in REVISTA PROGREDIR |AGOSTO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Mas aí podemos contentar-nos com as coisas simples da vida e com o desfrute dos momentos que nos vão surgindo. Um dia na praia, o calor, a aragem, o som do mar, as cores de brilho na água…. Um encontro ideal… uma flor, uma festa, um passeio descontraído, a simpatia da vizinha e do colega…
No entanto, no intervalo da perfeição pode surgir a inquietude de que é preciso outra coisa e passamos a desejar o que não está aqui e o que não somos ainda. E agora a ideia da perfeição incomoda-nos!
Mas parece que assim não há solução, a maioria de nós, se não todos sabe o que isto é, a montanha russa de subidas e descidas de estados emocionais em que num momento sorrimos para um bebé e no seguinte com um contratempo qualquer já descemos uns 5 metros a pique sem saber como e às vezes nem também porquê, simplesmente sabemos que nos acontece. Por vezes damos conta ainda do que acontece connosco sistematicamente quando algo típico acontece, “embirramos sempre com aquilo”…
A ideia da perfeição quando estamos muito bem ou quando estamos muito mal está sempre por trás, como um modelo comparativo à realidade que julgamos ter.
A questão importante é: que ideal perfeito temos em mira?
Conheço pessoas com uma força genuína e uma alegria de viver que parece que estão lá nessa realidade perfeita. Algumas não têm aquilo que podemos dizer de grandes vidas, mas têm uma presença perfeita.
Então o que as move, porquê estarem assim, sentirem-se assim, serem assim. Talvez a ideia da realidade perfeita e da vida perfeita que têm, esteja muito próxima do que vêm, sentem na sua vida!
E se for assim, e se consideramos que não estamos na vida desse modo, a inquietude é bem vinda, é o motor que nos vai fazer movimentar para outro nível. No entanto, o movimento para ser eficaz tem de ser apontado na direção certa, senão a sensação de estar à deriva vai permanecer… Então é importante encontrar esse ideal que nos aproxima da vida perfeita ou então reequacionar o que nos impede de ver a vida perfeita, para que um novo cenário se clarifique e uma nova energia possa surgir.
Por isso sim, a ambição de perfeição que temos subjacente a tudo, mesmo quando remetida lá atrás num recanto que julgamos esquecido, pode ser resgatada e ajustada com a vida tal como a vemos e escutamos. E aí quem sabe, irmos mais à frente, nas relações, nas descobertas e nas realizações que podemos trazer para todos. Afinal também foi por isso que descobrimos o fogo, a roda, as convenções sociais e as religiões e melhor ou pior fomos avançando no tempo, para afinal vivermos a perfeição da vida.
MASTER PRACTIONER EM PNL
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