Por Nelson S Lima
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2013
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Muitas pessoas ainda não se aperceberam como o mundo se modificou nos últimos 10 ou 15 anos e como isso começou a afetar as suas vidas. Outras, desorientadas, não percebendo as novas referências por que devem reger-se, vivem angustiadas, com uma sensação de perigo entranhado na alma.
Findou uma época. Sim, findou. A nova é carregada de surpresas, imprevisibilidades, rápida mudança e ambiguidades. É um tempo de encruzilhadas e em que vigora a "lei do acaso".
Habitamos um planeta onde coexistem duas grandes realidades dominantes: o do materialismo tecnicista, fruto da idade fabril e tecnológica e o do novo espiritualismo que faz apelo à reconversão dos valores da serenidade e da sabedoria. Do choque de ideologias e crenças resulta uma sociedade compreensivelmente conturbada e confusa.
Basta abrir um jornal diário para percebermos como está o mundo que nós próprios criámos ou aceitámos que fosse criado (pelos detentores do poder e das grandes escolhas que afetam a sociedade): desemprego galopante, inquietações políticas, discursos inflamados mas vazios de ideias, ódios desmedidos, consumismo idiota e sem nexo, a procura atabalhoada pelo sucesso rápido, o deslumbramento dos novos ricos (jogadores de futebol, vedetas do mundo do espetáculo, etc.), a desorientação visível e a ingenuidade assustadora de muitos adolescentes e crianças.
Os empregos tornaram-se precários e sê-lo-ão cada vez mais. As empresas já não oferecem garantias de emprego para sempre. As reformas já não podem ser uma interrupção, o fim de uma época da nossa vida. Os bons empregos já não são os de antigamente. Há novas profissões a germinar por esse mundo fora. A sociedade é outra. Não é pior que muitas outras do que os nossos antepassados viveram.
Não podemos permitir-nos viver como se tudo estivesse como antes quando hoje tudo de desenrola e transforma muito rapidamente. Vivemos a sociedade da informação e isto não é apenas um nome bonito para uso dos economistas e dos políticos. Não. Hoje vivemos no meio da profusão de meios de comunicação que nos permitem uma vida diferente, mais ousada, mais diversa, mais interessante, mais útil. Nós temos é também de MUDAR. Mudar a nível pessoal. Com serenidade!
Temos então de nos informar mais, ler mais, tentar compreender as novas regras da sociedade, manter-nos como cidadãos do mundo e não apenas como pessoas cujo horizonte finda na sua rua ou nos limites da sua cidade. De outra forma ficaremos mais e mais obsoletos sendo ultrapassados muito rapidamente pelos mais novos, pelos nossos próprios filhos.
Vivemos numa sociedade difícil mas também plena de oportunidades e possibilidades de realização. Temos, porém, de compreender como funciona e de nos mantermos ativos e envolvidos sem medo de nós próprios nos assumirmos como agentes de mudança! E então a ansiedade desaparece...
Todos temos dias difíceis. A maioria das pessoas passa por essas etapas várias vezes ao longo da vida. Não somos imunes a tais dias de que gostaríamos, muitas vezes, de rasgar da nossa agenda.
Esses dias podem abalar-nos profundamente. Podem fazer-nos perder a esperança e sobretudo a motivação para continuarmos, e temos de ir buscar energias que pensamos não ter.
Algumas pessoas têm uma maior facilidade em enfrentar tais dias. Outras ficam quase paralisadas. Nesses dias o AGORA adquire uma amplitude extraordinária. O tempo parece andar mais devagar e, afinal, o que mais desejamos é que ele passe rápido. Contamos os minutos e as horas. Mudamos de estado mental e centramo-nos nos problemas.
A vida tem desses dias. Reservados para cada um de nós e nós sentimo-nos como se fossemos os únicos no mundo a sofrer. É uma situação extremamente desconfortável e, em certos casos, assustadora sobretudo quando o próprio futuro pode ficar em causa.
As palavras de conforto dos outros sabem-nos bem mas não chegam. No fundo, nós sentimo-nos sós com os nossos problemas. É que eles são nossos, mesmo que envolvam outros.
Dois conselhos podemos dar:
- evitem decisões e comportamentos que mais cedo ou mais tarde vos irão trazer problemas. Protejam a saúde para correrem menos riscos de ficarem doentes e com isso sofrerem. Preparem-se para o futuro estudando, fazendo formação contínua, etc.;
- diante de um problema inevitável (com culpa nossa ou não) esforce-se por não se focalizar demasiado no "centro do furacão", isto é, no centro do problema. Distancie-se dele, distraia-se com algo, caminhe, apanhe luz, ingira chás relaxantes, faça alguma dieta e siga as instruções de quem possa ajudá-lo (um médico, um amigo, um mentor, etc.). Não se deixe mergulhar na solidão e na depressão pois isso sugá-lo-á como um redemoinho de água e o problema ficará mais difícil de resolver.
Os dias difíceis acabam por passar. Estejamos preparados para os enfrentar e vencer na certeza de que todos nós temos mais energia do que possamos imaginar. É essa energia que temos de carregar através de comportamentos saudáveis para preservarmos a saúde (iremos precisar dela) e mais conhecimentos e informação que nos vão enriquecer a nível intelectual (é que também iremos precisar desse reforço).
Presidente Executivo (CEO) do EUROPEAN INTELLIGENCE INSTITUTE
Marca registada internacional que aglutina o Grupo Instituto da Inteligência em Portugal, Brasil, Colômbia e também em outros países através de delegações (Inglaterra, Angola, Venezuela, Equador, Peru, Chile e Argentina).
Diretor Geral e Coordenador Nacional do Grupo INSTITUTO DA INTELIGÊNCIA PORTUGAL
Diretor na Europa do CINEAC Centro de Inovação Educacional Augusto Cury (Brasil)
Professor de Neurociência, Coordenador e Orientador na Universidade do Futuro (Brasil)
Diretor da Divisão de Investigação da EURADEC (Associação Europeia para o Desenvolvimento da Educação e da Cidadania, ALEMANHA) e da WEA - World Education Association for Sustainable Development and Global Citizenship, SUIÇA)
Representante da ZIGMA CONSULTING (América Latina), em Portugal.
REVISTA PROGREDIR | JULHO 2013