e deixou a obra que sabemos através da amabilidade…
Como o podemos fazer? De múltiplas maneiras já que todos somos únicos e, nesta singularidade, ao nosso jeitinho próprio podemos logo ao acordar, intencionar instalar um grande sol, sair do nosso umbigo, do nosso “Palácio das necessidades”, e começar a dar o nosso melhor sorriso, o melhor gesto. O melhor abraço – no fundo, dar o que gostaríamos de receber, acordando o melhor no outro e em nós, pois o que damos volta sempre para nós exponenciado. Gestos simples que nos ligam à nossa essência saindo do campo mental. Vamos lá treinar o sorriso boomerang.
Podemos também, ao acordar ou sempre que nos sentimos acelerados, “desligados”, respirar serenamente – a respiração é sempre um modo de auto regulação – ligarmos nos à Fonte criadora de tudo, a Deus e criar um espaço sagrado à nossa volta, removendo tudo o que nos afasta de Deus, da alma, pedindo para que todas as brechas sejam fechadas, corte de cordas com tudo o que nos afasta da alma e selando este espaço com amor divino em que nada nem ninguém pode perturbar. Neste registo de paz, ser nos à fácil irradiar paz, amabilidade, não conseguiremos agir de outro modo.
Quem sabe esta amabilidade espontânea seja também um atributo de Portugal (o Porto do Graal) levando ao mundo uma nova forma de estar: a generosa amabilidade de afetos que resgata o melhor em nós e a sabedoria inata da alma que transcende e casa com a ciência? “Por águas nunca dantes navegadas” já dizia o poeta.
Honrar a amabilidade em nós é honrar o país que escolhemos ou que nos escolheu a nós.
Só por hoje, sê amável na intenção, no pensamento, na palavra, na ação. Sê tu mesmo. Sê Portugal.
E, enquanto escrevo, uma canção de que não sei o nome, mas cuja música aflora “se não tens mais que dar, sei eu: tens estrelas, tens o mar. Tens lá dentro o coração”.
AUTORA, PALESTRANTE, TERAPEUTA
www.ceo-curaestelardeorion.com
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