in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Tens noção da responsabilidade que tens pela tua própria vida?
Em muitas ocasiões vivemos a vida em função do que se passa fora, do julgamento que os outros fazem sobre nós e as opiniões que tem sobre a nossa forma de estar na vida. Assim, de forma inconsciente acabamos por procurar um outro responsável para não termos de olhar para nós, como diretores da orquestra que escolhemos para viver.
Pára e pensa um instante, como vives a tua vida? Como a nutres?
Nos últimos anos, está na “moda” ter um estilo de vida saudável. Cada vez mais cuidamos do corpo, da alimentação, praticamos desporto, atividades que nos libertem do stress. Isso é muito bom, porque estamos a semear para o presente, mas também para termos uma boa qualidade de vida no futuro.
A questão está em que achamos que isso é suficiente para cuidar do estilo de vida, mas na realidade, falta um ingrediente indispensável: pensar, sentir e ter atitudes que nos permitam estar na mesma frequência interior que a forma como construímos esse mundo exterior.
É um desafio manter esta frequência no dia-a-dia, porque muitos têm hábitos que aprenderam de forma inconsciente, de gerações anteriores ou mesmo do que vivemos socialmente, como julgar.
Se pararmos para analisar um dia quotidiano, quantas vezes julgamos sem dar por ela, tenho a certeza que muitas, porque no nosso berço inconsciente está lá esta semente.
Julgamos grande parte das vezes sem conhecer com pormenores o porquê dessa atitude, circunstância ou acontecimento. Julgamos sem saber o que vai no íntimo dessa pessoa, ou o porque de agir daquela forma naquele momento.
Se cada um de nós é responsável pela sua vida então porque temos como impulso e hábito julgar?
Enquanto crianças, tínhamos um hábito muito importante e que nos teria facilitado a vida adulta: precisávamos de saber o porque das coisas.
Mas porque julgar os outros e inclusive a nós mesmos, se torna um hábito e em consequência um pilar, com que construímos o nosso dia-a-dia e estilo de vida?
Quando vivemos em função do julgamento, seja a julgar os outros ou a nós próprios, não estamos a conseguir levar a vida que desejamos. Embora achemos que sim, porque acreditamos de forma inconsciente que enquanto julgamos o outro, não olhamos para nós.
Julgar torna-se mais fácil, do que nos confrontarmos com milhares de espelhos que nos mostram as feridas emocionais que guardamos em nós, na nossa história e na nossa essência. Julgamos para evadir a responsabilidade que temos em que a nossa vida não seja a desejamos, ou pelo menos, não com os matizes que sempre sonhamos. É um hábito tão enraizado em nós, que grande parte das vezes, não conseguir olhar para além do julgamento, e perceber que julgar, é a maneira que arranjamos de não atender as nossas próprias necessidades.
Sim, essas necessidades que nos fazem sentir plenos e abertos ao mundo. Essas que nos permitem abrir as asas à vida e desfrutar dela, sendo conscientes e estando presentes.
Estar na energia do julgamento, faz com que vibremos em uma energia negativa, pouco saudável e que sem dúvida, pouco espaço ou nenhum nos dá, para parar e construir hábitos de vida que nos permitam ser quem gostávamos de ser na realidade e viver desfrutando dos prazeres que nos dá a vida. Porque quando algo tão sagrado como a vida nos é oferecido, nós temos a responsabilidade de cuidar dela como um grande tesouro.
Se o nosso desejo é construir um Eu livre e uma vida com espaço para vivê-la como tal, porque substituímos o julgar, por permitir?
Permite-te olhar para ti mesmo, nesses mil espelhos que mostram as tuas feridas mais profundas, sem medo, sem julgamento. O que pode acontecer?
Quando olhas para ti sem julgamento, aceitas o que estás a ver, navegas nesses espelhos, porque neles não vais encontrar nada de mau, só um outro tu, que precisa de amor, para deixar de se julgar, de julgar os outros, para se sentir superior ou satisfeito.
Viver a vida sem julgar os outros, é uma janela aberta para um estilo de vida diferente. Agora sim podemos dizer que saudável e prazeroso por completo. Que consegues apreciar a beleza da vida, desfrutar de ti próprio e criar novos momentos.
Quebra as barreiras do julgamento, sê tu, sem medos. Convive com os outros sendo cada um deles tal como é. Permite-te perceber que têm o seu espaço para aprender e evoluir, e também viver um estilo de vida mais saudável.
Aprender a viver desde a aceitação e largar o julgamento, é também uma semente educativa para a família e para os mais próximos. Libertar do julgamento, permite criar uma sociedade com vidas mais agradáveis e satisfatórias.
TERAPEUTA HOLÍSTICA, DOULA E NATUROPATA
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in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2018
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