in REVISTA PROGREDIR |OUTUBRO 2024
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O problema eram os relacionamentos...
Eu sabia que me faltava aqui uma chave para perceber porque é que os meus relacionamentos não duravam. Também me apercebia que alguns casais tão improváveis resultavam e outros com tudo para dar certo, não resultavam.
Eu sou astróloga e fazendo os mapas astrais dos parceiros, e comparando-os através do mapa de sinastria e composto, eu já tinha muitos elementos de análise. Mas mesmo assim, havia algumas coisas que eu não estava a ver.
E foi apenas há 3 anos que tive pela primeira vez contacto com o tema dos relacionamentos polarizados, e dei por mim a explodir a cabeça, e a sentir no meu corpo que era mesmo isso que estava na origem de todos os términos dos meus relacionamentos amorosos. Durante a formação, fiquei ao mesmo tempo horrorizada pelo que tinha andado a fazer e maravilhada pelo que podia fazer a partir daí.
E mudou tudo, de facto.
Provavelmente já ouviste falar na energia Yin e Yang, associada respetivamente à energia feminina e masculina, que é um conceito muito usado no oriente e que sugere que o Yin alimenta o Yang e vice versa, e que o ideal é termos um certo equilíbrio entre a nossa energia feminina e masculina.
Todos temos energia masculina e feminina em maior ou menor percentagem, quer sejamos homens ou mulheres e isso não tem nada a ver com a aparência, nem sequer com a inclinação sexual.
Energia Yang ou Masculina, é a nossa capacidade de agir, trabalhar, de tomar decisões, comandar, romper, liderar, ter coragem, de julgar, criar estratégias, fazer, pagar, avançar, é a nossa capacidade de planear o futuro, de prover à nossa família, de proteger os mais frágeis, antecipar as necessidades dos outros, é o nosso entusiasmo, a nossa força propulsora, é a nossa energia mental, de ar e o nosso fogo interno.
Energia Yin é a nossa capacidade de relaxar, de acolher, de receber, de merecer, de esperar, de nos deixarmos liderar, de nos conectarmos com as nossas emoções e com o nosso corpo, de desfrutarmos do momento presente, de contemplarmos, de nos ligarmos à natureza e desenvolvermos a paciência, é a nossa energia de água emocional e de terra, mais física.
E todos temos energia masculina e feminina. Comparando com a respiração o Yin é inspirar e o Yang é expirar. Um não vive sem o outro. Não podemos trabalhar sem nunca descansar, senão ficamos doentes. Da mesma maneira se nunca sairmos da cama para fazer nada, também ficamos doentes.
É este equilíbrio que trás a saúde e a harmonia para a nossa vida.
E o que é que isto tem a ver com os relacionamentos?
Tem, pois todos temos maior propensão para uma das polaridades feminina ou masculina. E na nossa sociedade há várias gerações que as mulheres são educadas para se tornarem mães dos maridos. Ou seja: além de terem um trabalho para prover às suas próprias necessidades, muitas vezes ainda sustentam os maridos, fazem tudo em casa, cuidam dos filhos e ainda tentam prever as necessidades dos maridos e protegê-los de “ataques”, ao mesmo tempo que se sentem pressionadas para estarem bonitas, bem dispostas e recetivas ao sexo.
Ora temos aqui vários problemas.
Num relacionamento amoroso heterossexual, só há 2 cadeiras: a do masculino e a do feminino.
E a mulher até pode ter mais energia masculina no seu trabalho, mas quando se trata do relacionamento amoroso, se ela continua mais no masculino do que no feminino, ela tende a sentar-se nessa cadeira do masculino onde faz, faz, faz e é a super mulher, empurrando o homem para a cadeira do feminino... onde ele relaxa e desfruta da vida, muitas vezes ficando também mais vulnerável a tentações.
Ora, esta mulher, mais tarde ou mais cedo vai esgotar-se, vai stressar e até arranjar problemas de ansiedade, porque acha que devia contar com o marido para alguma coisa, mas ele não faz nada, não decide nada e ela sente que passa a vida a “puxar a carroça” sozinha, sobrecarregada e exausta.
