in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Vivemos tempos de absoluta alienação e desorientação... Talvez a evolução tecnológica, atualmente bem mais desenvolvida que a evolução espiritual esteja a contribuir para o estado caótico que nos encontramos. Hoje ninguém está livre do caos que se vive no Mundo. Caos esse que se propaga por todos os lados... os grandes regentes são sem dúvida o mediatismo dos meios de comunicação social e o universo virtual... esta informação "externa" que de alguma forma nos "persegue", ou permitimos que nos persiga, promove uma alteração significativa no nosso comportamento, comparativamente com outras fases da evolução humana.
O medo, a competição e o poder que nos invadem, ao termos acesso a tanta informação, por vezes ativa-nos o desejo de querermos viver à parte da "selva", o que humanamente será contraproducente, pois como seres sociais e mamíferos necessitamos de ligações com a mesma espécie para que exista o mínimo de equilíbrio do nosso sistema e assim podermos evoluir mental, emocional e espiritualmente.
A complexidade que nos constitui é absolutamente observável na ligação que temos uns com os outros, não somos iguais a ninguém, a perspetiva de cada um só a ele é real. Não haja ilusões que existirá alguém neste mundo que absorva exatamente o mesmo que cada um de nós. E parece ser aqui que nasce a ideia da PERFEIÇÃO. Desejamos que o outro seja tal e qual como o idealizamos e se não o é, começamos apontar uma série de imperfeições.
Na verdade são essas diferenças que fazem com que a vida seja "perfeita". A beleza da perfeição está na aparente imperfeição do que é a vida na Terra. É exatamente com esta compreensão que cada um de nós se pode tornar perfeito aos seus olhos. Se a observação, da forma como nos relacionamos, for efetivada com humildade, podemos aperfeiçoar-nos com a análise detalhada dos aparentes defeitos dos outros. Dentro desta perspetiva e agindo com sabedoria, será conscientemente possível corrigirmo-nos, pois aquilo que não gostamos que nos façam, não o faremos com ninguém.
A qualidade da nossa permanência “aqui” será medida pelo impacto das nossas decisões em momentos que estamos sedentos de ter, de ser, de dar, de receber, de viver…
O profundo conhecimento do mecanismo da nossa personalidade, que grande parte das vezes nos leva a agir sem ponderar, é sem dúvida o que de melhor podemos fazer por todos nós. Pois toda a nossa ação é reflexo do que somos e propaga-se no Todo.
O verdadeiro Amar está na intensidade a que nos dedicamos a observar-nos e racionalizar o Amor é perdermo-nos no labirinto da mente, é deixar que os fantasmas do inteleto bloqueiem o fluxo da liberdade de sentir. Mentalizar o que deverá ser perfeito é camuflar a essência de cada um de nós. Todos devemos ser livres para manifestar o que sentimos, o que somos, sem medo do que possamos perder ou do que possam pensar. “Aqui” estamos com tempo cronometrado, todos os momentos são preciosos e não há espaço para complicar.
Limpar o pó à vida deverá ser o nosso foco, para vivermos com coragem, com entusiasmo por aquilo que é. Desta forma a vida ganha cor, valor e muito AMOR. Simplificar é deixarmo-nos fluir na corrente, o corpo torna-se leve e a alma desabrocha com toda a sua beleza.
Que no silêncio de cada um de nós, naquele em que nos despimos de correntes e de teias, nos possamos sempre encontrar no mais carismático lugar, em que somos apenas uma partícula do Amor, que nada teme por não existir um fim, porque o Agora é eterno.
E assim se vão levando os dias na Terra, aperfeiçoando o que somos, deixando marcas de luz pela transformação a que nos propomos.
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