Por Carmen Krystal
in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2015
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É através do sentir que vamos tendo a perceção do mundo à nossa volta, das pessoas, das coisas, dos animais, dos sabores, dos sons, das cores. É a partir dos sentidos que vamos progredindo, e, aos poucos vamos construindo a nossa perceção do Mundo. Nesta construção vamos criando filtros, começamos a construir o nosso sistema de crenças, com base no que experienciamos, e o pensamento começa a ganhar forma. Se o pensamento começar a ser criado em cima de sensações desagradáveis, do medo do desconforto, do medo de perder, e não da aceitação da vida como ela é, abundante e dual, mesmo nas adversidades, vamos criar prisões emocionais.
Uma das partes que constitui a nossa mente é o Ego. O Ego é aquela vozinha na nossa cabeça que nos diz frases como: “tem cuidado”, “não vás por aí”, “vais sofrer”, sempre que no nosso íntimo há uma vontade incontrolável de seguir algo que nos enche a Alma. O Ego, quando não domado, é o pior dos nossos males. Como explica Alexandra Solnado, “É o ego que te ensina a querer e a lutar por coisas que energeticamente não são para ti. É ele quem dá e «desdá» as ordens dentro do teu cérebro. É ele que te faz vibrar pela restrição e pelo medo.” E porquê?
Porque o Ego é a totalidade das nossas memórias que, ao tomarem demasiada importância dentro de nós, com o passar do tempo, ganham demasiado poder e invadem a nossa individualidade. Quem o diz é Lise Bourbeau, que explica que “a maneira como viste um acontecimento foi registada na tua memória. Porque esse acontecimento foi particularmente feliz ou difícil de viver, decidiste que não devias esquecê-lo. Dessa memória tiraste uma conclusão, que se tornou crença que procura fazer-te evitar um sofrimento se o acontecimento foi infeliz, ou repetir o acontecimento se foi portador de alegria.” E é assim que as nossas memórias se vão tornando personagens dentro de nós que ganham a sua própria vontade de viver. Porque vivem em função dos filtros que a nossa mente criou, não aceitando a experiência como isso mesmo, apenas uma experiência, mas sim como uma verdade absoluta.
E como é que isto tudo influência a nossa saúde? O nosso corpo físico é apenas a expressão do nosso formato terreno. Somos compostos por outros corpos ou planos que compõem todas as dimensões: energética, emocional, mental e espiritual. E todos estão interligados. Um abanão no nosso sistema de crenças, provoca uma emoção, que ao não ser aceite e processada cria bloqueio emocional, este vai criar um bloqueio energético que mais tarde ou mais cedo cria o bloqueio físico, a doença.
Todos os sintomas/doenças que aparecem no nosso corpo físico são expressão de algum desequilíbrio emocional. Dando alguns exemplos: Problemas de estômago – dificuldade de digerir situações da vida, Intestino/Prisão de Ventre – Controlo, dificuldade de libertar o que já não interessa para a nossa vida e que já não é saudável para o nosso Ser, Diabetes/Pâncreas – associado à não-aceitação do doce da vida e do amor dentro de nós, Fígado – órgão associado à raiva interiorizada, Varizes – pessoas que querem fazer tudo, principalmente pelos outros, mas sempre contrariadas e em grande sacrifício.
Sendo o Ego é um instinto de sobrevivência ele vai criar mecanismos para não lidarmos com a dor, com o desconforto, com o medo, que sair da zona de conforto provoca, só para não sentir. Ora tudo o que a nossa Essência quer é aventura, são emoções novas. Só assim permitirmos a evolução da Alma.
O que fazer? Sentir!
E sentir é relacionar-se com o medo, com o desconforto, com a emoção que o evento provoca, principalmente se for desconfortável, e não se julgar pelo que sente. É só uma emoção. Sentir é fragilizar perante a adversidade. E fragilizar não é ser fraco, é ser sensível e assumir essa sensibilidade. É assumir que se tem medo, que não se sabe, que não se consegue, é aceitar a impotência de não ter o poder de controlar tudo, porque na verdade controlamos muito pouco. Assim como devemos festejar as alegrias, viver ao máximo as boas experiências e as emoções positivas pois são elas que nos dão força interior para lidar com as menos boas, que não são mais do que o lado oposto da vida.
Nós só podemos controlar as nossas escolhas e a forma como lidamos com a vida, não a vida em si. Só assim conseguiremos ser livres e só assim conseguiremos proporcionar o equilíbrio emocional e energético para que as nossas células vivam em harmonia e não desencadeiem processos contraditórios ao seu funcionamento normal.
CARMEN KRYSTAL TERAPEUTA DE REFLEXOLOGIA, MASSAGEM, DRENAGEM LINFÁTICA,REIKI, TERAPIA ENERGÉTICA INTEGRADA E ASTROLOGIA www.terapiadaluz.com [email protected] in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2015 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |