in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Para Auguste Comte, altruísmo referia-se às qualidades naturais no SER, uma vez que o Homem sendo bom e generoso naturalmente, não necessitava de intervenção cultural (religião, crença), apesar de a maioria das religiões ensinar e incentivar o altruísmo.
“Ama o próximo como a ti próprio”
Amar o próximo com a mim próprio, pressupõe ter conhecimento e consciência do EU, dos meus sentimentos e estados emocionais, pois só assim poderei projetar no outro esse conhecimento de forma a compreende-lo e ajuda-lo efetivamente, e a essa capacidade chama-se de empatia.
A empatia é a base do altruísmo, e este sentimento de conexão com os outros está em nós desde muito cedo. As crianças pequenas demonstram ter empatia com a dor ou a felicidade de outras pessoas e até de animais, e essa capacidade vai aumentando, à medida que a criança se vai formando e tendo consciência da sua verdadeira identidade.
A empatia e o altruísmo são muito importantes socialmente e psicologicamente, por exemplo, a ausência de empatia, nos transtornos de personalidade narcisista e antissocial predispõe a comportamentos de exploração e abuso de outras pessoas.
A ausência de empatia, também poderá tratar-se de imaturidade emocional e cognitiva, que se traduz numa incapacidade de amar, de se relacionar verdadeiramente consigo e com os outros, de respeitar limites e de aceitar as suas necessidades, sentimentos, esperanças, medos e escolhas.
O altruísmo não é a negação do EU, mas sim o prolongamento da consciência do EU até à integração do outro, uma identidade global, por vezes cósmica. É ter a capacidade de cooperação, empatia e de implicação social.
O altruísmo é o 4º e ultimo estágio de evolução na maturidade afetiva (Inteligência emocional), os estágios que antecedem são, resumidamente:
1º – Egocentrismo – Toma-se pelo centro.
2º – Egoísmo – Tem mais consciência de si próprio e estabelece limites entre si e o outro.
3º- Egotismo – Procura-se no seu interior: quem sou eu, os meus valores, a minha missão, construção da verdadeira identidade.
Todos temos tendências egocêntricas, egoístas e egotistas, zonas de sofrimento afetivo. O importante é desenvolver a nossa inteligência emocional e aprender gerir melhor os nossos estados internos, fazer a triagem dos nossos medos, apaziguar as nossas angústias para acedermos à nossa essência, um maior altruísmo, a uma maior capacidade de estar juntos e em harmonia.
A maturidade afetiva abre naturalmente a nossa dimensão espiritual, à consciência de que pertencemos a um mundo muito mais vasto. O altruísta ama-se e respeita-se o suficiente para nunca realizar um ato contra a sua autoestima, tem consciência do impacto dos seus atos, a curto e a longo prazo, nos outros e no planeta.
Quando estamos emocionalmente maduros e autónomos, víramo-nos para os outros, queremos cumprir a nossa missão, realizar o nosso potencial, utilizar e disponibilizar os nossos recursos e competências ao serviço de algo que faça sentido para o mundo, deixar a nossa pegada no universo, esta é a verdadeira essência do altruísmo.
SUCCESS CAREER & LIFE STRATEGY COACH, TERAPEUTA REIKI
www.ybicoach.pt
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