
in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Seja nas organizações, nos projetos em que trabalhamos ou nas nossas vidas, são esses progressos que ficam e que contribuem para algo melhor.
A sua fonte não é nova, antes pelo contrário. É intemporal.
É a criação de valor.
Esse valor resulta da aplicação de uma fórmula muito simples: da coincidência ou encontro daquilo que temos para oferecer (produto ou serviço) com aquilo que uma outra parte interessada nele quer obter (benefícios) e da forma como acordamos recompensar esse encontro (retribuição).
Ou seja: se um produto ou serviço com benefícios tem uma retribuição, um produto ou serviço com mais e/ou melhores benefícios tem mais valor e, por essa via, uma retribuição ainda maior. A chave está nesse aumento de valor para quem o recebe. Esse aumento é o único motor de um progresso financeiro real e sustentado, seja qual for o seu tipo.
Esta fórmula aplica-se a qualquer ambiente e contexto. E é tanto mais importante quanto maiores forem as pressões existentes numa dado segmento, mercado ou setor.
Indo um pouco mais longe, podemos ver a retribuição como uma consequência da criação de valor através do serviço numa perspetiva tripla:
- Do valor oferecido (o meio de transferência – produto ou serviço),
- Do valor percebido (a visão de ganho de quem se propõe recebê-lo), e
- Do valor realizado, ou efetivamente recebido (os resultados que justificam a retribuição).
Não é preciso mais para rapidamente chegarmos à essência de uma proposição ou proposta de valor, qualquer que ela seja e onde quer que se aplique.
Algumas questões para aplicar a fórmula do valor:
Qual é a proposta de valor que quer criar ou expandir?
A quem se dirige essa proposta de valor?
Que objetivos, dores e ganhos desses destinários está ou quer considerar?
Que benefícios e vantagens oferece?
Qual são as competências ou recursos mais decisivos para criar valor na sua situação?
Quais são as atividades indispensáveis que têm de acontecer para o poder fazer?
Como chega ou irá chegar a quem precisa do que tem para lhe oferecer? Que tipo de relações quer estabelecer?
O que é que tem de oferecer para poder receber?
Qual é o elemento decisivo no seu processo de criação de valor, aquele que não delega em ninguém e a partir do qual a magia acontece?
O que irá fazer para tornar esse elemento decisivo em algo ainda melhor?
Como pode continuamente testar, expandir ou inovar esse elemento decisivo, ou a partir dele?
Com que métodos, pessoas, processos, procedimentos e/ou sistemas irá criar ou alimentar um ciclo sustentado de progresso?
Como saberá que está na altura de o (se) reinventar?
Tenha presente a quem a proposta de valor se dirige numa perspetiva integral – no impacto daquilo que tem para oferecer aos níveis físico, emocional, mental e espiritual: na pessoa ou organização como um todo. E não dispense o respeito pelas dimensões ética e ambiental, pelos restantes seres vivos e pelo planeta. Ao fazê-lo alinha-se com a grande tendência global da carreira e dos negócios do nosso tempo.
Seja em que contexto fôr, criar boas propostas de valor é uma arte. E cada vez mais pessoas escolhem abraçar essa arte ao serviço de uma causa inspiradora, cumprindo as suas missões pessoais no processo – confirmando que foi uma das suas melhores decisões de sempre.
Se tiver interesse em aprofundar esta abordagem na ótica pessoal, sugiro-lhe o livro Modelo de Negócio Eu, de Tim Clark, inspirado na metodologia “Business Model Canvas”, de Alexander Osterwalder e Yves Pigneur, que recomendo vivamente para qualquer organização e que pode encontrar nos livros Criar Modelos de Negócio e Criar Propostas de Valor.
Tenha boas criações de valor!

COACH, CONSULTOR, FORMADOR, AUTOR, EMPREENDEDOR
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