Por outro lado, neste excesso de energia masculina, ela perde a admiração pelo seu homem e pode ter uma atitude de comando dentro de casa, julgando-o pelas suas faltas e usando até eventualmente uma linguagem mais diretiva (como as mães). Ora, cada vez que isso acontece o homem mirra um bocadinho e vai perdendo a sua masculinidade (se alguma vez a teve) e vai-se sentindo cada vez mais desvalorizado e que aquela mulher não precisa dele para nada. Isto tende a gerar stress também no homem ao ponto de causar problemas sexuais e até depressão.
Nos casos mais graves, a mulher arranja cancro dos orgãos femininos e o homem nos orgãos masculinos.
Simplificando: o homem adoece com excesso de energia feminina e a mulher adoece com excesso de energia masculina.
Isto cria os relacionamentos despolarizados. A comunicação passa a ser agressiva ou inexistente e deixa de haver espaço de vulnerabilidade dentro da relação. E provavelmente ambos os parceiros se sentem sozinhos e desvalorizados. A relação deixa de ser fonte de crescimento e passa a ser fonte de doença.
Como podemos inverter essa situação? Fazendo o caminho inverso: o caminho para o feminino, no caso das mulheres, e do masculino no caso dos homens.
Ou seja, nós precisamos de aprender a relaxar, a delegar, a cuidar de nós, a ter interesses que nos preencham e que nos permitam estar felizes fora do relacionamento, a trabalhar por gosto e pelas horas que forem mais adequadas para ainda nos deixar tempo para esse auto cuidado, para o tempo com o parceiro e para os filhos, se os tivermos, e não deixarmo-nos escravizar num emprego onde nos desgastamos de tal forma que depois não ficamos com paciência para mais nada.
No caso dos homens, eles precisam de se posicionar com mais firmeza na liderança dos assuntos que têm sobrecarregado a mulher em casa, aliviando-lhe a carga e fazendo mais pela família. Um homem com mais energia masculina produz mais testosterona, a líbido sobe, e ele torna-se mais saudável em todos os aspetos.
Uma mulher com mais energia feminina, produz mais progesterona, que regula os ciclos, dorme melhor, tem mais facilidade em desfrutar da vida, em andar bem disposta e também com a libido em altas.
O maior presente que podes dar ao teu homem é um olhar de admiração.
Então, para termos uma relação polarizada, precisamos de estar mais conectadas com a nossa energia feminina do que da masculina, pelo menos no contexto do relacionamento, e estar dispostas a esperar para ver como reage o nosso parceiro a essa nova postura.
Se a relação já existe e está despolarizada, não costuma ser fácil, nem rápido, mas é possível fazer esse caminho com a ajuda de algumas estratégias de comunicação, como a comunicação feminina vulnerável, a mudança de crenças limitadoras e o foco no Amor próprio, sem medo de parecer egoísta.
É surpreendente o que pode acontecer no teu relacionamento quando começas a viver com mais calma e descontração e o deixas assumir a liderança das coisas. Se ele não estiver habituado, numa grande parte dos casos habitua-se rápido a essa satisfação de liderar, que fisicamente até o faz crescer.
No meu programa individual “Viver por Amor”, eu treino as minhas clientes para fazerem este caminho para o seu feminino e converterem os seus relacionamentos despolarizados, insatisfatórios, para relacionamentos muito mais polarizados e harmoniosos, ou a ganhar coragem para saírem de relacionamentos com narcisistas e outros tipos de relações tóxicas ou completamente acabadas, bem como as que estão solteiras e posicionar-se de forma a atrair um homem com mais energia masculina.
Acredito que isto requer de ti que estejas disposta a fazer o caminho de volta à tua essência, a curar algumas das tuas feridas ou traumas que tenhas por tratar.
Num relacionamento polarizado o homem faz um pouco mais do que a mulher, dá um pouco mais, decide mais, paga mais, resolve mais. Por seu lado a mulher sente-se mais segura, protegida, confiante, calma e com mais disposição a nível sexual. Ambos ganham.
Ganham saúde física, mental, emocional e espiritual. Já que são os casais assim que mais prosperam, vale a pena fazer este investimento de polarizar o teu relacionamento. É mágico.
Se ressoou contigo e te identificas com esta abordagem, estou cá para ti.
Até já!
ASTRÓLOGA E MENTORA DA FELICIDADE
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