
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
A emigração envolve um processo de desapego, tanto físico quanto emocional. O desapego refere-se à capacidade de liberar apegos emocionais, materiais e mentais, reconhecendo que todas as coisas estão em constante mudança e que apegar-se a elas pode causar sofrimento. O desapego não significa necessariamente rejeitar as coisas do mundo, mas sim cultivar uma atitude de não dependência e aceitação da impermanência da vida, nos ensina que todas as coisas estão em constante fluxo e transformação. Nada permanece igual, tudo surge e desaparece, reconhecer a impermanência da vida é considerado um aspeto importante para alcançar a sabedoria e a paz interior. Ao deixar para trás as nossas raízes e familiaridade, nos deparamos com a incerteza e o desconhecido. Esse desapego nos ajuda a abandonar as antigas estruturas e crenças que nos limitam, permitindo-nos renascer num novo ambiente. O desapego é um ato de libertação e a emigração nos proporciona a oportunidade de abandonar as nossas identidades condicionadas e abraçar uma visão mais ampla de nós mesmos.
Uma ameaça para o nosso Ego acontece quando emigras, o nosso senso de identidade é avaliado porque questionamos as nossas crenças arraigadas, surgem os nossos medos mais profundos e a nossa necessidade de controlar a vida, como se isso alguma vez fosse possível, de esta forma nos obriga a transcender o ego para podermos conectar com a nossa essência mais profunda. À medida que enfrentamos novos desafios, culturas e perspetivas, podemos expandir a nossa consciência e experimentar uma conexão mais profunda com o todo que nos envolve. A emigração, nesse sentido, se torna um espelho da nossa própria forma de pensar e da nossa evolução espiritual.
A jornada de emigrar não envolve apenas deixar um lugar para chegar a outro; também envolve a integração de diferentes aspetos do nosso Ser. O ser humano pela sua natureza precisa sentir-se integrado, que forma parte de algo e que tem equilíbrio na sua vida. A emigração nos desafia a encontrar uma harmonia entre as nossas raízes culturais e a nossa adaptação à nova cultura. Neste processo, aprendemos a honrar a nossa individualidade e a reconhecer a nossa conexão com todos os seres humanos, lembrando que, em última análise, todos fazemos parte de uma mesma unidade.
A emigração, vista sob uma perspetiva espiritual, se torna uma jornada de transformação interior, descobrimos que essa jornada nos convida a explorar a nossa verdadeira essência, a libertarmo-nos das nossas limitações e a transcender o nosso ego. Ao mesmo tempo, nos oferece a oportunidade de integrar diferentes aspetos de nós mesmos e experimentar uma conexão mais profunda com o mundo ao nosso redor.
Em última análise, a emigração é um chamado para expandir a nossa consciência e viver uma vida mais autêntica e com significado, em busca da plenitude espiritual nesta existência, um processo que não tem FIM.

COACH E MENTORA ESPIRITUAL, TERAPEUTA HOLÍSTICA, EXPLORADORA DA VIDA ESPIRITUAL E LICENCIADA EM CONTABILIDADE PELA UNIVERSIDADE CENTRAL DE VENEZUELA
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