Por Clara Fernandes
in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2012
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Depois recordei-me da frase de sabedoria popular que diz, “ele parece que perdeu o norte”, é quando alguém anda perdido, sem rumo. Numa bússola o norte é o ponto cardeal de referência para se analisar os restantes pontos cardeais. É através da direcção do norte que se pode saber para onde fica a direcção que se deseja alcançar.
Quantas vezes já se sentiu perdido, sem norte?
A Vida é algo de tão fascinante como de tão complexo de descrever, de explicar, acho que existe somente para ser vivida e não descrita. É algo de tão nobre e sublime que deve ser encarada como o próprio nome a caracteriza, Presente, a honra de ser agora. É uma bênção que a todos nos foi dada e como tal, há que saber tirar o melhor proveito dela.
Mas como se pode tirar mais proveito dessa dádiva? Sabe qual é a sua filosofia de vida? Sabe o que deseja da vida? Sabe para onde está a ir? Continuando assim, irá obter da vida o que deseja? Ou será que neste momento está a deixar-se ir pela vida? Quem tem neste momento o comando da sua vida; é a vida ou é você? Quem é o comandante da sua viagem? Qual é a sua bússola? Qual é o seu norte?
Todo o ser humano que deseje atingir a plenitude da vida precisa de ter uma filosofia de vida e ser-lhe fiel. Fiel aos seus valores, nos seus comportamentos, nas suas atitudes e principalmente aos seus pensamentos. Como chegou até aqui? Quais foram os valores pelos quais regeu a sua vida? E os seus pensamentos, foram fiéis ao que acredita, ao que defende, ao que deseja?
Dos maiores erros humanos é a desresponsabilização total pela sua própria vida. A entrega de mão beijada da sua vida ao acaso. Passa pela vida, não vive a vida. Geralmente estas pessoas são as que mais sofrem e mais reclamam.
Só sabendo o que afinal nos move na vida, o que de facto nos faz sorrir o coração, o que nos faz sentido, é que podemos definir qual é afinal “a minha filosofia de vida”.
Digo, minha filosofia de vida porque só a sua filosofia de vida é que é válida para si. Não aquela de que ouviu falar ou que acabou de ler num artigo de jornal, ou até num livro, mas aquela que foi construída por si, para si, para a sua vida.
Não é que exista algum problema em seguir a filosofia de outro, mas aí há que ter consciência de que é seguir a vida de alguém, não a sua. Obviamente é mais difícil encontrar e escolher uma filosofia de vida que nos agrade, porém, sempre o que é mais fácil é menos recomendável. Construir implica parar, pensar, analisar, decidir e implementar.
Assumir o comando da sua vida é ser responsável pelos seus pensamentos, suas atitudes e resultados de ambos. Filosofia de Vida é seguir-se a si próprio sem medo e sem temor.
A forma mais eficaz de criar a sua filosofia de vida é analisar como vive a vida, no dia a dia com as suas experiências, vivências com a família, com o trabalho, com os colegas, com a sociedade, com quem o rodeia. Tudo isso faz parte da sua realidade e o modo como optou por viver a vida.
Lanço-lhe um desafio, pegue num papel branco e numa caneta agora e escreva:
A minha filosofia de vida é… Não importa o que escreva, solte palavras, frases, o que gosta, o que não gosta e no final leia o que escreveu, analise e vai ver que chega a alguma conclusão. Basta começar, vai ver que depois da primeira palavra, tudo fluí.
Por outro lado, caso neste momento exista alguma coisa na sua filosofia de vida que não lhe sirva, óptimo, deite fora e susbtitua por aquilo que lhe fizer mais sentido. Tudo o resto que fizer sentido, aplique. Não adianta saber, há que aplicar!
E não se esqueça, só há uma forma de se evoluir... Vivendo.
Beijo na Alma