in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2015
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A tomada de consciência de tudo aquilo pelo qual nos podemos sentir gratos representa um salto no pensamento quotidiano, no rodopio diário de afazeres, maioritariamente repleto de preocupações. Para isso, é imprescindível fazer uma pausa – por vezes somos a tal obrigados-, ouvirmos a nossa mente e apercebermo-nos do quanto nos pode enlouquecer se dela formos escravos, em vez de a encararmos como ferramenta de crescimento ao nosso dispor.
Cultivar a gratidão implica não apenas ouvir a mente, mas também o coração, ouvir e senti-lo, e deixar que se exprima nas coisas mais simples. Quando nos sentimos gratos pelo milagre que é acordar todas as manhãs, num corpo que esteve a funcionar “sozinho”, pela dádiva que é respirar, abrir os braços e sentir o sol a preencher-nos, sentir a água na pele, dar um abraço, ouvir o chilrear dos pássaro; só quando nos sentimos gratos pelo milagre que a vida representa estamos no caminho para a verdadeira descoberta de nós próprios, de qual a nossa missão connosco e com os outros. Sinta-se, pois, muito grato à vida diariamente, até pelas experiências “mais simples”, pois cada momento que vivemos é um presente que nos é oferecido e por isso é valioso; e, em simultâneo, esteja consciente de que as experiências menos boas nos são apresentadas com um propósito, pelo que procure não sucumbir às mesmas, encarando-as como aprendizagem e desafios a ultrapassar.
Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, as nossas emoções encontram-se intrinsecamente ligadas ao funcionamento dos nossos órgãos e um desequilíbrio a nível emocional pode provocar um desequilíbrio no órgão correspondente e vice-versa. É normal sentirmos todas as emoções, mas certas emoções sentidas durante um longo período de tempo poderão provocar um desequilíbrio orgânico respetivo: raiva/frustração-fígado; euforia-coração; preocupação-baço; tristeza-pulmão; medo-rins. Nós somos um todo, o que pensamos e sentimos reflete-se no nosso corpo, as nossas desordens físicas manifestam as nossas emoções. Por este motivo, devemos fluir livremente pelas emoções, sem nos determos em nenhuma, cultivando emoções positivas, que nos façam (r) estabelecer o equilíbrio emocional, físico e mental.
A gratidão é um dos antídotos para emoções negativas, estar grato por tudo o que se tem é um dos elementos presentes no que se denomina por felicidade. Somos mais felizes quando gratos pelo que temos, pelo contrário, somos avassalados por angústias e medos quando nos centramos no que desejamos e ainda não alcançámos. É normal e saudável estabelecer objetivos a alcançar e empreender ações para o conseguir, mas em simultâneo praticar a aceitação e a gratidão por aquilo que a vida nos trás a cada dia, eis, sem dúvida, um elemento chave para criar felicidade, porque não é a felicidade que traz a gratidão, é a gratidão que traz a felicidade.
A nossa experiência terrena tem um fim, convém que a desfrutemos da melhor forma, vivenciando as experiências que nos são apresentadas, com maturidade e aprendizagem. O sentirmo-nos gratos faz parte da nossa comunhão com o todo. Quando nos sentimos gratos estamos em harmonia com o Universo, comungamos de uma energia que nos nutre e isso expressa-se em tudo o que fazemos e em tudo o que nos rodeia.
TERAPEUTA EM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
CONSULTORA DE FENG SHUI
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in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2015
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