Por Paulo Marques
in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Socialmente estamos a atravessar um processo de crise, onde tudo é posto em causa. O trabalho, as famílias, os amigos, nós mesmos. Nada é certo, tudo é uma flutuação energética constante sem saber por vezes o rumo, muito menos o destino final. Há quem chame a isto a transição para a “Nova Era”, mas é mais uma etapa existencial. Neste momento, é proposto a perda de controlo, da ilusória segurança. Devemos colocar em causa quem somos, o que sempre acreditamos e até a nossa forma de agir. Para tal, quando é difícil fazê-lo por nós mesmos, o universo age a nosso favor e retira algo do caminho para que possamos sentir bem no fundo de nós esse processo libertador. Sejam pessoas, bens materiais, ou a nossa profissão desde que estamos acomodados ou “amarrados”, isso é retirado.
Houve alturas em que o trabalho era para toda a vida. As pessoas viviam calmamente, quase como que estagnadas, já que não precisavam de grandes mudanças no seu quotidiano. Agora é o oposto. Tudo é testado, o que agora temos, amanhã nos é retirado. Isso tem imensas coisas boas, como por exemplo, o reinventar diário das nossas capacidades. Todos os dias temos que estar mais focados, mais centrados, ser mais inovadores e criativos. Temos que fazer por merecer, tal como em tudo na vida. Reparem, o universo, aos poucos, está a mostrar isso. Não podemos apenas falar e defender uma teoria, temos que agir e comprovar pelo sentir.
No meio de tudo isto, vêm aqueles momentos difíceis de dor, de vazio, quando nada parece fazer sentido, quando o cansaço emocional quase nos esgota. Aqueles dias em que parece que estamos sozinhos e nada vai correr bem. É nesses instantes onde tudo está em causa, até a nossa própria vida, que surge a fé. Quando aparentemente atingimos “o fundo do poço”, sentimos algo que nos dá força, sentimos o que nunca havíamos sentido. Não sabemos de onde vem, mas está lá. Pode parecer que vem de uma crença em alguém, numa determinada entidade de uma qualquer religião, mas não. É apenas a vossa força, a energia da vossa alma, o amor que vibra em vós de forma mais, ou menos latente, que desperta e vos faz acreditar que é possível e que tudo vai correr da melhor forma. Atenção, correr da melhor forma nem sempre é a que queremos e gostávamos, mas é sempre a melhor para nós, daí a fé, o acreditar, o entregar, o deixar fluir…
É na escuridão que se consegue ver a luz, é na perda profissional que damos importância ao que temos e nos é permitido renascer vezes sem conta. É na dor que temos a perceção da grandeza do amor.
MILITAR, FACILITADOR E AUTOR
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in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2016
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