in REVISTA PROGREDIR |ABRIL 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Desde tenra idade, somos ensinados a valorizar a educação como um meio de alcançar o sucesso. Os pais e educadores frequentemente incentivam as crianças a dedicarem-se aos estudos, na crença de que um bom desempenho académico abrirá portas para um futuro brilhante. A ideia de que um diploma universitário é o bilhete para uma vida confortável e estável é incutida em nós desde cedo, alimentando a ilusão de que as qualificações académicas são a chave para o sucesso profissional.
No entanto, o que muitas vezes não nos é dito é que o valor do grau académico tem diminuído gradualmente no mercado de trabalho moderno. Com o avanço da tecnologia e a globalização da economia, o valor de certos diplomas e qualificações tornou-se menos relevante do que nunca. A saturação do mercado de trabalho com profissionais qualificados levou a uma diminuição da demanda por diplomas universitários, resultando em salários que não refletem adequadamente o verdadeiro valor das nossas qualificações.
Vivemos numa era em que a educação superior é mais acessível do que nunca. Nunca antes tantas pessoas tiveram acesso à educação universitária e pós-graduação. No entanto, paradoxalmente, somos também a geração com menor remuneração proporcional às nossas qualificações. A promessa de um futuro próspero e estável através do trabalho árduo parece cada vez mais distante, criando assim uma ilusão de um mundo perfeito com um emprego para a vida toda, que na realidade não existe.
O aumento da competição global e a automação de muitos empregos anteriormente ocupados por humanos têm contribuído para a estagnação dos salários e a diminuição das oportunidades de emprego bem remunerado. Enquanto isso, o custo da educação continua a aumentar, deixando muitos com dívidas substanciais e poucas perspectivas de emprego que lhes permitam pagar essas dívidas.
Além das pressões externas impostas pela sociedade e pelo mercado de trabalho, muitos de nós também enfrentamos uma competição tóxica dentro das próprias empresas em que trabalhamos. A cultura corporativa muitas vezes promove uma comparação absurda entre os funcionários, onde o sucesso é medido não pelo próprio desempenho, mas pela suposta superioridade ou inferioridade em relação aos colegas.
Essa mentalidade de "cada um por si" cria um ambiente de trabalho hostil e desmotivador, onde os funcionários se veem constantemente em uma corrida sem fim para provar o seu valor e evitar serem deixados para trás e esquecidos. Em vez de promover a colaboração e a camaradagem, essa cultura de competição acirrada mina o moral e a produtividade, tornando o local de trabalho um campo de batalha emocional.
À medida que nos tornamos conscientes das ilusões que nos foram vendidas desde a infância e das realidades cruas do mercado de trabalho moderno, é essencial que comecemos a questionar e desafiar essas narrativas dominantes. Devemos reconhecer que o sucesso profissional não pode ser medido apenas pelo grau académico que possuímos ou pelo salário que recebemos, mas deve sim ser pela nossa capacidade de encontrar significado e satisfação no trabalho que fazemos e nas relações que construímos ao longo do caminho.
É hora de redefinir o que significa ter uma carreira bem-sucedida e começar a valorizar outras certificações e formas de ensino, além dos graus académicos. Em vez de nos fixarmos em títulos pomposos ou salários exorbitantes, devemos procurar trabalhar em empregos que nos desafiem intelectualmente, nos permitam crescer pessoal e profissionalmente, nos proporcionem um sentido de propósito e realização, e, claro, um equilíbrio Vida-Trabalho. Devemos também trabalhar para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e colaborativos, onde o sucesso seja medido não pela competição entre colegas, mas pela capacidade de trabalhar juntos em direção a objetivos comuns.
Assim, à medida que navegamos pelas complexidades do mundo do trabalho moderno, devemos lembrar-nos de que somos mais do que nossos diplomas ou salários. Somos seres humanos complexos, com talentos, paixões e aspirações únicas. É hora de abandonar as ilusões do passado e abraçar uma nova visão do sucesso profissional, uma que valorize não apenas o grau que temos, mas o que fazemos e somos realmente bons, indo de encontro ao nosso propósito, nunca esquecendo quem somos.
COACH, ESPECIALISTA EM ENEAGRAMA, HIPNOTERAPEUTA, MASTER EM HIPNOSE CLÍNICA, CERTIFICADA EM PNL, MENTORA DE REDES SOCIAIS E NEGÓCIO DIGITAIS, TERAPEUTA ENERGÉTICA, AUTORA E FORMADORA
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