Por Vania Weissberg
in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2012
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
A nossa mente e corpo funcionam em sintonia e sincronizam conforme os nossos cuidados a nível físico, mental, emocional e psicológico. Funciona como um sistema, ou seja, basta cuidar de um nível que os outros reagem pois mudar o mecanismo de um deles, muda automaticamente a ordem para os outros sistemas. É assim que ocorre a mudança.
Com este conceito, hoje sabemos a importância da nossa área emocional e psicológica em situações de stress como um problema de saúde, por exemplo. Sabemos que o cancro (a doença do século) pode ser tratado e até eliminado se tivermos a capacidade de enfrentá-lo como fazendo parte de nós próprios e que temos que tratá-lo com consideração, respeito, amor e carinho e inevitavelmente com um humor positivo perante a vida e tudo aquilo que nos rodeia. Talvez, vocês pensem, mas isto não é tão linear quanto isto, e a parte da proliferação e do tipo de cancro? A minha ideia não é tornar uma coisa simples e linear e sim demonstrar que a maneira como enfrentamos as nossas mazelas é fundamental para ter uma qualidade de vida melhor e poder acompanhar o próprio processo de perda. Temos vários casos de sucesso para além de termos médicos hoje em dia, em todas as áreas de saúde, dizendo aos seus pacientes que faz toda a diferença se enfrentarem com optimismo, positivismo e coragem. Com certeza, todos nós lemos, vimos, vivenciamos situações que nos faz pensar o quanto isto é verdadeiro.
Hoje também se discute muito a nível do empreendorismo, a necessidade de sairmos da dita crise, não tem a ver unicamente com a questão financeira e sim as questões emocionais e comportamentais como termos autoconfiança, coragem, segurança que é o contrário de como nos sentimos quando “ameaçados” pelo medo da perda. Então cuidar da saúde emocional e psicológica é fundamental e transversal a uma qualidade de vida melhor.
O poder que a nossa mente tem é muito grande, e às vezes no meu consultório ouço as pessoas dizerem que é milagroso, que foi de um dia para outro, que eu fiz algo ou um exercício que mudaram as coisas. Na verdade eu fui um canal para chegar a isto e com certeza foi o próprio a preparar sua mente dando informações e ordens para mudar e quando tomou a acção para tal, pareceu mais fácil. A nossa mente é fundamental e também muito ilusória pois cria realidades e situações que não são verdadeiras. Como também nos faz acreditar e quem acreditar e perceber isso, vai beneficiar muito mais das suas acções e dos seus novos pensamentos (crenças e valores) por que eles vão estar alinhados com aquilo que você vê, sente, ouve e acredita através de todos os seus sentidos.
Para accionarmos o poder da nossa mente precisamos conhecê-la melhor, cada um de nós sabe aquilo que funciona, funcionou e que provavelmente vai funcionar e quando acertamos na nossa estratégia mental e emocional, criamos um circuito de sucesso. Por outro lado, conhecemos também mecanismos que não funcionam como nós queremos, no resultado, e muitas vezes nós não entendemos por que os mantemos se não os queremos racionalmente. Neste caso, são mecanismos criados inconscientemente e provavelmente num período de tenra idade e então precisamos descobrir quando foi criado para podermos modificar e adoptar outra postura. Às vezes reagimos com se estivéssemos com outra idade e não como adultos, por exemplo. Outra situação é que não sabemos que capacidades possuímos para enfrentar determinadas situações e isto podemos descobrir com uma auto análise ou ajuda de familiares, amigos ou um profissional que ajude nesta descoberta. Nos surpreendemos com a nossa história, conhecimentos, capacidades existentes e por adquirir e isto traz uma grande satisfação pessoal que afecta directamente o nosso estado mental, emocional, físico e comportamental.
Com esta reflexão, percebemos que temos muitas respostas dentro de nós e que a satisfação e criação de bem-estar está nas nossas mãos e não nas mãos dos governantes, pais e mães, companheiro (as), dinheiro, trabalho, por que este não depende só de mim e sim de vários factores que não controlo directamente. Por isso, ir à procura do meu poder, vai ajudar a enfrentar situações tanto agradáveis e desagradáveis da vossa vida. Podemos ter “tudo” e não usufruirmos por estarmos incapazes mental e emocionalmente, ou pode-se ter “pouco” e estar-se muito satisfeito e feliz com a situação e o bem-estar sentido. Se não estivermos conectados num todo, não sentimos como um único ser completo e isto põe muitas coisas em causa até a nossa existência.
Recordem-se que a vossa saúde mental, emocional e psicológica é o cerne da questão do “ser ou não ser” é esta questão, sugestões e dicas que deixo aos leitores para começarem a ter curiosidade no tema e desafio a experimentar e a partilhar com os outros.
Grande abraço e boas descobertas.
Psicóloga, Consultora e Formadora
Coach e Master Trainer em PNL e Coaching
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REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2012