in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
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É descrita como um processo tridimensional, caraterizada por:
- Exaustão/Esgotamento Emocional - falta ou diminuição de energia, entusiasmo e por sentimentos de exaustão de recursos;
- Despersonalização - o profissional relaciona-se com os outros como se fossem objetos - desenvolvimento de insensibilidade emocional;
- Diminuição da Realização Profissional - tendência do trabalhador para se auto-avaliar de forma negativa. Sentimentos de infelicidade e insatisfação com o seu desempenho profissional.
Os estudos realizados em contexto laboral demonstraram que as condições em que o trabalho é desempenhado, a adaptação das capacidades do indivíduo às exigências do cargo, as relações estabelecidas com os pares, a segurança com que o trabalho é realizado e a remuneração, entre outros factores, contribuem para o bem-estar dos trabalhadores, para o bem estar psicológico e para uma maior eficácia.
Sendo uma atividade que pode ser desenvolvida a nível individual ou coletiva, o trabalho requer uma serie de contribuições importante para a sua execução, como as habilidades, as aptidões, o tempo e o esforço. Cada indivíduo desenvolve o seu trabalho tendo em conta algumas compensações, sendo a principal e a mais esperada, a contribuição económica e material, mas espera também, compensações de ordem social, psicológica, segurança e auto-realização, que contribuem para o seu bem-estar. Contudo, os contextos de trabalho são muito diversificados e nem sempre existem condições de trabalho que proporcionam ao indivíduo bem-estar, segurança, auto-estima ou auto-realização, não satisfazendo desta forma, as necessidades sociais e psicológicas dos indivíduos.
Apesar de poder ser desencadeada em qualquer tipo de atividade profissional, verifica-se uma maior predisposição para o desenvolvimento desta síndrome em profissionais com contato diário com pessoas a quem prestem determinado serviço (profissionais de saúde, professores, serviço social, entre outros), devido à existência de uma elevada responsabilidade e exigência profissional, e de um maior envolvimento emocional.
Sinais de alerta que deve estar atento
- Problemas físicos: Problemas gastrointestinais, taquicardia, sensação de falta de ar, tonturas, sudorese, tensão arterial elevada, problemas cardiovasculares, enxaquecas, fadiga profunda e crónica, dores e tensão muscular, alterações do sono (sobretudo insónia) e do apetite, fragilização do sistema imunitário.
- Problemas emocionais e existenciais: Tristeza, apatia, alienação, frustração, raiva/revolta, tédio, desespero, diminuição da auto-estima e do sentimento de pertença, sensação de injustiça e falta de recompensa, irritabilidade, ansiedade, depressão, despersonalização. Conflitos de valores e crenças, necessidade de redefinir a vida e as prioridades pessoais, raiva e revolta dirigidas à vida, alteração da visão que se tinha do ser humano.
- Problemas cognitivos: Problemas de concentração e atenção, queixas amnésicas, confusão, maior lentificação na realização de tarefas, menor criatividade, pensamentos persistentes acerca do trabalho (ruminações), hipervigilância e necessidade de controlo.
- Problemas sociais e comportamentais: Isolamento, relações distanciadas ou com menor envolvimento e empatia, maior sarcasmo ou cinismo nas relações, problemas de relacionamento familiar ou menor convívio com amigos. Comunicação impessoal, atitude crítica, evitamento, impulsividade, reatividade, agressividade, abuso ou aumento do consumo de substâncias (tabaco, álcool, drogas, medicação), auto-medicação.
- Problemas laborais: Atrasos, absentismo, baixas médicas, maior número de erros no trabalho, menor tempo na prestação de serviços, baixa realização profissional, vontade de desistir do trabalho, menor produtividade e eficácia profissional.
Como prevenir a Sindrome de Burnout?
A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout é adoptar estratégicas que diminuam o stress e a pressão no trabalho. Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas iniciais.
As principais formas de prevenir a Síndrome de Burnout são:
1. Definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.
2. Participar de atividades de lazer com amigos e familiares.
3. Realizar atividades que "fujam" à rotina diária. Experimente algo novo, comece um projeto divertido. Escolha atividades que não estejam relacionadas com o seu trabalho.
4. Evitar o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros constantemente.
5. Conversar com alguém de confiança sobre o que se está a sentir.
6. Realizar atividades físicas regulares - caminhadas, corrida, bicicleta, natação, dança entre outras.
7. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e de outras substâncias, visto contribuírem para uma agravamento da confusão mental.
8. Não se auto-medicar.
9. Adotar estilos e hábitos de vida mais saudáveis. Descansar adequadamente, uma boa noite de sono (pelo menos 8h diárias). É fundamental para manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas.
10. Estabelecer limites. Não se sobrecarregue – aprenda a dizer “não”. Ao dizer “não” a algumas coisas, isso vai permitir que diga “sim” ao que verdadeiramente importa.
NATUROPATA E CONSULTORA EM SAÚDE E BEM-ESTAR
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